Aconteceu de novo

Barragem com rejeito de lavra de ouro rompe no Mato Grosso

Estrutura tem 15 metros de altura e armazena 582 mil metros cúbicos de rejeito; não houve vítimas, mas duas pessoas que trabalhavam no local ficaram feridas

Por Estadão Conteúdoaccess_time1 out 2019, 19h06 more_horiz

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Barragem TB01: estrutura fica no município de Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso (Google Maps/Reprodução)

Uma barragem de rejeito de lavra de ourorompeu nesta terça-feira, 1, no município de Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso. O rompimento, que ainda não teve a sua causa esclarecida, foi confirmado pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

A estrutura tem altura de 15 metros e volume armazenado de 582,1 mil metros cúbicos de rejeito. Não houve vítimas e duas pessoas que trabalhavam no local foram levadas ao hospital, segundo a ANM.

A barragem TB01 está em nome do empresário Marcelo Massaru Takahashi. A denúncia do rompimento foi feita por volta das 9 horas da manhã pelos próprios moradores da região à ANM, que deslocou uma equipe ao local.

“Os técnicos, então, constataram o rompimento do dique e o espalhamento de parte do material que estava sendo armazenado na bacia de contenção da barragem. Pelo que foi possível observar, o material escoou por uma área que varia de 1 a 2 km, a partir do pé do talude onde ocorreu a ruptura do barramento”, informou a agência.

A barragem está inserida na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), classificada com Dano Potencial Baixo e Categoria de Risco Baixa. O proprietário enviou Declaração de Condição de Estabilidade no último dia 25 de setembro À ANM, assinada por responsável técnico habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA/MT) e pelo dono da empresa.

Os extratos de inspeção regulares enviados nunca reportaram qualquer anomalia (sempre pontuações zero em todos itens do estado de conservação) desde 21/09/2018, segundo a agência.

Os técnicos constataram que os rejeitos atingiram uma área onde havia vegetação no local. “A ANM interditou e autuou o empreendimento e continua no local inspecionando a área e verificando se há outros riscos”, informou a agência.

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