Bancada do Amazonas se divide na aposentadoria do professor

Iram Alfaia, de Brasília

A bancada parlamentar do Amazonas na Câmara dos Deputados, que votou em peso a favor da proposta de reforma da previdência, se dividiu na votação de destaque de retirada do professor das mudanças das regras de aposentadoria.

Com a nova regra aprovada, os professores nas redes pública e privada vão ter que cumprir idade mínima de 57 anos para as mulheres e 60 anos para homens. O tempo mínimo de contribuição será de 30 anos.

Hoje, no setor público a idade mínima para professores é de 50 (mulheres) e 55 anos (homens). No caso, o tempo mínimo de contribuição é de dez anos como servidor público e cinco no cargo de professor.

Na iniciativa privada, não existe idade mínima e o tempo de contribuição é de 30 anos (homens) e 25 (mulheres).

Votaram a favor do destaque do deputado Wellington Roberto (PL-PB), para que o professor não fosse enquadrado em nova regra, os deputados Átila Lins (PP), Marcelo Ramos (PL), José Ricardo (PT) e Sidney Leite (PSD).

Os demais quatro parlamentares do Amazonas, Pablo Oliva (PSL), Silas Câmara (PRB), Alberto Neto (PRB) e Bosco Saraiva (SD), votaram contra.

Ao final, a emenda foi rejeitada por 265 votos a 184.

Destaque do PL de Ramos

O plenário ainda vai analisar outro destaque, do Partido Liberal (PL), de Marcelo Ramos, que quer fixar a idade para professores em 55 anos (homens) e 50 (mulheres). A equipe econômica do governo é contra.

Outro destaque polêmico será sobre regra diferenciada para os policiais e agentes de segurança.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que quer concluir a votação da reforma ainda nesta semana. É necessário que a proposta seja apreciada em segundo turno no plenário da casa. Ele não descarta convocar votação extraordinária no sábado, dia 13.

Voto contrário

Na sessão de primeiro turno, na noite deste dia 10, os deputados do Amazonas votaram conforme antecipou o BNC Amazonas. O único voto divergente foi de José Ricardo, assim como fizeram todos os deputados petistas.

O placar final surpreendeu até mesmo os governistas pela margem folgada na aprovação: 379 a 131 votos.

Foto: Andrea Marques/Câmara dos Deputados

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