Escândalos em Coari são alvo da TV Record

A cidade é, novamente, alvo de escândalo nacional por causa da família Pinheiro. Neste domingo (11), o programa ‘Câmera Record’ denunciou esquemas de corrupção no município

Manaus – O ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, e seus familiares foram tema de uma reportagem especial exibida, neste domingo (11), no programa ‘Câmara Record’, da TV Record. A matéria apresentou esquema de corrupção que, segundo o programa, retirou milhões dos cofres públicos da cidade que é rica em petróleo.

Adail Pinheiro, atualmente, cumpre pena após condenação por corrupção e aliciamento de menores no município de Coari (a 363 quilômetros a oeste de Manaus). Atual prefeito da cidade, Adail Filho, filho dele, é acusado de desviar dinheiro público para os amigos, e a irmã dele, a médica Mayara Pinheiro, foi eleita deputada estadual, nas Eleições de 2018, sendo a mais votada no Amazonas.

Além da denúncia, o programa ainda mostrou como a vida das pessoas da cidade foi afetada pelo suposto desvio das receitas do município. A equipe do jornalístico da TV Record analisou quase três mil páginas de processos e documentos com denúncias que envolvem a prefeitura.


A reportagem mostrou, também, desde licitações viciadas e fraudulentas que beneficiaram amigos do prefeito a “gastos astronômicos com combustível para abastecer carros da frota da cidade”. Segundo o Ministério Público do Estado (MPE-AM), “a quantidade de combustível era suficiente para dar mais de cem voltas ao mundo”. O programa revelou um esquema batizado de ‘mensalinho’, em que todos os vereadores recebiam propina para aprovar projetos.

Os problemas do ex-prefeito de Coari com a Justiça não se limitam a um fato. Em dezembro do ano passado, ele foi condenado a 57 anos e cinco meses de prisão, de acordo com sentença assinada pelo juiz titular da 2ª Vara Federal, Marllon Sousa. A sentença atende pedido do Ministério Público Federal (MPF), no Amazonas.

A ação trata de organização criminosa em atuação na administração de Adail enquanto prefeito, e diz que era “voltada à prática, em tese, de inúmeros crimes de: peculato, desvio e apropriação de recursos públicos, mediante dispensa indevida e direcionamento de licitações, falsificação e uso de documentos públicos e particulares falsos, lavagem de dinheiro, dentre outros”.

O magistrado federal negou ao ex-prefeito de Coari direito de recorrer em liberdade. “Cumpre asseverar, ainda, que o presente caso leva a crer que as medidas cautelares diversas da prisão, elencadas nos artigos 319 e 320 do CPP, são inadequadas e insuficientes aos objetivos para os quais foram previstas, portanto inaptas a substituir a custódia preventiva como instrumento adequado a evitar os fins proscritos pela lei. Dessa feita, nego ao sentenciado Manoel Adail Amaral Pinheiro o direito de recorrer em liberdade e decreto sua prisão preventiva”, cita o juiz.

Fonte: Portal D24AM

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