‘Jesus da Gente’: Mangueira mostra negro, índio, mulher e LGBT crucificados em alegoria na Sapucaí

Para pregar a tolerância em seu enredo sobre a vida e a morte de Jesus Cristo readaptadas aos dias atuais, a Mangueira levou para Sapucaí neste domingo uma alegoria em que aparecem crucificados um homem negro, um indígena, uma mulher e um representante da população LGBT. O carro, batizado de “O Calvário” pelo carnavalesco Leandro Vieira, contém uma cruz de 20 metros na qual está pregada a escultura de um homem de cor preta. Acima dele, a inscrição “Negro” substitui “INRI”, grafada na cruz em que Cristo foi morto. Ao redor, há cruzes menores em que estão os outros personagens, representados por pessoas.

Mangueira coloca mulher crucificada em alegoria

A alegoria foi a última a ser finalizada no barracão da Mangueira, na Zona Portuária do Rio. Para evitar polêmicas antecipadas e driblar uma eventual tentativa de censura por parte de grupos religiosos, Leandro Vieira deixou para incluir a escultura do homem negro no carro somente na semana que passou. Os testes da estrutura, que se levanta durante a passagem pelo Sambódromo, também ocorreram em segredo: os traços da escultura, que difere da representação pela qual se conhece Jesus comumente, foram ocultados por plásticos pretos quando os treinos aconteciam na área externa ao barracão.

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