Voluntários da área da saúde atuarão nas escolas estaduais de Manaus na volta às aulas

Estudantes de cursos de Enfermagem participaram de formação realizada em parceria com a FVS-AM A Secretaria de Estado de Educação e Desporto, em parceria com a Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas (FVS-AM), ministrou formação sobre os protocolos de segurança em saúde nas escolas a estudantes dos cursos de Enfermagem e Técnico em Enfermagem que se voluntariaram para atuar nas unidades de Ensino Médio da rede estadual, que retornarão às aulas presenciais na próxima segunda-feira (10/08). Ao todo, participaram da formação 52 estudantes de Enfermagem da Materdei e 22 técnicos da área da saúde do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), além dos supervisores da merenda escolar e os nutricionistas da sede. A diretora do Centro de Formação Profissional Padre José Anchieta (Cepan), Ana Lucena, destacou que a formação visa levar uma abordagem diferenciada aos profissionais da educação e alunos. “A formação é voltada para capacitar uma equipe de multiplicadores, que vai atuar nas escolas, levando os protocolos de segurança em saúde com uma abordagem mais prática e mais mão na massa com os merendeiros, porteiros, auxiliares de serviços, bibliotecários, secretários, administrativos e demais servidores. Optamos por trabalhar com técnicos da área da Saúde para que a abordagem fosse mais próxima da escola”, pontua. A estudante do 4º período de Enfermagem, Jéssika Cardoso, é uma das voluntárias. Ela diz que a oportunidade é válida para obter mais informações sobre os protocolos preventivos da Covid-19. “Acho que, no momento em que a gente se encontra, é muito bem-vindo. Nem sempre a gente está correto. Às vezes, nós nos esquecemos de alguma coisa e precisamos estudar mais e mais para passarmos as informações corretas para as pessoas. Vim para ter mais conhecimento e repassá-lo”, diz. Jeiseanne Nascimento é finalista do curso de Enfermagem e viu no voluntariado na escola uma nova forma de atuação. “Acho que deve ser um pouco mais complicado atuar na escola em relação aos alunos, que às vezes não entendem a gravidade da situação. Mas é maleável, a gente frisa o distanciamento, o uso do álcool em gel e outras medidas”, reforça. Protocolos – A sanitarista Josielen Amorim, do Grupo Técnico de Integração da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (GTI-FVS-AM), foi uma das formadoras e contextualizou a pandemia no Amazonas e no mundo, tudo com foco na volta às aulas presenciais. “Estamos, mais uma vez, contribuindo com a Secretaria de Educação nesse processo de volta às aulas presenciais. Hoje, o enfoque foi epidemiológico para contextualizar toda a pandemia e (entender) por que esse retorno está acontecendo nesse momento, pois ainda há uma circulação viral em Manaus, e os protocolos de medidas preventivas devem ser adotados com rigor para que a gente tenha um bom retorno às aulas presenciais”, destacou a profissional. A Secretaria de Educação está realizando formações com todos os profissionais da Educação para que as dúvidas sobre os protocolos sejam sanadas e toda a comunidade escolar esteja apta para retornar às atividades presenciais com toda a segurança possível. FOTOS: Lincoln Ferreira/Secretaria de Educação e Desporto Mais informações: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Educação e Desporto: imprensa@seduc.net.

Tá falando besteira Huck

Políticos do AM repudiam fala de Luciano Huck sobre a Zona Franca Luciano disse que a indústria de Manaus deveria produzir cosméticos com insumos da floresta ao invés de tanques de motocicletas Jordan Muniz05/08/2020 08h30 Candidato virtual a presidência da República em 2022, o apresentador da TV Globo Luciano Huck foi chamado de irresponsável por políticos do Amazonas, depois de criticar a Zona Franca de Manaus (ZFM) durante entrevista concedida na noite de segunda-feira (3). Huck disse que, ao invés da produção de tanque de motocicleta, geladeira e telefone, o Polo Industrial de Manaus (PIM) deveria produzir tecidos, perfumes e cosméticos, com insumos da floresta amazônica. O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) entrou em contado com o apresentador e sugeriu um diálogo sobre o Polo de Manaus. “Conversei agora a pouco com o Luciano Huck (na tarde desta terça-feira). Encaminhei para ele o estudo da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) que demonstra a importância da ZFM na preservação da floresta e que a bioeconomia amazônica deve ser complementar e não contraditória ao atual modelo para que ele seja realmente sustentável e se inicie uma transição que deve ser de longo prazo”, disse o deputado federal.Ramos disse que ligou para Huck e encaminhou para ele um estudo da Fundação Amazonas Sustentável | Foto: Divulgação De acordo com Marcelo Ramos, Huck foi receptivo à proposta e se mostrou disposto e interessado e conversar sobre o modelo. “Ele disse que podemos mergulhar juntos nesse assunto para manter a importância da ZFM para a região”, afirmou o parlamentar amazonense. Amauri Colares Na Câmara Municipal de Manaus (CMM), a fala do apresentador foi criticada pelo vereador Amauri Colares (Republicano). Em seu discurso, na manhã desta terça-feira (4), o parlamentar perguntou se Huck sabe ao menos fazer uma bicicleta, a não ser só apresentar um programa.Vereador Amauri Colares disse que Huck não tem o direito de se desfazer da indústria de Manaus | Foto: Divulgação “Cidadão que não é daqui, não conhece nossa região, talvez nunca visitou o distrito industrial para saber a importância da ZFM. Ela não é só uma zona franca do Amazonas, ela é de todo o Brasil. Não podemos permitir que um ‘caboco’ lá de São Paulo venha se desfazer da nossa cidade, do nosso Estado, principalmente do nosso parque industrial”, repudiou o parlamentar. Abdala Fraxe Na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), o Deputado Estadual Abdala Fraxe (Podemos), também demonstrou repúdio ao que disse Luciano Huck. “Qual o conhecimento técnico que Luciano Huck tem para emitir opinião, pareceres sobre a ZFM? Um ignorante daquele (no sentido de ignorar), que vai para uma entrevista dizer que a Zona Franca tem que parar de fabricar ‘tanque de moto’. A cadeia produtiva do polo de duas rodas da nossa cidade é a mais adensada de todas, 92% de uma moto é fabricada em Manaus. É brincadeira. O Amazonas não precisa substituir nem um meio de produção. Devemos agregar os outros”, enfatizou o deputado. Fonte: Em tempo

Resposta ao ataque do tráfico precisa ser dura. E permanente

Regiões ocupadas pelo tráfico para o plantio de maconha podem tomadas pelo Estado em ação feita nos mesmos moldes que tirou Monte Horebe do crime organizado, em Manaus  A dura ação anunciada ontem pelo governador Wilson Lima (PSC) para responder ao ataque do tráfico de drogas, que resultou na morte de sete pessoas, entre elas um cabo e um sargento da PM, em Nova Olinda do Norte, está de acordo com o que o calor dos ânimos espera. Leia mais Dois PMs são mortos e dois saem feridos de emboscada em Nova Olinda Mas a ação precisa ir além de uma operação policial. Além de dura, a resposta precisa ser permanente. Em curto, médio e longo prazos, o poder público, União, Estado e municípios, precisa expulsar, retomar e ocupar com a presença de órgãos públicos e atividades econômicas as terras que o crime, com o plantio de maconha, mostra serem férteis e lucrativas. Não somente isso, mostram que, além de agriculturáveis, sem a efetiva presença do Estado, esses territórios têm tudo o que o poder público não tem levado em conta, mas que é bem aproveitado pelo tráfico. Quem já esteve em lavouras de maconha, no interior do Amazonas, como eu estive em abril de 2005, na Zona Rural de Maués, onde a terra preta indígena tem grande incidência, pôde ver que os plantios de droga têm tudo o governo historicamente nega à agricultura regular. Tudo o que tráfico tem, terras férteis, tecnologia, financiamento, mão de obra e mercado, também pode ser proporcionado aos povos do interior da Amazônia, que a cada dia se tornam ainda mais vulneráveis ao crime. A força do Estado vai muito além do seu braço armado. E, efetivamente, no caso de Nova Olinda do Norte, não passará de paliativo, caso a dura resposta seja apenas policial. O governo Wilson Lima possui um modelo exitoso de enfrentamento ao crime organizado e que pode ser aplicado, em escala maior, em Nova Olinda do Norte, e em outras regiões do Estado dominadas pelo tráfico. Por exemplo, o que foi feito na invasão Monte Horebe, na Zona Norte de Manaus, no começo do ano, também pode ser replicado no interior do Estado. No Monte Horebe, o Estado entrou na região com inteligência, conheceu o problema e a tomou dos traficantes com uma ação multidisciplinar que não deu tempo do crime esboçar reação. Hoje, até uma escola modelo está sendo construída na área, mostrando o poder do Estado. É essa força que o governo precisa também precisa mostrar nos territórios ocupados pelo tráfico no interior do Amazonas e que pode começar por Nova Olinda do Norte. Foto: Divulgação/Ministério da Justiça Por Neuton Corrêa, da Redação do BNC AMAZONAS