Mega-Sena sorteia nesta quarta prêmio estimado em R$ 9 milhões
As seis dezenas do concurso 2.569 serão sorteadas hoje (1º) às 20h (horário de Brasília) no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo. O prêmio da faixa principal está acumulado e estimado em R$ 9 milhões. As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O valor de uma aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50. De acordo com a Caixa, caso um apostador ganhe o prêmio principal e aplique todo o valor na poupança, receberá R$ 60,8 mil de rendimento no primeiro mês. Comprovante As loterias da Caixa não reconhecem apostas sem o devido comprovante, impresso nas lojas lotéricas, emitido pelo aplicativo Loterias Caixa ou Portal Loterias Caixa. Fonte
Música no Museu abre programação do Dia Internacional da Mulher no Rio
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, o projeto Música no Museu apresentará todos os concertos do mês com mulheres. “O mês inteiro só musicistas mulheres, obras preferencialmente compostas por mulheres ou, então, com nome de mulher’, disse o diretor e criador do projeto, Sergio da Costa e Silva. A programação começa nesta quarta-feira (1º), às 12h30, no Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro (CCBB RJ), com a pianista Aleida Schweitzer, que tocará clássicos internacionais. Todos os concertos são gratuitos. No domingo (5), o programa dedicado às mulheres será interrompido para homenagem ao compositor Heitor Villa-Lobos, cujo aniversário deu origem ao Dia Nacional da Música Clássica. Haverá show especial na Casa de Cultura Eva Klabin, na Lagoa, a partir das 17h. Durante o concerto especial Villa-Lobos, o público poderá apreciar obras do maestro brasileiro na interpretação dos músicos Adriana Kellner, Cecília Guimarães, Ezequiel Peres, Fernanda Cruz e Maria Helena de Andrade. A entrada é gratuita, com retirada de senhas no local uma hora antes do concerto, mas sujeita à lotação e sem lugar marcado. No dia 8, o CCBB RJ será palco de grande comemoração pelo Dia Internacional da Mulher. A dupla Marina Machado (piano) e Ana Cláudia de Assis (violoncelo) tocará clássicos brasileiros, às 12h30. No dia 12, às 13h, o Museu da República, localizado no bairro do Catete, receberá o Coral Agora Vaz, com regência de Célia Vaz, a partir das 13h. O programa terá também clássicos brasileiros. No dia 14, no Paço Imperial, na Praça XV, às 12h30, será a vez da musicista Graça Alan se apresentar no violão. No programa, músicas de Bach, Baden Powell e compositoras mulheres. No dia 15, no mesmo horário, as pianistas Georgia Szpilman e Dilia Costa apresentam ao público Cartas de amor de Francisco Mignone para a sua Jo, no CCBB RJ. No domingo (19), o programa retorna ao Museu da República, às 13h, com a pianista Deborah Levy, tocando clássicos brasileiros. De volta ao CCBB RJ, a pianista Fernanda Cruz apresentará, no dia 22, As Estações opus 37 bis, de Tchaikowsky, às 12h30. Seguem-se no dia 23, às 12h30, no Museu da Justiça, a pianista Eliane Salek, com músicas de Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Nelson Cavaquinho, Jacob do Bandolim, Cartola, Tom Jobim e Villa-Lobos, e no dia 25, às 18h, no Palácio da Cidade, em Botafogo, a também pianista Licia Lucas, com clássicos internacionais. No domingo (26), às 13h, no Palácio do Catete, faz parte da programação o Coro Lírico Feminino da Associação de Canto Coral (ACC), com regência de Cláudio Ávila, cantando clássicos internacionais. No dia 28, o projeto presta mais uma homenagem, desta vez ao centenário de nascimento do músico Waldir Azevedo, ocorrido no dia 23 de janeiro. Conhecido como gênio do cavaquinho, Waldir Azevedo é autor do sucesso Brasileirinho. Será no Museu do Exército, no Forte de Copacabana, às 18h, com Dani Spielman no sax e Sheila Zagury no piano. Para encerrar o programa dedicado à mulher, no Rio de Janeiro, o CCBB RJ apresenta no dia 29, às 12h30, a pianista Miriam Grosman, que tocará Schubert, Beethoven, Villa-Lobos, Santoro. Internacional O Música no Museu Internacional terá três concertos nas cidades de Coimbra, Sintra e Lisboa, em Portugal; e um em Viena, na Áustria, também festejando o mês da mulher. Em Coimbra, o concerto ocorrerá no dia 15, às 18h, no Museu Machado de Castro, dentro da Jornada Portuguesa de Cultura; em Sintra, no dia 18, às 18h, no Lawrence´s Hotel. Em Lisboa, no dia 22, no mesmo horário, o evento acontecerá na Universidade de Lisboa. Em Viena, o concerto está marcado para o dia 30, às 19h, no Palácio Rotschild. Em todos os concertos se apresentará a pianista Maria Helena Andrade, que brindará o público com músicas brasileiras, do clássico ao chorinho. Em São Paulo Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro, o projeto Música no Museu completou 25 anos em 2022. Ele dá continuidade à programação Os Imortais da Música Brasileira e os Gênios Internacionais, que vem realizando desde novembro do ano passado, no Rio de Janeiro, exaltando grandes obras da música clássica no mundo. Agora, o projeto chega a São Paulo, onde haverá cinco concertos – três em março e dois em abril, embora não relacionados à celebração do Dia Internacional da Mulher. O primeiro será na Comunidade Shalom – Sinagoga Masorti de São Paulo, no dia 12, às 18h, quando se apresentará o Trio Neukomm, formado por Harold Emert, oboé; Marcio Zen, fagote; e Aleida Schweitzer, piano. No programa, músicas de Sigismund Neukomm, compositor e pianista austríaco que viveu e trabalhou no Rio de Janeiro de 1816 a 1821. Na corte brasileira, foi professor de música de Dom Pedro I e de Dona.Leopoldina, entre outros membros da realeza. Também na capital paulista, o violinista Alessandro Borgomanero tocará no dia 14, às 20h, na Galeria Fortes D’Aloia & Gabriel. No programa, músicas de Bach, Almeida Prado, Ricardo Tacuchian, Edino Krieger, Cláudio Santoro, Marcos Salles, Flausino Valle. Haverá uma terceira apresentação na Fundação Cultural Ema Gordon Klabin, museu brasileiro localizado no bairro Jardim Europa. Será no dia 18, às 17h, com o Trio Neukomm. Harpa Sergio da Costa e Silva informou que o projeto Música no Museu está também se preparando para o 18º RioHarpFestival, no Rio de Janeiro, que ocorrerá de 1º a 31 de julho deste ano. O evento será realizado simultaneamente à sétima edição do festival em São Paulo e à primeira edição, em Brasília. Todas as apresentações serão no CCBB de cada capital. O evento reunirá harpistas de 22 países. O diretor do projeto disse que, com o festival, o Brasil entra no circuito mundial da harpa. Percussão Para marcar o Dia Internacional da Mulher, o programa CCBB Educativo Rio promove no sábado (11), às 13h, uma oficina de percussão ministrada pelo grupo Baque de Mulher. A atividade começa na sala do educativo, no 1º andar do centro cultural, e segue até a Rotunda, no térreo. O grupo Baque de Mulher foi criado por mestra Joana Cavalcante, no Recife, e fundado e coordenado no Rio de Janeiro pela Yabá Tenily Guian, em 2016. Tem como fundamento os saberes ancestrais de matriz africana e a valorização da cultura afro-brasileira. A oficina vai trabalhar o empoderamento feminino e a participação social
Especialistas alertam que é preciso repensar o gerenciamento costeiro
Um grande número de pessoas em situação de vulnerabilidade vive atualmente em regiões de alto risco no Brasil, que tem um histórico de desigualdades sociais e de não efetivar políticas fundiárias. Cerca de 2,47 milhões de domicílios estavam nessa situação em 2018, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa é que pelo menos 8 milhões de brasileiros estão sob grave risco e podem ser vítimas de uma tragédia como a que aconteceu durante o último carnaval em São Sebastião, no litoral norte paulista, e que causou a morte de ao menos 64 pessoas somente na cidade, segundo o último boletim divulgado pelo governo de São Paulo. “Uma área de risco é um local que está mais suscetível a sofrer alterações, a partir de processos naturais, como a chuva, que são perigosas para a vida humana. Uma região é considerada de risco quando existem instalações humanas que podem sofrer com esses processos naturais, que podem ou não serem ampliados pela ação antrópica [a ação do ser humano sobre o meio ambiente]”, explicou a geógrafa Ana Paula Ichii Folador, que fez um mapeamento sobre a Justiça e o racismo ambiental em São Sebastião. Temporal provoca deslizamentos na Barra do Sahy – Rovena Rosa/Agência Brasil “De maneira geral, área de risco é um local em que as pessoas estão expostas a perigo ou algum tipo de ameaça que pode prejudicar a vida dela ou seus bens e patrimônios”, segundo o arquiteto e urbanista Anderson Kazuo Nakano, professor do Instituto das Cidades da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que “há perigos de ordem geológica, como é o caso dos riscos de deslizamentos de encostas de morro e rolamento de rochas, corredeiras e lama. Há também os perigos e as ameaças de ordem hidrológica, que são trazidas pelas inundações, enchentes e transbordamento de rios e de córregos. E há também outros tipos de ameaças como solos contaminados”. Essas áreas de grande risco no Brasil, sujeitas a enchentes ou deslizamentos de morros, são habitadas principalmente por uma população mais vulnerável, que não consegue pagar para morar mais próximo ao local de trabalho ou em uma área considerada segura, pelo alto custo. “A maior parte da população que não tem recursos econômicos e não pode contar com políticas urbanas habitacionais, acaba acessando a terra em uma situação segregada, precária, informal, periférica. E são áreas muitas vezes construídas com os próprios recursos dos moradores. Você tem uma tradição histórica de produção de espaço urbano estruturado por profundas desigualdades socioespaciais. Essa é uma característica recorrente nas nossas cidades”, disse Nakano. A isso, segundo o urbanista, se dá o nome de racismo ambiental. “Podemos dizer que há justiça ambiental quando os problemas ambientais existentes afetam da mesma maneira todos os segmentos da população. Na medida em que temos alguns segmentos mais vulneráveis sendo expostos a mais problemas ambientais, enquanto outro segmento privilegiado tem condições de se proteger desses mesmos problemas, podemos dizer que há injustiça ambiental. Quando essa injustiça ambiental afeta populações negras, pardas ou tradicionais, como os caiçaras ou os quilombolas no litoral paulista, caracterizamos isso como racismo ambiental”, explica Rubia Gomes Morato, professora do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo e coordenadora do Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento Professor André Libault (LabCart). No Brasil, essa diferença é tão gritante que a população pobre é separada da população rica de forma bem delimitada. No caso de São Sebastião e de outras cidades litorâneas paulistas, essa demarcação é feita por uma rodovia, a Rio-Santos. “A Rio-Santos é um marcador importante que divide as áreas mais valorizadas e com melhor infraestrutura urbana, próximas às praias, destinadas em boa parte ao turismo, enquanto as áreas menos valorizadas pelo mercado imobiliário, não raramente em áreas de risco, são as únicas acessíveis para a população de baixa renda”, disse Rúbia. Rio-Santos interditada parcialmente entre o centro de São Sebastião e o bairro Barra do Sahy – Rovena Rosa/Agência Brasil O problema é que, principalmente no litoral norte paulista, a faixa de terra plana, possível para ser urbanizada, é bem estreita, descontínua e encravada entre o mar e as escarpas da Serra do Mar. Sem uma política fundiária, a faixa mais próxima ao mar acaba sendo destinada aos mais ricos. “A faixa mais próxima da orla marítima, mais próxima à praia, é ocupada predominantemente por hotéis, por restaurantes caros, por condomínios residenciais de alto padrão, com moradias de veraneio e residências que ficam boa parte do ano ociosas. Esses condomínios são interligados pela Rodovia Rio-Santos”, explicou Nakano. Sem conseguir pagar por essa faixa de terra mais segura e plana, a população mais pobre, por sua vez, passa a construir suas moradias mais próxima das escarpas da Serra do Mar, ou então começam a subir o morro e se colocam cada vez mais em risco. Esse é um histórico da Vila do Sahy, em São Sebastião, local que foi mais atingido pela tragédia das chuvas ocorrida no último carnaval. Vila do Sahy Casa destruída em deslizamento na Barra do Sahy após tempestade no litoral norte de São Paulo – Rovena Rosa/Agência Brasil Os primeiros habitantes de São Sebastião, lembrou a geógrafa Ana Paula, foram os indígenas guaranis, que hoje passaram a ocupar uma área muito limitada na região. Depois, no período colonial, essa região litorânea passou a ser ocupada para o escoamento de açúcar e café produzido no Vale do Paraíba. Mas com o fim do ciclo da agricultura de exportação, as fazendas que ali existiam foram desativadas e as áreas das antigas plantações foram retomadas pela floresta ou ocupadas por famílias caiçaras. “A região ficou isolada e a população dali se voltou para a agricultura de subsistência, pesca e artesanato. Essa condição foi essencial para a preservação do local, enquanto o restante do território paulista passava por um intenso processo de degradação”, disse Ana Paula, em entrevista à Agência Brasil. Mas com o início da construção de rodovias e a implantação de energia elétrica, lotes na região passaram a
Exposição homenageia cartunista Angeli e cinema em stop motion
Uma nova exposição, que entra em cartaz nesta quarta-feira (1º) no Cinesesc, na capital paulista, vai homenagear o cartunista e chargista Angeli e o cinema em stop motion, técnica de animação que é filmada quadro a quadro para simular o movimento. Para isso, o Cinesesc está apresentando réplicas, cenários, bonecos e até um set de filmagem, que foram utilizados na produção da premiada animação Bob Cuspe, Nós Não Gostamos de Gente, dirigido por Cesar Cabral. A ideia da exposição, chamada A Arte da Animação Stop Motion, é mostrar ao público a trabalhosa produção que é exigida para se criar um filme desse gênero, o que pode durar anos. “O stop motion é um processo em que você movimenta um personagem frame a frame, fotografama a fotograma. É o princípio do cinema: uma sequência de imagens que gera a sensação de movimento”, explicou Cabral. “Para se ter uma ideia do que é fazer stop motion, em um dia bom de animação, em que se trabalha oito horas, são produzidos três segundos de cena”. A mostra foi idealizada pelo próprio diretor do filme e também por Ivan Melo. “Aqui é um pouco do nosso processo de produção. Sempre sinto que o stop motion produz esse carisma com o público, que quer ver como se faz uma animação”, disse Cabral, em entrevista à Agência Brasil. “Aqui vamos contar toda a trajetória: como se chega a um set de filmagem e como se produz uma animação. Vamos passar primeiramente pelo que é a direção de arte, em que você começa a pensar os desenhos, também pela produção dos moldes, pela construção dos esqueletos dos bonecos, até a construção e montagem dos cenários e um set de filmagem com câmeras e computadores. Acho que a pessoa vai sair daqui com a sensação e o entendimento do que é fazer um stop motion”, afirmou. O objetivo, segundo o diretor, é que as pessoas possam descobrir esse universo e, quem sabe, começar também a produzir suas próprias animações. “Queremos colocar a sementinha da animação nas novas gerações. O stop motion é um tipo de animação difícil e caro, mas tem essa coisa especial, do processo artesanal. Cada vez mais vemos que ele está aí presente, como é o caso de Pinóquio, de Guillermo del Toro, que foi indicado ao Oscar”, disse Cabral. São Paulo (SP), 28/02/2023, A exposição A Arte da Animação Stop Motion, idealizada por Cesar Cabral e Ivan Melo, conta a história da animação no cinema brasileiro a partir de personagens do cartunista Angeli, no Anexo do Cine Sesc. – Rovena Rosa/Agência Brasil A mostra apresenta três salas expositivas. Na sala de espera do Cinesesc podem ser vistos alguns dos bonecos que foram utilizados na animação, como o próprio Angeli e dois dos mais famosos personagens criados por ele: Bob Cuspe e Rê Bordosa. Há também uma coleção de pequenos rostos com bocas abertas, fechadas e semiabertas para mostrar como é produzida uma sequência de fala de um dos personagens. É nessa sala que também se encontra uma parede repleta de lambe-lambes com frases que já foram utilizadas nas tirinhas de Angeli. No anexo 1, prédio que fica ao lado da sala de cinema do Sesc, foram instaladas réplicas de uma oficina real de construção de bonecos, demonstrando como cada um deles foi produzido a partir de moldes, silicone e metais. Ali o público vai descobrir que cada parte do corpo dos bonecos é elaborada de forma individual e só então encaixada por meio de metais para ser movimentada. Nesse anexo também são mostrados os troféus conquistados por essa animação brasileira e réplicas de cenários utilizados no filme. No andar superior do Cinesesc está uma sala que reproduz um set de filmagem, com os cenários montados, a máquina de fotografar instalada e os computadores acessíveis para a edição e montagem quadro a quadro. A entrada na exposição é gratuita. Escolas e grupos também poderão visitá-la mediante agendamento prévio. Mais informações podem ser obtidas no site da exposição. Fonte