Flamengo espanta má fase e vence Coritiba na estreia do Brasileirão

Depois de dias turbulentos que culminaram na troca de técnico, o Flamengo estreou no Campeonato Brasileiro da melhor forma possível. O Rubro-Negro fez 3 a 0 no Coritiba, na tarde deste domingo (16), no Maracanã e fecha a rodada inaugural da competição empatado com o Fluminense na liderança, com três pontos e três gols de saldo. Ayrton Lucas, Gabriel e Pedro foram os artilheiros da tarde. Apoio da Nação e gols dos artilheiros? Vitória do @Flamengo! pic.twitter.com/CqwCQfLZom — Brasileirão Assaí (@Brasileirao) April 16, 2023 O técnico argentino Jorge Sampaoli, anunciado na sexta (14) como novo comandante da equipe, chegou ao Rio na manhã de domingo e foi logo para as tribunas do Maracanã para assistir à partida. No campo, quem esteve à frente do time foi Mário Jorge, técnico da equipe sub-20 que atuou como interino. Num ambiente de pressão pelos maus resultados recentes (perda do Campeonato Carioca e derrota para o Maringá pela Copa do Brasil), o Flamengo deu uma alegria ao torcedor logo no início do jogo. Aos 11 minutos, Ayrton Lucas arriscou de fora da área e acertou o canto esquerdo do goleiro Gabriel para abrir o placar com um belo gol. O Rubro-Negro encontrou o segundo gol também no início, mas do segundo tempo. Gerson foi derrubado dentro da área, o juiz marcou pênalti e Gabriel converteu, encerrando um jejum de 10 jogos sem gols pelo Flamengo. De quebra, ele ultrapassou Índio e se isolou como 10º maior artilheiro da história do clube, com 143 gols. Outros dois atacantes rubro-negros foram destaque na segunda etapa. Aos 23, Bruno Henrique entrou em campo depois de dez meses de recuperação de uma grave lesão no joelho direito. Aos 30, Pedro substituiu Gabriel e aos 49 marcou o terceiro, após recuperar bola, tabelar com Victor Hugo e tocar por cima do goleiro Gabriel. FIM DE JOGO NA @NeoQuimicaArena! Na estreia do Brasileirão, o Timão venceu o Cruzeiro pelo placar de 2 a 1! ⚽ Matheus Araújo⚽ Róger Guedes#DiaDeCorinthians#VaiCorinthians pic.twitter.com/5nawH6VgOo — Corinthians (@Corinthians) April 16, 2023 Corinthians supera Cruzeiro na estreia  Outra equipe pressionada por um mau resultado recente (derrota por 2 a 0 para o Remo na Copa do Brasil), o Corinthians estreou com vitória diante do Corinthians na Neo Química Arena. Os gols foram marcados todos na segunda etapa. Matheus Araújo, que substituíra Giuliano na primeira etapa, tabelou com Fausto Vera na entrada na área e tocou na saída do goleiro Rafael Cabral para abrir o placar para o Timão aos 22 minutos. Aos 41, após cobrança de escanteio pela esquerda, Gil cabeceou e no rebote Róger Guedes marcou, ampliando para o Corinthians. O árbitro Anderson Daronco anulou o gol em um primeiro instante por falta de Gil, mas após consulta ao VAR, acabou confirmando o gol. Aos 50 minutos, após escanteio pela direita, Lucas Oliveira apareceu para completar de cabeça e diminuir o placar. Final de jogo: #Grêmio 1×0 SantosPrimeiro passo dado e três pontos na conta na nossa estreia no #Brasileirão2023. João Pedro foi o nome do gol da vitória sobre o Santos no nosso duelo de retorno à Série A, lugar que pertencemos! DÁ-LHE TRICOLOR! Vamos por mais! pic.twitter.com/hF4VJp1y88 — Grêmio FBPA (@Gremio) April 16, 2023 Suárez perde pênalti, mas Grêmio bate Santos A estreia do Grêmio – e do uruguaio Luis Suárez – no Brasileirão foi longe de casa, mas o torcedor gaúcho não deixou de comparecer. O Tricolor teve que atuar em Caxias do Sul devido a uma punição sofrida pela confusão causada pela torcida gremista em um jogo pela Série B de 2022. O retorno do Imortal à Série A, ao invés de acontecer na Arena do Grêmio, se deu no Alfredo Jaconi. Isso não impediu que houvesse novo tumulto nas arquibancadas. No intervalo da partida, torcedores das duas equipes entraram em conflito justamente na área de separação das duas torcidas. Alguns santistas chegaram a invadir o espaço gremista e arrancar bandeiras, mas a confusão foi controlada. Pouco antes disso, o Grêmio havia aberto o placar com um chute colocado de João Pedro de fora da área, vencendo o goleiro João Paulo. Na volta para o segundo tempo, após consulta ao VAR, a arbitragem deu pênalti para o Grêmio após Messias derrubar Cristaldo na área. Luisito Suárez teve a chance de marcar pela primeira vez em um Campeonato Brasileiro, mas isolou a cobrança, por cima do gol. Posteriormente, o venezuelano Soteldo foi expulso por dois cartões amarelos e o Santos não teve forças para igualar o placar. Primeira rodada teve apenas um empate Com a rodada inicial do Campeonato Brasileiro já concluída, nove equipes aparecem empatadas na primeira colocação, com três pontos, porém Flamengo e Fluminense têm saldo de três gols, enquanto o Athletico Paranaense tem dois. Outros seis clubes (Botafogo, Bragantino, Corinthians, Palmeiras, Vasco e Grêmio) têm um gol de saldo. Fortaleza e Internacional foram responsáveis pelo único empate do primeiro fim de semana do Brasileirão. Após rodadas da Libertadores e da Copa Sul-Americana no meio de semana, o Campeonato Brasileiro retorna no próximo fim de semana.  Fonte

Goleadas de Santos e Cruzeiro marcam o domingo no Brasileirão Feminino

O domingo (16) no Brasileirão Feminino foi de goleadas. O Santos, atuando na Vila Belmiro, não tomou conhecimento do Avaí/Kindermann, vencendo por 4 a 0. Já no Ceará, o Cruzeiro estendeu o calvário do Vozão e fez 7 a 0 nas adversárias. Santos e Cruzeiro têm exatamente a mesma pontuação (11 pontos), enquanto Avaí/Kindermann seguem sem vitórias em sete partidas disputadas até agora. Na Baixada Santista, a curiosidade é que os quatro gols (três no segundo do tempo) das Sereias da Vila foram marcados com a cabeça. Ketlen, Kaka, Yaya e Giovana foram as autoras dos gols. Olha as @SereiasDaVila! Goleada em casa pra festa da torcida! pic.twitter.com/UcMZX20rA8 — Brasileirão Feminino Neoenergia (@BRFeminino) April 16, 2023 Já na Cidade Vozão, em Itaitinga, o Cruzeiro demorou para marcar, abrindo o placar somente no fim da primeira etapa, com Isa Fernandes. Marcou o segundo nos acréscimos com Marília. No segundo tempo, no entanto, a Raposa disparou e marcou mais cinco vezes para fechar a goleada em 7 a 0. No total, marcaram Isa Fernandes, Marília (2), Byanca Brasil (2), Mari Pires e Carol Baiana. Com o resultado, o Ceará, que joga com uma equipe recheada de atletas com idade para atuar nas categorias de base, tem sete derrotas em sete jogos, com nenhum gol marcado e 53 sofridos. 🕘 51’ | 2T | Fim de jogo em Itaitinga!GOLEADA DE 7 A 0 PRAS CABULOSAS! ⚽⚽⚽⚽⚽⚽⚽Gols de Isa Fernandes, Marília (2x), Byanca Brasil (2x), Mari Pires e Carol Baiana 🔷 #CEAxCRU | 0-7 | #AsCabulosasNoBrasileirão pic.twitter.com/JP7hW2J4yl — Cruzeiro Feminino 🦊 (@CruzeiroFem) April 16, 2023 No encerramento da rodada de domingo (16), o Bahia venceu o Real Brasília por 2 a 1 na Arena Pituaçu, com gols de Sorriso e Nathane, com Karla Alves descontando para as visitantes. As Mulheres de Aço pulam provisoriamente para a 10ª posição, com 10 pontos, enquanto a equipe da capital nacional tem apenas quatro pontos, em 13º. Rodada será concluída com clássico paulista Nesta segunda (17), dois jogos encerram a 11ª rodada do Brasileirão Feminino A1. O Grêmio recebe o Flamengo às 16h15 (horário de Brasília0, em Eldorado do Sul. A equipe carioca é a quarta colocada, com 15 pontos, enquanto o Tricolor gaúcho tem 10 pontos, empatado com o Bahia. Às 18h30, tem jogo de extrema rivalidade no Parque São Jorge. O Corinthians, atual tricampeão da competição, recebe o Palmeiras. Em caso de vitória, as Brabas, que têm 16 pontos, ultrapassarão a Ferroviária (que tem 17) para reassumir a liderança. Já as adversárias, em sexto, com 14 pontos, podem pular até para o segundo lugar em caso de triunfo. Fonte

Vôlei de praia: Evandro e Arthur são campeões em fase do mundial no RJ

O vôlei de praia brasileiro teve um domingo (16) especial com medalhas de ouro, prata e bronze no Challenge Saquarema (RJ), etapa do circuito mundial. Formada no início do ano, a dupla Evandro e Arthur Lanci foi campeã ao derrotar os norte-americanos Budinger e Evan na final, por 2 sets a 1 (21/18, 21/12 e 15/13).  No feminino, teve dobradinha brasileira no pódio: Tainá e Victória faturaram a prata, após serem superadas na final pela italianas Menegatti e Gottardi, por 2 sets a 1 (21/18, 25/23 e 15/11). E medalha de bronze ficou com Andressa e Vitória que levaram a melhor sobre a dupla Paulikiene e Raupelyte, da Lituânia, com vitória de virada por 2 sets a 1 (19-21, 21-12 e 15-9).  Tainá e Victória brigaram pela medalha de ouro na final, mas foram superadas pela italianas Menegatti e Gottardi, por 2 sets a 1 (21/18, 25/23 e 15/11). – Reprodução Facebook/CBV A próxima etapa do Mundial ocorrerá em Uberlândia (MG), o Beach Pro Tour,  com as melhores duplas de vôlei de praia do mundo, de 26 a 30 de abril. Será a última competição do circuito no Brasil, No último domingo (10), na etapa realizada em Itapema (SC), o Brasil foi ouro com a dupla André Stein e George, e prata com  Bárbara Seixas e Carol Solberg.  Ciclo olímpico para Paris 2024 Na busca por vaga nos Jogos de Paris, quem soma mais medalhas no circuito mundial de vôlei de praia tem mais chances de encaminhar a classificação à Olimpíada. No entanto, cabe à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) a indicação de quais duplas irão representar o país na competição. .  Outra forma de garantir a classificação é pelo ranking mundial. Irão à Paris 2024 as 17 duplas mais bem ranqueadas no período de 1º de janeiro deste ano a 10 de junho de 2024. Fonte

Filme Para’í tem pré-estreia durante festival em aldeia guarani em SP

O longa-metragem Para’í, do diretor Vinicius Toro, teve pré-estreia neste domingo (16) na Terra Indígena (TI) Jaraguá-Guarani, na Vila Jaraguá, zona noroeste da capital paulista. O filme, com estreia nos cinemas prevista para esta quinta-feira (20), foi exibido no início da tarde na segunda edição do Festival Yvy Porã Jaraguá é Guarani. O longa, selecionado para diversos festivais, como o 51º Festival de Brasília, a 22ª Mostra de Cinema de Tiradentes e o 20º Festival do Rio, foi gravado na TI do Jaraguá e teve participação ativa dos indígenas na produção e no roteiro.  “Tudo que passou nesse filme é a nossa vida mesmo. Nós continuamos assim dessa mesma forma, vivendo, resistindo, preservando essa floresta, cuidando desses animais”, destacou Sonia Ara Mirim, da comunidade Guarani do Jaraguá, que participou como atriz e roteirista. O filme, que foi exibido sob uma tenda dentro de uma área de Mata Atlântica, conta a história de duas crianças indígenas que se aventuram para fazer com que algumas sementes de milho colorido guarani germinem e cresçam. Nessa caminhada, elas se deparam com muitos dos elementos que marcam a vida da comunidade indígena do Jaraguá: a luta pela demarcação das terras e a falta de espaço para plantar; os incêndios criminosos; o contraste da religião tradicional indígena e a evangélica; e a valorização da língua guarani. “Quando a gente faz um filme como esse, ele retrata a nossa realidade. Não adianta a gente fazer um filme aleatório. Isso aqui é verdadeiro, aconteceu. Nós temos o nosso modo de vida e precisava ser mostrado”, diz Mirim. Ela destaca ainda as dificuldades para o reconhecimento do seu povo. “Nada é fácil para nós. Sempre tem algo que impede os povos indígenas aqui do Jaraguá de serem vistos como somos, nos impede de mostrar nossa cultura. Muitos falam que nós não somos indígenas, que aqui é uma favela, e a gente tinha que mostrar o contrário disso. Sempre estamos procurando mostrar quem somos.” Temas reais O diretor Vinicius Toro ressalta que, apesar de ser um filme encenado, o longa incorporou uma série de temas reais que, inclusive, ocorreram durante a produção do filme. “Um dia antes de a gente entregar o projeto, que a gente estava buscando patrocínio, teve uma queimada e a gente foi lá registrar”, conta.   “Essa questão das igrejas [evangélicas] que estão ao redor, a gente começou a incorporar no desenvolver do filme. Tinha essa ideia inicial de ser um filme que tratava de temas reais, mas também ser um filme encenado”. O filme é uma produção da Travessia Filmes e será lançado nos cinemas pela distribuidora Descoloniza Filmes. O trailer oficial pode ser visto no Youtube. A Terra Indígena (TI) Jaraguá ainda enfrenta disputas judiciais para a demarcação de terra definitiva. Em 2017, a Portaria 693 do Ministério da Justiça e Segurança Pública reduziu a extensão da TI a 1,7 hectare, quando o processo de demarcação indicava que a reserva deveria ser de 512 hectares. Uma liminar, naquele mesmo ano, suspendeu a portaria. Fonte

Viagem reforça papel de Brasil e China no cenário internacional

O balanço da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China e aos Emirados Árabes pode ser feito sob vários aspectos. O viés comercial foi importante, com investimentos e acordos acertados, e isso era a parte mais fácil. Todos têm a ganhar.  O presidente classificou a visita como “extraordinária”. Na China, os acordos somaram R$ 50 bilhões e, nos Emirados Árabes, mais de R$ 12 bilhões. “E o que é mais importante do que a soma de dinheiro, é a possibilidade de novos acordos que podem ser feitos. Não apenas do ponto de vista comercial, mas do ponto de vista cultural, digital, educacional”, avaliou em coletiva de imprensa neste domingo (16), em Abu Dhabi. Os termos assinados entre os dois países incluem acordos de cooperação espacial, em pesquisa e inovação, economia digital e combate à fome, intercâmbio de conteúdos de comunicação entre os dois países e facilitação de comércio. Diplomacia Outro aspecto da viagem diplomática diz respeito a esse começo de relação entre Lula e Xi Jinping, o líder chinês. Apesar de a relação ser entre governos, é inegável que uma certa simpatia mútua ajuda. E isso aconteceu. Além da conversa entre as duas delegações, teve outra, particular, entre ambos. O encontro privado, que era previsto na agenda para durar 15 minutos, durou bem mais de uma hora.  O mundo todo está curioso quanto aos frutos desse encontro, porque dois temas importantes dependem bastante de iniciativas do Brasil e da China. O primeiro deles é a guerra na Ucrânia. O segundo é o meio ambiente. São complexos, dependem de muita diplomacia, diálogo, e são urgentes.  No caso da guerra da Ucrânia, a posição de Lula é que é necessária a formação de um grupo de países neutros, que sejam respeitados por ambos os lados, para levar Rússia e Ucrânia para a mesa de negociações. E, de todos esses países, o mais importante é a China, porque, desde as sanções contra a sua economia, a Rússia passou a depender ainda mais dos chineses.  “A decisão da guerra foi tomada por dois países. E agora o que estamos tentando construir é um grupo de países que não tem envolvimento com a guerra, que não quer a guerra, que desejam construir paz no mundo, para conversarmos tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia. Mas também temos que ter em conta que é preciso conversar com os Estados Unidos e com a União Europeia”, afirmou Lula. Ele disse ainda que pretende envolver países da América Latina. Convencer a China a encabeçar esse grupo é também, de certa forma, assegurar que ela, que é a quarta maior produtora de armas do mundo, não venda material bélico para a Rússia. Caso isso ocorra, será muito difícil ver o fim dessa guerra que, além do enorme sofrimento produzido, tem causado efeitos muito ruins para a economia mundial.  Rússia e Ucrânia são grandes produtores agrícolas e a guerra está causando um aumento nos preços de muitos alimentos. Tem também a questão energética. Sem comprar o gás que vinha da Rússia, os países europeus estão gastando três vezes mais para importar o gás que tem que chegar de navio.  Se somado o custo de mandar armas e sustentar a enfraquecida economia ucraniana, esse gasto de dinheiro é insustentável para vários países europeus. Mas também não se pode exagerar nas expectativas de que a China possa resolver o problema.  Esporte como exemplo A China, que teve uma extraordinária capacidade de crescer com taxas que causam admiração e inveja, aparenta poder de decisão. Entretanto, um assunto que o Brasil conhece muito bem mostra que, às vezes, querer não é poder. Estamos falando de futebol.  O líder chinês Xi Jinping destacou-se e cresceu por ter organizado com muito sucesso as Olimpíadas de Pequim em 2008. Entusiasmado com o poder do esporte, em termos de popularidade e influência na sociedade, ele decidiu apostar no futebol, que poderia render mais sucesso ainda.  Ele fez um planejamento para que o esporte recebesse investimentos para tornar a China uma potência mundial. Logo depois dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016, o mercado chinês se encheu de verbas milionárias e começou a importar jogadores. O plano era construir 70 mil campos de futebol e ter uma base de 50 milhões de chineses jogando bola. E mais: queriam sediar uma Copa e vencer o torneio até 2050. Tanta ambição foi muito rapidamente derrotada pela dificuldade de se criar uma cultura de futebol, um esporte que, mais do que disciplina e ordem, demanda e depende de criatividade e liberdade. O resultado é que não só o sucesso não veio, mas o presidente da federação chinesa de futebol foi preso em fevereiro deste ano, e existem sérios problemas ligados à corrupção. O futebol dos homens é patético e apenas as mulheres mostraram um futebol razoável.  A bola do futebol chinês murchou. Esse pequeno exemplo mostra que talvez seja mais realista e necessária a união de vários países, cada um contribuindo um pouco, para a resolução dos complexos problemas mundiais. Cada vez mais fica difícil para qualquer superpotência impor sua vontade. Outros atores importantes pedem passagem no cenário internacional. Isso inclui o Brasil e, principalmente, a China.    Fonte

Festival de rap debate participação feminina na música urbana

Durante toda a tarde e noite deste domingo (16), o bairro boêmio da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, será palco de um estilo musical bem urbano e com raízes negras, assim como o samba, porém mais recente e com influências norte-americanas: o rap. Ritmo e poesia ocupam quatro espaços com shows gratuitos e outros a preços populares, além de debates. Uma das mesas de debate foi Mulheres na Música Urbana, com Yvie Oliveira, fundadora e produtora executiva do Brasil Grime Show (BGS), e Juliana Wanderley, cofundadora e colaboradora do coletivo negro e revista Brasa Magazine. O grime é um estilo musical surgido em Londres no início dos anos 2000, no qual cantores de rap fazem suas rimas em cima de batidas eletrônicas aceleradas.  Fundado em 2016, o BGS abre espaço para artistas da música urbana experimentarem o estilo. Yvie diz que foi pioneira no trabalho com grime no Brasil e que, nos últimos anos, outros canais no YouTube começaram a trabalhar com o estilo. “Isso é muito legal de observar. Hoje, quando você olha para o Brasil, tem mais de dez rádios no YouTube focadas em grime. E, até 2020, só existia o Brasil Grime Show. Então, hoje, eu também tenho para onde escoar meu trabalho, para outros programas de grime pelo Brasil. A gente tem uma influência muito forte, sim, e muitos artistas que passaram por nós conseguiram entender isso e trabalhar em cima da mídia que a gente proveu para reverter para o que eles queriam.”  Apesar do sucesso, Yvie conta que passou por muitas situações de falta de credibilidade por ser mulher. “Tem situações em que se consegue ver de forma explícita que a pessoa vai se relacionar melhor se for um homem dando o direcionamento do que com uma mulher. Você vai sempre ter sua palavra colocada em dúvida. Trabalhei com mais de 60 artistas e só dois tiveram confiança para trabalhar diretamente comigo. Os demais preferiram passar por outras produções. Só que hoje eles estão voltando, pedindo nossa assessoria.”   Juliana destaca que, muitas vezes, os homens recebem os créditos por um trabalho realizado por mulheres e que o esforço feminino é desrespeitado. “Tem a ética do lado profissional e tem o lado pessoal, e são situações que vão afetar os dois. Tem situações em que eu preciso me impor, como produtora ou assessora, para resguardar meu espaço.” Ela acrescenta que precisa se impor como mulher e dizer: “você não vai falar comigo assim, da mesma forma que você não falaria se fosse com um homem”. De acordo com Juliana, é uma situação difícil, porque dá impressão de petulância ou de se tratar de uma mulher descontrolada. “E não é sobre isso, é sobre a gente estabelecer um limite do respeito.” Também foram debatidos os temas Novas Tendências da Cena da Música Urbana; Direito Autoral: da Execução Pública ao Digital e Planejamento de Carreira. Os debates tiveram curadoria do rapper Marcão Baixada, agitador cultural premiado em eventos como o Take Back the Mic, em Miami. Festival O festival Lapa pela Lapa foi idealizado pela Agência Olga e realizado em parceria com as agências V3A e SRCOM, além da União Brasileira de Compositores (UBC), Selina, Rádio Mix, Mobees, Virgin Music Brasil e associação Salve Lapa. O patrocínio é da Budweiser e da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa, por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura.  Segundo o sócio-diretor da Agência Olga, Mateus Simões, o objetivo do projeto Lapa pela Lapa é valorizar o Rio de Janeiro e um dos bairros mais tradicionais da cidade. “Nossa inspiração nasceu dos festivais norte-americanos que usam as estruturas das cidades para entregar uma rica programação ao público. Eventos como estes movimentam bastante o mercado local e empreendedores, além de valorizar artistas e criar experiências únicas para o público. Na primeira edição, optamos por fazer com artistas da cena do rap nacional, dando luz à cultura urbana que aflora por todo o Brasil,” afirmou Simões. Shows Os shows começaram às 15h. Na Fundição Progresso, os ingressos custam R$ 40, mais a doação de 1 quilo de alimento não perecível, e as principais atrações são BK’ e Marcelo D2, a partir das 20h. Nos Arcos da Lapa, com acesso gratuito, BNegão anima o público a partir das 18h30, seguido de Drik Barbosa. A atração da Casa Salve Lapa, no Centro Cultural Tá na Rua, é a batalha de MCs, a partir das 19h, com entrada gratuita. O encerramento será com o Mc Funkero e também haverá a pintura de um grafite ao vivo. Já o Espaço Virgin Music Brasil, no Espaço Verde da Fundição Progresso, terá apresentação de freestyle com PK às 19h e de Marcelinho da Lua às 20h30.  Fonte

Morre Mestre Zumbi Bahia | Agência Brasil

Faleceu neste sábado (15) uma das maiores lideranças negras do Maranhão: Adalberto Conceição da Silva, mais conhecido como Mestre Zumbi Bahia. O falecimento do mestre de capoeira, cantor, compositor, coreógrafo, percussionista e mestre em Ciências da Educação foi informado pelo Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN-MA). Até o momento não foi divulgado o motivo da morte de Mestre Zumbi Bahia. “É com pesar que recebemos a notícia da passagem do companheiro Adalberto Da Conceição Silva, nosso Mestre Zumbi Bahia. Respeitado e aplaudido pelos seus feitos, Zumbi Bahia deixa um significativo legado na arte e na cultura afrobrasileira, em especial no Maranhão”, informou o CCN, em nota publicada nas redes sociais. “O Centro de Cultura Negra do Maranhão manifesta gratidão e homenagens pela sua contribuição no Akomabu, no Abanjá e se solidariza com familiares e amigos. ‘Me banho nas forças que vem do infinitivo! Atravessando as barreiras do Sol’. Esteja em paz Zumbi Bahia! Que o Orum lhe receba em festa!”, completa a nota. Em outro post, o CCN agradece ao mestre pelos ensinamentos; pelos “zumbidos culturais”; bem como pela ginga, luta, caráter, “e por nos ter feito entender a grandeza de ser negro… negra! Por nos ter feito respeitar nossa ancestralidade, nossa religião e nossa cultura. Eternamente nossa gratidão”, diz o texto. Erradicado em São Luís (MA), Zumbi Bahia criou o Coletivo Cultural Oficina Afro. Sua carreira artística teve início no grupo Filhos de Obá, em Salvador (BA). Já no Maranhão, foi coordenador Pedagógico do lnstituto Officina Affro. Fonte

Incêndio em Dubai mata 16 pessoas

Dezesseis pessoas morreram e nove ficaram feridas em um incêndio em Dubai. A tragédia teria acontecido no sábado (15), mas os jornais locais noticiaram o ocorrido apenas neste domingo (16). O incêndio teria acontecido num o prédio residencial localizado no bairro de Al-Ras, território de imigrantes e comerciantes.  “As investigações preliminares mostraram que a falta de cumprimento das exigências de segurança e proteção do edifício causaram o incêndio”, noticiou o jornal local, citando uma declaração da Defesa Civil. Al-Ras é um dos bairros mais antigos de Dubai. O incêndio já foi extinto, aponta a imprensa. *Com informações da Agência Reuters Fonte

Basquete: imparável, Franca é campeão da Champions League das Américas

O Sesi Franca não deixou dúvidas. É a equipe a ser batida no basquete brasileiro e sul-americano. O clube da cidade conhecida como a capital da modalidade no país venceu o Flamengo neste sábado (15) por 88 a 79 e conquistou o inédito título da Champions League das Américas (BCLA), a Libertadores do basquete. E não apenas isso: alcançou inacreditáveis 46 jogos consecutivos sem perder. É CAMPEÃOOOOOO🏆 pic.twitter.com/HfHU3JLAs9 — Sesi Franca Basquete (@FrancaBasquete) April 16, 2023 Franca teve a vantagem de sediar a fase final do torneio – o Final Four, ou seja, semifinais e decisão – e, por consequência, jogou o duelo derradeiro com amplo apoio da torcida nas arquibancadas do ginásio Pedrocão. Em uma partida tensa, o Rubro-Negro, que em 2019 foi carrasco da equipe francana ao vencer um NBB dentro da quadra adversária, até tentou reagir em diferentes momentos do jogo, mas os donos da casa estiveram quase sempre no controle. O Flamengo cortou a vantagem de Franca para quatro pontos antes do quarto decisivo, mas a equipe paulista conseguiu se manter à frente e fechar o jogo consistentemente. O pivô Lucas Mariano, com 16 pontos e sete rebotes, foi escolhido o MVP (Jogador Mais Valioso) do Final Four. #BCLAmericas 😱😎 Lucas CLUTCH Mariano 💣🔥@FrancaBasquete pic.twitter.com/L6DBxS6j0Z — #BCLAmericas (@BCLAmericas) April 16, 2023 Este é o terceiro troféu conquistado pela equipe comandada por Helinho Garcia na temporada, depois do Campeonato Paulista e do Super 8. Além do peso da conquista do principal título do basquete sul-americano, a vitória estendeu a sequência invicta de Franca para 46 partidas, iniciada na final do campeonato estadual. Após perder o jogo 2 da decisão do Paulista para o São Paulo, em 12 de outubro do ano passado, a equipe venceu o duelo seguinte para fechar a série melhor de três em 2 a 1. No prosseguimento da temporada, venceu todas as dez partidas que culminaram na conquista da BCLA, os três jogos que levaram ao título do Super 8 e, no mais impressionante dos feitos, fechou a primeira fase do NBB com 32 triunfos em 32 rodadas. A melhor campanha entre os 17 clubes da competição nacional garantiu um lugar nas quartas de final, onde aguardará pelo vencedor da série entre Pinheiros e Unifacisa, pelas oitavas. A conquista da BCLA também significa a possibilidade de ir atrás de um outro título inédito, o do Torneio Intercontinental da Fiba (Federação Internacional de Basquete), em setembro, em Singapura. Embora a competição sul-americana viva um momento de domínio brasileiro, com três títulos de clubes do país de forma consecutiva (Flamengo, São Paulo e Franca), em toda a história do Intercontinental, iniciado em 1966, foram apenas três conquistas do basquete do Brasil: o Flamengo por duas vezes, em 2014 e 2022 e o Sírio, em 1979. Franca terá cinco adversários na luta pelo título: o campeão da Champions League europeia (segundo torneio de clubes mais importante do continente), o vencedor da BAL (liga do continente africano), o G-League Ignite (equipe da Liga de Desenvolvimento da NBA, voltada para jogadores jovens), além de outros dois times a serem anunciados pela Fiba posteriormente, um deles obrigatoriamente vindo da liga chinesa. Fonte

Governo propõe salário mínimo de R$ 1.389 em 2024, sem aumento real

O salário mínimo em 2024 será de R$ 1.389 e, por enquanto, não terá aumento acima da inflação. O reajuste consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024, enviado nesta sexta-feira (14) ao Congresso Nacional. O reajuste segue a projeção de 5,16% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para este ano. A estimativa também consta do PLDO. O projeto também apresentou previsões de R$ 1.435 para o salário mínimo em 2025 e de R$ 1.481 para 2026. As projeções são preliminares e serão revistas no PLDO dos próximos anos. Até 2019, o salário mínimo era reajustado segundo uma fórmula que previa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos anteriores mais a inflação oficial do ano anterior. Nos últimos anos, o reajuste passou a seguir apenas a reposição do INPC, por causa da Constituição, que determina a manutenção do poder de compra do salário mínimo. O novo governo está discutindo uma nova política de valorização real (acima da inflação) do salário mínimo. “Eventuais novas regras de reajuste, que prevejam aumentos reais para o salário mínimo, serão oportunamente incorporadas ao cenário fiscal quando da elaboração da lei orçamentária anual”, divulgou em nota o Ministério do Planejamento. Segundo o Planejamento, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 368,5 milhões no orçamento. Isso porque os benefícios da Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e diversos gastos são atrelados à variação do mínimo. A conta considera uma alta de R$ 374,8 bilhões nas despesas e ganhos de R$ 6,3 bilhões na arrecadação da Previdência Social. O valor do salário mínimo para o próximo ano ainda pode ser alterado, dependendo do valor efetivo do INPC neste ano e da nova política de reajuste. Pela legislação, o presidente da República é obrigado a publicar uma medida provisória até o último dia do ano com o valor do piso para o ano seguinte. Em 2023, o salário mínimo está em R$ 1.304, com ganho real de 1,41%. Com o reajuste para R$ 1.320, previsto para 1º de maio, a valorização subirá para 2,8% acima da inflação de 2022. O projeto original da LDO foi enviado ao Congresso com o teto de gastos ainda em vigor. O texto, no entanto, traz a permissão para que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024 preveja despesa primária em valor superior ao teto de gastos, condicionada à aprovação do novo arcabouço fiscal pelo Congresso Nacional. Fonte

Estudo aponta desafios do seguro rural em meio a mudanças climáticas

No ano passado, a produção agropecuária caiu 1,7% no Brasil em relação ao resultado de 2021, e as mudanças climáticas têm sido responsáveis por expressivas quebras de safra. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o aumento da frequência de eventos climáticos adversos contribuiu para elevar as indenizações do seguro rural e reduziu a oferta disponível, deixando os produtores rurais com menor cobertura. O estudo do Climate Policy Initiative, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CPI/PUC-Rio), que constrói um mapeamento sobre o seguro rural no Brasil e propõe ações efetivas para segurança da agropecuária brasileira, diante das mudanças climáticas, tem foco na cobertura da soja. No ano agrícola 2021/2022, a forte estiagem levou as indenizações a crescer mais de quatro vezes em relação à safra anterior, conforme dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Além de o Brasil ser o maior produtor mundial de soja, o cereal é o principal item do setor agrícola nacional e o produto mais segurado. A cultura da soja tem se expandido no país, mas os produtores estão cada vez mais sujeitos a uma série de riscos climáticos que podem gerar perdas. Por causa da diversidade climática e geográfica do país, algumas localidades estão mais expostas a riscos do que outras. Segundo os pesquisadores do CPI/PUC-Rio, os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e da Bahia, o noroeste do Rio Grande do Sul e o oeste do Paraná têm grande produção de soja e alta variabilidade na produtividade, um possível indicador de instabilidade associada a eventos climáticos. Produção e risco de perdas Os instrumentos de gerenciamento de risco ajudam os produtores rurais a se proteger dos riscos naturais. O estudo mostra que a cobertura de seguro rural da soja está concentrada nas Regiões Sul e Centro-Oeste. A Região Sul responde por 60% do número de apólices e 43% do valor dos prêmios, apesar de ter produzido apenas 37% da soja entre 2006 e 2018. Já a Região Centro-Oeste, responsável pela maior parcela de área plantada (45%) e valor produzido (44%), concentrou 20% das apólices de seguro e 34% dos prêmios pagos no mesmo período. A cobertura de seguros para soja expandiu-se nos últimos anos. O número de municípios com seguro aumentou 22% entre 2008 e 2018. Entretanto, mais de mil municípios permanecem sem nenhuma cobertura de seguros. O estudo identificou grandes regiões produtoras de soja com baixa cobertura de seguros, como é o caso de boa parte do estado de São Paulo, do oeste de Santa Catarina e de parte do norte do Rio Grande do Sul. Apesar da recente expansão da produção de soja e do setor de seguros nessas regiões, o crescimento da cobertura não foi proporcional. A Região Nordeste apresenta proporção similar de área plantada (8%), valor produzido (8%) e prêmios de seguro rural (9%), e maior proporção no volume de indenizações (18%). Isso sinaliza que a região tem alto risco de perdas.  A gerente sênior de pesquisa do CPI/PUC-Rio e coordenadora do estudo, Priscila Souza, destaca que a adoção de práticas modernas e sustentáveis, que contribuam para a adaptação e a mitigação das mudanças climáticas, requer investimentos consideráveis. Priscila afirma que os produtores precisam de instrumentos financeiros adequados para lidar com os riscos envolvidos. “A oferta de seguros deve ser expandida para produtores e regiões com acesso limitado a produtos financeiros e que são mais vulneráveis a eventos climáticos.” Identificação das causas  Os pesquisadores investigaram as variáveis climáticas mais relevantes para explicar as perdas na produção de soja. Os resultados indicam que, no Brasil, a produção é afetada principalmente por secas e chuvas excessivas. Precipitação, risco de fogo e vento são as variáveis climáticas que mais influenciam a probabilidade de estiagem e de ocorrência de perdas. Maiores índices de risco de fogo estão relacionados a maiores riscos de seca. E a ocorrência de chuvas fortes e tempestades está associada ao excesso de precipitação e à velocidade elevada do vento. Além de Priscila, participaram do estudo os pesquisadores Mariana Stussi e Wagner Oliveira.  “Identificar essas variáveis climáticas é importante para a previsão de perdas futuras e, por conseguinte, para orientar a implementação de políticas públicas e de ações efetivas por parte das seguradoras”, conclui Priscila, que defende estímulo do governo à expansão do seguro rural. De acordo com Priscila, isso pode ser feito com investimentos no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, redução do custo de aquisição das apólices, aprimoramento do o Zoneamento Agrícola de Risco Climático e fortaleceimento do mercado de resseguros no Brasil. Em um cenário de maior risco, as resseguradoras se tornam cada vez mais importantes, afirmam os pesquisadores. *Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara  Fonte

Fornecimento de energia foi interrompido em Roraima

Roraima teve seu fornecimento de energia interrompido na noite deste sábado (15), a partir das 16h20. A causa do blecaute está sendo analisada pela Roraima Energia, empresa responsável pelo serviço. De acordo com a Roraima Energia, a interrupção do fornecimento “a todo o sistema elétrico” do estado foi decorrente de “desligamento geral do parque termelétrico que atende o sistema”. A retomada das cargas só foi iniciada às 19h40, sendo concluída às 23h58. “As causas do desligamento geral do parque gerador, bem como das dificuldades de recomposição, serão analisadas pelo ONS [Operador Nacional do Sistema] e agentes envolvidos”, informou a Roraima Energia por meio de redes sociais. A empresa aproveitou o ocorrido para reivindicar celeridade para a interligação do estado com o sistema elétrico nacional, medida que poderia evitar quedas de energia decorrentes de falhas do sistema local. “Esperamos que em um futuro breve, Roraima esteja interligada ao sistema nacional, passando a usufruir de uma fonte mais robusta e estável”, concluiu a nota. Fonte

Secretaria Nacional de Justiça confirma extradição de Thiago Brennand

A Secretaria Nacional de Justiça confirmou a concessão, pelos Emirados Árabes, da extradição do empresário Thiago Brennand, acusado de agressão a mulheres – uma dessas agressões foi flagrada pelas câmeras de uma academia em São Paulo. Em nota divulgada neste domingo (16), a Secretaria, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), informou que o procedimento de extradição seguirá seus trâmites regularmente, mas que não há, até o momento, previsão de quando Brennand chegará ao Brasil. A prisão preventiva do empresário, que é também acusado de possuir armas ilegais, foi determinada em setembro do ano passado pela Justiça de São Paulo. O nome dele foi então incluído na lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Sua defesa informou, na época do pedido de prisão preventiva, que o empresário retornaria ao país para comparecer às audiências no fórum onde responde ao processo. O empresário, no entanto, não cumpriu com o prometido e encontra-se nos Emirados Árabes. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, Thiago Brennand é réu em pelo menos 8 processos criminais, e teve decretada sua prisão preventiva em cinco deles. O caso foi comentado na madrugada deste domingo (16) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante coletiva de imprensa concedida em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Após confirmar a extradição do empresário brasileiro, Lula disse que o tema não foi tratado oficialmente com o xeique Mohammed bin Zayed al-Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos. “Eu fiquei sabendo que os Emirados Árabes vão fazer a extradição. Quando ela vai acontecer é uma questão da Justiça. A única coisa que eu sei é que se no mundo existir um milhão de cidadãos como este todos merecem ser punidos. Não é humanamente aceitável que um brutamonte desses seja agressor de mulheres. Acho que ele tem que pagar”, disse o presidente. Fonte

Greenpeace Brasil encontra 176 escavadeiras em terras Yanomami

A organização não governamental (ONG) Greenpeace Brasil encontrou 176 escavadeiras em garimpos ilegais nas terras indígenas (TI) Yanomami, Kayapó e Munduruku, entre os anos de 2021 e 2023. Conforme consta do relatório Parem As Máquinas! Por Uma Amazônia Livre de Garimpo , divulgado na quarta-feira (12), 75 veículos (42,6% do total), são da marca Hyundai HCE Brasil. Elaborado com contribuições da equipe da Greenpeace do leste asiático, o documento destaca que cada máquina pode custar mais de R$ 700 mil e representa um ótimo investimento, porque faz em apenas um dia o que três pessoas fazem em 40. Segundo a ONG, a maior frota de escavadeiras está na TI Kayapó, que é alvo de disputas por parte de madeireiros e da siderurgia. Em 35 anos, a mineração ilegal cresceu 1.217% em terras indígenas da Amazônia Legal, revela estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade do Sul do Alabama, dos Estados Unidos. Especialistas apontam constantemente a relação entre a atividade do setor mineral e o desmatamento, e os números confirmam o fato. No intervalo entre outubro de 2018 e dezembro de 2022, por exemplo, o desmatamento resultante do garimpo ilegal na TI Yanomami subiu 309%, de acordo com levantamento elaborado pela Hutukara Associação Yanomami. Em dezembro de 2022, a área devastada era de 5.053,82 hectares, ante 1.236 hectares detectados no início do monitoramento. Um dos aspectos que surgem em meio às discussões que permeiam o relatório diz respeito ao deslocamento das escavadeiras. Para o Greenpeace, é possível rastrear as máquinas. No caso da Hyundai HCE Brasil, a ONG informa que dispõe de um sistema de gerenciamento remoto, chamado Hi Mate, que utiliza GPS para coletar dados. A ferramenta também seria capaz de emitir um comando para interromper o funcionamento das máquinas. E é isso que a ONG cobra das empresas fabricantes das escavadeiras: que a indústria pare de vender unidades que sejam usadas para o garimpo ilegal e paralise as máquinas, quando estiverem trabalhando com tal objetivo, ao serem localizadas nesse contexto. De acordo com o relatório, as máquinas encontradas começaram a ser vistas na Terra Yanomami a partir do segundo semestre do ano passado. Quatro delas foram achadas em uma estrada clandestina. Perto do local, vive um grupo de indígenas em isolamento voluntário. “Como se vê, o garimpo ilegal está investindo na construção de rodovias dentro de florestas intactas para levar as escavadeiras para o interior dos territórios indígenas”, alerta a ONG. “A introdução dessas máquinas ajuda a explicar a expansão muito rápida e muito violenta dessa atividade [garimpo ilegal] na Amazônia”, disse o diretor de programas do Greenpeace Brasil, Leandro Ramos, à Agência Brasil. A reportagem entrou em contato com a Hyundai, mas a empresa não deu retorno até a publicação desta matéria. Fonte

Insônia: especialistas alertam para riscos de remédios inadequados

“Minha insônia começou quando mudei de trabalho e passei a ficar 100% home-office” [escritório de casa]. O que poderia ser uma facilidade foi o início dos episódios de insônia para a jornalista Poliana Bollini Marques, de 49 anos. “Apesar de todas as facilidades e de não precisar mais acordar antes das seis horas da manhã, meu horário de dormir ficou bem complicado e só conseguia adormecer por volta das três da madrugada”, recorda. Poliana conta que ficou um tempo sem se tratar. “Fiquei um bom tempo assim e atribuindo a insônia a mudança no trabalho. Eu simplesmente não tinha sono. Até hoje é muito raro. Mesmo quando ia dormir tarde e acabava acordando cedo, durante o dia não sentia – e ainda não sinto – sono”. O Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo (Episono), conduzido pelo Instituto do Sono, apontou que 45% das pessoas queixam-se de insônia ou dificuldade para dormir em São Paulo. A mesma pesquisa revelou que 15% dos paulistanos sofrem de insônia crônica. A insônia é definida com a insatisfação em relação à qualidade e\ou quantidade de sono, podendo se manifestar como a dificuldade em iniciar o sono, assim chamada de insônia inicial; dificuldade em manter o sono: presença de despertares ao longo da noite, chamada de insônia de manutenção; ou pode se manifestar por um despertar antes do horário previsto, com dificuldade de retornar ao sono, chamada de insônia do despertar precoce. “A insônia crônica é quando acontecem episódios pelo menos três vezes por semana durante o mínimo de três meses, com consequências diurnas, associada à perda de concentração, alteração de memória, irritabilidade, perda de produtividade, normalmente consequências desse sono fragmentado”, explica a pneumologista e especialista em sono Luciane Luna de Mello, do Instituto do Sono. Um período inferior a este, isto é, por um mês ou menos é insônia aguda. A insônia pode estar associada a outras doenças como depressão, ansiedade, doenças neurológicas e situações de dores crônicas, por exemplo. “Além disso, também pode estar associada a hábitos, comportamentos inadequados que não favorecem o relaxamento e o início do sono como o uso de excessivo de telas – especialmente próximo do horário de dormir, consumo excessivo de café ou bebida alcoólica, alimentação pesada ou gordurosa antes do horário de dormir”, disse a neurologista Marcia Assis, vice-presidente da Associação Brasileira do Sono (Absono). A prática de atividade física próxima ao horário de dormir e as condições do ambiente de dormir como temperatura e ruídos, ou ainda ter um parceiro de cama que ronca, podem perturbar o sono, completa a neurologista. “Até mesmo outra doença do sono pode estar associada à insônia e causar a piora da qualidade do sono como a Apneia do Sono”, acrescenta a neurologista. Impactos “A insônia tem um impacto absolutamente importante na sociedade, impacta no dia a dia, na produtividade e na saúde das pessoas”, alerta a médica Luciane Luna de Mello, do Instituto do Sono. Segundo a especialista, a insônia ainda pode diminuir a imunidade e piorar a condição clínica. “Esses indivíduos podem ter ainda uma irritabilidade, inclusive com quadros neurológicos ou psiquiátricos associados a esse processo de insônia, que podem gerar processos psiquiátricos. Outras vezes a insônia é gerada por doenças psiquiátricas, como causa secundária”, explica. Poliana Bollini Marques procurou ajuda quando percebeu os prejuízos que a falta de sono causava durante o dia. “Muito cansaço, memória ruim, um pouco de irritabilidade e pouca produtividade. Fora o incômodo, tristeza mesmo, de ficar acordada todo dia até às três horas da manhã”, relembra. Mas, antes de procurar ajuda, ela tentou medicamentos por conta própria. “Fiz uso de melatonina sem prescrição médica. Foram meses tomando e nada de resultados. Achei que melatonina era para insônia, mas hoje eu sei que ajuda em casos de jet lag [mudança de fuso horário que provoca alterações dos padrões de sono], por exemplo. Melatonina não é tratamento para insônia. Além da melatonina, tomei remédios fitoterápicos. Como um só não funcionava, às vezes tomava dois ou três. Nada adiantou”, conta a jornalista. Mesmo com tantas ofertas de medicações para induzir ao sono, a automedicação não é uma solução a longo prazo, explica a especialista Luciane de Mello. “Muitos indivíduos com automedicação chegam no consultório até viciados em remédios que não vão ser os mais adequados para aquele quadro”. Entre os medicamentos tomados por conta própria estão os fitoterápicos. “Muitos fitoterápicos não têm o efeito sobre o sono adequado, muitos não têm confirmação científica de que atuam sobre o sono. Na literatura [médica], o que tem uma confirmação melhor é a valeriana [planta medicinal]. Mas tem que ser adequada para um quadro leve de insônia ou para indivíduos mais jovens”, observa Luciane. A médica adverte que as medicações não são isentas de efeitos colaterais. “É preciso ter cuidados porque toda medicação é substância química e, mesmo a substância natural tem suas substâncias intrínsecas e que vão fazer algum tipo de efeito, algumas consequências relacionadas ao uso indiscriminado e em quantidades que não devem ser usadas”, frisou. Melatonina “A melatonina não é uma substância recomendada para o tratamento da insônia”, alerta a neurologista Marcia Assis, vice-presidente da Absono. “A melatonina é um hormônio e não é utilizada para tratar a insônia”. A especialista esclarece que existem doenças do sono e situações médicas especiais que a melatonina pode ser indicada pelo médico, “porém, não deve ser usada por conta própria e menos ainda para tratar a insônia, pois não é recomendada. A tentativa, sem orientação, de tratar a insônia pode apenas mascarar os sintomas e provocar o estado crônico”, adverte a neurologista. Márcia ressalta que existem medicamentos aprovados e recomendados para os diversos tipos de insônia, mas que o tratamento considerado padrão ouro para a insônia é a Terapia Cognitivo Comportamental para a Insônia (TCC-I). “As terapias medicamentosas e não medicamentosas podem ser associadas. Deve-se lembrar que a TCC-I é realizada pelo profissional da psicologia especializado em sono. Além disso, a higiene do sono dever ser estabelecida para os melhores resultados”.   Tratamentos Poliana vem se tratando com