Brasil enfrenta onda de calor e pode ter recordes de temperatura em pleno inverno; previsão vai até 40°C
Praticamente todo o país será afetado pelo calor: as máximas devem chegar a 34°C em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Já no Rio de Janeiro e no Triângulo Mineiro, os termômetros podem bater 40°C. Fonte
União Africana suspende Níger, um mês após golpe militar
A União Africana (UA) suspendeu o Níger de todas as suas atividades após o golpe militar e disse a seus membros para evitar qualquer ação que possa legitimar a junta. O golpe do mês passado causou alarme entre os aliados ocidentais e os Estados democráticos africanos que temem que isso possa permitir que grupos islâmicos ativos na região do Sahel expandam seu alcance e dê à Rússia um ponto de apoio para aumentar sua influência. A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) tem tentado negociar com a junta, mas diz que está pronta para enviar tropas ao Níger para restaurar a ordem constitucional se os esforços diplomáticos falharem. O Conselho de Paz e Segurança da UA disse em um comunicado nesta terça-feira que estava ciente da decisão de ativar uma força de espera da Cedeao e pediu à Comissão da UA que avaliasse as implicações econômicas, sociais e de segurança do envio de tal força. As resoluções da declaração de terça-feira foram adotadas em uma reunião do conselho realizada em 14 de agosto, afirmou, reiterando os apelos para que os líderes do golpe libertem imediatamente o presidente eleito Mohamed Bazoum, que está detido desde o golpe, e retornem aos seus quartéis. Até agora, os líderes do golpe resistem à pressão para renunciar e propuseram um cronograma de três anos para organizar as eleições, um plano que a Cedeao disse ter rejeitado na segunda-feira. A UA também disse que rejeitou veementemente qualquer interferência externa na situação por qualquer ator ou país fora da África, incluindo engajamentos de empresas militares privadas – uma provável referência ao grupo mercenário russo Wagner, que atua no vizinho Mali. É proibida a reprodução deste conteúdo Fonte
Projeto oferece soluções simples para deixar casas mais saudáveis
Soluções simples e acessíveis, como o uso de cobogós (tijolos vazados), abertura de janelas e lajes com caimentos corretos, podem deixar as casas de favelas brasileiras mais agradáveis e evitar doenças. Com o objetivo de evitar a disseminação da tuberculose, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começou a desenvolver o projeto Habitação Saudável há cerca de quatro anos. O projeto piloto foi desenvolvido no Complexo de Manguinhos, conjunto de favelas vizinho à sede da Fiocruz, na zona norte do Rio de Janeiro, a partir da análise dos dados sobre a incidência de tuberculose na região, ainda em 2019. “Um grande número de casos de tuberculose na comunidade de Manguinhos ocorria em determinada região, que era a área com maior dificuldade socioeconômica. Eram locais onde havia transmissão da tuberculose dentro das casas. Aquelas casas que tinham maior número de pessoas, com problemas de ventilação, de iluminação direta da luz solar eram locais propícios para a contaminação”, explica a pneumologista Patrícia Canto Ribeiro, coordenadora de Atenção à Saúde da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz. A ideia inicial era escolher 40 casas da comunidade e produzir plantas arquitetônicas modelos, com melhorias de baixo custo, para serem aplicadas em outros imóveis da favela. No entanto, a pandemia de covid-19, que levou à adoção de medidas de isolamento social a partir de março de 2020, impediu que a proposta inicial fosse levada à frente, e o projeto teve que ser adaptado. O foco da Fiocruz passou a ser na capacitação de 130 agentes comunitários, que receberam instruções sobre a metodologia das habitações saudáveis e na produção de material educativo, como vídeos e uma cartilha Tanto os agentes comunitários quanto o material educativo mostram aos moradores da favela como fazer reformas ou melhorias de baixo custo em suas casas, de forma a melhorar a circulação de ar, aumentar a iluminação e controlar infiltrações e mofo. “Casas com grande número de pessoas, mal ventiladas, são locais que propiciam a transmissão de doenças, como a tuberculose, viroses respiratórias, covid-19, influenza”, afirma a pneumologista, ressaltando que essas “casas doentes” também podem agravar quadros de asma, bronquite e alergias. Passada a pandemia, no entanto, a Fiocruz pretende retomar a proposta original, oferecendo a visita de arquitetos para analisar alternativas que transformem as casas em ambientes mais saudáveis. Para isso, no entanto, a proposta precisa de financiamento. “A emenda parlamentar [que garantiu o financiamento da primeira parte do projeto] terminou, então precisamos agora de nova emenda parlamentar. Estamos tentando contato com parlamentares que abracem essa ideia”. O financiamento do Habitação Saudável permitirá também que ele possa ser levado a outras comunidades do Rio de Janeiro e do restante do país. “A gente entende que casas deveriam ser um direito de todos. Mas as casas têm que ser seguras”, conclui Patrícia. Fonte
Em cúpula dos Brics, empresários brasileiros articulam acordos bilaterais e encontram Dilma por recursos do NBD
Entre as prioridades do grupo estão um acordo multilateral de serviços aéreos e um fundo para financiar projetos de energia limpa Empresários brasileiros viajaram à África do Sul para participar da cúpula dos Brics, que ocorre entre esta terça (22) e quarta-feira (24), em busca de oportunidades entre os países que integram o grupo. O setor privado articula acordos bilaterais e teve encontro com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff. A comitiva participa de compromissos do Conselho Empresarial dos Brics (Cebrics) — formado por 25 empresas, cinco de cada país — , que apresenta recomendações aos chefes de Estado para melhoria do ambiente de negócios e cooperação empresarial. A seção brasileira é composta por Vale, WEG, Banco do Brasil, BRF e Embraer. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) exerce a secretaria-executiva no Brasil. A comitiva é composta por cerca de 30 empresários. Entre as prioridades do grupo, a serem discutidos para a cúpula deste ano, estão um acordo multilateral de serviços aéreos, o desenvolvimento de fertilizantes ecoeficientes e um fundo no NDB para financiar projetos de energia limpa. (confira todos abaixo) Também está listado o desenvolvimento de rotas comerciais com investimentos em portos de pequeno porte, ferrovias e transporte marítimo de curta distância, com o intuito de diminuir a pegada de carbono. O presidente eleito da CNI, Ricardo Alban, se reuniu nesta segunda-feira (21) com Dilma Rousseff. Eles conversaram sobre linhas prioritárias de financiamento de projetos com impacto na indústria nacional. Dilma Rousseff comanda o NDB desde o primeiro semestre deste ano / Ricardo Stuckert/PR (13.04.2023) Durante o encontro, os três eixos de destaque para atuação conjunta da CNI com o NDB foram infraestrutura — com foco principalmente nas obras do Novo PAC — energias limpas e projetos de desenvolvimento social. “O Brasil carece de linhas de financiamento competitivas. Temos um custo alto para adquirir estes recursos no país, o que não acontece no caso da China. Defendemos propostas aderentes às áreas de atuação do Banco dos Brics, como descarbonização e eficiência energética”, afirmou Alban. Dilma explicou ao presidente da CNI que os novos projetos, a serem propostos, precisam ser bem estruturados do ponto de vista técnico para “disputar” os recursos do banco. O NBD mobiliza recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros do Brics. Ao todo, já foram aprovados 94 iniciativas em operações de crédito nos cinco países do grupo, com um total de US$ 32 bilhões. O Cebrics Criado em 2013 para fortalecer os laços econômicos e comerciais e ampliar os investimentos entre as comunidades empresariais do Brics, o Cebrics conta com nove grupos de trabalho, que funcionam como instâncias consultivas, formulando propostas temáticas. Quando as sugestões são aprovadas pelo conselho, integram as recomendações aos chefes de Estado. Há 91 representantes brasileiros inscritos nos grupos de trabalho e um líder do país para cada grupo. O NBD mobiliza recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros do Brics. Ao todo, já foram aprovados 94 iniciativas em operações de crédito nos cinco países do grupo, com um total de US$ 32 bilhões. O Cebrics Criado em 2013 para fortalecer os laços econômicos e comerciais e ampliar os investimentos entre as comunidades empresariais do Brics, o Cebrics conta com nove grupos de trabalho, que funcionam como instâncias consultivas, formulando propostas temáticas. Quando as sugestões são aprovadas pelo conselho, integram as recomendações aos chefes de Estado. Há 91 representantes brasileiros inscritos nos grupos de trabalho e um líder do país para cada grupo. Confira os 10 temas prioritários do Cebrics: Estabelecimento de acordo multilateral de serviços aéreos, considerando que os acordos bilaterais que já existem são restritivos para o transporte aéreo; Colaboração para o desenvolvimento de fertilizantes inteligentes, biofertilizantes e fertilizantes minerais, e de padrões para certificação de fertilizantes ecoeficientes; Desenvolvimento de padrões para 50 qualificações futuras, permitindo unificar critérios para competições internacionais e programas de treinamento entre os países; Criação de um fundo para financiar projetos de energia limpa no Novo Banco de Desenvolvimento (NBD); Cooperação para o desenvolvimento de infraestrutura digital que aumente a conectividade, inclusive em áreas remotas dos países dos Brics; Desenvolvimento de programas de competências digitais para meninas e mulheres; Elaboração de carteira de projetos prioritários de infraestrutura nos países dos Brics para aumentar a visibilidade de financiamento; Desenvolvimento de rotas comerciais com investimentos em portos de pequeno porte, ferrovias e transporte marítimo de curta distância, para diminuir a pegada de carbono; Criação de plataforma de colaboração entre governo, setor privado e academia para buscar soluções para novos problemas de infraestrutura; Harmonização de padrões de regulação para produtos manufaturados, para facilitar a incorporação nas cadeias de valor. 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MEC regulamenta adesão de instituições à supervisão do Mais Médicos
O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta terça-feira (22) portaria que estabelece regras para a adesão das instituições de ensino para acompanhar o desenvolvimento pedagógico dos médicos inscritos no Programa Mais Médicos para o Brasil. O documento traz também as regras para seleção dos tutores e supervisores acadêmicos. A medida vale para instituições de educação superior que ofereçam curso de medicina gratuitamente, escolas de governo que possuam, no mínimo, programa de residência médica, ou de pós-graduação, e secretarias de saúde que possuam programa de residência médica. Cumpridos os requisitos, as instituições assinam o termo de adesão com duração de três anos, que pode ser prorrogado pelo mesmo período. Após a adesão, as instituições supervisoras terão 30 dias para definir os procedimentos de seleção dos responsáveis pelo acompanhamento profissional contínuo e permanente dos médicos. As instituições também deverão selecionar o tutor acadêmico que vai gerenciar e planejar as atividades do supervisor. Atuarão ainda na Supervisão Acadêmica na Educação em Saúde do programa, o Ministério da Educação, o apoiador institucional do MEC, o gestor municipal, o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena e o médico. A rede atuará por meio de encontros com frequência também determinada pela portaria, de forma presencial ou remota. Além da supervisão – seleção contínua de tutores e supervisores – as instituições de ensino também deverão oferecer atividades de pesquisa, ensino e extensão aos médicos e apoiar na avaliação de médicos intercambistas. As instituições não selecionadas no processo seletivo serão incluídas em um banco de entidades supervisoras e poderão ser chamadas, a qualquer momento. No início do mês, o MEC já havia publicado a regulamentação que determina o funcionamento do Sistema de Supervisão Acadêmica. Fonte
Shamar: Governo do Amazonas inicia ações da operação no Estado
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), em conjunto com as polícias Civil (PC-AM), Militar (PMAM) e órgãos integrados da Prefeitura Municipal de Manaus, Tribunal de Justiça do Amazonas, Defensoria Pública (DPE) e Ministério Público do Estado (MPE), deu início, nesta segunda-feira (21/08), à operação Shamar. A ação de combate à violência familiar doméstica e ao feminicídio é articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). No Amazonas, durante toda a operação, serão promovidas ações preventivas, educativas, ostensivas e repressivas. A delegada Débora Mafra, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), reforçou que o Estado está unido nessa ação que tem um único objetivo: dar segurança às mulheres. “Essa operação foi abraçada pelo nosso Estado porque ele deseja colocar a mulher em primeiro lugar. Sabemos quantas mulheres foram violentadas, agredidas e, por vezes, têm sequelas dos crimes que sofreram. O Estado quer fortalecer essas ações de proteção durante a operação Shamar e com essa união, temos certeza de que será um sucesso”, afirmou Mafra. Nesta segunda-feira, as equipes da SSP-AM, Polícia Civil e Polícia Militar estiveram em empresas privadas, escolas e comunidades de vários municípios do Amazonas, onde ministraram palestras educativas para alunos, gestores e puderam conversar com o público-alvo. Operação Shamar A operação Shamar é coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Diopi/Senasp) e conta com o apoio do Ministério da Mulher (MM) e do Colégio de Coordenadores das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar dos Tribunais de Justiça Estaduais (COCEVID). Em hebraico, Shamar significa “vigiar” ou “proteger”. Canais de denúncia Em caso de suspeita ou violação dos direitos da mulher, a orientação é procurar uma delegacia de polícia especializada ou ligar para o 190, ou para a Central de Atendimento à Mulher do Ministério da Mulher, através dos números 180 e 181 da SSP-AM. O Ligue 180 é a Central de Atendimento à Mulher do Ministério da Mulher, que oferece escuta e acolhimento qualificado às mulheres em situação de violência. A SSP-AM disponibiliza o Disk Denúncia 181. Em ambos os canais, a ligação é gratuita, e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. O número 180 também está disponível no WhatsApp: (61) 9610-0180. FOTOS: Divulgação/SSP-AM Fonte
Nude e convite sexual: veja mensagens que professor da UEPG demitido por assédio mandou para aluna
Nele, o homem exibia o órgão genital, mensagem que podia ser vista por todos os contatos. Nos áudios, Luciano também convidou a aluna a ter relações sexuais com ele, perguntando o que ela queria em troca de sexo. Após enviar uma sequência de áudios, a aluna respondeu: “Por um acaso em algum momento eu dei liberdade pro senhor me mandar esse tipo de vídeo, e me fazer esse tipo de proposta?”. Mensagens enviadas pelo docente à aluna têm cunho sexual, conforme relatório — Foto: Reprodução/Relatório Comissão PAD UEPG Veja, abaixo, as transcrições dos áudios. Os números dos celulares e palavras com tom pejorativo foram borrados: Vítima registrou áudios e mensagens com conteúdo sexual em ata no cartório — Foto: Reprodução/Relatório PAD UEPG Conforme o Processo Administrativo Disciplinar, as mensagens com teor sexual foram enviadas entre 23h23 e 01h29. Elas foram verificadas pela comissão responsável e registradas em cartório. Após ser confrontado pela aluna, Luciano pediu desculpas e a conversa foi encerrada às 2h34, quando a aluna bloqueou o contato dele. A estudante denunciou o caso à Ouvidoria da UEPG. A demissão foi publicada em 9 de agosto de 2023 no Diário Oficial do Paraná. Veja um resumo do processo abaixo: 21 e 22 de julho de 2022: Luciano manda as mensagens; 2 de agosto de 2022: Aluna denuncia caso na ouvidoria da UEPG; 3 de agosto de 2022: Chefia do Departamento de Economia sugere afastamento temporário dele; 4 de agosto de 2022: Reitoria autoriza abertura do Processo Administrativo Disciplinar (PAD); 8 de agosto de 2022: Professor é afastado; 18 de novembro de 2022: Comissão recomenda suspensão do professor por 60 dias após ouvir defesa; 18 de novembro de 2022: Presidente da comissão opina pela demissão de Luciano, mas diz que teve voto vencido; 6 de dezembro de 2022: Jurídico da UEPG diz que decisão cabe à reitoria; 13 de dezembro de 2022: Vice-reitor assina a portaria de demissão; 5 de abril de 2023: Despacho da demissão é enviado à Procuradoria do Paraná. Conselho Universitário reiterou a decisão pela demissão; 13 de abril de 2023: Procuradoria dá parecer positivo ao ato; 9 de agosto de 2023: Governo Estadual decreta demissão de Luciano Ribeiro Bueno. Advogadas dizem não haver provas Luciano Ribeiro Bueno era professor colaborador da UEPG desde 2003. Em 2012, foi admitido como professor de carreira. De 2016 a 2020, foi chefe do Departamento de Economia. As advogadas de Luciano disseram que não houve provas que o professor agiu “no sentido de se valer de seu cargo para ofender a aluna em questão”. Segundo a defesa, o caso aconteceu em um momento em que o professor passava por problemas psicológicos, como “transtorno depressivo grave e Síndrome de Burnout”, que levaram ele a “interpretar equivocadamente as mensagens trocadas com sua aluna fora do ambiente de sala de aula”. Ao g1, a vítima disse que prefere não se manifestar sobre o caso porque “já está tudo resolvido”. Conforme o processo, Luciano estava afastado desde agosto de 2022. Quando enviou as mensagens, ele era chefe-adjunto do Departamento de Economia, com vencimentos de R$ 10.959,38. Professor disse que interpretou ‘sinais corporais’ da aluna Em depoimento, de acordo com o relatório do Processo Administrativo Disciplinar, o professor “não negou os fatos, mas acrescentou que tudo ocorreu porque ele interpretou os olhares e sinais corporais da aluna de forma equivocada”. Ainda no depoimento, o docente afirmou que enviou as mensagens em um momento que estava passando por crises de ansiedade e justificou “que as fotos não foram enviadas diretamente a ela”. Trâmite até demissão durou um ano Conforme apurado pelo g1, o processo contra o professor Luciano Ribeiro Bueno levou cerca de um ano. No relatório do Processo Administrativo Disciplinar, a comissão responsável cita a “gravidade da descompostura do servidor” a partir da avaliação da denúncia e também frente ao fato de ele não ter negado a ação. A comissão era formada por duas professoras e um professor. Quanto à penalidade, os integrantes da comissão divergiram. Dos três professores que participaram da investigação interna, dois sugeriram suspensão por 60 dias e um opinou pela demissão. A docente que discordou dos colegas afirma que o professor, ao justificar a conduta sob “o argumento de que interpretou mal os olhares da vítima”, acabou culpando a vítima. Para a professora que integrou a comissão, “a punição no caso deve ter um escopo não somente punitivo, mas também pedagógico, de modo a acenar para toda a comunidade universitária que a UEPG não compactua com comportamentos dessa natureza”. Reitor pediu parecer jurídico O reitor da universidade, Miguel Sanches Neto, solicitou um parecer jurídico diante da discordância dos componentes da comissão. A opinião da Procuradoria Jurídica da UEPG era para que o professor fosse exonerado. Segundo o parecer, “o convite expresso em áudio e mensagens para ceder a favores sexuais, em troca de possível atribuição de nota”, é uma prova de que o docente assediou sexualmente da estudante. Ainda para a Procuradoria Jurídica, o argumento da defesa do professor de que ele estava “com o estado emocional alterado não foi suficientemente comprovado para afastar a gravidade da conduta cometida”. O caso avançou para demissão de Luciano após o vice-reitor da UEPG na ocasião, Ivo Mottin Demiate, deliberar sobre o assunto. No despacho que consta no Processo Administrativo Disciplinar, Demiate não acatou o relatório final, mas sim as razões apresentadas pela professora que discordou dos outros integrantes em relação à penalidade, e decidiu pela demissão do servidor. Demissão do professor demorou quatro meses após ser definida Quatro meses se passaram entre a decisão da Procuradoria do Paraná em exonerar Luciano, em abril de 2023, e a publicação da demissão em Diário Oficial, em agosto deste ano. Segundo o Portal da Transparência, apenas neste período, os vencimentos de Luciano somaram R$ 43.837,52. O g1 entrou em contato com o governo do Estado questionando sobre o intervalo de tempo entre a decisão e a demissão, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. Professor também responde na Justiça O professor também respondeu criminalmente pelo ato. Conforme o Ministério Público (MP-PR), em audiência realizada em 27 de junho de 2023,
Incêndios se espalham por Grécia, Espanha e Itália
Pacientes de um hospital foram retirados para uma balsa na cidade portuária grega de Alexandrópolis, nesta terça-feira (22), longe de um incêndio descontrolado que segue pelo quarto dia, conforme uma nova onda de calor atingiu o Sul da Europa. Autoridades pediram aos moradores que evitem o calor, à medida que França, Itália, Espanha e outros lugares sofrem com condições quentes, secas e com ventos que os cientistas associaram às mudanças climáticas. Bombeiros também combatem incêndios na Espanha e na Itália. Em Alexandrópolis, no Nordeste da Grécia, uma balsa foi transformada em um hospital improvisado depois que 65 pacientes, incluindo bebês recém-nascidos, foram retirados do Hospital Universitário nas primeiras horas. Ambulâncias também transportaram pacientes para longe de uma clínica próxima. Pacientes idosos estavam em colchões espalhados pelo chão do refeitório, paramédicos atendiam outros em macas e uma mulher amparava um homem em um sofá, com um soro intravenoso preso em sua mão. “Trabalho há 27 anos, nunca vi nada assim”, disse o enfermeiro Nikos Gioktsidis. “Macas por toda parte, pacientes aqui, soro lá… foi como uma guerra, como se uma bomba tivesse explodido.” Várias comunidades na região de Evros, perto da fronteira com a Turquia, foram retiradas, pois as autoridades alertaram que o risco de novos incêndios continua alto nos próximos dias. O corpo queimado de um homem que se acredita ser um imigrante foi encontrado em uma área rural perto de Alexandrópolis na segunda-feira (21), disse um policial local. “As condições climáticas são extremas e permanecerão extremas nos próximos dias”, declarou o porta-voz do Corpo de Bombeiros Vassilis Varthakogiannis à ERT TV. Espanha e Itália Na Espanha, onde a maior parte do país corre risco muito alto ou extremo de incêndios florestais como consequência da quarta onda de calor do verão, as autoridades lutavam para conter um enorme incêndio florestal que devasta florestas na ilha de Tenerife há uma semana. O incêndio queimou 15 mil hectares em 12 municípios, forçando a retirada de milhares de pessoas. As temperaturas provavelmente atingirão ou excederão 40 graus Celsius (°C) em grandes áreas do sudoeste e nordeste da Península Ibérica, disse a agência meteorológica nacional AEMET. Na Itália, cerca de 700 pessoas foram retiradas depois que um incêndio começou na segunda-feira na ilha toscana de Elba, na floresta entre Rio Marina, disse o bombeiro Alessandro Vitaliano à Reuters. Não há relato de vítimas. O fogo estava sendo contido, mas estava em uma área de difícil acesso. Um total de 14 hectares foram queimados até agora. A Itália emitiu alertas vermelhos de clima quente em 16 das 27 principais cidades do país nesta terça-feira, incluindo Roma, Milão e Florença, com o número devendo aumentar na quarta-feira (23). Um alerta vermelho denota “condições de emergência”, afirmou o Ministério da Saúde, aconselhando as pessoas a não sair durante a parte mais quente do dia. Na França, quatro regiões do sul – Rhône, Drôme, Ardèche e Haute-Loire – foram colocadas sob alerta vermelho. Isso permite que as autoridades cancelem eventos e fechem instalações públicas, se necessário. Reportagem adicional de Karolina Tagaris, Dominique Vidalon, Gisela Vignoni e Crispian Balmer Fonte
Crianças ficam presas a 275 m de altura após cabo de teleférico se romper no Paquistão
No veículo, dois adultos acompanhavam os estudantes, que estavam indo para a escola Seis crianças e dois adultos ficaram presos em um teleférico pendurado a 275 metros de altura sobre uma região montanhosa no noroeste do Paquistão. As crianças viajavam para a escola na província de Khyber Pakhtunkhwa quando um dos cabos do teleférico quebrou às 9h (horário local) nesta terça-feira (22), segundo a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA) do país. Um helicóptero de vigilância chegou primeiro ao local do teleférico, antes de um helicóptero maior se deslocar para lá para garantir que havia espaço suficiente para transportar todos os resgatados, disse o vice-comissário do distrito, Tanveer Ur Rehman. Dois dos estudantes no teleférico estão perdendo e recuperando a consciência, disse um dos passageiros à mídia paquistanesa Geo News. O passageiro, identificado apenas como Gulfaraz, instou as autoridades estaduais a tomarem providências. Disse que os alunos, com idades entre os 10 e os 15 anos, não têm sequer água potável. O pessoal de resgate deu aos passageiros medicamentos para náusea após relatos de vômitos em crianças, disse Ur Rehman, acrescentando que os presos também receberam medicamentos para o coração. Ele disse que os helicópteros permanecerão no ar até que a operação de resgate seja concluída, pois pousá-los fez com que o cabo se movesse demais. Anteriormente, um funcionário do governo local disse que oito crianças ficaram presas com os adultos a uma altura de 365 metros. O teleférico conecta duas comunidades da região e funciona com dois cabos, um dos quais rompeu, segundo o oficial de resgate, Bilal Ahmad Faizi. O primeiro-ministro interino do Paquistão, Anwar-ul-Haq Kakar, ordenou que todos os “teleféricos dilapidados e não compatíveis” fechassem imediatamente, de acordo com um comunicado de seu gabinete. Muitas crianças que vivem em partes remotas e montanhosas da província de Khyber Pakhtunkhwa dependem de teleféricos para ir e voltar da escola. Alguns deles carecem de manutenção regular e podem ser uma forma arriscada de viajar. Por: CNN Fonte
Abead debate diversidade de gênero e terapia para dependentes
Com o tema Celebrando a Diversidade: Eu, Tu, Eles… É Nós!, o 27º Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) será realizado em São Paulo, de 3 a 6 de setembro, trazendo debates nas áreas de saúde mental do país e da América Latina. Um dos assuntos abrange o consumo de álcool e outras substâncias entre as mulheres, o que vem ocorrendo cada vez mais precocemente. “Não podemos só ficar olhando para uma estatística crescente e não contribuir em nada para que esse cenário mude”, disse à Agência Brasil a psiquiatra Alessandra Diehl, presidente da Abead. Muitos dos espaços para tratamento de mulheres atualmente são feitos por organizações não governamentais e movimentos sociais. Durante a pandemia de covid-19, surgiu um movimento chamado Alcoolismo Feminino, que se transformou em associação, e que hoje oferece tratamento. “Esse movimento nasceu virtual e hoje só cresce”, afirmou a psiquiatra. Vale a pena mencionar também o movimento de mulheres dentro do grupo Alcoólicos Anônimos, chamado Colcha de Retalhos, com o mesmo objetivo. A presidente da Abead avaliou que há poucos espaços de tratamento para a mulher com a inclusão de mães e seus bebês. Todas as questões relacionadas a gênero, como a síndrome alcoólica fetal (SAF) serão analisadas durante o congresso. Será apresentada também uma iniciativa a nível municipal, em Ribeirão Preto (SP), para diminuir a prevalência da síndrome. Outro tema envolve crianças, filhos de mulheres que fazem uso de substâncias psicoativas. A pesquisadora mexicana Corina Giacomello abordará as intervenções para filhos de dependentes químicas, o que se chama de prevenção seletiva. “Nós sabemos que as crianças, adolescentes, ou filhos de usuários que convivem em um lar com dependência química precisam ter uma atenção especial já que eles também têm chance de desenvolver dependência química.” Estigma Outra pauta aborda o preconceito em relação aos dependentes químicos e aos profissionais da área. A presidente da Abead citou uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo que, em 2009, indicava que 41% da população brasileira tinha “ódio ou antipatia” de conviver com o usuário de drogas. “O estigma está direcionado a dependentes químicos, usuários de substâncias, e enraizado na sociedade em vários segmentos, desde a população geral até os profissionais da saúde. Muitos não querem trabalhar com dependente químico, porque acham e veem essas pessoas como marginais, bandidos, como pessoas fracas que estão nessa situação porque simplesmente querem.” Segundo a psiquiatra, o preconceito resvala, muitas vezes, no profissional que atende o dependente químico. Todas as interfaces do preconceito, do estigma, serão debatidas em vários momentos durante o congresso, abordando também o preconceito reproduzido na mídia, que usa palavras como viciado ou drogado nas reportagens. “A linguagem tem o poder de perpetuar esses mitos, preconceitos e estigmas”, destacou. O movimento Faces e Vozes do Brasil, parte de organização criada nos Estados Unidos, tem em sua linha dorsal o combate ao estigma que protela a busca por tratamento. Esse movimento fala: Eu sou a face e a voz da recuperação. “A recuperação é possível. Ela existe”, afirmou Alessandra Diehl. Tabaco No Fórum de Tabagismo, o congresso da Abead vai discorrer sobre os avanços do Brasil na luta contra o hábito de fumar. O país continua protagonista dentro da Convenção Quadro de Controle do Tabaco, tratado internacional assinado em 2003, que enfrenta agora ameaça em alguns quesitos, como o cigarro eletrônico. Existem ameaças, segundo a psiquiatra, apesar de resolução da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2009, que proíbe a venda de cigarro eletrônico no país, ratificada pelo órgão neste ano. A prevalência do tabagismo no Brasil, em torno de 43% no final da década de 1980, hoje caiu para 12%, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Os cigarros eletrônicos estão minando os bons resultados alcançados pelo país.” América Latina A presidente da Abead indicou que a pandemia de covid-19 agravou quadros psiquiátricos pré-existentes e novos casos surgiram. O congresso objetiva não só fomentar o debate, mas ser fonte de educação dos profissionais que estão na linha de frente e que não tiveram acesso a cursos de formações específicos. O tema da diversidade, escolhido para o congresso deste ano, não aborda somente a diversidade de gênero, mas a diversidade de públicos alvos, de modos de tratar, de terapias e possibilidades de tratar, de formas de abordar a questão e de dialogar com políticas públicas também distintas, englobando redução de danos, abstinência, iniciativas de legalização de drogas fora do Brasil, resultados obtidos. “Este é um momento em que vivemos novamente essa questão de legalização [de drogas]. O debate voltou à pauta e será objeto de apreciação no congresso. Nesta edição do evento, a Abead priorizou trazer colegas do Chile, México e Argentina, para falarem da realidade das drogas na América Latina, porque muitas informações são baseadas em dados dos Estados Unidos e Europa que não refletem o que se vive nos países latino-americanos. Por exemplo, na região não foi registrada uma crise de opioides, como naqueles países. Dependência O congresso contará com a participação do ator Niso Neto, filho do comediante já falecido Chico Anísio, que vai participar de talk show para relatar a perda de um filho, cuja morte foi relacionada ao consumo do chá de ayahuasca, do Santo Daime. O debate vai abordar a influência da substância em pessoas vulneráveis, que já têm um substrato neuro biológico, ou seja, uma genética para sintomas psiquiátricos, e que pode desenvolver sintomas psicóticos. No tópico de substâncias que tiram a consciência das pessoas, o congresso vai debater também os medicamentos compostos, cujo consumo cresceu muito, principalmente na pandemia, apontou a presidente da Abead. Nos Estados Unidos, por exemplo, o crescimento das vendas superou 300%. No trabalho intitulado Zolpidem: Aumento do Seu Uso Associado ao Cenário Pandêmico da Covid-19, apresentado em junho de 2023 no Centro Universitário UNA, seus autores relatam que, no Brasil, a comercialização dos psicofármacos aumentou 17% em 2020 e 13% só nos primeiros cinco meses de 2021, e que, no caso do medicamento Zolpidem, o crescimento atingiu 113% entre 2019 e 2021. Alessandra Diehl informou que a substância Zopiclona, por exemplo, tem um efeito colateral muito grave, que é o sonambulismo.
Adesão de novos países e integração econômica estão na agenda do Brics
A definição sobre os critérios para uma eventual ampliação do Brics e a criação de uma unidade de valor comum no comércio entre os países do bloco estão na pauta da 15ª Cúpula do Brics, que começa nesta terça-feira (22), em Joanesburgo, África do Sul, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais de 20 países já manifestaram formalmente interesse em integrar o Brics, como Irã, Arábia Saudita e Argentina. A inclusão de novos países no Brics – grupo atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – pode não ser interessante para o Brasil. A avaliação é do coordenador do Grupo de Estudos sobre o Brics (Gebrics) da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Borba Casella. Para o especialista, a inclusão de novos países pode acabar atrapalhando os trabalhos do grupo. “Essa possível ampliação vai significar paralisar e bagunçar toda essa agenda que funciona e que até agora fazia sentido, porque os cinco países têm visibilidade, representam uma parcela importante da população mundial, da economia mundial”, explica Casella, que é professor de direito internacional público da Faculdade de Direito da USP. Para ele, a mudança na constituição do Brics poderá levar o Brasil a deixar o grupo. “Não sei se é conveniente para o Brasil estar aliado com o grupo que será marcadamente anti-ocidente para se colocar em oposição à União Europeia e aos Estados Unidos. Não nos interessa estar em rota de colisão com parceiros comerciais importantes, não vejo vantagem nenhuma para o Brasil”, diz Casella. Ele explica que, como o Brics não é uma organização internacional constituída, não há um procedimento previamente determinado para o ingresso de novos países. A discussão sobre a ampliação do Brics pode ser um sinal de necessidade de vitalidade e revigoramento do bloco, na avaliação do professor titular do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Alcides Cunha Costa Vaz. Para ele, a longo prazo, a inclusão de mais países pode ser um complicador na busca de convergência e consensos. “Quando se amplia o número de membros, a pluralidade, a diversidade e as desigualdades também aumentam e se torna mais dificultoso o processo decisório, o estabelecimento de agendas fortes e convergentes.” Para a especialista em China Larissa Wachholz, o sucesso de uma possível expansão do bloco vai depender da forma como ela for concretizada. “É preciso ter a compreensão de onde se quer chegar e pensar em um processo de expansão condizente com os objetivos que se quer alcançar: se é expandir o comércio dos países envolvidos, ou expandir as opções de financiamento. Os países com interesse em aderir devem pensar de forma similar, para trazer mais consenso e não dissenso”, avalia a sócia da assessoria financeira Vallya. Apesar das vantagens para o Brasil de uma possível ampliação do grupo, como a expansão de mercados, a cooperação na área de desenvolvimento sustentável, infraestrutura e tecnologia, além do fortalecimento do papel internacional, a entrada de novos membros pode resultar em divergências de interesses e prioridades e na complexidade da cooperação entre os países. “Quanto mais países entram no grupo, mais complexa podem se tornar a coordenação e a tomada de decisões. Diferenças culturais, econômicas e políticas entre os membros podem dificultar a implementação de acordos e projetos conjuntos”, diz o pesquisador Bruno Fabricio Alcebino da Silva, do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil (Opeb). Agenda econômica A reunião do Brics também deverá ter discussões importantes sobre a possibilidade da criação de uma unidade de valor comum em transações comerciais e de investimentos entre os membros do agrupamento. Para a especialista Larissa Wachholz , a criação de instrumentos que facilitem o comércio internacional é sempre bem-vinda. “Um país como o Brasil se fortalece com um comércio internacional resiliente, amplo, que contempla vários atores”, destaca. Já o professor Casella diz que não tem “nada contra a ideia, desde que funcione”. “O que realmente importa não é que digam que lançaram mais um mecanismo, é que isso funcione, que o mercado aceite e que se passe a ter operações de comércio exterior, de compra e venda de mercadorias e commodities usando esse mecanismo.” Segundo o governo brasileiro, a discussão sobre a unidade de valor comum ainda é embrionária. “Essa unidade não visa a substituir as moedas nacionais, mas a projetar alternativa estável às moedas internacionais predominantes”, informou o Palácio do Planalto, em publicação sobre o evento. O debate sobre o financiamento a projetos de cooperação e desenvolvimento, por meio do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), é um dos pontos em que pode haver avanços mais concretos, na avaliação do professor Costa Vaz. “É possível equilibrar as dificuldades no campo político com uma maior proatividade no campo dos instrumentos de financiamento ao desenvolvimento, o que pode mostrar ao final uma cúpula com resultados tangíveis”, avalia. Além da concertação política, o Brics contempla iniciativas setoriais e de cooperação, incluindo comércio e finanças, ciência, indústria, energia, tecnologia e saúde. Segundo o governo brasileiro, a Cúpula do Brics deve avançar em temas importantes como: aprimoramento da governança global, recuperação econômica, cooperação entre países em desenvolvimento, combate à fome, mudança do clima e transição energética. “Apesar dos desafios e das tensões geopolíticas, a cúpula representa uma oportunidade para abordar questões críticas, fortalecer a cooperação e definir a direção futura do grupo. A forma como os países Brics enfrentarão esses desafios e buscarão suas aspirações ainda está por ser determinada, mas o evento atual é um passo importante nesse processo”, avalia o pesquisador do Opeb. Fonte