Preta Gil recebe alta após 28 dias internada: ‘Venci mais essa batalha’
“A tão sonhada alta chegou, foram 28 dias de internação, dias desafiadores onde tive que lidar com muitas coisas difíceis mas ao mesmo tempo rodeada de competência e amor, muito amor, eu sou toda gratidão, sou grata a oportunidade em me tratar no melhor hospital do Brasil, que sá do mundo, na minha opinião”, anunciou Preta. Na sequência, a cantora demonstrou muita gratidão por todo carinho que recebeu, e também relembrou alguns de seus amigos que abdicaram um tempo de suas vidas para lhe fazer companhia no hospital. “Antes de tudo tenho que agradecer a Deus e meus Orixás por tudo mas, especialmente, por terem colocado 2 anjos pra cuidar de mim @malupbarbosa não tenho palavras pra te agradecer, todo cuidado e amor @rocha_soraya minha filhota, te amo, agradeço a @julia_sampaio que dormiu aqui comigo, meus amores @franciscogil e @mariagil76 que também dormiram comigo, a minha Mamis @floragil_ e meu Pai @gilbertogil que tomaram conta de tudo, meu sócio e empresário e irmão @azevedomarcello por cuidar de tudo da minha vida e me dar paz pra que eu me cuidar”, completou. Por: Istoé Gente Fonte
Pela 27ª rodada da série B Vitória sofre uma goleada histórica para o CRB e mesmo assim segue na liderança
O CRB apareceu no retrovisor do G-4 do Brasileiro com uma atuação histórica. No Estádio Rei Pelé lotado, fez um jogo demolidor e passou por cima do líder Vitória com um impressionante placar de 6 a 0. Ampliou assim para oito jogos a sua série invicta na Série B e se colocou de vez na briga pelo acesso. Resultados da rodada: Atlético (GO) 3×0 Juventude, Sport 3×3 Criciúma, Mirassol 1×0 Botafogo (SP), Ponte Preta 0x0 Sampaio Correa, Ituano 1×2 Vila Nova (GO), Tombense 3×0 ABC, Ceará 3×1 Londrina e Chapecoense 0x1 Guarani. A rodada será encerrada na segunda-feira (11), com o jogo Avaí x Novohorizontino as 19h30min. Os quatro primeiros são: 1º Vitória 49 pontos, 2º Sport 47 pontos, 3º Guarani 47 pontos, e 4º Novohorizontino 45 pontos. Os 4 últimos são: 17º Avaí 27 pontos, 18º Tombense 25 pontos, 19º Londrina 20 pontos e 20º ABC 16 pontos. Fonte
Organização confirma novo The Town em 2025, e Rock In Rio em 2024; veja detalhes
‘A reação do público foi maior do que imaginávamos’, explicou Roberta Medina Os organizadores do The Town anunciaram neste domingo, 10, em uma coletiva de imprensa, que o festival ganhará sua 2.ª edição daqui a cerca de dois anos, em 2025. Também foram divulgadas as novas datas para o Rock in Rio em edição especial de 40 anos do festival, em 2024. Os fãs do evento já podem começar a se preparar para curtir os shows que acontecem nos dias 13, 14, 15 (sexta a domingo) e 19, 20, 21, e 22 de setembro (quinta a domingo). ‘Foi maior do que imaginávamos’ O anúncio oficial do próximo The Town foi feito em um encontro com imprensa e patrocinadores neste domingo, 10, na Cidade da Música, em Interlagos. “Não esperávamos que seríamos tão bem acolhidos – e assim, rapidamente” , disse Roberta Medina, vice-presidente da organização do festival, ao justificar o sucesso da 1.ª edição, que termina neste domingo. “A reação do público foi maior do que imaginavamos”, completou. Roberta Medina, criador do Rock in Rio e do The Town, disse que o sentimento dele ao promover a 1.ª edição do Festival paulistano é o mesmo de 40 anos atrás, quando criou o evento carioca. “Minha família foi perseguida pela ditadura. E, naquele momento, eu queria ver os jovens felizes, assim como fiz aqui em São Paulo, agora. O mundo anda muito estranho”, disse. No mesmo evento, a família Medina anunciou a edição de 40 amos do Rock in Rio, em setembro de 2024. A organização ainda apresentou alguns números que consideraram como um “sucesso comercial” do evento: público de quase 500 mil pessoas, 70 mil Chopps vendidos, 300 mil downloads do aplicativo oficial e 146 horas entre os assuntos mais comentados no Twitter. Ainda de acordo com a organização, 237 mil pessoas foram e voltaram do evento usando trem, e 210 mil usaram ônibus expresso. “Foi um sucesso, funcionou muito bem”, disse Roberta Medina. O prefeito Ricardo Nunes, também presente na coletiva, concordou. No primeiro dia de The Town, a reportagem do Estadão mostrou problemas nessa operação. Os jornalistas não puderam fazer perguntas aos organizadores. Segundo a organização, a pré-venda dos ingressos para o Rock In Rio começará em breve. Detalhes sobre a programação, horários e quais artistas virão para a celebração ainda não foram confirmados. Fonte: Estadão Fonte
Marina Sena, no The Town, chora antes de cantar setlist de Gal Costa
Fã de Gal, a cantora fez tributo com grandes hits, mas eles não são fáceis de se cantar Não existiria Marina Sena se não tivesse existido Gal Costa (1945-2022). Isso é claro na linha evolutiva da música popular brasileira. Não apenas em relação a Marina, mas no que se refere a muitas outras cantoras que surgiram pós-1968, quando Gal mostrou seu jeito moderno de cantar e seu jeito livre no palco, impulsionada pela Tropicália. E essa é a nossa @amarinasena ❤️ #THEONE ???? #TheTown2023NoMultishow #MarinaSenaNoMultishow pic.twitter.com/7roXP1mMcP — Multishow (@multishow) September 10, 2023 No show Marina Sena canta Gal Costa, que abriu o último dia de The Town, neste domingo, 10, Marina provou que pegou de Gal muitas mais características comportamentais. Já em relação à voz, pouco tem em comum com o canto apurado, técnico e emocional na medida certa, de Gal. Fã da cantora baiana, Marina, que teve a honra de dividir a última gravação de Gal em estúdio, já vinha cantando músicas de seu ídolo em shows. São os casos de Flor de Maracujá e Nada Mais (Lately), que também estiveram no show do The Town. Talvez isso fosse o suficiente. Uma hora cantando apenas canções de Gal foi muito na voz de Marina, a que pese a intenção da homenagem, sempre bem-vinda. Marina entrou no palco cantando Fruta Gogoia, a capella, remetendo ao show Fa-Tal. Emendou com Quando Você Olha Pra Ela, música de Mallu Magalhães que Gal gravou em 2016. A plateia do palco The One não embarcou ‘de primeira’ na de Marina e só se manifestou quando ela dançou sensualmente. Ou quando, ao longo do show, estendia algum agudo. O público, bastante jovem, parecia só querer agudos em shows. Perigoso. O tributo à @GalCosta está LINDÍSSIMO! ???? #THEONE ???? #TheTown2023NoMultishow #MarinaSenaNoMultishow pic.twitter.com/PdMytS8MwM — Multishow (@multishow) September 10, 2023 Cantar Gal requer seriedade Gal não é intocável. Mas cantá-la é coisa séria para qualquer cantora. Marina se esforçou muito – e tem personalidade para isso. Na terceira musica, porém, reconheceu que precisava respirar antes de Nada Mais. Gal, por sua vez, deslizava pelas notas. Nem se percebia em que momento ela respirava. Marina disse ao público que estava nervosa com essa canção. Não queria errar nenhuma nota, segundo ela. Por vezes, ela usa recursos nem sempre interessantes para finalizar frases musicais. Em Flor de Maracujá, a música seguinte, tudo pareceu sair do eixo. Marina não foi bem em Baby e Como 2 e 2. Faltou maturidade em Força Estranha. Desafinou em Divino, Maravilhoso. Em Meu Nome é Gal, a vitoriosa foi a guitarra. O roteiro também pareceu confuso. Nesse sentido, os tributos que Adriana Calcanhotto fez e que Felipe Catto tem feito soam mais sedutores. Os arranjos executados pela banda foram bastante calcados nos originais. Preguiça ou uma grande reverência? “Vou sair uma cantora muito melhor depois desse show”, apostou Marina, ainda no palco. Marina, que chegou ao mercado revestida pela aura cult, tem investido cada vez mais no pop mais comercial e, dessa forma, atingindo um público maior. Um desses movimentos foi a participação que fez no disco de Juliette, na canção Quase Não Namoro. Porém, em um cenário em que Luísa Sonza é a eleita do pop brasileiro, a gravação não rendeu grandes frutos, por ora. Um pouco antes, Marina lançou seu segundo álbum, Vício Inerente, que também mostra sua guinada mais popular ao abraçar ritmos como o reggaeton, funk e drill. Marina Sena e o choro antes de subir ao palco Marina Sena chora durante entrevista ao canal Multishow antes de subir ao palco do The Town para cantar setlist baseado na obra de Gal Costa Foto: Reprodução de ‘The Town’ (2023)/Multishow/Globoplay Marina Sena se emocionou antes de subir ao palco do The Town neste domingo, 10, para cantar músicas de Gal Costa. Foi possível assistir ao momento ao vivo durante a transmissão do festival no Multishow e no Globoplay. Questionada pela reportagem da emissora sobre a emoção de interpretar canções da artista, que morreu no último mês de novembro, a cantora levou as mãos ao rosto para segurar as lágrimas. “Eu que agradeço [a oportunidade de cantar], pra c***. Falando palavrão na televisão, gente, desculpa. É porque Gal Costa é muito especial pra mim. É um presente gigantesco estar fazendo esse show aqui. Acho que me preparei a vida inteira para cantar esse repertório”, disse Marina Sena. Posteriormente, durante o show, a cantora voltou a abordar o momento ao interagir com a plateia: “É, gente… Na hora que o Multishow tava me entrevistando ali, eu já tava chorando. Agora todas as músicas tem as lágrimas descendo, mas pelo menos estou conseguindo cantar, não está aquela voz de choro”. Assista ao momento abaixo, assim como outros momentos do show de Marina Sena, que canta setlist baseada na obra de Gal Costa. Fonte: Estadão Fonte
Corinthians vira contra Ferroviária e é pentacampeão do Brasileiro feminino
O Corinthians é pentacampeão do Brasileirão feminino. Neste domingo (10), a equipe venceu a Ferroviária de virada por 2 a 1, na Neo Química Arena, e conquistou a taça. Os gols foram de Jheniffer e Tamires. Mylena Carioca descontou. Esse jogo marcou a despedida de Arthur Elias do estádio corintiano antes de assumir a seleção brasileira. O treinador fica até o final da Libertadores. É o 15º título dele no comando do time. Essa foi a sétima final do Corinthians no Brasileiro, sendo a quarta consecutiva. Os outros títulos aconteceram em 2018 contra o Rio Preto, 2020 contra o Avaí, 2021 contra o Palmeiras e 2022 contra o Internacional. A CBF anunciou a premiação na véspera da final e o time campeão leva para casa, além do troféu, o prêmio de R$ 1,2 milhão. O vice fica com R$ 600 mil. Apesar de recorde, o valor é quase R$ 44 milhões a menos do que os R$ 45 milhões recebidos pelo Palmeiras campeão em 2022 no masculino. O Corinthians mandou o segundo jogo em casa por ter tido a melhor campanha da competição. As Brabas voltam a entrar em campo na quinta-feira (14), às 21h, diante do São Bernardo pelo Paulista feminino. No mesmo dia e horário, a Ferrinha encara o Palmeiras em casa. Homenagem e muita festa Os torcedores encararam o “clima de decisão” desde o minuto inicial, subindo o som na Neo Química Arena e avisando que “esse jogo, temos que ganhar”. Para completar a festa, os torcedores fizeram um mosaico em homenagem ao técnico Arthur Elias e sacudiram bandeirinhas em todos os setores do estádio. E nem o gol da Ferroviária desanimou os alvinegros, que pediam para as Brabas “não pararem de lutar” e vibravam a cada bola ganha ou chegada ao ataque. Sobrou até vaia para a goleira Luciana pela cera ainda no primeiro tempo. Conforme o tempo foi passando, e o gol não foi saindo, o clima nas arquibancadas diminuiu, mas a cabeçada certeira de Jheniffer fez explodir o estádio. O gol de Tamires, no início do segundo tempo, esquentou a atmosfera tensa na Neo Química Arena. A lateral marcou de cabeça, homenageou o técnico Arthur Elias e fez a torcida alvinegra soltar a voz e voltar a incentivar o time. Conforme os minutos passavam, os torcedores ensaiavam a festa do título. Entre um “uh” e outro a cada chance perdida pelas Brabas, os torcedores cantavam e batiam palmas. Os gritos de “é campeão” começaram nos acréscimos, ainda antes do término do jogo. Como foi o jogo A Ferroviária voltou a entrar em campo com uma linha de cinco atrás para tentar levar a melhor defensivamente, enquanto o Corinthians também teve mudanças para tentar melhorar a dinâmica ofensiva. Depois de um primeiro jogo sem gols, as equipes sabiam que precisavam ir para cima. O Corinthians começou melhor, mas na primeira chegada, em contra-ataque, a Ferroviária abriu o placar. O gol teve vacilo defensivo das mandantes, que não acompanharam Mylena. Com apenas uma volante de marcação, o time de Arthur Elias acabou dando espaços. As Brabas demonstraram bastante nervosismo nos primeiros minutos, acentuado pelo gol cedo sofrido. A goleira Lelê sentiu um problema aos 20 minutos e foi atendida, mas ficou em campo. Os treinadores aproveitaram o momento para dar instruções. Insatisfeito com o rendimento do time, Arthur Elias fez a primeira substituição logo aos 34 minutos do primeiro tempo, colocando Gabi Portilho. O Corinthians seguiu pressionando muito, mesmo sem fazer um bom jogo. Luciana ia salvando todas as oportunidades e operou verdadeiros milagres, mas a pressão corintiana deu certo aos 41 minutos. A defesa cochilou e ficou tudo igual em Itaquera. O segundo tempo começou bastante faltoso e com cartões amarelos para os dois times, mas o Corinthians soube aproveitar a “pilha” para ficar na frente no placar. Em bom lance de Millene, Tamires apareceu sozinha na área para marcar em vacilo geral da Ferroviária. Mesmo atrás desta vez, a Ferroviária não conseguiu jogar e passou a tomar sufoco. Nem a entrada de Aline Gomes aliviou a situação, já que a bola mal chegava no destaque do time. O Corinthians ensaiou várias vezes o terceiro gol, mas parou em um dia brilhante da goleira Luciana, que continuou fazendo ótimas defesas. Em um dos últimos lances, a arqueira cobrou as companheiras e gritou “vamos”. A técnica Jéssica de Lima ainda foi expulsa nos últimos minutos. Lances importantes 0x1. Aos nove minutos, Barrinha recebeu na direita, dominou e faz o cruzamento na cabeça de Mylena Carioca. A meio-campo só desviou no meio da defesa e abriu o placar. Perigo. Aos 15, Gabi Zanotti mandou de primeira na entrada da área e obrigou uma grande defesa de Luciana. Tentou. Aos 30, Millene ficou com a sobra na área, cortou para dentro e arriscou, mas a bola explodiu na marcação e saiu. Defesaça! Aos 40, Millene deu uma linda batida na bola e Luciana se esticou toda para salvar a Ferroviária. Foi? Pouco antes desse lance, Tamirs cruzou na área e a bola bateu na marcação da Ferroviária. As jogadoras do Corinthians reclamaram de pênalti, mas a arbitragem mandou seguir. Milagre! No escanteio, Tarciane desviou na primeira trave e Luciana novamente fez milagre para salvar. 1×1. Após novo escanteio aos 41, Jheniffer subiu livre e desviou para empatar o jogo para o Corinthians. 2×1. Aos 12 minutos, Millene roubou a bola no meio-campo e disparou pela direita. Ela fez o cruzamento e achou Tamires sozinha para colocar o Corinthians na frente. Que isso! Aos 21 minutos, Duda Sampaio cobrou falta na primeira trave, a defesa da Ferroviária não fez o corte e a bola sobrou na área. Jheniffer pegou o rebate, Luciana defendeu essa e a nova tentativa de Gabi Zanotti na sequência. Por pouco! Aos 33, Tamires fez o cruzamento da linha de fundo, Luciana desviou e tirou a bola da cabeça de Jheniffer. Perdeu. No lance seguinte, Yasmin cobrou o escanteio e a bola sobrou com Jheniffer, que finalizou e mandou por cima. Incrível! Aos 43, Duda Sampaio passou pela marcação na esquerda, puxou para dentro e rolou para Jheniffer, que novamente parou em Luciana. No travessão! Nos acréscimos, a Ferroviária chegou perto do empate, mas
Presidente da Federação Espanhola de Futebol renuncia ao cargo após beijo forçado em jogadora
Mais tarde, no entanto, a Federação Espanhola de Futebol divulgou uma nova declaração de Hermoso, na qual ela disse também que o gesto foi “um ato de carinho entre amigos”. Mas a própria jogadora não postou a declaração em suas redes e nem voltou a se pronunciar sobre o caso, o que gerou especulações de que ela foi pressionada pela federação. Fonte: G1 Fonte
Governo federal anuncia R$ 741 milhões em recursos para cidades atingidas por ciclone no RS
Alckmin sobrevoou regiões afetadas pela enchente e visitou a cidade de Muçum, uma das mais atingidas pelo ciclone. De acordo com Defesa Civil, 43 pessoas morreram no RS pelas enchentes. Fonte
Terremoto: “Eram blocos de rocha caindo sobre pessoas”, conta geólogo
Era fim do jantar e a equipe do Geoparque de Seridó, do Rio Grande do Norte, aguardava um táxi, quando sentiu o chão tremer “meio que em ondas que vibravam”. “A gente se abrigou na praça. Sentimos pela segunda vez outro abalo de menor magnitude e um mais leve, no final”. Quem traz o relato é o geólogo Marcos Nascimento, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e coordenador científico do Geoparque Seridó. Ele e mais três integrantes da comitiva do parque estavam em Marrakech, no Marrocos, no momento em que a cidade foi atingida por um terremoto de magnitude 6.8 na escala Richter no último dia 8. O grupo participava da 10ª Conferência Internacional de Geoparques Mundiais da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O geólogo conta que, por todo lado, ouviam-se sirenes e via-se comboios de ambulâncias. O número de mortos já passa de 2 mil, conforme últimos dados do governo local. Nascimento explica que a cidade de Marrakech fica próxima da região das altas montanhas, chamada Alto Atlas, onde há o encontro de duas placas tectônicas, da África e da Europa. Essas placas colidiram-se por volta das 23h20 (19h20 no Brasil) da última sexta-feira, provocando o forte tremor no país, localizado no norte da África. A medina, onde estão as construções mais antigas e importante ponto turístico, foi a área mais afetada de Marrakech. “Não são preparadas [as construções] para esse tipo de impacto e muitas foram demolidas. Com isso, se gerou um caos, porque eram blocos de rocha caindo sobre pessoas, sobre casas e carros. E a gente lá, no meio de tudo isso”, relata Nascimento à Agência Brasil. Marrakech (Marrocos) – Terremoto destruiu cidade e já matou mais de 2 mil pessoas. Foto: Equipe Geoparque Seridó Após o terremoto, a equipe entrou em contato com as demais comitivas brasileiras e soube que todos estavam bem. O grupo do Geoparque Seridó deixou o Marrocos e já está em Portugal para missões técnicas. Eles regressam a Natal no próximo sábado (16). Ajuda Com o cancelamento das atividades da conferência em razão do terremoto, os conferencistas participaram de mutirões para ajudar a população local, com doação de sangue e dinheiro. “Houve também doação de dinheiro de quem pagou inscrição para participar da excursão que seria realizada hoje e teria direito à devolução do dinheiro. Essa doação foi para ajuda humanitária na região de Marrakech e no entorno”, disse. A conferência reuniu 195 geoparques mundiais da Unesco de cerca de 50 países. Fonte
Lotofácil da Independência: 65 apostas acertam os 15 números e levam R$ 2.955.552,77
15 acertos65 apostas ganhadoras, R$ 2.955.552,7714 acertos8695 apostas ganhadoras, R$ 1.755,6913 acertos294181 apostas ganhadoras, R$ 30,0012 acertos3571989 apostas ganhadoras, R$ 12,0011 acertos19334116 apostas ganhadoras, R$ 6,00 As dezenas sorteadas da Lotofácil — Foto: Reprodução/Caixa Fonte
Lula se reúne com príncipe saudita que deu joias a Bolsonaro
O encontro ocorreu no encerramento da 18ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo do G20, em Nova Déli. Eles trataram de investimentos Após dois encontros cancelados em agendas diferentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu pela primeira vez, neste domingo (10/9), com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita. No sábado, o encontro bilateral foi cancelado devido a “urgências na comitiva” do país arábe. O príncipe foi quem presentou o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL) com kits de joias, avaliadas pela Polícia Federal em R$ 5 milhões, que deveriam ter entrado para o acervo da União em 2021, mas acabaram se tornando posse do então mandatário. As joias foram apreendidas em aeroporto de São Paulo, e a polícia instaurou investigações para apurar por que parte dos presentes, como um relógio, foi vendida nos Estados Unidos irregularmente. Mas Lula não tratou de joias com o príncipe. Eles se encontraram logo após o encerramento da 18ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo do G20, em Nova Déli, na Índia, para falar sobre investimentos e boas relações. Na conversa, Lula deu as boas-vindas à Arábia Saudita como novo país-membro do Brics, que terá seis novos países a partir de janeiro de 2024: Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Petróleo e gás Os representantes sauditas indicaram ao presidente Lula que desejam ampliar investimentos no Brasil, principalmente na área de petróleo e gás, bem como nas fontes verdes, além de retomar uma agenda comercial que ficou parada nos últimos anos. Também ficou acertado que uma delegação de empresários e autoridades sauditas deve visitar o Brasil em breve para conhecer a carteira de projetos do Novo PAC, que estão abertos a investimentos estrangeiros. Essa agenda será discutida pelos ministérios das Relações Exteriores de ambos os países. Segundo o presidente Lula, o crescimento dos investimentos sauditas no Brasil é bem-vindo e pode ser importante no processo de transição para uma economia mais sustentável, com destaque para setores de alta tecnologia, como o desenvolvimento de motores híbridos e também em hidrogênio verde. O presidente também falou sobre as relações comerciais entre os dois países, que vêm crescendo a cada ano. Em 2022, o volume comercializado chegou a US$ 8,2 bilhões. Por: Metrópoles Fonte
Faustão recebe alta hospitalar após transplante de coração
O apresentador Fausto Silva, o Faustão, recebeu alta neste domingo (10) do Hospital Albert Einstein, onde foi submetido a um transplante de coração, no último dia 27 de agosto. Ele estava internado desde 5 de agosto em razão de uma insuficiência cardíaca. “Fausto Silva recebeu alta do Hospital Israelita Albert Einstein neste domingo, dia 10 de setembro de 2023. O paciente seguirá sob as orientações médicas e nutricionais necessárias para a reabilitação após o transplante cardíaco”, diz o boletim médico divulgado na manhã de hoje. De acordo com a equipe médica, Faustão não apresenta sinais de rejeição ao órgão e está com a função cardíaca normal. Na sexta-feira (8), ele foi transferido da unidade de tratamento intensiva para o quarto. O apresentador foi incluído na fila de transplantes do Sistema Único de Saúde (SUS) após o agravamento de um quadro de insuficiência cardíaca, que ele apresentava desde 2020. Por: Agência Brasil Fonte
Marcha das Mulheres Indígenas começa nesta segunda em Brasília
Mulheres indígenas de todo o país reúnem-se em Brasília, de 11 a 13 de setembro, a fim defender os direitos das mulheres e a preservação das culturas indígenas. Com o tema “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade através das raízes ancestrais”, a abertura oficial da 3ª Marcha das Mulheres Indígenas ocorre na noite deste domingo (10). A marcha de 2023 também marca a continuação da luta contra o garimpo ilegal, pela demarcação de terras e pela formação política de representação indígena nos espaços de poder. O evento é promovido pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e as atividades se concentram no Eixo Cultural Ibero-Americano, na área central da capital federal. Estão previstas plenárias, grupos de trabalho e ações culturais. Na quarta-feira (13), elas sairão em caminhada pela Esplanada dos Ministérios e terão diálogo com autoridades sobre a carta de reivindicações, que foi entregue na pré-marcha, em janeiro deste ano. “Nossos maiores inimigos são as leis que não reconhecem nossa diversidade e nossa existência. Falar em demarcação de terras indígenas é gritar pela continuidade da existência dos nossos povos. Ter uma mulher indígena como primeira ministra indígena é afirmar que as mulheres são a cura da terra e a resposta para enfrentamentos à violência de gênero e racismos como o estrutural, institucional e ambiental”, diz a Anmiga, em referência à ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. “No centro dessa marcha está um poderoso apelo por direitos iguais para as mulheres indígenas. Essas mulheres enfrentaram inúmeros desafios e injustiças ao longo de suas vidas, mas se recusam a continuar sendo silenciadas. Exigimos acesso a cuidados de saúde de qualidade, educação e oportunidades econômicas. Lutamos pela proteção da terra e recursos naturais, que vêm sendo explorados por muito tempo. Defendemos o fim da violência contra as mulheres indígenas, um problema generalizado que tem atormentado nossas comunidades há gerações”, acrescentou. Representantes do movimento de mulheres indígenas de outras partes do mundo também estarão presentes, como do Peru, dos Estados Unidos, da Malásia, da Rússia e da Nova Zelândia. “Essa diversidade de participantes destaca a universalidade das questões enfrentadas pelas mulheres indígenas, como o acesso à terra, a violência de gênero, a discriminação e a luta pela autonomia e empoderamento”, explicou a Anmiga. A 1ª Marcha das Mulheres Indígenas ocorreu em 2019, com o tema “Território: nosso corpo, nosso espírito”. A segunda edição foi em 2021 e teve como tema “Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra”. Source link
Exército suspende Cid, mas mantém pagamento de salário
Em nota enviada à imprensa, o Exército informou hoje que “cumprirá a decisão judicial expedida pelo Ministro Alexandre de Moraes” O Exército brasileiro suspendeu Mauro Cid cumprindo determinação do ministro Alexandre de Moraes, mas vai manter o pagamento do seu salário. Segundo fontes militares, não há previsão legal para interromper os pagamentos. A conclusão veio de um parecer da consultoria jurídica adjunta do comando do Exército, subordinada à Advocacia Geral da União. Em nota enviada à imprensa, o Exército informou hoje que “cumprirá a decisão judicial expedida pelo ministro Alexandre de Moraes e o Tenente-Coronel Mauro César Barbosa Cid ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP) sem ocupar cargo e exercer função”. A suspensão de Cid de suas funções do Exército é uma das cautelares impostas por Moraes ao libertar o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que estava preso desde o início de maio. Cid fechou uma delação premiada que foi homologada pelo Supremo. O conteúdo ainda é sigiloso. Por: CNN Fonte
Tratamento do burnout não deve ser individualizado, diz especialista
A síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, pode atingir todas as esferas de trabalhadores e não deve ser tratada de forma individualizada. É o que apontam uma pesquisa sobre a presença do burnout no mundo corporativo e especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Um levantamento feito com 600 pessoas pela Way Minder, plataforma online de saúde mental e bem-estar emocional, atribuiu pontos para diversos ramos de atuação profissional, a fim de classificar a presença da síndrome. Os segmentos com maiores pontuação, ou seja, onde os funcionários são mais afetados pelo problema, foram áreas de recursos humanos (43), vendas (42,11), educação (42,1) liderança (40,43), administrativo (38,38) e tecnologia da informação (36,61). “O burnout ser categorizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional que tem levado as empresas a ligarem o alerta sobre a qualidade emocional de seus colaboradores, com adoção de ações e ferramentas que possam contribuir com sua qualidade de vida e reduzir os impactos negativos que essa doença pode causar aos negócios”, diz Deivison Pedroza, cofundador da plataforma. Chefias O levantamento identificou forte sinal de alerta também em cargos de direção e chefias, como supervisores e gerentes. Nessas esferas, pessoas nascidas entre as décadas de 1960 e início da de 1980, consideradas mais tradicionais em relação ao trabalho, que costumam preferir carreiras estáveis, são as que apresentam os maiores índices (48,83), ficando muito próximo do nível elevado, quando atinge a pontuação entre 50 e 59. “A situação de estresse tem efeitos negativos que atingem não apenas o indivíduo, mas também as pessoas que estão ao seu redor, toda a família e, claro, o ambiente de trabalho”, aponta Pedroza. “É imprescindível que as empresas e os profissionais estejam cientes da importância de abordar a saúde mental e o bem-estar emocional de forma abrangente e eficaz”, completa. Desde janeiro de 2022, a síndrome de esgotamento profissional é reconhecida pela OMS como uma doença relacionada ao trabalho. Burnout x estresse Para que não haja uma banalização do burnout como se fosse um mero evento de estresse é importante entender exatamente o que é a síndrome, pontua o psicólogo Antonio José de Carvalho, autor do livro Síndrome de Burnout, uma Ameaça Invisível no Trabalho, que será lançado na próxima quarta-feira (13), na Livraria Travessa do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. Carvalho explica que o burnout é uma síndrome relativamente moderna, dos anos 70. Diferentemente do estresse, que se dá de forma corriqueira, porém não de forma persistente, o burnout é uma condição de estresse acumulado, crônico. O psicólogo faz a comparação com um elástico de prender dinheiro para ilustrar a diferença. “Se você puxar o elástico, e ele ainda estica e volta, não perde essa condição, isso é estresse. Quando você puxa o elástico, e ele fica deformado e não volta mais, você pode dizer que a pessoa está com burnout”, explica. “O burnout não acontece de um dia para o outro, é um estresse acumulado que pode levar à depressão e que sugere um comportamento suicida”, alerta. Síndrome invisível O especialista aponta entre um dos fatores para desencadeamento da síndrome uma jornada de trabalho que expõe o trabalhador a um alto nível de estresse por tempo prolongado. Para ele, apesar do alastramento de casos em empresas, o burnout ainda se comporta como um problema “invisível”. Para psicólogo Antonio José de Carvalho, empresas precisam mudar ambiente para evitar burnout. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação “Se a pessoa quebra um braço, todos na empresa percebem o problema. Mas se o problema é psíquico, fica mais difícil de reconhecer, então é invisível e muitas vezes tratado incorretamente como um problema individual”, pontua. Cuidar do aquário Carvalho considera que faltam pesquisas nacionais mais aprofundadas sobre o problema, além de ausência também do desenvolvimento de estratégias eficientes para a prevenção. Um diagnóstico que o psicólogo faz relaciona o burnout a características do mundo corporativo capitalista, marcado por grande competição, busca por produtividade, perseguição de metas e longas jornadas, por exemplo. Esse diagnóstico está associado à ideia de que para prevenir o burnout, é preciso tratar as empresas em vez de o trabalhador individualmente. “Eu entendo que as empresas, as organizações, de um modo geral, estão adoecidas, são tóxicas na maioria das vezes”. Soma-se a isso, na visão do autor, o fato de que “por mais que os trabalhadores possam sofrer do mesmo mal ao mesmo tempo, cada um vai sentir de uma maneira diferenciada”. Daí a comparação das empresas com um aquário. “O aquário seria a empresa; a água, a cultura organizacional; e os peixes, os colaboradores. Se o peixe adoece, não adianta você tratar o peixe. Você teria que tratar a água, caso contrário, o peixe vai ser tratado, vai voltar para o aquário e vai ficar, de novo, acometido pela síndrome de burnout, esse mal silencioso”, faz a analogia. “Precisa tratar da água, do aquário, consequentemente, da cultura organizacional”, finaliza. Fonte
Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio: saúde mental de jovens preocupa
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, por ano, mais de 700 mil pessoas tirem a própria vida em todo o mundo. Segundo a organização, o número pode chegar a 1 milhão se forem considerados os casos não registrados. No Brasil, são aproximadamente 14 mil suicídios todos os anos — uma média de 38 pessoas por dia. Neste domingo (10), é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Especialistas apontam que a maioria dos casos é relacionada a transtornos mentais, como depressão, e alertam que esses problemas têm se manifestado cada vez mais cedo. Segundo o psiquiatra Rodrigo Bressan, presidente do Instituto Ame Sua Mente, pesquisas indicam que 75% dos transtornos mentais do adulto começam antes dos 24 anos. No caso dos adolescentes, metade tem início antes dos 14 anos. “A gente acaba vendo o indivíduo que está deprimido com 20, com 30 anos, mas na verdade a doença, a maioria, começou muito mais cedo”, diz. Um dos problemas que têm se apresentado cada vez mais cedo é a autolesão. Um estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), analisou casos de 61 alunos de 10 a 16 anos. Além de mostrar que 83% dos casos parecem ocorrer por causa de conflitos familiares não resolvidos, revelou ainda que a maioria está associada à depressão. “Nós encontramos um índice de correlação 65%”, afirma o doutor em psicologia Antonio Augusto Pinto Junior, coordenador do Estudo sobre a Estruturação do Ego e da Personalidade de Adolescentes que se Automutilam. Ele avalia ser necessário outra pesquisa justamente para compreender melhor essa associação entre a depressão e os quadros de autolesão. Esse tipo de comportamento, segundo Antonio Augusto, começa a se apresentar cada vez mais cedo, por volta dos 10 anos. Foi o caso de Clara, filha de Gabriela (nome fictício). A jovem começou a apresentar o comportamento por volta dos 10, 11 anos. “Começou a me chamar a atenção o uso de moletom, e foi aí que eu vi que ela estava se automutilando e fiquei muito preocupada . Ela apresentou ainda o comportamento de querer tirar a própria vida, que tudo estava muito difícil para ela, que as pessoas não a entendiam”, conta Gabriela, que encaminhou a filha para atendimento médico. O diagnóstico foi depressão. Hoje Clara tem acompanhamento, está medicada e vive feliz, segundo a mãe. Assim como Clara, quem se autolesiona costuma cobrir braços e pernas com roupas de mangas compridas como moletons. Mas pode também utilizar outros artifícios, como pulseiras. Foi o caso de uma aluna de uma escola em Santos, em São Paulo, atendida pela psicóloga orientadora Helena Maria Fernandes Martins, que trabalha em unidades de ensino do litoral paulista. O fato foi descoberto por um colega da menina, como conta Helena. “Ela se cortou na sala de aula, debaixo da carteira. Outro aluno viu e veio conversar comigo. A menina usava esse artificio, de ter várias pulseiras no pulso.“ Helena ressalta a importância de alunos e professores terem treinamento em saúde mental para reconhecerem quem precisa de ajuda. Segundo o estudo da UFF, as partes do corpo escolhidas para a autolesão, na maior parte dos casos, são braços, mãos ou pulsos: 94,1%. Em 88,5% dos casos, são utilizados objetos cortantes, como gilete, apontador e estilete. Karen Scavacini diz que autolesão é, em muitos casos, um pedido de ajuda – Karen Scavacini/Arquivo pessoal Para a psicóloga Karen Scavacini, do Instituto Vita Alere, de prevenção do suicídio, na maioria das vezes, a autolesão é um pedido de ajuda. Segundo ela, existem alguns jovens que vão experimentar esse comportamento por curiosidade, o que também exige atenção. Se isso acontecer repetidamente, o alerta tem que ser ligado. Nesse casos, diz ela, o jovem pode estar sofrendo bullying, cyberbullying, abuso físico, sexual ou de substância. Karen Scavacini ressalta que o adolescente pode estar ainda com alguma questão psiquiátrica não identificada ou não tratada como alteração de humor, personalidade, alimentar, a própria ansiedade, depressão, ou mesmo questões relativas à sexualidade, vulnerabilidade social e a conflitos familiares. “O que a gente tem visto é uma baixa tolerância às frustrações. E a autolesão é vista como uma forma de alívio”, explica a psicóloga. Rodrigo Bressan diz que, quando o sofrimento é muito intenso, pode haver uma relação entre autolesão e suicídio. Normalmente, esses casos estão associados à depressão. “Alguém que está fazendo autolesão está em um sofrimento emocional muito grande. A gente tem que lembrar que 90% dos casos estão associados a um diagnóstico psiquiátrico, em especial a depressão, e o mais importante que a gente tem que tratar o que está por detrás.” Mudança de comportamento, queda no rendimento escolar, isolamento constante, no grupo de amizade, aparecimento de corte, queimadura, machucado, uso de mangas longas mesmo no calor podem ser sinais. Papel de pais e professores Na maioria dos casos, quem diagnostica ou identifica a prática da autolesão é o professor. “Isso sinaliza uma demanda de capacitação, de treinamento, de formação dos professores, entendendo a escola como porta de entrada para a identificação precoce de várias modalidades de sofrimento psíquico na infância e na adolescência”, destaca Antonio Augusto. Ricardo Oliveira tinha 19 anos quando sobreviveu a duas tentativas de suicídio. Hoje, ele é psicólogo e voluntário na Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata). Ricardo acredita que uma conversa sobre o assunto na juventude poderia ter ajudado. “Com certeza a relação com o tratamento seria diferente, até a visão porque tinha uma visão com preconceito. Eu acho que [se tivesse] alguém explicando e conversando, com certeza, as ações seriam ser diferentes”, diz ele. Rodrigo Bressan diz que, entre adolescentes, metade dos transtornos mentais começa antes dos 14 anos – Rodrigo Bressan/Arquivo pessoal Rodrigo Bressan diz que a conversa com o adolescente, em situações como essas, é sempre delicada. Não se pode ter uma postura arrogante, nem com rótulos. Também não se deve dizer que a pessoa está fazendo algo errado ou que é “maluca”. Não se pode criar barreiras, mas, sim, mostrar a percepção de um comportamento diferente. “Você dá a autoria da conversa para o adolescente. Quando ele tem autoria, a chance de ele se abrir para conversar aumenta”. Bressan