PF combate grupo criminoso em operação contra tráfico interestadual de drogas
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 16/4, a Operação Narco Grooming, com o objetivo de combater grupo criminoso envolvido no esquema de aliciamento e financiamento de “mulas” do tráfico interestadual de drogas. A operação mobiliza mais de 70 policiais federais, que cumprem 4 mandados de prisão preventiva, 8 medidas cautelares diversas da prisão, 18 mandados de busca e apreensão e o sequestro de 44 veículos em Manaus/AM, Tabatinga/AM e Sorocaba/SP. Com o uso de cão farejador, foi realizada a prisão em flagrante de indivíduo com mais de 10 kg de drogas no aeroporto internacional em Manaus. As investigações apontaram a existência de um grupo criminoso que aliciava e financiava indivíduos que transportavam drogas para outros estados do Brasil, em especial, para São Paulo. Também foi identificado o sujeito que recepcionava a droga e a “mula” do tráfico. Além disso, foi possível identificar, os responsáveis por lavar o dinheiro do grupo criminoso, que usavam pessoas interpostas (laranjas), empresas de fachada, dentre outras técnicas para lavagem de capitais, como, por exemplo, a compra e venda de veículos. As medidas cautelares deferidas judicialmente visam obter elementos que comprovem a prática dos crimes investigados, além de aprofundar a investigação sobre a procedência, destinação da droga e identificação de outras pessoas envolvidas. As penas dos crimes de tráfico de drogas, associação paro tráfico e lavagem de capitais podem ultrapassar 30 anos de reclusão. Fonte
PF trabalha na identificação de corpos encontrados em embarcação no Pará
A Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Científica do Pará, iniciou na noite desta segunda-feira (15/4) os trabalhos de identificação dos corpos encontrados em embarcação à deriva na região de Bragança/PA, no último sábado (13/04).O trabalho realizado pelas instituições tem por objetivo estabelecer a identidade dos corpos adotando protocolos de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI). Além da identidade, os trabalhos periciais terão por objetivo verificar a origem dos passageiros, a causa e o tempo estimado dos óbitos.Ao todo, foram encontrados nove corpos, sendo oito dentro da embarcação e um nono corpo próximo a ela, em circunstâncias que sugeriam fazer parte do mesmo grupo de vítimas.Documentos e objetos encontrados junto aos corpos apontam que as vítimas eram migrantes do continente africano, da região da Mauritânia e Mali, não sendo possível descartar a existência de pessoas de outras nacionalidades.As atividades de identificação são realizadas na sequência da ação de resgate, que teve participação da Polícia Federal, Marinha do Brasil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Cientifica, Defesa Civil, Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará, Defesa Civil do Pará, Guarda Civil Municipal, Departamento Municipal de Trânsito de Bragança e Prefeitura de Bragança. Fonte
Finalistas, Isabelle e Matteus conversam sobre futuro do casal após BBB 24
Isabelle e Matteus tiveram o privilégio de chegar à final do BBB 24, que está marcada para a noite desta terça-feira (16). Após uma virada no jogo, já na reta final, os dois se aproximaram e se tornaram um casal. Pouco antes da revelação de como ficará o pódio desta temporada do reality show, que também terá Davi, o casal conversou a respeito de como ficará a situação amorosa dos dois aqui fora. Veja o que eles conversaram! LEIA MAIS: Foto: Reprodução – TV Globo Os dois estavam abraçados na cama, quando Isabelle perguntou: “Será que a gente vai se encontrar, Matteus, fora daqui?”. “Tu quer?”, rebateu ele, rapidamente. A manauara, então, pensou um pouco e respondeu: “Quero…”. O gaúcho, por sua vez, deu risada da demora da resposta e disse: “Se tu quiser, eu quero”. Isa: “Será que a gente vai se encontrar fora daqui?”Matteus: “Tu quer?”Isa: “Quero”Matteus: “Se tu quiser, eu quero” pic.twitter.com/nTJKM2nGh5 — QG de Mabelle (@QGdeMabelle) April 16, 2024 A formação de casal entre eles na reta final do jogo preocupou alguns participantes. Beatriz e Alane, as duas últimas eliminadas do programa, inicialmente deram força para que eles ficassem juntos, mas depois temeram que um casal recém-formado pudesse tomar o lugar delas na final – o que de fato aconteceu. Na noite dessa terça (16), Matteus deve ter contato com Deniziane, com quem viveu um relacionamento amoroso no início da temporada. Ela, assim como todos os outros participantes que passaram pelo confinamento, estarão presentes na grande final. Davi, Isabelle ou Matteus: quem deve vencer o BBB 24? No último domingo (14), Alane deixou o programa e, então, o BBB 24 definiu sua grande final. Por isso, Davi, Isabelle e Matteus concorrem, agora, ao prêmio milionário do programa. O resultado da disputa será revelado nesta terça-feira (16). Vote agora! A FINAL DO #BBB24 ESTÁ DEFINIDA! Davi, Isabelle ou Matteus: quem deve vencer o programa? VOTE AGORA! — POPline (@POPline) April 15, 2024 BBB 24 no POPline O BBB 24 estreou com muitas novidades! A gente sabe que Tadeu Schmidt segue como apresentador, mas conhecemos um novo time de humoristas. Luis Miranda e Marcos Veras estão à frente dos quadros “Big Babado” e “Vamo invadir sua casa”, respectivamente. Além disso, nós sabemos que a casa mais vigiada do Brasil sempre passa por mudanças. E dessa vez não foi diferente! A estética do confinamento tem uma decoração voltada a conto de fadas, com uma estética bem fantasiosa. Segundo Tadeu, podemos definir o tema como “Fabuloso”. De quebra, o próprio jogo também mudou. A partir de agora, o BBB 24 tem um sistema misto de votação. São contabilizados votos por CPF e de torcida, cada um valendo 50%. O resultado é definido pela média ponderada das votações. Vale visar que a cobertura do POPline está a todo vapor. No site e nas redes sociais, conteúdos exclusivos sobre o reality show da TV Globo estão garantidos. Fique de olho, afinal, o prêmio pode chegar a até R$ 3 milhões. Curtiu esta matéria? Leia mais conteúdos do Oh My God! by POPline. Tem listas, curiosidades, virais, celebs, k-pop, reality shows e muito mais sobre cultura pop! Source link
“Vamos continuar existindo”, diz demógrafa sobre futuro indígena
O número de brasileiros que se identificam como indígenas cresceu quase seis vezes nos últimos 30 anos. Em 1991, eles eram pouco mais de 294 mil, conforme revelou o Censo Demográfico feito à época. Em 2022, chegavam a 1,694 milhão, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto atribui parte considerável deste aumento a mudanças na forma como o levantamento é feito a cada dez anos. Inovações que vêm sendo implementadas desde 1991, quando foi introduzida a opção “indígena” na pergunta sobre raça e cor do entrevistado. Para muitos pesquisadores e instituições governamentais e não governamentais, 1991 é como um marco da presença do indígena no Censo Demográfico, pois é quando passam a ser recenseados sem serem alocados em outras categorias, como, por exemplo, os pardos. O próprio IBGE, contudo, também destaca que “alguns povos indígenas vêm revelando aumento [populacional] significativo em função de altas taxas de fecundidade”. “A principal conclusão é que vamos continuar existindo”, sentencia a demógrafa Rosa Colman. Graduada em geografia e doutora em demografia, a professora da Faculdade Intercultural Indígena da Universidade da Grande Dourados (UFGD) é a primeira e, possivelmente, a única especialista em estudos populacionais a se autodeclarar indígena no Brasil. Hipótese confirmada pela Associação Brasileira de Estudos Populacionais (Abep). “Acho que, em breve, devem aparecer outros por aí”, aposta Rosa, para quem as políticas de cotas “têm motivado as pessoas, encorajando-as a se autodeclarem indígenas”, contribuindo com as estratégias de autoafirmação dos povos originários. Nascida em Sanga Puitã, distrito de Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai, Rosa, que é da etnia aché (também conhecida pelo termo pejorativo guayaki), já foi alvo da discriminação e do mesmo descaso que ainda hoje levam muitos indígenas a negarem suas identidades. “O preconceito era muito forte e eu, na infância, fui muito chamada de bugrinha e ridicularizada por falar mal o português”, relembra a professora que, nos primeiros anos de vida, só se comunicava com os pais e com pessoas próximas em guarani. Hoje, ela se revela otimista. “Apesar de tudo, a situação vem melhorando […] e as pessoas querem se reafirmar como povo, como um grupo étnico.” Leia, a seguir, trechos da entrevista que Rosa Colman concedeu para a série especial sobre o futuro dos povos indígenas que a Agência Brasil publica a partir desta terça-feira (16), por ocasião do Dia dos Povos Indígenas, lembrado na sexta-feira (19). Nos próximos dias, a Agência Brasil publicará as entrevistas com a escritora Eliane Potiguara, o filósofo Daniel Munduruku e a ministra Sonia Guajajara. Agência Brasil: Desde o censo demográfico de 1991, o número de pessoas que se declaram indígenas vem aumentando. Para a senhora, o que explica esse aumento?Rosa Colman: Além do crescimento natural da população indígena, houve uma melhora na metodologia de coleta dos dados sociodemográficos. Isso é algo bem evidente. Agência Brasil: E o que esse aumento sugere sobre o futuro dos povos indígenas?Rosa: Prevejo que a presença indígena nos centros urbanos, já bastante perceptível, vai continuar aumentando. Principalmente pela busca de estudo e trabalho. Da mesma forma, a questão da mobilidade, ou melhor, da múltipla localidade, de pessoas que vivem entre a cidade e a aldeia. A autoafirmação também tende a continuar aumentando conforme o contexto melhora. Acho que a principal conclusão é que vamos continuar existindo. Agência Brasil: Por quais motivos mais pessoas passaram a se autodeclarar indígenas nas últimas três décadas e por que a senhora acredita que a autoafirmação tende a continuar aumentando?Rosa: Apesar de tudo, a situação indígena vem melhorando em comparação a algumas décadas. Isso aparece nos dados e se torna mais forte a partir dos anos 2000. No geral, houve alguma melhora nas condições de saúde, de alimentação. As políticas de cotas, por exemplo, têm motivado as pessoas, encorajando-as a se autodeclararem indígenas. Aqui mesmo, na UFGD, só considerando indivíduos kaiowá e guarani, identificamos em torno de 50 pessoas cursando a pós-graduação. Isto já é um fenômeno. Embora ainda haja muito medo e preconceitos, principalmente em contextos de disputas por terras, no qual muitos preferem se esconder. Agência Brasil: Na sua tese de doutorado, de 2015, a senhora já aponta que a alta taxa de crescimento populacional registrada entre os guarani, nos 70 anos anteriores, é resultado de uma “política populacional étnica voltada para garantir a sobrevivência física e cultural”. Que estratégia é ou era essa?Rosa: São políticas mais internas, de crescimento físico e cultural. As pessoas querem se reafirmar como povo, como um grupo étnico. Então, eles falam que também é importante ter filhos para continuarem existindo e resistindo. Agência Brasil: Essa percepção de que os guarani e, eventualmente, outros povos, compreendem que ter filhos é algo importante para a sobrevivência cultural de seu povo é objeto de estudos acadêmicos?Rosa: Pesquisa acadêmica eu desconheço, mas é o que percebemos a partir das nossas experiências no convívio e contato com os guarani, que reclamam quando alguém, ou mesmo o Estado, sugere que, sendo pobres, eles não deveriam ter tantos filhos. A gente escuta muitos relatos desse tipo. Inclusive de jovens estudantes indígenas que se sentem incomodados. Em termos acadêmicos, essa percepção é reforçada pela taxa de fecundidade indígena, maior que as registradas entre não indígenas. No Censo 2010, enquanto a taxa de fecundidade entre a população não indígena era de 1,5 filho por mulher, entre indígenas chegava a 3,8. O que ajuda a explicar, em parte, o crescimento populacional. Agência Brasil: Na sua tese, a senhora também afirmou que o país não estava preparado para responder adequadamente a esse aumento populacional. De lá para cá, isso mudou?Rosa: Ainda há muitas demandas por uma educação e uma saúde indígena de mais qualidade. Além disso, a falta de estrutura, de condições básicas, ainda motiva muitas reclamações – e muitas dessas queixas estão relacionadas a casos de preconceito e discriminação nos serviços públicos. Agência Brasil: Como o IBGE é responsável por realizar o Censo Demográfico, consultamos o instituto para saber se há, entre os colaboradores, algum geógrafo ou demógrafo indígena e não há. A Abep também nos informou que desconhece outro profissional autodeclarado indígena além da senhora. A senhora conhece algum outro indígena que atue