Homem é preso por tentativa de feminicídio contra namorada no bairro Jorge Teixeira
Policiais civis da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) Norte/Leste cumpriram, no sábado (20/07), mandado de prisão preventiva contra um homem, 26, por tentativa de feminicídio contra sua namorada, 42. O crime foi cometido na casa do autor, no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus. Segundo a delegada Alessandra Trigueiro, titular da DECCM Norte/Leste, os policiais tomaram conhecimento do crime após a vítima procurar a delegacia e denunciar o infrator. Ela relatou que ficou internada, cerca de dez dias, em uma unidade hospitalar da cidade em decorrência das agressões. “Em depoimento, a vítima nos relatou que demorou a recobrar a memória depois do acontecido e acordou na cama do hospital. Posteriormente, a mulher lembrou que estava na casa do namorado e contou a ele que queria romper a relação. No entanto, ele não aceitou e começou a agredi-la fisicamente, resultando em dois dentes e um braço quebrados”, explicou a delegada. Ainda segundo a delegada, diante dos relatos da mulher, foi representada à Justiça pela prisão preventiva do homem e a ordem judicial foi decretada. Com base nisso, os policiais iniciaram as buscas pelo homem e o localizaram em uma unidade de saúde na zona norte da capital, no momento em que ele ia encontrar outra mulher. “Após ser preso, ele confirmou ser o autor das agressões e alegou estar sob efeito de substâncias entorpecentes”, relatou Alessandra Trigueiro. O homem responderá por tentativa de feminicídio. Ele foi encaminhado à audiência de custódia e ficou à disposição do Poder Judiciário. FOTO: Divulgação/PC-AM Fonte
Grupo de engajamento do G20 defende remuneração do cuidado familiar
O trabalho de cuidar de familiares, como crianças, idosos e doentes, deve ser valorizado, remunerado e não exclusivo de mulheres. Essa é uma das reivindicações do W20 (Women 20 – Mulheres 20, em português), um dos 13 grupos de engajamento que fazem parte da agenda do G20 e se reuniram, nesta segunda-feira (22), com representantes de ministérios das finanças e de bancos centrais dos países-membros. O evento faz parte de uma semana decisiva para a presidência brasileira no G20. A prioridade do W20 foi repassada a jornalistas pela líder Ana Fontes, fundadora e presidente da Rede de Mulheres Empreendedoras. A empreendedora citou como exemplo o modelo argentino, em que os anos que as mulheres se dedicam à criação de filhos pequenos conta para a aposentadoria. Mas Ana Fontes destaca que é preciso que seja algo direcionado para os dois gêneros, e não apenas mulheres. Ela defende que seja repensado o modelo de como a “economia do cuidado” é vista e remunerada. “Se a gente não paga, ninguém valoriza”, avalia. “Socialmente, as pessoas não olham para a economia do cuidado. Ela vai adicionar dinheiro na economia”, acrescenta. “Tem gente que pergunta de onde vai sair esse dinheiro. O mundo não tem falta de dinheiro. O mundo tem falta de ações direcionadas. O que é preciso é organizar essa questão financeira”, defende. Prioridades Ana disse que outra prioridade do grupo é “olhar a justiça climática com lente e perspectiva de gênero”. Segundo a empreendedora, são as mulheres as que mais sofrem em situação de emergência climática. “Quando falta água, quem vai buscar são as mulheres, com a lata na cabeça. Quando tem problema de saneamento e as crianças ficam com dor de barriga, quem sofre com isso são as mulheres”, exemplifica. Os dois temas são a novidade da edição brasileira do W20. Outras reivindicações são herdadas de edições anteriores como melhorar situação de mulheres empreendedoras por meio de acesso ao capital; o enfrentamento à violência contra as mulheres; e aumentar a participação de mulheres e meninas nas áreas de stem (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática). As representantes brasileiras no W20 ainda buscam consenso para que, em todas as cinco reivindicações, haja a perspectiva de raça e etnia. “A questão das raças acaba sobrepondo todas as outras questões, e as vulnerabilidades vão se somando”, explicou a líder do W20. No entanto, ainda não há consenso entre todos os países com representantes no W20. Ana Fontes disse que percebeu boa recepção dos representantes dos ministérios de finanças e de bancos centrais. Ela faz parte de discussões desde 2017 e ressaltou que nunca tinha visto iniciativa como a da presidência brasileira do G20, que, por meio do G20 Social, possibilitou o diálogo prévio entre os representantes da sociedade civil e autoridades. “Fiquei impressionada com a aderência ao tema. Obviamente a gente espera que essa aderência não seja só achar bacana, mas que aconteça na vida real também”, disse. B20 Líder do B20, Constanza Negri, durante reunião do G20 com representantes de ministérios das Finanças e bancos centrais – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil Outro grupo da sociedade civil que participou da reunião nesta segunda-feira foi o B20 (Business 20, reunião de representantes empresariais). Segundo Constança Negri, líder do B20, um dos temas prioritários levado às autoridades da Trilha de Finanças do G20 é o financiamento para acelerar a transição energética para uma economia com menos emissão de gases do efeito estufa. “Que se busque mais formas de facilitar a participação e atração do capital privado”, defende. A líder do B20, que representa também a Confederação Nacional da Indústria (CNI), detalhou que a intenção do setor privado é investir em transição energética cinco vezes mais do que o poder público. “Mas para que isso aconteça, é preciso de algumas medidas para facilitar a forma de operar, seja dos bancos multilaterais e de agências [de fomento ao investimento]”, ressaltou. Na visão da líder empresarial, houve entre líderes públicos e representantes dos grupos de engajamento “uma grande sintonia na questão do papel que o financiamento privado tem para alavancar e poder concretizar essa contribuição para a transição energética”. G20 A presidência brasileira do G20 vai até a reunião de cúpula em novembro. O ponto alto do mandato brasileiro é a reunião de cúpula, nos dias 18 e 19, quando se reunirão no Rio de Janeiro chefes de Estado e de governo. O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia. Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta. A próxima presidência do grupo caberá à África do Sul. Fonte
Prefeitura informa que visitas domiciliares se tornam obrigatórias para a inserção e atualização do Cad Único
Seguindo as instruções do governo federal, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), informa que, a contar do dia 17/7, os processos de inserção e atualização do Cadastro Único de famílias unipessoais, ou seja, de famílias compostas por um único membro, só poderão ser realizados mediante visita domiciliar. A mudança segue as determinações da Portaria nº 1.003, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), publicada em 17/7, no Diário Oficial da União (DOU). O documento é uma resposta ao aumento massivo de cadastro unipessoais observado desde 2022, o que dificulta a avaliação das demandas de famílias em situação de vulnerabilidade social por parte do governo. A visita domiciliar deverá ser realizada pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) responsável pela área de abrangência onde se localiza a residência do usuário. Os servidores estarão identificados com colete e crachá. A área de abrangência de cada unidade Cras pode ser conferida no endereço www.manaus.am.gov.br/semasc/unidades/cras. Foto: Reprodução Fonte
Polícia Militar prende mais de 400 pessoas e reduz em 37% roubos a veículos nos bairros da zona leste
O balanço do primeiro semestre deste ano aponta que a Polícia Militar do Amazonas (PMAM), por meio do Batalhão Leste, prendeu 410 pessoas, apreendeu 76 armas de fogo, recuperou 103 veículos com restrição de roubo ou furto e apreendeu 72 quilos de drogas, em ações e operações de policiamento, nos bairros que abrangem toda a zona leste da capital amazonense. Comparado com o ano passado, os dados apontam que, no período de janeiro a maio, o trabalho das oito Companhias Interativas Comunitárias (Cicoms) subordinadas ao Batalhão Leste, reduziu em 37% os roubos a veículos e 14,5% os crimes de homicídios. Ainda neste período, houve uma redução de 15% em roubos a residência, de 39% a roubos em transportes coletivos e 40% em roubos em estabelecimentos comerciais. O comandante do Batalhão Leste, tenente-coronel PM Wener Vieira, relata que, além de todo o trabalho realizado pela PMAM, o apoio da população nas denúncias tem contribuído diretamente para as apreensões e a retirada de armas de circulação da zona leste, uma das regiões com maiores índices criminais. “Nós conseguimos reduzir em 37% os roubos a veículos na área da zona leste, utilizando não só as operações, mas também o sistema de inteligência, o sistema do ‘Paredão’ e, claro, a população que tem contribuído de maneira ativa e participativa. Dessa forma conseguimos executar a apreensão de drogas, munições e presos, que comparado ao ano passado, aumentamos em 15% a quantidade de prisões. Somente este ano, fizemos a detenção de 410 pessoas”, enfatizou o comandante. O resultado na redução dos índices criminais realizado pelo Batalhão Leste é composto pela produtividade de todas as suas subordinadas: 4ª, 9ª, 11ª, 14ª, 25ª, 28ª, 29ª e 30ª Cicoms. As unidades policiais realizam o policiamento ostensivo nos bairros como o Armando Mendes, Colônia Antônio Aleixo, Gilberto Mestrinho, Jorge Teixeira, Mauazinho, Puraquequara, São José Operário, Tancredo Neves e Zumbi dos Palmares. Aumento de apreensões de armas e munições A PMAM registrou, no primeiro semestre do ano, um total de 656 armas apreendidas na capital e interior do estado. O número representa um aumento de 13,69% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a corporação apreendeu 577 armas de janeiro a junho de 2023. Os dados são do Centro Integrado de Estatística de Segurança Pública (Ciesp), da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Além do aumento na apreensão de armas, a PMAM também teve aumento no número de armas brancas apreendidas. De janeiro a junho de 2024, as ações policiais apreenderam 491 armas brancas, uma evolução de 40,29% no comparativo com o mesmo período do ano anterior, quando foram apreendidas 350 armas brancas. As apreensões de munições apresentaram o maior percentual de aumento, com 10.359 apreensões em 2024 e 4.090 em 2023, o equivalente a um aumento de 153,28%. Denúncia A Polícia Militar do Amazonas orienta a população que informe imediatamente ao tomar conhecimento de qualquer ação criminosa, por meio do disque denúncia 181 ou pelo 190. A identidade do denunciante será mantida em sigilo. FOTO: Divulgação/PMAM Fonte
G20: tecnologia pode ser ferramenta para redução de desigualdades
Os ministros do G20 da Reunião de Desenvolvimento reconhecem a tecnologia como importante ferramenta para a redução de desigualdades no mundo. Em documento divulgado nesta segunda-feira (22), ressaltam a importância da transferência de tecnologia entre países, do acesso a tecnologias digitais e até mesmo do uso dos benefícios da inteligência artificial para que as diferenças sociais e econômicas entre os países diminuam. “Isso pode possibilitar uma transformação rápida, combater as desigualdades dentro e entre os países e acelerar a realização do desenvolvimento sustentável nas suas três dimensões – econômica, social e ambiental -, bem como a prestação de serviços públicos”, aponta o documento Declaração Ministerial de Desenvolvimento do G20 para Reduzir as Desigualdades. Em 20 tópicos, os ministros elencam no documento ações possíveis para mitigar as desigualdades. E chamam a atenção dos países e organizações internacionais parceiras para que abordem a necessidade urgente de reduzir as desigualdades dentro e entre os países e de promover oportunidades para todas as pessoas, independentemente de idade, sexo, deficiência, raça, etnia, origem, religião ou status econômico e outros. “A desigualdade amplifica os impactos negativos e desiguais dos choques com possíveis consequências a longo prazo”, afirmam os ministros no texto. Entre os compromissos firmados, estão o emprego produtivo e a inovação, apoiados por competências adequadas e transferência de tecnologia em termos voluntários e mutuamente acordados. Os ministros também reafirmam o compromisso de “reduzir as disparidades digitais e promover o uso inclusivo de dados para o desenvolvimento, aproveitar os benefícios da inteligência artificial (IA) segura, protegida e confiável para o bem e para todos de maneira responsável, inclusiva e centrada no ser humano, melhorar o acesso a serviços digitais e infraestrutura pública digital e alavancar oportunidades de transformação digital para impulsionar o crescimento sustentável e inclusivo”. Outro tópico abordado é a questão do emprego: “Reafirmamos nosso compromisso em ajudar os países em desenvolvimento a se integrarem melhor às cadeias industriais, de valor e de suprimentos globais, e acelerar seu processo de industrialização e modernização. Reconhecemos que o desenvolvimento do capital humano é essencial para combater a pobreza e a desigualdade”, comprometem-se os ministros. Outro compromisso estabelecido é em relação à mobilização de recursos, sobretudo para os países mais pobres. Os ministros ressaltam a necessidade de financiamento “acessível, adequado e disponível proveniente de todas as fontes” e reconhecem que há desafios para a implementação da chamada Agenda de Ação de Adis Abeba (AAAA), considerado um acordo histórico para o investimento em desenvolvimento sustentável. “O progresso não foi compartilhado uniformemente dentro e entre os países, aprofundando ainda mais as desigualdades existentes”, alertam no documento. Os ministros reconhecem a importância de facilitar o desenvolvimento, a distribuição oportuna e o acesso equitativo a vacinas, terapias e diagnósticos seguros, eficazes, de qualidade garantida e acessíveis. Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, é a primeira vez, em 2 anos e meio, que é possível aprovar documentos em nível ministerial, o que não ocorreu nas duas últimas presidências do G20 devido a controvérsias sobretudo em relação a questões geopolíticas entre os países do grupo. Reuniões do G20 A Reunião de Desenvolvimento, no âmbito do G20, vai até esta terça-feira (23), no Rio de Janeiro. E até sexta-feira (26), haverá uma série de encontros de alto nível entre autoridades da área econômica dos países que formam o bloco, além de eventos com ministros de áreas sociais. Um dos pontos altos será o pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O G20 é composto por Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, além da União Europeia. Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos por um país) global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial. Desde 2008, os países revezam-se na presidência. Esta é a primeira vez que o Brasil preside o G20 no atual formato. A Cúpula de Líderes será em novembro, no Rio de Janeiro. Até lá, serão realizadas diversas reuniões. Fonte
Detran-AM autua condutores que praticavam manobras perigosas em via pública na região centro-oeste de Manaus
A equipe de Fiscalização do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), após receber denúncia anônima, desarticulou na noite do último sábado (20/07) um encontro de condutores que praticavam manobras perigosas em via pública, próximo a uma loja de pneus localizada no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste da capital. De acordo com Arthur Cruz, coordenador geral da Fiscalização do Detran-AM, os participantes estavam praticando deslizamento de pneus, em plena via pública, de forma não autorizada, colocando em risco a vida de inúmeras pessoas. Além disso, veículos estavam sem placa de identificação, ‘cortando giro’, ‘cantando pneu’ e com descarga livre”, detalhou Arthur Cruz. Ainda de acordo com o coordenador da Fiscalização, durante a abordagem, foram constatadas outras infrações como licenciamento em atraso, motocicletas sem retrovisores, condutores não habilitados, condutores dirigindo sob influência de álcool, condutores menores de ideia, veículo rebaixo (alteração de característica), além de condutores e passageiros sem o capacete de segurança. “Aqueles veículos irregulares foram removidos e seus condutores autuados. Ressaltamos a necessidade do respeito à vida e às leis do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Quando respeitamos as leis e conduzimos com responsabilidade inúmeras vidas são preservadas. O momento agora é de salvar vidas e manter a segurança viária”, finalizou Arthur Cruz. FOTOS: Divulgação/Detran-AM Fonte
Ao menos 208 indígenas foram assassinados no Brasil em 2023
Ao menos 208 indígenas foram assassinados no Brasil ao longo do ano de 2023. O dado consta do relatório Violência Contra os Povos Indígenas, que o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgou na tarde desta segunda-feira (22). Este é o segundo pior resultado registrado desde 2014, quando o conselho, vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), passou a recorrer a dados oficiais para contabilizar homicídios de indígenas. A metodologia não leva em conta 17 homicídios que os autores do documento classificaram como culposos, ou seja, não intencionais. O número de assassinatos no ano passado é inferior apenas ao registrado em 2020, quando 216 indígenas morreram de forma violenta – em um primeiro momento, o conselho chegou a divulgar que 182 indígenas tinham sido mortos naquele ano, mas a informação foi posteriormente corrigida. Os 208 assassinatos em 2023 significam aumento da ordem de 15,5% em comparação ao número registrado em 2022 (180). O resultado vai na contramão da redução do número de homicídios no país. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os assassinatos diminuíram 3,4% em 2023, na comparação com 2022. Os autores da publicação, contudo, destacam que, este ano, acessaram uma base de dados “mais completa e atualizada” para tabular os casos de assassinatos, suicídios, mortalidade infantil e mortes por desassistência à saúde entre indígenas, o que pode ter resultado em números mais altos, dificultando a comparação com anos anteriores. Ainda de acordo com o Cimi, em 2023 os estados de Roraima (47), Mato Grosso do Sul (43) e Amazonas (36) encabeçaram o ranking das unidades da federação com maior número de assassinados. Juntos, esses três estados totalizam quase 40% dos homicídios registrados em 26 das 27 unidades federativas. A maioria (171) das vítimas tinha entre 20 e 59 anos e foram identificadas como homens (179), enquanto as demais 29 foram registradas como mulheres. “O ambiente institucional de ataque aos direitos indígenas foi espelhado, nas diversas regiões do país, pela continuidade das invasões, conflitos e ações violentas contra comunidades e pela manutenção de altos índices de assassinatos, suicídios e mortalidade na infância entre estes povos”, acrescentam os responsáveis por elaborar o documento. Os dados do anuário são compilados por equipes do próprio Cimi, a partir da base do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e de informações obtidas junto à Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). O Cimi contabilizou 203 óbitos por agressão contra indígenas em 2021; 216 em 2020; 196 em 2019; 135 em 2018; 110 em 2017; 118 em 2016; 137 em 2015 e 138 em 2014. “As disputas em torno dos direitos indígenas no [âmbito dos] três Poderes da República refletiram-se, em 2023, em um cenário de continuidade das violências e violações contra os povos originários e seus territórios”, aponta o Cimi no relatório, acrescentando que o ano passado foi marcado por uma série de conflitos territoriais e assassinatos envolvendo brigas ou desavenças, muitas vezes potencializadas por bebida alcoólica. Violações O relatório do Cimi contém dados igualmente “preocupantes” relativos a outras formas de violência contra os povos indígenas no Brasil. De acordo com os dados, ao menos 670 crianças indígenas entre zero e 4 anos de idade morreram por causas evitáveis, ou seja, “em decorrência de enfermidades, transtornos e complicações que poderiam ter sido controladas por meio de ações de atenção à saúde, imunização, diagnóstico e tratamento adequado”. O relatório registra ainda que pelo menos 180 indígenas tiraram suas próprias vidas. Em relação aos direitos territoriais, o Cimi registra 1.276 casos de violência, distribuídos entre os subtipos de ocorrência omissão e morosidade na regularização de terras (850); conflitos (150) e invasões, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio (276). O relatório também denuncia o que tipifica como “violência por omissão do poder público”, destacando o que os autores classificam como casos de desassistência geral (66 ocorrências), além de episódios na área da educação escolar (61) e na saúde (100). O Cimi critica a falta de sinalização clara do governo federal na defesa dos territórios indígenas, principalmente no tocante à indefinição quanto à aprovação da Lei nº 14.701, que estabelece o chamado marco temporal. Pela tese, os indígenas só têm direito aos territórios originários que ocupavam ou já reivindicavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. Pouco antes de deputados federais e senadores aprovarem a lei, o Supremo Tribunal Federal (STF) tinha apontado a inconstitucionalidade da tese apenas. O que motivou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar este ponto. Em dezembro, contudo, o Congresso Nacional derrubou o veto de Lula, mantendo o marco temporal. A queda de braço entre Executivo e Legislativo foi judicializada por setores favoráveis e contrários à lei. Em abril, o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a instauração de um processo de conciliação, suspendendo o julgamento de qualquer ação que trate do tema. A previsão é de que a comissão criada para tentar estabelecer um acordo entre as partes comece a funcionar no próximo dia 5 de agosto. “A morosidade e a ausência de uma sinalização clara do governo federal em defesa dos territórios indígenas tiveram influência direta no alto número de conflitos registrados, muitos deles com intimidações, ameaças e ataques violentos contra comunidades indígenas”, apontam os autores do relatório, destacando que, de 1.381 terras e demandas territoriais indígenas existentes, 850 (ou 62%) seguem com pendências administrativas para sua regularização. “Destas, 563 ainda não tiveram nenhuma providência do Estado para sua demarcação. Em 2023, os maiores avanços [em termos de políticas indígenas] ocorreram na constituição ou reestruturação de grupos técnicos (GTs) para a identificação e delimitação de terras indígenas, sob responsabilidade da Funai. É um indicativo da disposição do órgão em dar andamento à primeira etapa na regularização de demandas territoriais represadas há anos.” O relatório indica, contudo, que os trabalhos avançam a passos lentos: “apenas três relatórios de identificação e delimitação foram concluídos e publicados pela Funai em 2023. E a indefinição sobre o marco temporal torna impossível uma previsão acerca
Cimi: políticas públicas ainda não frearam violência contra indígenas
A mudança de governo, no âmbito federal, não foi suficiente para frear a violência e o desrespeito aos direitos indígenas. A conclusão é do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que lançou, na tarde desta segunda-feira (22), o relatório anual Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – dados de 2023. “O conselho lança esse relatório com profundo pesar”, afirma o presidente do Cimi e arcebispo de Manaus (AM), Leonardo Steiner, na apresentação do documento. “A cada ano, depois de organizarmos e analisarmos os dados e as informações que nos são enviadas pelas equipes de missionárias e missionários, bem como as obtidas junto aos órgãos públicos e à imprensa, vemos que as descrições de fatos e as cenas de violência se repetem e nos impactam profundamente.” Segundo o conselho, o primeiro ano da atual gestão federal (2023) foi marcado pela retomada das ações fiscalizatórias e maior repressão às invasões em alguns territórios, como o dos yanomami, no Norte do país, mas a demarcação de novas áreas da União destinadas ao usufruto exclusivo indígenas e também as ações de proteção e assistência às comunidades permaneceram insuficientes. “O ano de 2023 iniciou com grandes expectativas em relação à política indigenista do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não apenas porque a nova gestão sucedeu um governo abertamente anti-indígena [a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro], mas também porque o tema assumiu centralidade nos discursos e anúncios feitos pelo novo mandatário desde a campanha eleitoral”, destaca o conselho. O relatório cita a criação do inédito Ministério dos Povos Indígenas (MPI), à nomeação de representantes de diferentes etnias para postos importantes, como o próprio MPI, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), e a declaração de Emergência Nacional de Saúde na Terra Indígena Yanomami, com a subsequente operação de retirada – ou desintrusão – de não-indígenas, sobretudo garimpeiros, da reserva. Após seis anos de paralisação dos processos demarcatórios, o governo federal homologou, no ano passado, oito novas terras indígenas. De acordo com a Funai, a União também destinou mais de R$ 200 milhões para ações de proteção e demarcação territorial. E cerca de R$ 5,3 milhões foram destinados ao pagamento de indenizações por benfeitorias a ocupantes de boa-fé retirados de terras indígenas. Marco temporal No relatório, o Cimi reconhece que, em 2023, houve uma melhora na execução da política indigenista em comparação aos anos anteriores, mas ainda insuficiente. “Após anos de abandono e omissão ativa de governos anteriores frente à presença ilegal de garimpeiros na Terra Indígena Yanomami, a declaração de Emergência Nacional de Saúde e o início de uma grande operação de desintrusão no território apontaram na direção de uma mudança efetiva em relação à política indigenista. Sem demora, contudo, a realidade política se impôs. O Congresso Nacional atuou para esvaziar o MPI e atacar os direitos indígenas, especialmente por meio da aprovação da Lei 14.701/2023”, destacou o conselho. Aprovada em setembro do ano passado, a Lei nº 14.701 estabelece o chamado marco temporal. Pela tese, os indígenas só têm direito aos territórios originários que ocupavam ou já reivindicavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. O Supremo Tribunal Federal (STF) tinha apontado a inconstitucionalidade da tese apenas uma semana antes de os deputados federais e senadores aprovarem a lei. O que motivou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar este ponto da lei, em outubro. Em dezembro, o Congresso derrubou o veto de Lula, mantendo o marco temporal. A queda de braço entre Executivo e Legislativo foi judicializada por setores favoráveis e contrários à lei. Em abril, o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a instauração de um processo de conciliação, suspendendo o julgamento de qualquer ação que trate do tema. A previsão é de que a comissão criada para tentar estabelecer um acordo entre as partes comece a funcionar no próximo dia 5 de agosto. Para o Cimi, as disputas em torno dos direitos indígenas, travadas no âmbito dos três Poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo), se refletem em um “cenário de continuidade das violências e violações contra os povos originários e seus territórios”. “Do total de 1.381 terras e demandas territoriais indígenas existentes no Brasil, a maioria (62%) segue com pendências administrativas para sua regularização […] São 850 terras indígenas com pendências. Destas, 563 ainda não tiveram nenhuma providência do Estado para sua demarcação”, aponta o conselho. O relatório destaca que os “avanços” na constituição ou reestruturação, pela Funai, dos grupos técnicos responsáveis por identificar e delimitar os territórios indígenas indicam “a disposição do órgão em dar andamento à primeira etapa na regularização de demandas represadas há anos”. Encaminhamentos Segundo a Funai, em 2023, os processos relativos a 25 terras indígenas foram encaminhados a fim de permitir a publicação das chamadas portarias declaratórias, uma declaração estatal sobre os limites da área já identificada e delimitada por antropólogos como território tradicional indígena. Além disso, foram constituídos 37 grupos técnicos para verificar a situação de outras áreas reivindicadas. “[Contudo] a indefinição sobre o marco temporal torna impossível uma previsão acerca do cumprimento dos prazos estabelecidos, na medida em que o governo hesita e utiliza a Lei 14.701/2023 como justificativa para não avançar nos procedimentos demarcatórios”, acrescenta o conselho. O documento reforça que a homologação de oito terras indígenas ao longo do ano passado ficou “aquém das expectativas”, ainda que o resultado seja superior ao dos quatro anos anteriores, quando nenhum novo território foi homologado. Governo Consultados, os ministérios dos Povos Indígenas e da Saúde informaram não ter tido acesso prévio ao relatório divulgado esta tarde e que se manifestarão após analisar o documento. Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que a Força Nacional de Segurança Pública tem atuado em terras indígenas, sob demanda, para auxiliar outros órgãos a manter a ordem pública e garantir a segurança e integridade patrimonial e das pessoas. Ainda segundo a pasta, só no primeiro semestre deste ano, agentes da
Polícia Militar do Amazonas prende oito homens envolvidos em tráfico de drogas em municípios do interior
A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) prendeu oito homens, com idades entre 18 e 38 anos, por envolvimento em tráfico de drogas, em ocorrências distintas neste fim de semana (20 e 21/07), no interior do estado. Em Barreirinha (a 331 quilômetros da capital), os policiais militares do 1º Grupamento de Policiamento Militar (GPM) prenderam cinco homens com idades entre, 24 e 31 anos, pelo crime de tráfico de drogas, após denúncias da população. A ação aconteceu no sábado (20/07), na rua 9 de junho, no centro do município. Os PMs apreenderam quatro porções de oxi e cocaína, uma balança de precisão, duas munições de 22 calibre, três aparelhos celulares, um carro e duas motocicletas, cinco relógios, três anéis, um cordão, um livro usado como contabilidade do tráfico e R$523 em espécie. O grupo foi conduzido à 42ª Delegacia Interativa de Polícia de Barreirinha (DIP). Em Manacapuru Os policiais militares do 9º Batalhão de Policiamento Militar de Manacapuru (BPM), prenderam um homem, 20, no domingo (21/07), no beco Ezanor Athayde, bairro São José, zona urbana do município (a 68 quilômetros da capital). Os PMs estavam em patrulhamento pela região quando receberam uma denúncia de que, naquele endereço, haveria um homem vendendo drogas. O homem tentou fugir, porém foi alcançado e detido. Com ele, os policiais militares apreenderam uma balança de precisão, uma porção média de oxi, uma porção grande skunk e R$26 em espécie. Ainda no domingo, em Manacapuru, os policiais militares do 9ª BPM prenderam um jovem, 18, também por tráfico de drogas. A prisão aconteceu na rua Vitória, bairro da Aparecida, zona urbana do município. Os policiais militares receberam informações que naquele local um indivíduo de camisa listrada com luzes no cabelo, estava vendendo drogas em via pública. Os PMs realizaram a abordagem e com ele apreenderam uma porção média de oxi, uma porção média de cocaína, uma balança de precisão, uma faca e R$24 em espécie. Os dois homens foram conduzidos à Delegacia Especializada de Polícia de Manacapuru (DIP). Em Rio Preto da Eva Os PMs da 3ª Companhia Independente de Polícia Militar de Rio Preto da Eva (CIP) prenderam um homem, 24, por tráfico de drogas, na rua Benjamim Lima, bairro Monte Castelo, no município (a 57 quilômetros da capital). Na tarde de domingo (21/07), a equipe policial recebeu uma denúncia via linha direta, de que naquele endereço haveria um homem vendendo drogas. Os PMs foram até o local e com o suspeito apreenderam 61 papelotes de maconha, uma porção média de maconha, duas porções médias de oxi, duas porções de cocaína e R$26 em espécie. O homem foi conduzido à 36ª Delegacia Interativa de Polícia Rio Preto da Eva (DIP) Denúncia A Polícia Militar do Amazonas orienta a população que informe imediatamente ao tomar conhecimento de qualquer ação criminosa, por meio do disque denúncia 181 ou pelo 190. A identidade do denunciante será mantida em sigilo. FOTOS: Divulgação/PMAM Fonte
ADS capacita produtores para beneficiamento de pescado na zona rural de Manaus
O Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), realizará o curso de Beneficiamento de Pescado aos piscicultores do ramal Bons Amigos, conhecido também por ramal do 14, na estrada do Puraquequara, situada na zona rural de Manaus. A programação será realizada nesta terça-feira (23/07), das 8h30 às 14h, na Associação de Piscicultores e Agricultores Familiares. A engenheira de pesca Eveli Cristiane dos Santos, da ADS, ressalta que esse curso é a última etapa de uma série de ações que a ADS vem oferecendo aos produtores e piscicultores da região. “Os primeiros cursos foram sobre produção, biometria e planejamento de negócios. E agora vem a última parte, sendo a questão do beneficiamento, retirada de espinha e a produção de subprodutos de pescado”, disse a engenheira de pesca. O curso de Beneficiamento de Pescado envolve a aplicação de técnicas para agregar valor aos peixes, especialmente espécies de alto valor comercial, como o Tambaqui e a Matrinxã. As etapas do processo incluem a remoção das espinhas dos peixes e a produção de bolinhos de Tambaqui a partir da polpa do peixe. A iniciativa visa fortalecer a piscicultura local, promovendo capacitação e conscientização sobre boas práticas de produção. Ao todo, 32 produtores credenciados na Associação de Piscicultores e Agricultores Familiares estão sendo beneficiados por meio de cursos. Atualmente, o ramal conta com 13 famílias envolvidas na prática da piscicultura. Na região, a ADS realiza uma Feira de Produtos Regionais, onde os produtores participam fornecendo alimentos frescos e de qualidade. A participação dos produtores na feira é uma oportunidade para divulgar seus produtos e estabelecer conexões com os consumidores locais. Através das ações, a ADS busca impulsionar o desenvolvimento econômico e social das famílias envolvidas, contribuindo para a segurança alimentar da comunidade e a preservação dos recursos naturais. “A ADS vem realizando o acompanhamento dos produtores do ramal desde 2022. Houve um intervalo, nós retomamos agora nossas atividades com esse planejamento de cursos, tanto na área da pesca quanto na área da agricultura. Os cursos visam capacitar os produtores em todas as etapas da criação de peixes, desde a produção até a comercialização”, ressaltou Renata Veiga, engenheira de pesca da ADS. FOTO: Divulgação / ADS Fonte
Casa Branca: para especialistas, tendência é que Kamala seja candidata
A indicação da atual vice-presidente dos Estados Unidos (EUA), Kamala Harris, para substituir o presidente Joe Biden na disputa pela Casa Branca deve ser confirmada pelo Partido Democrata, segundo avaliação de analistas consultados pela Agência Brasil. Apesar do apoio de Biden à vice-presidente, Kamala precisa ainda ser confirmada pela convenção do partido, marcada para os dias 19 a 22 de agosto. Apesar de outros nomes poderem surgir para disputa, após a desistência de Biden anunciada neste domingo, especialistas acreditam que é difícil outro político democrata se consolidar contra Harris. O professor de Relações Internacionais da Ibmec-RJ, José Niemeyer, lembra que ela recebeu o apoio da maioria das lideranças do partido. “De Clinton, de Obama, da Nancy Pelosi, que é muito importante e tem um grande papel no Congresso, além de outras lideranças. Por isso, Kamala deve ter a indicação confirmada como candidata”, afirmou. A governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, possível rival de Kamala na disputa pela Casa Branca, endossou o apoio de Biden à sua vice nesta segunda-feira (22). “Vice-presidente Harris, você tem meu total apoio. Vamos vencer”, disse a democrata em rede social. O presidente do Conselho Diretivo do Washington Brazil Office (WBO), James N. Green, avalia que causa má impressão alguém se lançar contra a vice-presidente e que a confirmação de Kamala é uma questão de formalidade. “Não tem nenhuma pessoa ou uma força que vá questionar ela nesse momento. Especialmente porque Biden a indicou e acho que tem um certo sentimento de culpa entre os setores do partido por causa da maneira que ele foi pressionado a renunciar. A pessoa que se lançar contra Kamala vai ficar muito marginalizada e vista como uma pessoa que está contra a possibilidade de vitória”, analisou. Para Green, a questão chave agora é saber quem vai ser a ou o vice de Kamala, que é o que deve mobilizar o Partido Democrata. Ainda segundo o analista, a manutenção de Biden estava dando uma vitória iminente à Donald Trump. “O mais importante agora é que se abriu de novo o jogo eleitoral e a possibilidade de Trump ser derrotado. Ela tem possibilidade de ganhar as eleições, eu acho que pode reverter essa dinâmica que estava muito desfavorável [ao Partido Democrata”, destacou. Financiamento Como os cerca de US$ 95 milhões arrecadados para campanha democrata foram doados quando Joe Biden estava na disputa, republicanos prometem questionar que esse recurso não pode ser transferido para outra candidatura. “Biden pode transferir os US$ 90 milhões para uma entidade independente que pode apoiar a campanha eleitoral dela. Acho que isso não é um problema. É um discurso dos republicanos para perturbar”, destacou o especialista da WBO, James Green Para o professor José Niemeyer, como Kamala estava como vice de Biden, as doações devem ser mantidas. “Kamala era a única que poderia, do ponto de vista legal, receber essas doações de campanha, porque ela é vice-presidente. Outros candidatos seria mais difícil, você teria que começar um novo processo de doação”, disse o especialista do Ibmec. A indicação de Kamala por Biden fez com que o partido recolhesse, em um único dia, cerca de US$ 50 milhões de doações de “americanos comuns”, segundo informou a Reuters. Fonte
Aberto prazo para transferência temporária de local de votação
Eleitores interessados em alterar temporariamente seção ou local de votação podem, a partir desta segunda-feira (22), fazer a solicitação junto à Justiça Eleitoral. A medida vale apenas para mudanças para seções localizadas no mesmo município em que o eleitor esteja inscrito. O prazo para a solicitação da transferência temporária encerrará no dia 22 de agosto. O primeiro turno das eleições municipais de 2024 será no dia 6 de outubro. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a transferência temporária só pode ser requisitada por eleitores em situação regular no cadastro eleitoral. Ela é adotada com o intuito de “permitir que pessoas, em razão do trabalho, de dificuldades de locomoção ou por estarem privadas provisoriamente de liberdade, possam votar em seções eleitorais diferentes das que estão registradas”. Entre os eleitores que podem pedir a transferência temporária estão presos provisórios e adolescentes em unidades de internação; militares, agentes de segurança pública e guardas municipais em serviço; pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida; indígenas, quilombolas, integrantes de comunidade tradicional ou residentes em assentamento rural; juízes (inclusive auxiliares), servidores da Justiça Eleitoral e promotores eleitorais. Mais detalhes sobre a transferência temporária de local de votação podem ser obtidas no site do TSE. Fonte
Procon-AM notifica 100 postos de combustíveis após alta no preço da gasolina
O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM) “Operação Preço Justo”durante a fase inicial da “Operação Preço Justo”, que visa dar explicações para a população após um aumento repentino do preço do combustível no dia 13 de julho. Os estabelecimentos notificados pelo Procon-AM, no período de 15 a 19 de julho, terão um prazo de cinco dias corridos para apresentar ao órgão as notas fiscais de compra e venda de combustível e demais documentos, que comprovem a necessidade de elevação de preço do produto. A operação iniciou no dia 15 de julho, após o preço do refino saltar de R$ 6,29 para R$ 6,89, um aumento repentino de R$ 0,60 centavos por litro da gasolina, que chamou a atenção do órgão e redobrou as fiscalizações nas ruas para proteger o consumidor. Segundo o órgão, esse acréscimo contrasta com a redução no preço do refino da gasolina anunciada pela Refinaria da Amazônia (Ream) no dia 12 de julho, que baixou de R$ 3,51 para R$ 3,46. Conforme o diretor-presidente do órgão, Jalil Fraxe, a operação não vai parar até que haja uma justificativa plausível, por parte dos empresários, sobre esse aumento repentino e, caso seja constatado algum tipo de irregularidade, os responsáveis serão punidos consoante o Código de Defesa do Consumidor. “A operação tem intuito de proteger o consumidor amazonense e não vai parar até que haja uma justificativa para esse aumento. A população precisa de respostas”, enfatizou Fraxe. Se não houver justificativa para o aumento, a empresa notificada será multada conforme o artigo 56, inciso I, da Lei 8.078/90, em conjunto com o artigo 18, inciso I, do Decreto 2.181/97, que regulamenta o Código de Defesa do Consumidor. Fraxe ressalta a importância de os consumidores estarem cientes de que o Procon-AM não exerce função reguladora de mercado, ou seja, não possui autoridade para estabelecer preços na cadeia de consumo, embora esteja trabalhando para minimizar o impacto desse aumento. Portanto, é crucial colaborar com órgãos como o Ministério Público, a Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP) e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para proteger a população amazonense. “O Procon-AM não é o agente responsável por regular os preços, sendo assim não podemos definir valores no mercado de consumo. O órgão faz uma análise em todo o mercado, com a intenção de observar se há ou não um abuso no preço aplicado pelos empresários. No caso da gasolina foram R$ 0,60 centavos de reajuste em Manaus, um reajuste repentino que pesa no bolso de nós consumidores. Então, o Procon-AM segue atuando e pede o apoio da agência reguladora para que o preço desses combustíveis chegue a um valor acessível”, afirmou o diretor-presidente do Procon-AM. O órgão informa que mesmo não sendo um agente regulador de mercado segue com a “Operação Preço Justo” com objetivo de minimizar o impacto desse aumento para o consumidor final. Canais de denúncia Consumidores que identificarem qualquer irregularidade ou desrespeito aos seus direitos podem registrar denúncias através dos canais de atendimento do Procon-AM: (92) 3215-4009 ou 0800 092 1512 (segunda a sexta, das 8h às 14h, exceto feriados), site www.procon.am.gov.br ou correio eletrônico: fiscalizacaoprocon@procon.am.gov.br. FOTOS: João Pedro/Procon-AM Fonte
Wilson Lima vistoria retomada de obras na AM-010 e destaca diferencial no trabalho de modernização da rodovia
O governador Wilson Lima vistoriou, nesta segunda-feira (22/07), a retomada das obras da rodovia AM-010, estrada que liga Manaus a Itacoatiara. A intensificação dos trabalhos de revitalização da rodovia segue a programação de obras em infraestrutura em todo o Amazonas, tendo em vista o fim do período chuvoso, e já atingiu a marca de 60% de conclusão. A obra faz parte das ações do Asfalta Amazonas, programa estadual de ampliação da malha viária do estado. De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), os trabalhos na rodovia recomeçaram em julho. Desde o início da intervenção na AM-010, mais de 162 quilômetros da rodovia já foram pavimentados de um total de 250,4 quilômetros. Em mais de 70 anos, esta é a primeira obra de grande porte recebida pela rodovia, desde a construção na década de 1950. Devido ao tamanho do investimento e as frentes de trabalho, mais de 7,8 mil empregos foram gerados de forma direta e indireta. “As pessoas precisam entender que uma estrada como essa, o grande diferencial não é o asfalto, é a base, sub-base, aquele trabalho que é feito de preparação do solo para que a gente possa colocar o asfalto. Nós estamos fazendo um trabalho muito consistente para que essa pista suporte o desenvolvimento econômico que vai passar por aqui”, afirmou o governador Wilson Lima. No local, o governador acompanhou os trabalhos nos quilômetros 34 e 36 da rodovia, que recebem serviços de pavimentação e terraplanagem. Para 2024, a programação vai acontecer em duas etapas: no trecho de Manaus a Rio Preto da Eva, com aplicação de primeira capa asfáltica em 39 quilômetros, e em mais três trechos que totalizam 89 quilômetros com a segunda capa de asfalto. Segundo o planejamento da Seinfra, a meta é alcançar 75% de avanço da obra na AM-010 até dezembro de 2024. A previsão para conclusão da modernização em toda a extensão da rodovia é em 2025. “Nós temos aqui uma das principais artérias de desenvolvimento do Amazonas e temos como meta que, até dezembro de 2025, nós estaremos inaugurando essa importante obra. Nós estamos reconstruindo a AM-010 para que ela sirva como uma artéria de desenvolvimento de toda a região”, afirmou o secretário da Seinfra, Carlos Henrique Lima. Além do secretário, estiveram presentes na vistoria o prefeito de Rio Preto da Eva, Anderson Souza, e os deputados estaduais Rozenha e Cristiano D’Angelo. Modernização A obra de modernização da rodovia, que interliga Manaus aos municípios do Rio Preto da Eva e Itacoatiara (diretamente), além de Silves e Itapiranga (indiretamente), inclui ainda o alargamento da caixa viária da AM-010, com maior espaço para a pista de rolamento e para o acostamento, garantindo mais segurança aos motoristas que utilizam a via diariamente. Também estão em andamento os trabalhos referentes ao tratamento de erosão, assim como os serviços de reciclagem, sub-base, base e imprimação. A aplicação da segunda capa de concreto asfáltico foi realizada nos trechos compreendidos entre os quilômetros 154 e 166. As equipes também atuam em trabalhos de drenagem e de sinalização, sendo estes realizados sempre após a conclusão dos trabalhos de pavimentação asfáltica. Benefícios A modernização da rodovia AM-010 é uma das principais obras do Governo do Estado para desenvolver atividades econômicas da região. O trabalho na rodovia beneficiará ao menos oito municípios: Manaus, Itacoatiara, Itapiranga, Rio Preto da Eva, Urucará, Urucurituba, São Sebastião do Uatumã e Silves. A expectativa é aquecer e fomentar, por exemplo, a exploração do gás natural no município de Silves e a fruticultura em Rio Preto da Eva. Outra atividade é o escoamento da produção rural em Novo Remanso e na Vila do Engenho, com a produção do abacaxi, além da atividade portuária, ambas localidades em Itacoatiara. A aposentada Maria do Rosário Nogueira, de 64 anos, vive há 20 anos em uma casa na margem da rodovia. Observando o avanço das obras, ela avalia a importância do trabalho do Governo do Amazonas. “Estão fazendo uma coisa melhor aqui. (A rodovia) estava cheia de buraco. Vai trazer melhoria, com certeza. Obra assim como essa daqui, é a primeira vez. Depois que estiver pronta vai melhorar para todo mundo”, afirmou Maria do Rosário. Asfalta Amazonas Com a chegada do verão, várias obras de infraestrutura foram intensificadas tanto na capital quanto no interior por meio do programa Asfalta Amazonas. A nova etapa do projeto foi lançada pelo governador Wilson Lima na sexta-feira (19/07), visando a recuperação e expansão da malha viária do estado. Na capital, as obras iniciaram pelos bairros Parque Riachuelo e Parque Solimões, na zona oeste. No interior, dez novos convênios serão executados em nove municípios e mais quatro obras por execução direta em outras quatro cidades. Desde 2019, os investimentos em infraestrutura viária somam R$ 4,6 bilhões, gerando mais de 70 mil empregos. Rodovias Desde 2019, o Governo do Estado concluiu a pavimentação de cinco rodovias, o equivalente a 100,45 quilômetros, totalizando um investimento de R$ 763,9 milhões e a geração de mais de 18 mil empregos diretos e indiretos. As rodovias concluídas foram a AM-151; AM-070; Trevo Lydia da Eira Corrêa; Rapidão Rodoanel Metropolitano de Manaus (etapa 1) e Trevo do Rapidão Metropolitano (etapa 2). Outras cinco obras em rodovias estão em andamento, o equivalente a 444,02 quilômetros, totalizando um investimento no valor de R$ 1,3 bilhão e a geração de mais de 18 mil empregos diretos e indiretos. Em execução estão as rodovias AM-010; AM-352; AM-453; Estrada Codajás/Anori e Rapidão Rodoanel Metropolitano de Manaus (etapa 2). Em manutenção de rodovias, foram executadas 20 obras que correspondem a 1.308,80 quilômetros de vias, com investimento total no valor de R$ 125,5 milhões e a geração de mais de 14.170 empregos diretos e indiretos. FOTOS: Diego Peres e Alex Pazuello/ Secom Fonte
Em ações de Segurança, PMAM prende 32 pessoas e apreende dois adolescentes durante o fim de semana
A Polícia Militar do Amazonas (PMAM), com apoio da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), prendeu 32 pessoas e apreendeu dois adolescentes, entre a manhã de sexta-feira (19/07) e a noite de domingo (21/07), em ações desencadeadas na capital e no interior. As prisões foram efetuadas por envolvimento dos suspeitos com os crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Em uma das ocorrências, registrada na sexta-feira (19/07), um homem, 22, foi preso por policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus. A prisão foi efetuada após a Rocam ter encontrado uma sacola com entorpecentes com o suspeito. Na sacola foram encontrados 45 pinos de cocaína, 51 porções de maconha, 22 cigarros de droga, 64 porções de oxi, duas balanças de precisão e R$15 em espécie. O homem foi preso e encaminhado para o 14° Distrito Integrado de Polícia (DIP). Ainda na sexta-feira, policiais da Rocam, prenderam dois homens, de 22 e 34 anos, por suspeita de envolvimento em roubo. O crime foi registrado no bairro Tancredo Neves, na zona leste de Manaus. E no sábado (20/07), policiais da 3ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), prenderam um homem, 38, por tráfico de drogas. A prisão foi realizada, na rua Gaivota, no bairro Petrópolis. O suspeito foi preso em flagrante e conduzido ao 1° DIP. Em outra ocorrência, registrada no domingo (21/07), os policiais militares da 27ª Cicom prenderam um homem, 18, no bairro Novo Aleixo. A prisão foi por envolvimento com o crime de tráfico de drogas. Com o suspeito, foram apreendidas uma balança de precisão e diversas porções de entorpecentes. O homem foi encaminhado para o 6° DIP. Interior No município de Lábrea (a 702 quilômetros de Manaus), um homem, 31, foi preso na manhã de sext-feira (19/07), após denúncia por via linha direta, de que o suspeito estaria tentando vender um rifle de calibre 32, na comunidade do Gama. Com base nas informações, os agentes foram até o local informado e localizaram o suspeito. Com o homem foram apreendidos uma espingarda calibre 20 e um rifle calibre 22. O suspeito foi encaminhado para o 69°DIP. FOTOS: Divulgação/SSP-AM Fonte