Adaf vai monitorar armadilhas para a mosca-da-carambola em Parintins e Nhamundá

Neste mês de agosto, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) será responsável pelo monitoramento de 23 armadilhas para a mosca-da-carambola, instaladas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nos municípios de Parintins e Nhamundá. A praga, que ataca mais de 30 frutos e representa grande ameaça econômica ao Brasil, está presente no Pará, Amapá e Roraima.
No estado, o monitoramento será feito com a armadilha tipo Jackson, que utiliza o feromônio para atrair e capturar insetos machos. O gerente de Defesa Vegetal da Adaf, o engenheiro agrônomo Luiz Fernando da Silva, explica que esses equipamentos foram instalados pelo Mapa e que o ministério também será responsável pela capacitação de servidores da agência para o manuseio.
Fernando destaca ainda que, assim como Presidente Figueiredo, o município de Parintins é um ponto estratégico para as ações de prevenção à mosca-da-carambola. As duas cidades são portas de entrada de produtos vindos de Roraima e Pará, locais onde há incidência comprovada da praga. “Nós estamos servindo de cortina para que o restante do país seja protegido, porque se a mosca-da-carambola entrar no Amazonas, fatidicamente ela vai se espalhar para outros estados”, observa.
Sem riscos à saúde das pessoas, a praga é uma grave ameaça à economia do país. Isso porque o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, tendo registrado, em 2019, um recorde nas exportações: mais de 980 mil toneladas e a marca inédita de US$ 1 bilhão em negócios, segundo dados do Mapa.
Geradora de mais de 5 milhões de empregos no país, a fruticultura pode amargar prejuízos de US$ 30 milhões em um ano, em caso de dispersão da mosca-da-carambola pelo Brasil, de acordo com estimativa do Mapa. “Por isso nosso trabalho de vigilância e de educação sanitária é tão importante. Nossa atividade está protegendo a economia do país, empregos e renda”, ressalta o gerente de Defesa Vegetal da Adaf.
A praga tem como hospedeiros cerca de 30 frutos, incluindo a carambola, a manga, o caju, a pitanga, o jambo, a acerola, a goiaba e a laranja. Tem capacidade de reproduzir de 1.200 a 1.500 ovos e de voar até 5 quilômetros na busca por alimentos, o que dificulta a sua erradicação.
Dentro de seu trabalho de prevenção, a Adaf fiscaliza todo o trânsito de vegetais, com barreiras em Parintins, Manaus e Jundiá/RR (onde a vigilância está estrategicamente posicionada antes da chegada a Presidente Figueiredo). A agência também desenvolve ações educativas, orientando a população a não transportar e comercializar frutos hospedeiros para o Amazonas sem prévia autorização do Estado de ocorrência da praga.
A mosca-da-carambola tem 8mm de comprimento, a parte superior do tórax é de cor escura e o abdome é amarelo, com listras pretas que se encontram formando um “T”. Qualquer suspeita sobre a existência da praga deve ser imediatamente comunicada aos órgãos responsáveis. Informações e denúncias podem ser reportadas à Gerência de Defesa Vegetal (GDV) da Adaf pelos telefones (92) 99390-1750 e (92) 99292-0692.
FOTOS: Divulgação/Adaf

Compartilhe nas Redes

últimas noticias