Dome percebeu o problema. No segundo tempo, fez o time jogar com mais velocidade e pelos lados para poder chegar ao ataque. Isla passou a apoiar ainda mais a direita, com Gerson abrindo o corredor. Na esquerda, Filipe Luis assumiu protagonismo na criação e passou a dialogar mais com Bruno Henrique.
Em 15 minutos, o Flamengo decidiu o jogo. No primeiro gol, é Gerson quem inicia toda a troca de passes: dele para Thiago Maia, para Diego, para Isla, livre na direita, cruzar. Bruno Henrique só precisou ajeitar, e Pedro abriu o placar.
Não foi a primeira vez que o técnico do Flamengo relatou lentidão na equipe. Em outras partidas, o time também padeceu de trocas de passes sem muita objetividade. Contra o Sport, havia dificuldade para encaixar um passe vertical, que superasse uma linha de marcação do adversário e possibilitasse jogadas de maior perigo.
Estrutura mantida com peças novas
O mérito na partida foi mexer pouco na estrutura do time. Sem Arrascaeta e Everton Ribeiro, Diego e Gerson ocuparam as respectivas posições. Em outras ocasiões, as escolhas foram por substitutos com características diferentes, de mais velocidade e confronto individual do que articulação.
A importância de Gerson no jogo foi conseguir manter em bom nível a função de Everton. Partindo da direita para o meio, foi capaz de embaralhar a marcação do Sport – especialmente no segundo tempo – e fazer o Flamengo jogar. Boa notícia para Dome, que ganha uma opção a mais no elenco com seu curinga favorito.
Aos poucos, o Flamengo consegue se consolidar. Conforme o técnico conhece melhor os jogadores, pode encontrar soluções mais adequadas para as questões que surgem. O jogo contra o Sport serviu não só pela vitória, mas para mostrar mais alternativas a Dome.