Após morte de Lygia Fazio, entenda riscos do PMMA e do silicone industrial

A modelo chegou a passar por cirurgia para retirada do silicone, mas o produto levou a um acidente vascular cerebral; veja o que são e efeitos de cada substância

A modelo Lygia Fazio, que morreu em decorrência de aplicação de silicone industrial

A modelo Lygia Fazio, que morreu em decorrência de aplicação de silicone industrial

Reprodução/Redes sociais

A jornalista e modelo Lygia Fazio, 40 anos, morreu na última quarta-feira (31) por um acidente vascular cerebral (AVC) em decorrência da aplicação de PMMA e silicone industrial.

O silicone industrial não deve nunca ser utilizado no corpo humano e tem como finalidade a limpeza de carros e peças de avião, impermeabilização de azulejos, vedação de vidros, entre outras utilidades, aponta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Embora bem menos danoso que o silicone, o PMMA também pode trazer prejuízo à saúde e tem aplicação limitada pela Anvisa. A agência classifica o produto com máximo risco e autoriza o uso somente em dois casos específicos. Saiba quais são eles abaixo. 

Além disso, as sociedades brasileiras de Dermatologia e de Cirurgia Plástica não recomendam a aplicação do material para fins estéticos.

Irmão de Lygia, George Ricardo aponta que a modelo procurou um profissional clandestino para aplicação de PMMA, após ter pedido de novas aplicações recusado pelo profissional com quem normalmente fazia os procedimentos.  

Ele explica que exames laboratoriais mostraram que, na verdade, o novo profissional teria aplicado silicone industrial e não PMMA. “Tudo isso gerou uma inflamação enorme no corpo dela, o que acabou ocasionando, anos depois, esse AVC”, contou.

No final de 2021, Lygia passou cerca de cem dias internada por conta de problemas de saúde causados pela substância no corpo. Apesar de ter feito cirurgia para remoção do silicone no período, teve um AVC em decorrência do produto em maio deste ano, que causou sua morte.

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