Com avanço da vacinação, economia já mostra sinais de recuperação, dizem Arthur Virgílio e Dória

Ainda que sob o impacto da pandemia de Covid-19 em seu segundo ano consecutivo, a economia brasileira já dá sinais de recuperação devendo apresentar um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, acima de 5%, graças ao avanço da vacinação, ainda que pontual, e o bom desempenho de alguns Estados e das exportações de produtos do agronegócio para o Oriente Médio, América Latina e Europa. Mesmo assim, o país enfrenta uma fila de mais de 20 milhões de pessoas sem emprego – 14 milhões que perderam o emprego e 6 milhões que desistiram de encontrar novos postos de trabalho – além de 10 milhões de pessoas que vivem na linha de pobreza e extrema pobreza exigindo respostas imediatas do país.

Esses foram alguns pontos de convergência abordados durante o webinar do Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR), coordenado pelo ex-senador e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), que desta vez contou com a participação do governador de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB). O debate aconteceu de maneira virtual na noite de terça-feira (27.7), sob a mediação do diretor administrativo do Grupo Fametro, Wellington Jr, com transmissão ao vivo. Na ocasião, Arthur e Dória também convergiram sobre os porquês do descontrole da pandemia do país e do descompasso entre os Estados na vacinação da população.

“A economia vive de expectativas, positivas ou negativas, por isso é tão importante que o representante de um país saiba se pronunciar e possa trazer boas expectativas. O Brasil vive ainda baixas expectativas de crescimento econômico. Isso se deve muito à descrença no governo central”, apontou Arthur Neto.

Tanto Dória quanto Arthur acreditam que para a recuperação total da economia é preciso perseguir a geração de novos empregos, desestatizar a economia, buscando parceiros privados para setores como saneamento, infraestrutura rodoviária, portuária e aeroportuária, entre outros, além de reformas e redução, em primeiro momento, do déficit primário hoje em torno de R$1 trilhão e, em seguida, do déficit nominal.

“É pelo esforço de alguns estados, que estão avançando na vacinação, que gradualmente estamos podendo flexibilizar as medidas restritivas e, também, pelos excelentes resultados de exportação do agronegócio”, destacou o governador João Dória. De acordo com especialistas do mercado, as exportações do agronegócio terão um recorde histórico este ano, atingindo a marca de U$120 bilhões – aproximadamente R$618 bilhões – 20% a mais que o ano passado.

Ainda segundo Virgílio e João Dória, o PIB brasileiro crescerá 5,3% este ano, puxado fortemente pelo crescimento do PIB de São Paulo, que crescerá acima de 7% e representa mais de 36% do PIB brasileiro. “Com a ajuda do Henrique Meirelles, tivemos um crescimento da arrecadação de 46% desde o início do ano”, disse Doria. “E se a economia de São Paulo vai bem, o país também vai bem”, confirmou Virgílio, apontando o potencial do mercado de consumo de São Paulo e seus reflexos na economia nacional.

Ciência e Amazônia

Arthur Virgílio, que tem entre suas prioridades a defesa da Amazônia e o uso sustentável da biodiversidade, disse que o bom desempenho do agronegócio deve alertar o país para a necessidade de desenhar políticas de desenvolvimento para a Amazônia. “O desempenho do agronegócio é estupendo, merece todo o meu apoio. Só não pode vir para a Amazônia para desmatar e secar rios. Se o agronegócio está tão bem, então também está na hora de nos concentrar na região mais estratégica do planeta e que não nasceu para o agronegócio. Temos que buscar parceiros nacionais e internacionais e fazer daqui uma potência econômica, com sustentabilidade e bionegócios”, afirmou.

Para se ter ideia do potencial da economia amazônica, o valor estimado da natureza, por meio dos serviços sustentáveis que fornece à economia global, é da ordem de U$44 trilhões, mais da metade do PIB global. Além disso, segundo pesquisa da encomendada pela World Wide Fund for Nature, o interesse pelos produtos sustentáveis cresceu, este ano, 71% no mundo e 82% no Brasil.

(Karla Vieira / Assessoria AVN)

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