Exposição ‘Fayga Ostrower: do figurativo ao abstrato’ é destaque no Palacete Provincial

Mostra com curadoria de Otoni Mesquita tem acesso gratuito, de terça a sábado, das 9h às 17h

Espaço “Fayga Ostrower: do figurativo ao abstrato”. FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa

No centenário de Fayga Ostrower, uma coleção composta por 71 obras da artista, com curadoria de Otoni Mesquita, está em exposição no Palacete Provincial (Praça Heliodoro Balbi, no Centro). O acesso é gratuito, de terça-feira a sábado, das 9h às 17h.

A mostra “Fayga Ostrower: do figurativo ao abstrato” é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Segundo o titular da pasta, Marcos Apolo Muniz, as obras foram doadas ao acervo da Pinacoteca do Estado, e a exposição tem o objetivo de dialogar com o público e promover, assim, o contato, a pesquisa, estudos e conceitos desenvolvidos pela artista.

“A exposição de Fayga Ostrower firma um compromisso do governador Wilson Lima com a história, memória e valorização da arte brasileira”, afirma o secretário. “É por isso que nos empenhamos em trazer esse tipo de evento para o Amazonas, para que as pessoas estejam conectadas e tenham acesso à arte”.

O curador da mostra, Otoni Mesquita, destaca que Fayga faz parte da segunda geração da gravura no Brasil, e as obras da artista revelavam a delicadeza e o vigor de composições ousadas, geralmente gravadas com diferentes materiais em suas matrizes, entre elas madeira, metal, pedra e nylon.

“Fayga Ostrower teve muito destaque no cenário e, nos anos 1980, ela foi muito ativa dentro dele. Foi com as suas ideias sobre arte, com sensibilidade, seguindo um trabalho didático, que ela apoiou e estimulou muitos artistas, inclusive eu, que era um estudante de gravura na época”, conta o artista.

João Rodrigues Ostrower, neto de Fayga. FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa

Família

João Rodrigues Ostrower, neto de Fayga, está em Manaus para prestigiar a abertura da exposição, que segue em temporada até 30 de agosto.

“As doações foram justamente para as pessoas terem acesso à obra dela. Em Manaus tem especialmente gravuras em metal, em madeira e várias técnicas diferentes”, comenta.

A artista foi gravadora, pintora, ilustradora, escritora, teórica da arte e professora. Veio para o Brasil em 1933, fugindo do regime nazista e, entre 1954 e 1970, lecionou teoria da arte, composição e análise crítica no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Com informações da ACS

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