Os ministros do TSE avaliaram que vídeo publicado por Nikolas Ferreira e compartilhado por bolsonaristas ofendeu a honra de Lula
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) a pagarem multa por propaganda eleitoral que teria atingido a honra e a imagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha de 2022. O termo “faz o L” foi associado a drogas, aborto, prejuízos financeiros, entre outros.
Os ministros analisaram representação da Coligação Brasil da Esperança, do candidato a presidente eleito, na qual é questionada propaganda eleitoral irregular na internet com práticas que consideraram “ilícitas e imorais”. O valor da multa ainda será fixado. Os ministros também determinaram a remoção do conteúdo.
A veiculação de desinformação teve início com vídeo gravado por Nikolas Ferreira de Oliveira, e compartilhado pelos demais bolsonaristas em suas redes sociais. A produção associava o slogan “Faz o L” ao uso de drogas, contracheque com descontos de contribuição sindical e censura.
Leia na íntegra
“Quando seu filho chegar em casa com os olhos vermelhos de tanta droga, dá um sorriso e faz o L.
Quando matarem alguém que você ama, fica frio e faz o L.
Quando receber o contracheque com desconto de contribuição sindical, fica tranquilo e ó, faz o L.
Quando você não puder mais expressar sua opinião nas redes sociais, fica de boa e faz o L.
Quando seu país for novamente saqueado para patrocinar ditaduras genocidas, faz o L.
Quando seu salário não for mais suficiente para alimentar seus filhos, olhe para eles passando fome e faz o L.
Quando as igrejas forem fechadas, padres forem perseguidos e proibirem de professar a sua própria fé, faz o L.
Quando tiver descontente com seu presidente for pra rua pra protestar e ser preso, engole o choro e faz o L.
Quando um bandido invadir a sua casa, ameaçar sua família e você não puder se defender, tenha calma, pegue um livro leia um poema pra ele e faz o L.
Quando assassinatos de inocentes no ventre materno acontecerem debaixo dos seus olhos diariamente, faz o L.
Quando sua vida estiver totalmente destruída e você finalmente perceber que foi enganado pelo Lula, nada mais poderá ser feito, então faz o L”.
A coligação defendeu que, ao mencionar “faz o L” na mídia, buscou associar o seu conteúdo à marca da campanha do candidato eleito Luiz Inácio Lula da Silva, com o intuito de propagar desinformação e manipular a opinião dos eleitores brasileiros.
O vídeo, ainda segundo alegado pela coligação, usou diversas informações sabidamente inverídicas sobre o então candidato eleito Luiz Inácio Lula da Silva, “reproduzindo inúmeras fake news” sobre as suas convicções e de seu projeto de governo.
Fonte: Metrópoles