Filho de Faustão nega privilégio na fila de transplante: “Informem-se antes de julgar”

Frase foi inicialmente publicada por Enzo Celulari, filho do ator Edson Celulari e da atriz Cláudia Raia, e repostada por João Guilherme Silva; médicos explicam prioridade do apresentador na espera pelo coração

O filho de Fausto Silva, João Guilherme Silva, se manifestou, nesta segunda-feira (28), sobre as insinuações que seu pai teria furado a fila do transplante. Ele repostou frase “informem-se antes de julgar”, inicialmente publicada por Enzo Celulari, filho do ator Edson Celulari e da atriz Cláudia Raia.

Na postagem original, feita nos stories de Enzo Celulari, ele usa uma publicação em que o médico Pedro Carvalho detalha o procedimento para a prioridade na lista de espera por um coração. O modelo também faz votos pela melhora de Fausto.

“Seguimos em oração pela rápida recuperação do nosso querido Fausto após a realização do transplante bem-sucedido”, escreveu Enzo.

O apresentador, de 73 anos, foi operado no início da tarde de ontem (27), no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

A unidade de saúde informou, em boletim médico, que foi acionada pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo na madrugada deste domingo, “quando foi iniciada a avaliação sobre a compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B”.

Segundo os médicos responsáveis, a cirurgia foi realizada com sucesso e Faustão permanecerá na UTI, pois “as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição”.

O órgão, que era de um homem de 35 anos, veio de Santos, no litoral paulista, de helicóptero. De acordo com a Secretária de Saúde de São Paulo, a partir do momento em que houve a disponibilidade do órgão, o sistema selecionou doze pacientes que atendiam aos requisitos para o transplante.

Destes, quatro tinham prioridade. Faustão ocupava a segunda posição nesta lista e recebeu o órgão depois de a equipe do paciente que estava em primeiro lugar na lista de prioridade recusar o órgão.

No entanto, a equipe transplantadora do paciente que ocupava a primeira posição decidiu recusar o órgão e, por isso, a oferta seguiu para o segundo paciente, ou seja, o apresentador.

A Central de Transplantes do Estado de São Paulo informou que a disponibilização de órgãos aos pacientes que aguardam por um transplante segue critérios técnicos, como compatibilidade sanguínea; critérios de dimensão do corpo entre doador e receptor, onde é definido pela equipe transplantadora uma faixa de peso e altura para os doadores ofertados para cada receptor; além da priorização, definida por lei, em que pacientes que possuem risco iminente de morte tem preferência.

Internado desde 5 de agosto, Faustão estava sob cuidados intensivos, fazendo uso de medicamentos para auxílio na força de bombeamento do coração e de diálise.

A Secretaria de Saúde esclareceu, ainda, que o tempo de espera por um transplante de coração para pacientes do grupo sanguíneo B, o de Faustão, é de 1 a 3 meses. Mas pode ser reduzido quando há “iminente condição de morte do potencial receptor”.

Uma média estimada pelo HCor, hospital em São Paulo referência no tratamento de doenças do coração, aponta que a espera para casos mais graves de insuficiência cardíaca pode demorar de dois a três meses por um coração. Quando o risco é menor, o tempo de espera pode chegar a 18 meses.

A mesma informação sobre a prioridade na fila foi compartilhada pelo Ministério da Saúde, que também lembrou que a lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada.

Em nota, a pasta informou, ainda, que no primeiro semestre de 2023 foram realizados 206 transplantes de coração no Brasil, o que representa aumento de 16% em relação ao mesmo período ano passado. Só na última semana foram 13 cirurgias desse tipo no país. Sete deles, no estado de São Paulo.

Por: CNN 

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