Ministério da Saúde investiga 10 mortes por suspeita de hepatite aguda de origem desconhecida


O Ministério da Saúde está analisando se 10 mortes no Brasil foram causadas por hepatite aguda de origem desconhecida. As supostas vítimas da doença são do Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo.

O Brasil ainda não tem casos confirmados da doença. Com as 10 mortes, são 96 casos em investigação, de acordo com o último boletim divulgado pela pasta.

O Ministério da Saúde informa haver pacientes com sintomas em 19 Estados.

A pasta de Queiroga define casos suspeitos como aqueles que acometem jovens de até 17 anos com quadro de hepatite aguda e diagnóstico negativo para hepatites A, B e C, dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Os principais sintomas são icterícia (pele e olhos amarelados), febre, vômito e dor abdominal. O Ministério da Saúde alerta para sinais de hepatite fulminante, que é a insuficiência hepática aguda, com icterícia, sangramentos e deterioração das funções cerebrais em até 8 semanas.

Estudos ainda estão sendo conduzidos para entender a causa dessa doença em crianças. A OMS registrou 920 casos prováveis de hepatite aguda de origem desconhecida em todo o mundo, de acordo com boletim divulgado em 24 de junho.

Segundo a OMS, o risco global é avaliado como moderado, tendo em vista que a origem da doença está sendo investigada, que o modo de transmissão não foi identificado e que as informações são limitadas.

Embora ainda não se saiba a causa da hepatite em crianças e adolescentes, as medidas de prevenção indicadas pela OMS incluem o uso de máscara, o consumo de água potável, o cuidado na preparação dos alimentos, a higiene frequente das mãos, além de evitar aglomerações e garantir ventilação dentro de casa.



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