Artista ganhou na fama na França nos anos 1960; segundo a mídia local, ela foi encontrada morta em sua casa
A atriz e cantora britânica Jane Birkin, que ganhou fama nos anos 1960 e se tornou uma figura amada na França, morreu em Paris aos 76 anos, informou o Ministério da Cultura da França neste domingo (16).
O jornal Le Parisien e a televisão BFM relataram que ela foi encontrada morta em sua casa, citando pessoas próximas a ela.
Em 2021, a artisita teve um leve derrame após sofrer problemas cardíacos em anos anteriores.
Jane Mallory Birkin nasceu em Londres em dezembro de 1946, filha da atriz britânica Judy Campbell e do comandante da Marinha Real David Birkin.
Ela subiu ao palco pela primeira vez aos 17 anos e apareceu no musical “Passion Flower Hotel”, de 1965, do maestro e compositor John Barry, com quem se casou pouco depois. O casamento terminou no final dos anos 1960.
Antes de se aventurar pelo Canal da Mancha aos 22 anos, ela alcançou notoriedade no polêmico filme de Michelangelo Antonioni de 1966 “Blow-Up: Depois Daquele Beijo”, aparecendo nua em uma cena de sexo a três.
Mas foi na França que ela realmente alcançou a fama, tanto por seu caso de amor com a atormentada estrela nacional Serge Gainsbourg, quanto por seu estilo moleca e cativante sotaque britânico ao falar francês, que alguns dizem que ela cultivou deliberadamente.
Além de cantar e atuar em dezenas de filmes, ela era uma figura popular na França por sua natureza calorosa e luta firme pelos direitos das mulheres e LGBT.
Foi no set do filme “Slogan” em 1969 que Birkin conheceu Gainsbourg, que estava se recuperando de um rompimento com Brigitte Bardot, e os dois rapidamente começaram um caso de amor que cativou a nação.
Nesse mesmo ano, eles lançaram “Je T’Aime … Moi Non Plus”, uma canção sobre o amor físico originalmente escrita para Bardot, na qual as letras explícitas de Gainsbourg são pontuadas por gemidos ofegantes e gritos de Birkin.
A bebida de Gainsbourg acabou levando a melhor sobre o relacionamento, e Birkin o deixou em 1981 para morar com o diretor de cinema Jacques Doillon.
Após o fim desse relacionamento, ela continuou sua carreira como cantora e atriz, apresentando-se no palco e lançando álbuns como “Baby Alone in Babylone” em 1983 e “Amour des Feintes” em 1990, ambos com letra e música de Gainsbourg.
Ela escreveu seu próprio álbum “Arabesque” em 2002, e em 2009 lançou uma coleção de gravações ao vivo, “Jane at the Palace”.
Além da carreira nos palcos e nas telonas, a artista tem uma peça de luxo com o seu nome: a Birkin, da Hermès, que é um símbolo de riqueza rarefeita. Ela conheceu o presidente-executivo Jean-Louis Dumas da empresa durante um voo em que ela reclarou que não havia um bolsa no mercado que coubessem todos os itens necessários.
Ela deixa duas filhas, a cantora e atriz Charlotte, nascida em 1971, e Lou Doillon, também atriz, nascida em 1982. Ela também teve uma filha, Kate, que nasceu em 1967 e morreu em 2013.
Por: CNN