Natural de Manaus, Edvan Fleury, de 30 anos, mora na China há oito anos. Nesta semana, ele tem atualizado seu canal no YouTube com informações sobre o dia a dia no país asiático em meio à expansão do coronavírus. Nesta terça-feira (28), autoridades chinesas divulgaram que o número de mortes no país aumentou para 106. Também nesta terça, no Brasil, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso suspeito da doença. Edvan Fleury mora em Pequim, capital da China, e tem dois amigos que estão em quarentena na cidade de Wuhan – onde foram confirmados os primeiros casos da doença. “Na capital, as pessoas estão em casa, porque aqui já tem muitos casos confirmados. Mas a cidade ainda não está em quarentena”, comenta, ao ser questionado sobre o comportamento dos chineses após a confirmação dos casos.

m um dos vídeos postados em seu canal, Fleury explica quais máscaras são adequadas para proteção contra a doença. “Não preciso usar máscara em casa”, diz. Ele confirma que o estoque do produto tem reduzido nas lojas. “Porém, ainda é fácil de encontrar, porque a China produz tudo para o mundo inteiro”, afirma ao Portal do Marcos Santos.

Em Pequim, o transporte tem funcionado normalmente tanto nos portos quanto nos aeroportos, mas as pessoas evitam sair de casa. Um fato que contribui para isso é o feriado do período conhecido como ‘Ano-Novo Chinês’. “O governo estendeu o feriado até o dia 2 de fevereiro”. Normalmente, o período vai de 24 a 30 de janeiro.

Ao contrário da capital, em Wuhan, ninguém entra nem sai. “Está tudo parado”, informa Fleury – que tem dois amigos na cidade. “Eles não são brasileiros”, diz. Os amigos estão mantendo contato por celular, embora na China seja proibido o uso de redes sociais. “A internet funciona. Estão bem, mas com receio, porque tudo está fechado”, afirma. Apesar das últimas notícias, Fleury diz estar “calmo”. “Claro que 100% ninguém está, porque é feriado e eu queria estar fora de casa. Imagina você ter sete dias de feriado e ter que ficar em casa atualizando o Twitter”, brinca. No primeiro dia do Ano-Novo Chinês (25 de janeiro de 2020), o amazonense mostrou como estão algumas ruas de Pequim. Apresentou parte da rotina com seus gatos de estimação – que ele pretende trazer para Manaus. Foi ao banco. Fez compras.

Fleury mora na China desde 2012, quando mudou-se para trabalhar. Formado em jornalismo, ele atua na área de comércio exterior. No último domingo, recebeu um questionário da empresa em que trabalha. “Querem saber onde eu estive nas últimas horas e se eu tive contato de pessoas de Wuhan”, relata.Na segunda-feira, os responsáveis pelo prédio onde ele mora entregaram um aviso informando que os moradores devem permanecer em casa. O amazonense lembra que há muitos brasileiros morando na China. “Tem gente que está calma e plena como eu (risos). E tem uma minoria que está nervosa”, conta. Em Manaus, moram a mãe e o irmão do jornalista. “Minha mãe está tranquila, até porque eu só falo coisas boas para ela. Isso [os casos da doença] não deu para esconder”, diz. De oficial, as autoridades chinesas informaram que estão trabalhando para encontrar vacina capaz de combater o vírus, e construindo um hospital para atender as pessoas infectadas. “A gente ainda está esperando a confirmação de como vai funcionar essa prolongação do feriado. Todo mundo foi pego de surpresa”, diz Fleury. “Os chineses estão bem unidos aqui para lutar contra isso”, completa.

fonte: https://www.portalmarcossantos.com.br/2020/01/28/na-china-amazonense-mostra-rotina-apos-casos-de-coronavirus-veja-videos/
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