Nejmi Aziz deixa prisão após justiça conceder habeas corpus

Nejmi estava presa no Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) deste a última sexta-feira (19)

LUCAS VASCONCELOS 22 de julho de 2019 – 08:17

Manaus – A ex-primeira dama do Amazonas e esposa do senador Omar Aziz (PSD-AM), Nejmi Aziz, deixou o Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF), no km 8 da BR-174, na tarde deste domingo (21). 

A defesa de Nejmi conseguiu um habeas corpus junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Ela foi presa na última sexta-feira (19) com três irmãos de Omar durante a operação “Vertex”, um desdobramento da “Maus Caminhos”.

A operação investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e organização criminosa. Nejmi é vice-presidente estadual do Partido Social Democrático (PSD-AM) e nas eleições de 2018 concorreu como deputada estadual, mas não se elegeu.

Ao todo foram cumpridos nove mandados de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas (de aproximadamente R$ 92,5 milhões), sete mandados de sequestro de bens móveis e imóveis, expedidos pela Justiça Federal.

De acordo com as investigações da PF, entre as vantagens indevidas de que se tem suspeita, teria havido entregas de dinheiro em espécie ou por meio em negócios simulados ou superfaturados, a fim de ocultar a entrega de dinheiro dissimulado por meio de contratos de aluguel e de compra e venda.

Conforme o delegado regional de Combate Crime Organizado da Polícia Federal, Max Ribeiro, as investigações iniciaram quando Omar Aziz cumpria mandato como governador do Estado.  Ele esclarece que chegar a esta fase foi possível, porque o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a investigação retornasse à 1ª instância, porque o foro por prerrogativa de função, concedido aos deputados federais e senadores se aplica a crimes cometidos no exercício do cargo.

O delegado também frisou que a Polícia Federal determinou que o senador Omar Aziz deverá cumprir medidas cautelares como não se comunicar com os investigados da operação e não sair do país. “Os investigados na operação vão ser interrogados, para que as evidências de ilicitude sejam comprovadas ou refutadas. ”, destacou o delegado. 

O delegado federal Alexandre Texeira, responsável pelas investigações, destacou que por meio de documentações, notas fiscais e conversas interceptadas, a PF obteve a comprovação de práticas ilícitas do então governador Omar, relacionadas à contratos oriundos do Instituo Novos Caminhos (INC).

“As investigações apontam indícios de que havia direcionamentos dos contratos de gestão da saúde ao instituto novos caminhos a fim de beneficiar o INC e, por meio disso desviar recursos públicos, o que configura crime de peculato. Verificou-se elementos de que o agente público investigado esteja envolvido na formação de contratos, possibilitando as vantagens indevidas 

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