PC-AM prende mulher por suposta venda de vagas para concurso público das polícias civil e militar

Infratora cobrava valores de R$ 6 mil a 18 mil, tendo arrecadado aproximadamente R$ 70 mill com as vendas

Delegado Rafael Guevara – FOTO: Mayara Viana/PC-AM

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), deflagrou, na tarde de segunda-feira (04/04), por volta do meio-dia, ação policial que resultou na prisão, em flagrante, de uma mulher de 42 anos pela prática de estelionato envolvendo suposta venda de vagas para concurso público das polícias civil e militar.

Durante coletiva de imprensa, realizada no prédio do DRCO, situado no bairro Compensa, zona oeste da capital, o delegado Rafael Guevara, adjunto do Departamento, esclareceu que, na ocasião do crime, a infratora se passava por investigadora da Polícia Civil lotada na Delegacia Geral (DG) e por funcionária da Secretaria de Estado de Administração e Gestão (Sead).

“A mulher alegava conseguir vagas para os cargos de investigador e escrivão da instituição, bem como oficial da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), por meio de indicações, sem precisar prestar concurso público”, disse o delegado.

A autoridade policial explicou também que, para obter credibilidade na comercialização das vagas, a infratora utilizava o nome da antiga delegada-geral da Polícia Civil, Emília Ferraz, e do antigo secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel Louismar Bonates.

“Ela informava às vítimas que, para obter as vagas, as pessoas teriam que efetuar pagamento de valores entre R$ 6 mil e R$ 18 mil. Ela iniciou a prática criminosa no início do ano de 2021 e com as vendas arrecadou aproximadamente R$ 70 mil. Cerca de 10 pessoas foram vítimas do golpe”, falou o delegado.

Ainda conforme Guevara, a infratora também cobrava valores referentes aos uniformes policiais, como farda, coletes, botas, e, além disso, comercializava porte de arma de fogo para os indivíduos.

“Para vender o porte, ela utilizava uma foto do coronel Bonates para conversar com as vítimas a respeito da comercialização. Os valores variavam de R$ 3,5 mil a R$ 4 mil e, na mesma oportunidade, pedia que eles preenchessem uma declaração para a retirada do porte. Possivelmente ela obteve tal declaração na internet”, disse a autoridade policial.

Rafael disse ainda que a mulher continuava solicitando valores e, em virtude disso, uma das vítimas acabou notando que se tratava de um golpe.

“Aproveito para ressaltar que vagas na segurança pública são possíveis apenas por meio de concurso público, promovido pelo Governo do Estado. Além disso, enfatizo que, quem tenha sido vítima ou tenha conhecimento deste caso, pode comparecer ao DRCO para colaborar com as investigações”, frisou Guevara.

Procedimentos

A mulher irá responder pelo crime de estelionato e ficará à disposição do Poder Judiciário.

Com informações da ACS

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