Após paralisação devido a pandemia da Covid-19, a Oficina Ortopédica Fixa (OOF) do Centro de Reabilitação da Policlínica Antônio Aleixo retoma aos poucos a produção de órteses e próteses dos pacientes atendidos na unidade. A oficina é referência na confecção de órteses, próteses, palmilhas e na adequação de calçados e outros mecanismos auxiliares de locomoção e sustentação para pessoas com alguma deficiência. A OOF também é a única oficina ortopédica do estado, com a devida atenção médica e curativo especializado.
“Durante o pico da pandemia foram suspensos os atendimentos, reiniciamos há 45 dias, mas com a quantidade bem reduzida, ou seja, ficamos atendendo uma média de 20% do que atendiamos antes. Nesse mês de agosto aumentamos essa demanda para 40% e setembro vamos ampliar para 60% a nossa demanda do que era atendida antes da pandemia”, explicou o diretor da policlínica César Carvalho.
Por estar instalada em anexo ao Centro de Reabilitação, os pacientes recebem no mesmo lugar atendimento e avaliação para a confecção dos dispositivos, além de acompanhamento fisioterapêutico para adaptação dos membros com o aparelho. O Centro é a única unidade da rede pública de saúde da região Norte, com habilitação para ofertar o moderno método Pediasuit para o tratamento de pessoas com distúrbios neurológicos, como paralisia cerebral, microcefalia e outras condições que afetam as funções motoras e cognitivas.
Para o fisioterapeuta e gerente da oficina, Ronaldo Brás Augusto, a adaptação dos calçados e cadeiras faz parte da reabilitação dos pacientes. Nos casos de confecção de próteses, os pacientes só recebem alta quando a prótese está alinhada com a estrutura física e os pacientes adaptados ao mecanismo.
“Após confecção das próteses, a gente chama o paciente para fazer a prova e a gente faz o trabalho de alinhamento. O paciente começa a andar e a gente começa a alinhar, alinha joelho, tornozelo. No primeiro dia, os pacientes caminham com a prótese, com dois ou três dias o paciente retorna e a gente faz de novo o teste. S tiver tudo bem, o paciente leva a prótese para casa com retorno de 4 ou 5 dias. Nesse retorno ele vai fazer algumas queixas e a gente faz um realinhamento, se tiver bem ele retorna em 15 dias. Estando tudo ok e, se opaciente quiser, a gente faz o acabamento estético”, disse Brás.
Em 2020, mesmo com a interrupção temporária dos atendimentos, a Oficina Ortopédica entregou 45 próteses, 92 órteses, 35 palmilhas, 23 calçados e 14 adaptações de cadeiras de rodas. Até outubro, serão entregues mais 120 pares de calçados adaptados. Os calçados possuem dois tipos de modelos (fechado e aberto) e foram adquiridos por meio de licitação. À medida que o fornecedor realizar a entrega para a unidade, os calçados serão encaminhados à oficina para adaptação de acordo com as medidas de cada paciente.
Centro de Reabilitação (CER) – Atualmente, o Centro realiza, em média, cerca de dois mil atendimentos por mês, realizados por 27 profissionais que atuam na unidade, sendo 12 fisioterapeutas, cinco fonoaudiólogos, dois terapeutas ocupacionais, dois psicólogos, dois assistentes sociais, uma enfermeira, uma nutricionista e dois técnicos de enfermagem. A unidade conta com uma equipe composta por um fisioterapeuta, cinco técnicos em órteses e próteses e dois sapateiros ortopédicos.
Fotos e Imagens: Rodrigo Santos/ Susam
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