Com Dunga, em 2015, Brasil enfrentava maior pressão após 7 a 1 e eliminação para o Paraguai
Vai começar mais um ciclo de Copa do Mundo para a Seleção. Nesta sexta-feira, diante da Bolívia, às 21h30, o Brasil estreia nas Eliminatórias, o primeiro dos 25 passos necessários para conquistar o hexa no Catar, em 18 de dezembro de 2022.
A exigência e a responsabilidade são as mesmas de sempre, inerentes à única seleção pentacampeã mundial. Porém, a busca pela sexta estrela dessa vez começa de forma mais leve do que da última. Em 2015, com Dunga no comando, o Brasil tentava se recuperar não só da frustração do 7 a 1 em casa, mas também da eliminação nas quartas de final da Copa América, diante do Paraguai, quatro meses antes.
Para piorar, a Seleção começou o último ciclo sem o seu principal jogador. Neymar ficou fora das primeiras partidas, contra Chile e Venezuela, por conta de uma suspensão.
Agora, com o camisa 10 livre de lesões e vindo de bom momento, o Brasil tem também a auto-estima mais elevada. A última competição disputada foi a Copa América, vencida pela equipe de Tite dentro do Maracanã, no ano passado.
A manutenção do treinador também é uma novidade e ajuda a explicar por que desta vez há mais remanescentes do último Mundial. São nove (Ederson, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos, Casemiro, Fabinho, Coutinho, Neymar e Firmino), e seriam ainda mais caso Alisson e Gabriel Jesus não tivessem sido cortados por lesões.
Em 2015, com Dunga encarregado de uma reformulação, a Seleção iniciou as Eliminatórias com oito atletas que tinham disputado a Copa no Brasil. Dentre os convocados para aqueles jogos, cinco foram chamados por Tite agora novamente: Fabinho, Marquinhos, Fernandinho, Philippe Coutinho e Roberto Firmino.
Daquela vez o grupo também era mais velho, com média de 27,4 anos, contra 26,9 do elenco atual. Dunga chamou oito atletas na faixa dos 30. Agora, são seis.
– A lista traz equilíbrio. Tem Alisson, Casemiro, Marquinhos, Thiago Silva, Neymar, Coutinho… Sabemos como é importante ter essa mistura (entre jovens e experientes). Essa mística é importante. Juninho, Cesar Sampaio, Branco estão aqui e sabem. Dão responsabilidade e naturalidade para (quem é mais novo) entrar. Não é por osmose, mas transfere – disse Tite, no dia da convocação.
Outra diferença entre um início de ciclo para outro é a diminuição no número de jogadores que atuam no Brasil. Os “estrangeiros” ampliaram o domínio, indo de 15 para 18 convocados.
Na largada das últimas Eliminatórias, a equipe brasileira com mais representantes na Seleção foi o Corinthians, cujo técnico era justamente Tite.
Mas, a mudança mais importante em relação à largada para o último Mundial precisa ser a de resultado. A Seleção estreou nas últimas Eliminatórias com derrota (2 a 0 para o Chile), algo que até então nunca tinha acontecido e que a torcida brasileira espera que não se repita.