Sesc Amazônia das Artes traz programação gratuita a Manaus

Programação acontece de 3 a 16 de agosto em diversos pontos da cidade

Manaus – A 12º edição do projeto Sesc Amazônia das Artes irá acontecer de 3 a 16 de agosto, serão 12 apresentações gratuitas, além de oficinas e intercâmbios culturais. O projeto em formato de Mostra estimula e difunde os bens culturais da região com apresentações de espetáculos nas linguagens de teatro, dança, circo, música, literatura, artes visuais, performance e cinema.

Participam do projeto os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins – estados que compõem a área que corresponde á Amazônia Legal – tendo ainda o Piauí como convidado, em virtude da identificação com o cenário social e cultural da região, e também sua proximidade geográfica.

Nos últimos onze anos, o projeto obteve resultados importantes adquirindo ampliações, observando fatores externos e adequações necessárias ao seu melhor desenvolvimento. A cada ano vem agregando novos valores e, para sua 12ª edição, com as contratações locais que farão parte da programação da Mostra, as alterações propostas fortalecerá a mediação, o intercâmbio e a conexão entre os artistas e o artista com o público, visto que esse projeto é uma referência para os artistas dos regionais que o compõem.

Confira a programação completa:

Minha Ancestralidade – Nega Lu (MT) – Música

3 de agosto – Apresentação – 19h – Teatro da Instalação/ 5 de agosto – Intercâmbio – 17h – Palácio Da Justiça. Classificação: Livre

Sinopse: Nega Lu apresenta o show “Minha Ancestralidade”, com identidade na música afro, onde combina elementos para revisar, interrogar e reexaminar os eventos históricos. Com um repertório de canções autorais convida o público a revisitar lugares na memória do pertencimento. A artista apresenta timbres e arranjos que apontam para um encontro urbano de identidade, da poética das ruas pela linguagem dos sons, em cena, a banda converge modernidade e ancestralidade.

Elisa Maia (AM) – Música

4 de agosto – Apresentação – 19h – Teatro da Instalação/ 5 de agosto – Intercâmbio – 17h – Palácio Da Justiça. Classificação: Livre

Sinopse: No show Elisa Maia cria ambiente indie rock com guitarras sujas e o calor das camadas de vocais R&B, com o universo ‘regueiro’ que a artista carrega desde os tempos como backing vocal de banda Johnny Jack Mesclado, com quem atuou por oito anos. Mesmo assim a sonoridade é atualizada e sintética ao incorporar samples eletrônicos.

Sobre Azares Futuros – Budejar Criações Artísticas (MA) – Teatro

5 de agosto – Apresentação – 19h – Café Teatro/ 6 de agosto – Oficina – 9h às 13h – Sala de dança Sesc Centro. Classificação: 16 anos

Sinopse: Um prólogo. Quatro cenas. Uma atriz. Cinquenta minutos de narrativas políticas, poéticas, singelas, dolorosas e alegres sobre ser mulher no mundo, sobre as lutas diárias do universo feminino. Os azares futuros; os assédios; os abortos; as maternidades e os direitos sobre o corpo; são essas as questões políticas em debate, na cena, no corpo e nas marcas da atriz. O espetáculo “Sobre Azares Futuros” trata sobre os contratempos cotidianos do universo feminino, que ao longo dos tempos, foram equivocadamente naturalizados. O espetáculo costura marcas individuais, experiências familiares, relatos, memórias e modos diversos de estar e ser mulher no mundo. O mundo enquanto território, lugar, espaço habitado, que é permeado de dificuldades, sonhos, desejos e resistências.

Boxe com Palhaçada – Grupo Compalhaçada (AM) – Circo

6 de agosto – Apresentação – 17h – Largo São Sebastião. Classificação: 16 anos

Sinopse: O espetáculo Boxe com Palhaçada foi inspirado em uma esquete de mímica do grupo Espanhol El Tricicolo. Na versão Compalhaçada os personagens Debiloide e Meio Fino, vividos pelos atores Idelson Mouta e Jean Linhares, respectivamente, lutam pelo coração da palhacinha Cafuxa, interpretada pela atriz Ariane Feitoza, em uma luta de boxe recheada de improvisos com a possibilidades de expressões sociais e políticas da atualidade, fazendo o público participar das ações.

Trio Chamote – Amazônia Instrumental (PA) – Música

7 de agosto – Apresentação – 19h – Sesc Restauração Manacapuru. Classificação: Livre

Sinopse: Amazônia Instrumental é um grande passeio sobre a história e a rítmica sonora da cultura popular amazônica, desenvolvidas na junção de três estudos/pesquisas, que culminaram em dez composições (duas delas premiadas nos festivais de Jacarezinho e Maringá no estado do Paraná em 2014 e 2015) e que trazem toda energia vibrante da cultura musical do Pará. Com uma formação inusitada de banjo amazônico, flauta e bateria tocando em seus repertórios carimbós com sotaques diferentes, retumbão, lundu, banguê, desfeiteira, camelu e uma homenagem aos mestres e mestras do carimbó, hoje patrimônio imaterial da cultura brasileira. Em um espetáculo cheio de ritmos do Pará com pitadas refrescantes de jazz e rock.

Mi Clamor – Baillare Companhia de Dança (RR) – Dança

Dia: 8 de agosto – Apresentação – 19h – Café Teatro. Classificação: Livre

Sinopse: O espetáculo de dança contemporânea retrata a crise migratória dos venezuelanos, que chegam ao Brasil, fugindo da fome, desemprego, doenças, violência e do caos instalado em seu país. A performance busca sensibilizar o público por meio da música, corpo e movimentos, um olhar humanitário à crise migratória no Estado de Roraima. Todo o trabalho artístico foi concebido por meio de pesquisas, entrevistas, visitas em abrigos, vivências e interações com os refugiados. O espetáculo foi criado por temas, a caminhada para chegar no Brasil, a esperança, violência, prostituição e o envolvimento em situações ilícitas. “Mi Clamor” tem direção coreográfica de Soraya Souza, direção musical e iluminação de Orlando Júnior, figurino de Marlene Barbosa. Bailarinos: Cristiely Memória, Everton Alves, Josiele Ferreira, Marcos Vinícius, Ivana Sanches, Nathana Lindey e Soraya Souza.

Ânima Trama – Coletive Umdenós (PA) – Dança

9 de agosto – Apresentação – 19h30 – UEA/ESAT. Classificação: Livre

Sinopse: Espetáculo de dança contemporânea que é base da pesquisa de doutorado da artista Rosangela Colares, esta, parte do universo feminino familiar de seus criadores, em especial, as técnicas artesanais, que aqui compõem a estética e a filosofia do espetáculo. Tomadas como imagens de criação, as artesanais, elas constituem as tramas que compõem a nossa vida, nossos laços e nossos nós. O feminino borda, tece, trama. Ânima Trama tece vidas, labirintos, afetos e memórias, propomos dança como um emaranhado de fios que ao se encontrarem, envolvem-se e nesta trama formada, desvelam o sensível em transparentes movimentos de vida entre o bordado, a dança e o tempo. Este espetáculo é resultado da investigação de uma dança feita de tecidos, agulhas e linhas, que produz uma trama que se desdobra no ato de bordar coreografias que tecem espaços, cerzindo tempos, compondo assim uma dança que é memória encarnada. Este espetáculo recebeu o Prêmio Seiva (Secult/Pa) de pesquisa e experimentação artística 2016.

Miolo de Pote em Cantigas e Versos – Lília Diniz (MA) – Literatura

10 de agosto – Apresentação – 19h30 – Largo São Sebastião. Classificação: 14 anos

Sinopse: Miolo de Pote em Cantiga de Versos é um espetáculo poético musical com poemas e canções extraídas do segundo livro de poesias, publicado pela artista maranhense Lília Diniz, “Miolo de Pote da Cacimba de Beber”. O espetáculo consiste na interpretação dos poemas e cantigas pela atriz e poeta. Utilizando o floreio do toque do pandeiro e acompanhada pelos músicos Chico Nô (voz e violão) e Totó Sampaio (percussão), a artista em cena traz a feminilidade da mulher sertaneja. A poética do espetáculo é inspirada nos falares nordestinos, exercitando o diálogo com a cultura dos interiores brasileiros, pautado na divulgação e valorização da diversidade linguística do Brasil.

Kanarô – Grupo Experimental de Artes Vivartes (AC) – Teatro

11 de agosto – Apresentação – 20h – Café Teatro. Classificação: Livre

Sinopse: Kanarô é um ritual de sensibilidades que voa sobre a terra num um percurso cênico sinuoso que atravessa o imagético, o sonoro, o literário e o dramatúrgico sensoriais e sensíveis dos saberes sentidos e dos diálogos cosmológicos indígenas, não indígenas e entremeios sinestésicos da vida. É o transito alado das metamorfoses do ser feminino amazônico e suas buscas políticas por um mundo bom em qualquer lugar, em todo tempo, por qualquer ser.

Poema Sonoro “Palavr(Arma)Dura” – Tatamirô Grupo de Poesia (AP) – Literatura

12 de agosto – Apresentação – 15h – Teatro Gebes Medeiros. Classificação: Livre

Sinopse: “Palavr(arma)dura” incorpora outras sonoridades (ruídos, distorções, sobreposição de vozes, poemas autorais e de outros poetas brasileiros e estrangeiros), criando texturas poéticas denominadas poemas sonoros.

Recital Mormaço – Elizeu Braga (RO) – Literatura

13 de agosto – Apresentação – 19h – Café Teatro. Classificação: 14 anos

Sinopse: A versão de 40 minutos traz ritmos misturados e acalorados que fervem dentro dos barcos. A espiritualidade e a resistência que vem da natureza que nos une serão apresentadas no Recital Ritual Mormaço. Os poemas dos livros Cantigas e Mormaço serão cantados e falados com toda a poética que arremeda as memórias da infância na comunidade de Itacoã e a liberdade dos mestres populares da região, que fazem tradição ser continuidade e não estática.

Show Musical Coletivo Cerrado Novo – Cerrado Novo (TO) – Música

13 de agosto – Apresentação – 19h – Sesc Restauração Manacapuru. Classificação: Livre

Sinopse: Idealizado por uma nova geração de cantautores do Tocantins sendo eles: Diego Vicente, Fred Garibalde, Josifran, Malu Zah, Matheus Mancine, Piettro Lamonier e Thayane Nolasco, nasceu a ideia de realizar o coletivo “Cerrado Novo” como uma forma de mostrar e fortalecer que há algum tempo vem surgindo talentos que estão dando uma nova cara para a música tocantinense. O grupo se divide no palco ora tocando, ora interpretando suas canções sem a formação de uma banda base, mas todos compartilham e interagem entre si mesclando seus trabalhos em um harmônico coletivo.

Pinóquio e Gepeto ao Sabor do Vento – Coletivo Piauy Estúdio das Artes (PI) – Teatro

15 de agosto – Apresentação – 19h – Teatro da Instalação. Classificação: Livre

Sinopse: Pinóquio e Gepeto ao Sabor do Vento”, é uma adaptação dramatúrgica de Adriano Abreu para o texto original de Carlo Collodi (As Aventuras de Pinóquio – História de Uma Marionete), abordando cenicamente um dos maiores textos da literatura universal. A temática mostra a descoberta do mundo pela “criança boneco”, e a sua relação com diversos personagens, mas principalmente, com seu criador e pai, Gepeto. O elenco traz ao palco a primeira montagem para crianças e jovens do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes, grupo que é referência de grandes espetáculos no Piauí e fora dele. Pinóquio é, sobretudo, um ser em desenvolvimento que aprende com os desafios, erros e acertos que aparecem na sua incrível jornada. Nessa aventura o personagem humaniza-se, humanizando os espectadores, em um trabalho cênico de alto rigor estético, que caracteriza as montagens do Coletivo. O espetáculo certamente encantará pais e filhos. A peça é arte feita para crianças assistirem ao lado de seus pais e, juntos, refletirem sobre o mundo, as belezas e dificuldades que nos cercam.

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