Tite homenageia Carlos Amadeu e prevê duelo duro contra Uruguai: “Vamos ser mais exigidos”

Mais cedo, o filho mais velho de Amadeu, Ricardo, que trabalha na base do Vitória, escreveu pela conta do Instagram do pai. Muito emocionado, marcou a localização do “Céu” e agradeceu o carinho em todas as mensagens depois do falecimento do pai.

Técnico confirma escalação

Sobre a partida contra o Uruguai, Tite lembrou as três vitórias nas Eliminatórias e reconheceu que vai ter o time mais difícil até então. Ele lembrou a força ofensiva da seleção celeste.

– Nós fizemos as três vitórias, sim, contra as três últimas seleções da classificação. As duas primeiras vitórias criando e fazendo bastante gol, jogando bonito e tendo resultado. Na terceira não deu para jogar bonito, mas teve a consistência e teve a vitória. Talvez elas não briguem para classificar, mas daqui a pouco elas vão atrapalhar a classificação de alguém. Vamos enfrentar o Uruguai, uma equipe que vem sólida. Tradicionalmente um clássico, uma gama de envolvimentos com peso de camiseta, com atletas de alto nível e esse nosso processo de afirmação da equipe – comentou o treinador.

O treinador lembrou que o desafio é diferente. E tentou deixar para trás os problemas desta convocação, com oito cortes e ainda a possibilidade de mais um, caso Alex Telles teste positivo novamente no exame de Covid-19.

– Esse jogo tem características diferentes. Jogar contra a Venezuela em casa, tem uma proposta do adversário. O Uruguai jogando dentro da sua casa é uma outra proposta. Nós vamos ser mais exigidos defensivamente do que fomos contra a Venezuela. Paralelamente a isso nós vamos ter mais espaços para criações ofensivas. É um jogo que se caracteriza com estratégias, formas e ideias de futebol diferente de um jogo para o jogo. Essa é a preparação que a gente procurou fazer – avaliou.

Auxiliar de Tite, Cléber Xavier destacou a potência da dupla Cavani e Suárez no comando do ataque do Uruguai. Tite ainda lembrou a proximidade da cultura do Rio Grande do Sul com a uruguaia. Cléber comentou que Cavani, que saiu do PSG para o Manchester United, varia de posição.

– Vejo Cavani jogando de duas formas. No último jogo agora contra a Colômbia, jogando por dentro, em dupla com o Suárez. É inegável a qualidade deles. Cavani fazendo uma função de vir buscar, de aproximar mais e, também, jogando pelo lado. A gente está preparado para as duas formas. Estamos atentos pela grandeza desses dois jogadores e do clássico – disse Cléber.

O treinador da seleção brasileira disse que vai repetir a escalação, mas avisou que tem “dúvida clínica” por conta de Allan, sem aprofundar o tema – após a coletiva, a CBF informou que o meia sentiu dores musculares após o jogo contra a Venezuela. Ele treinou com o grupo na manhã desta segunda e será reavaliado na terça. Se não jogar, entra Arthur. Ederson segue no gol.

A escalação contra o Uruguai: Ederson Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi; Allan (Arthur), Douglas Luiz e Everton Ribeiro; Gabriel Jesus, Roberto Firmino e Richarlison.

Reencontro com “Maestro”

Cléber Xavier explicou a manutenção de Douglas Luiz e ressaltou a importância tática do meia.

– O Douglas é um jogador que a gente precisava que no jogo saísse um pouco mais, diferente do que foi o jogo contra a Bolívia. A gente corrige trabalhando como sempre faz. Todo atleta que vai bem ou vai mal, a gente faz as correções. E conseguimos fazer isso durante os dois treinos para o jogo de amanhã – afirmou Clebinho, como é chamado.

Tite falou com admiração também do técnico Oscar Tabárez, o “Maestro” da seleção uruguaia, que tem longa estrada à frente da celeste. O brasileiro foi questionado se imagina que pode ter percurso tão longo quanto o colega uruguaio.

– As culturas são diferentes. Vamos só nos ater a esses aspectos. Atingir essa dimensão do mestre Tabárez é muito grande. Eu confesso que não vejo culturalmente a possibilidade. E nem vejo para mim essa longevidade toda – disse o treinador da Seleção.

Fonte: GE
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