Embarcações lotadas há uma semana fazem amazonenses ficarem ilhados em Margarita

Estrangeiros na ilha venezuelana esperam até três dias para conseguir passagens de volta e denunciam que os preços aumentaram aproximadamente R$ 100 Danilo AlvesManaus (AM) Amazonenses que estão na ilha de Margarita, na Venezuela, enfrentam dificuldades com a viagem de volta para Manaus. Segundo os visitantes, as “Ferry Boats”, grandes embarcações que transportam pessoas e veículos, estão lotadas há uma semana e os estrangeiros esperam até três dias para conseguir as passagens de volta. Atualmente, a Venezuela vive uma crise econômica e política e as relações diplomáticas do país vizinho com o Brasil também estão estremecidas. Contatados pela reportagem, amazonenses denunciam que o preço da passagem de volta ao Brasil aumentou aproximadamente R$ 100. De Manaus, o autônomo Eronildo Silva de Oliveira, 38, não consegue comunicação com a irmã, que trabalha como agente de viagens e está em Margarita a negócios. Na última conversa que ele teve com a jovem, ela explicou que turistas estão precisando dormir no porto ou até mesmo dentro dos carros. “Alguns deles estão sendo até roubados por lá. Ela me contou que uma família foi assaltada e levaram todo o dinheiro deles. Agora eles não têm como voltar. Há uma superlotação de passageiros e infelizmente a situação só piora”, explicou ele. Eronildo também disse que, na conversa com a irmã, cerca de 30 famílias de brasileiros passam por essa situação. Alguns deles são amazonenses que tem mais facilidade em chegar à ilha. A irmã de Eronildo também contou da instabilidade econômica do país e que algumas famílias estão pagando U$ 35 (cerca de R$ 115) para disputar uma vaga no Ferry Boat, que em outras épocas custa apenas R$ 15. Em outras situações, algumas famílias precisam pagar refeições no preço de 750 mil bolívares, dinheiro local. Na moeda brasileira, o custo dessa refeição sairia a R$ 50. Desespero Uma turista de 40 anos, que não quis se identificar, informou que saiu com a família para passar Révellion na ilha de Margarita. Ele desembarcou no local dia 28 de dezembro e voltou ao porto de La Assunción dia 2 para voltar para casa. Desde então, ela não conseguiu vaga. “Já é o meu terceiro dia aqui no porto tentando sair de Margarita. As coisas por aqui estão muitos caras e eu preciso alimentar duas filhas, uma de 6 e outra de 10. As duas e eu viajamos com o meu marido. Estamos ilhados e quase sem comunicação, já que por aqui a internet é instável”, afirmou ela. Até a publicação desta matéria, o Portal A Crítica não conseguiu contato com a empresa responsável pelo transporte, para falar sobre o suposto preço abusivo e a escassez de passagens. Brasileiro preso As relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela estão abaladas devido a recente prisão de um brasileiro pelas forças de segurança venezuelanas e também pela expulsão do membro da Embaixada da Venezuela no Brasil em dezembro. O catarinense Jonatan Diniz, 31, foi preso no dia 27 de dezembro no Estado de Vargas. Segundo a agência oficial de notícias do governo, Jonatan é acusado de manter atividades desestabilizadoras contra o regime de Nicolás Maduro.

Procon-AM alerta sobre quais produtos são proibidos na lista de material escolar

Segundo diretor do órgão, material escolar é para efetivo uso didático. Portaria de 2016 estabelece itens que não podem ser cobrados pelas escolas acritica.comManaus (AM) A hora da volta às aulas requer cuidados de pais e responsáveis. Não é apenas a questão da pesquisa dos melhores preços que deve ser levada em consideração, mas os conteúdos das listas de materiais escolares também merecem atenção. De acordo com o diretor do Procon-AM, Paulo Radin, há itens com o selo de proibidos. “Material escolar que pode ser exigido nas listas é aquele para efetivo uso didático. Todo o material que efetivamente será utilizado na sala de aula ou em atividades didáticas pode ser exigido, por outro lado, nós temos um universo de materiais que titularmente podemos dizer que são proibidos, nesse caso, teria que haver uma justificativa para estarem nas listas escolares”, explica Radin. Entre os itens proibidos, segundo Radin, estão produtos de limpeza, produtos que tenham especificidades que conduzam a aquisição de determinado material, além daqueles de utilização administrativa das escolas. Para evitar esse tipo de problema, o diretor do Procon-AM explica que algumas escolas procuraram o órgão ano passado antes de fecharem suas listas. “A equipe técnica do Procon Amazonas analisou essas listas e foram feitas vistorias de materiais”. Ele explica que desde 2016 existe uma portaria do Procon-AM estabelecendo, entre outras coisas, os itens que não podem ser solicitados pelas escolas. Consta ainda no Art. 2º da referida portaria, que a lista de material escolar deve estar acompanhada do respectivo plano de utilização dos materiais, com seus respectivos objetivos e metodologia. Atendimentos Os consumidores que tiverem dúvidas a respeito do material escolar podem entrar em contato com o Procon-AM por meio do número 0800-092-1512. O órgão, localizado na avenida André Araújo, 1500, funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. *Com informações da assessoria de imprensa

Promessa de Artur: revitalização da Manaus Moderna não sai do papel desde 2015

Cenário da orla do Centro de Manaus não se parece com o prometido pelo prefeito de Manaus, Artur Neto, em julho de 2015, quando lançou o projeto de revitalização. Enquanto isso, o Governo atua na área Silane SouzaManaus (AM) A região da “Manaus Moderna”, na orla do Centro da cidade, passou a ter, desde sexta-feira (5), maior segurança com a regularização dos carregadores de cargas e guardadores de veículos que agora trabalham com colete e crachá de identificação, fornecidos pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). Mas a área ainda está longe de fazer jus ao nome. Os graves problemas estruturais encontrados no local chegam a colocar em risco a integridade dos frequentadores. O trânsito é caótico. Em diversos pontos da orla não há mureta de proteção e as escadarias que dão acesso às balsas de embarque e desembarque de cargas e passageiros estão literalmente caindo aos pedaços. O cenário não se parece em nada com aquele que foi prometido pelo prefeito de Manaus, Artur Neto (PSDB), em julho de 2015, quando lançou o projeto de revitalização da orla da Manaus Moderna, cuja obra estava avaliada em R$ 950 mil. O projeto contemplava a recuperação de todo o pavimento asfáltico, a implantação de iluminação LED (Led Light Emitting Diode), novo mobiliário urbano, faixas para pedestres no modelo “traffic calming” (faixas de pedestres com ponto de travessia elevado), sinalizações horizontais e verticais, restauração das calçadas com espaço mais amplo para passeio, instalação de guarda-corpo, entre outras melhorias na infraestrutura da orla. Só promessa Dois anos depois, porém, pouca coisa saiu do papel. O que para a dona de casa Elizete Oliveira, 45, é um enorme descaso com os turistas e frequendadores das tradicionais feiras e do porto localizados na área da Manaus Moderna. Onde deveria haver muretas de proteção, há apenas restos de arames retorcidos “Esta é uma área turística, tem a beleza do Mercado Municipal Adolpho Lisboa e dos barcos ancorados as margens do rio Negro, mas ela não recebe a atenção que merece. A situação é cada vez mais precária”, disse Elizete Oliveira. O guardador de veículos Francisco Marques Ribeiro, 71, um dos trabalhadores cadastrados pela SSP-AM e que recebeu colete e crachá funcional para trabalhar na área da Manaus Moderna, disse que a revitalização do local é um sonho. “Não vemos a hora de encontrar tudo reformado, bonito, sem oferecer perigo para quem trabalha ou passa pela região. Do jeito que a orla e as escadarias estão é perigoso para todo mundo”, afirmou. Ampliação O projeto Manaus Moderna, implantado na sexta-feira também será levado para outros centros comerciais da cidade. Estão na lista, a feira do Produtor, o Fuxico (avenida Hilário Gurjão), ambos no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste, o baiiro Manôa, na Zona Norte, e o centro comercial da Compensa, na Zona Oeste. “Nós vamos organizar todos os aglomerados comerciais que estão desorganizados”, disse o vice-governador e secretário de Segurança Pública, Bosco Saraiva. Obra foi anunciada Há dois anos, quando anunciou a revitalização do espaço, a prefeitura disse que as obras iriam durar 10 meses. Já se passaram 24 meses e até agora pouca coisa mudou. Conforme a Seminf, a obra foi oriunda de um convênio entre a prefeitura e a Caixa Econômica Federal, mas os recursos não foram liberados conforme acordo. Seminf culpa CEF por atraso A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) informou que, na área da Manaus Moderna, realizou a revitalização do pavimento, troca da iluminação, recuperação do passeio, troca dos guarda-corpos (muretas) e sinalização vertical e horizontal. No trecho entre o Mercado Adolpho Lisboa até a Feira da Manaus Moderna falta apenas a conclusão de detalhes no acabamento (calçamento, pintura e arborização). Uma das escadas de acesso à margem do rio está sem degraus e em risco de cair Segundo a pasta, a obra foi oriunda de um convênio entre a prefeitura e a Caixa Econômica Federal, mas os recursos não foram liberados conforme o acordo. Com isso, foi necessária a paralisação dos serviços no local. Para tentar solucionar a situação, a Seminf decidiu reempenhar a obra e fazê-la com recursos próprios. Essa nova etapa está em fase de conclusão. Ao término, serão instaladas as plantas e a pintura será concluída relativa ao contrato em comento. Os outros espaços que a reportagem cita, segundo a Seminf, não estão no escopo da pasta. Ação de combate à criminalidade O projeto “Manaus Moderna”, lançado nessa sexta-feira (5), pelo governador Amazonino Mendes (PDT), tem como objetivo ordenar a região, que compreende o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, a feira e o porto da Manaus Moderna, além de  promover ações educativas e de combate ao tráfico de drogas e à criminalidade. Os carregadores de cargas e guardadores de veículos contemplados receberam, durante o lançamento, colete e crachá funcional que ajudarão as pessoas a identificá-los. Lançamento do projeto “Manaus Moderna”, do Governo Estadual O governador Amazonino Mendes disse que todos que visitavam a área percebiam que havia necessidade urgente de uma intervenção de governo. “Não apenas em termo de segurança, mas em todos os sentidos. E foi isso que o secretário Bosco Saraiva fez juntamente com os setores do governo e trouxe para cá o que a gente chama de organização da sociedade. É parte da sociedade ser organizada. Esse é um dos caminhos que nós temos para superar as crises e os problemas que nos assolam”, disse Amazonino Mendes. O cadastro dos trabalhadores com o objetivo de identificá-los foi feito pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) entre os meses novembro e dezembro do ano passado, após denúncias de que supostos carregadores do porto da Manaus Moderna estariam ameaçando e até extraviando mercadorias e pertences de clientes que não aceitavam os valores cobrados pelos serviços, além de denúncias de tráfico de drogas, roubos e furtos. De acordo com o secretário de segurança pública e vice-governador, Bosco Saraiva, durante o trabalho, 16 foragidos da justiça e nove infratores com mandado de prisão em aberto foram capturados pela Secretaria Executiva-Adjunta de Operações (Seaop). Ao todo, 260 pessoas foram cadastradas, sendo que, desse

Prefeitura paga contratos com ‘sobras’ do Fundeb e professores cobram abono

Mais de R$ 7 milhões serão usados para pagamento de contratos de serviços de 2017. Segundo a prefeitura, abono aos professores “não se justifica” por conta da lei Janaína AndradeManaus (AM) Professores que integram o movimento “Fundeb para todos” vão discutir o remanejamento de R$ 7,2 milhões de sobras do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) autorizado pelo prefeito Artur Neto (PSDB) em dezembro. O dinheiro será utilizado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) para pagamento de contratos de serviços de 2017 em vez de ser distribuído aos professores, como queria a categoria. A medida da gestão tucana foi publicada na última edição do Diário Oficial do Município (DOM) de 2017 – em 29 de dezembro, e carrega a assinatura da secretária Municipal de Educação, Kátia Serafina. A secretária é vista como desafeto da categoria desde o ano passado, quando professores e pedagogos da rede municipal se mobilizaram e realizaram uma série de manifestações cobrando mais transparência na aplicação dos recursos do Fundeb. Membro do movimento “Fundeb Para Todos”, o professor Jonas Araújo afirma que o remanejamento de sobras do Fundeb é a “prova cabal” de que o prefeito Artur Neto mentiu para a categoria quando afirmou que não existia saúde financeira para conceder o rateio das sobras do fundo. “Temos uma reunião já marcada para o dia 13 de janeiro, onde daremos o pontapé na campanha salarial dos professores. A nossa posição  – do movimento “Fundeb Para Todos” e dos professores que participarem dessa mobilização  – em relação à prefeitura, é que isso é uma prova cabal de que o prefeito Artur Neto estava mentindo sobre como estava aplicando os recursos do Fundeb”, disse. Para Jonas, o não pagamento de abono aos professores é uma forma de retaliação. “Primeiro ele se manifestou publicamente dizendo que manteria a secretária Kátia Serafina, que chamou os professores de criminosos, e em seguida ele escolheu devolver esse dinheiro a rateá-lo entre os professores”, criticou Jonas. O valor oriundo do Fundeb  – R$ 7,2 milhões – foi remanejado, de acordo com a portaria n° 440/2017 por meio de cinco destaques orçamentários realizados sempre em dias 1° dos meses de fevereiro, setembro e novembro de 2017. Seduc Os profissionais do Magistério (professores e pedagogos) da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) vão receber mais uma parcela do abono do Fundeb no dia 17 de janeiro e faz parte do plano de valorização dos profissionais da Educação. Os valores dessa quinta parcela do abono, referente às sobras do Fundeb 2017, ficarão entre R$ 1 mil e R$ 1,2 mil para cada 20 horas (por cadeira). Ou seja, o servidor que trabalha 40 horas ganha o dobro e aquele que possui 60 horas receberá o triplo. Desta forma, os valores podem chegar até a R$ 3,6 mil. Os professores e pedagogos foram beneficiados desde agosto de 2017, quando o governo Federal enviou ao Amazonas R$ 236 milhões de sobras do Fundeb Dinheiro não voltou para o governo, diz prefeitura Em nota, a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom) explicou que não se justifica pagamento de abono aos professores, pois as despesas com remuneração dos profissionais com recursos do Fundeb já ultrapassaram os 60% previstos em Lei. A Semed também esclarece que não está devolvendo dinheiro ao governo federal, mas movimentando recursos entre as duas unidades orçamentárias da secretaria. “É importante esclarecer que o ato de devolução é referente a destaques entre as duas unidades orçamentárias, dentro da própria Semed, para o pagamento de contratos de serviços que não tiveram os empenhos liberados para pagamentos em 2017. Por este motivo, o saldo deve retornar à unidade de origem”, dia a nota. Dessa forma, de acordo com a pasta, os valores não foram devolvidos ao Ministério da Educação e continuam integrando o orçamento da Educação municipal. O empenho desses recursos será realizado em 2018.

Secretária de Educação da capital morre em acidente no Nordeste

A secretária adjunta de Estado da Educação da Capital, da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Maria Carneiro de Souza, de 60 anos de idade, morreu na tarde deste sábado, dia 6, em um grave acidente na BR-304, no Rio Grande do Norte. Além de Maria Carneiro, outras três pessoas estavam no carro, entre elas uma criança, todos da mesma família, segundo as primeiras informações sobre o caso. Os sobreviventes foram internados em estado grave no hospital regional de Mossoró (RN) Tarcisio Maia. O site Icém Caraúbas deu a notícia às 16h28, no horário local. Às 16h45, hora de Manaus, o secretário de Estado da Educação, Lourenço Braga, confirmou ao BNC a informação e acrescentou que estava ainda recebendo as primeiras notícias. Segundo ele, a secretária trabalhou todo o mês de dezembro e entrou de férias após o Natal. De acordo com o site, Maria Carneiro estava deixando a cidade de Mossoró com destino a Natal, no Oeste do Estado, quando se envolveu numa grave batida de carros. A educadora foi gestora de escolas na periferia de Manaus antes de chegar ao segundo escalão da pasta. O secretário Lourenço Braga informou que a Seduc já está trabalhando no translado da servidora. Repercussão No grupo de WhatsApp do BNC, o ex-secretário de Estado da Educação e atual deputado federal Gedeão Morim (MDB) lamentou a morte da ex-colega de trabalho, dizendo que ela era uma pessoa admirável. “A professora Carneiro era uma pessoa admirável. Muito contida, mas detentora de muitas qualidades que impulsionaram sua carreira de docente, coordenadora e Secretaria do Interior. Eu tive muita dificuldade de manter relação de comunicação com muitas pessoas da Seduc, mas a professora sempre me atendeu respeitosamente”. Outro ex-secretário da Seduc que também comentou a morte de Maria Carneiro foi Rossieli Soares, atual secretário nacional de Educação Básica, do MEC. Ao falar da tragédia, disse: “Ela foi coordenadora do Distrito 5 (responsável pelas escolas estaduais da Zona Leste de Manaus). Foi nomeada por mim. Muito triste!”.   Foto: Reprodução/Facebook