Peixes da Amazônia terão melhoramento genético
Tambaqui e Pirarucu serão os primeiros que receberão o melhoramento Um projeto da Universidade Federal Rural da Amazônia pode contribuir com a preservação e até mesmo ampliar a exportação de peixes. Pesquisadores da universidade trabalham na criação de um banco de perfil genético, inicialmente de matrizes de tambaqui e pirarucu, para a criação de alevinos (peixes recém-saídos do ovo). O objetivo do projeto é o melhoramento genético de peixes da Amazônia. O coordenador do projeto, Igor Hamoy, explica que os peixes serão mapeados e muitos deles receberão um chip para possibilitar o melhoramento genético para fins comerciais. Os piscicultores terão um login e uma senha que avaliará, dentro do banco genético, as melhores possibilidades de produção do tambaqui e do pirarucu. “Os peixes da Amazônia, quando comparados com animais como a tilápia, têm uma performance zootécnica menor. A tilápia é um animal que vem passando por melhoramento há mais de 20 anos. A solução não é criar tilápia na Amazônia, mas é melhorar geneticamente de nossos animais nativos, como o tambaqui, e esse projeto é um embrião disso”, destacou Igor Hamoy. Pirarucu | Foto: Divulgação O coordenador do projeto acrescenta que o investimento na pesquisa sobre o perfil genético dos peixes vai fortalecer outros estudos da universidade. “Estamos comprando um sequenciador de DNA, um dos mais modernos que existe, em termos de equipamento. Também em termos de formação de recursos, neste projeto vai ter aluno de mestrado e do doutorado da Universidade Federal Rural da Amazônia e da UFPA – Universidade Federal do Pará -, colaboradora nossa.” O projeto do banco de perfil genético de peixes conta com financiamento de R$ 1 milhão, e as informações da pesquisa serão disponibilizadas gratuitamente na internet até 2019.
Após dois anos ausentes, 1º BP Choque FC Demolidor volta com tudo no Peladão
Equipe formada metade por policiais civis e militares e metade por “paisanas” vem dando show no torneio. Estigma de time pesado e sem jogo de cintura deu lugar a esquadrão que não deixa missão pela metade Denir SimplícioManaus (AM) Com eles, missão dada é missão cumprida. Fundado em 2003, o 1º BP Choque FC Demolidor retornou ao Peladão após dois anos ausente e faz campanha demolidora na categoria principal. Atualmente presidido por Mikeias Castro e pelo cabo Paulo Roberto, o Choque mudou bastante desde a sua criação no início da década passada como relembra um de seus fundadores. “Começamos em 2003 com jogadores 100% militares e detalhe do Batalhão de Choque que tinha um grande efetivo com quatro patrulhas. Sendo que cada uma tinha um time onde a rivalidade era muito grande e ninguém queria perder. Foi com esse espírito que montamos um time pra disputar o Peladão daquele ano”, recorda Paulo Roberto explicando que hoje o Choque é formado metade por policiais civis e militares e metade pelos chamados “paisanas”. Cabo Paulo passou quase dois anos fora de Manaus servindo com a Força Nacional, no Rio (Foto: arquivo pessoal) “As dificuldades são muito grandes em levar um time de polícia, onde a demanda de missões é muito grande, principalmente nessa época do ano”, detalha Paulo Roberto apontando uma nova fase do Choque. “Esse ano começamos um novo ciclo depois de ficar fora dois anos do Peladão porque tive de viajar com a Força Nacional pra trabalhar nas Olimpíadas”, disse o cabo Paulo que também é o técnico da equipe. Choque é show! Com base no bairro São Sebastião, o Choque mete medo nos adversários, mas nem pense que é pela fama de truculentos dos gigantes do batalhão, muito pelo contrário. “Nosso time é formado por atletas antigos e uma base bem nova, com jogadores do time de base da escolinha dos Irmãos Fleury, que tem o projeto Clube da Bola. Também tem o time infantil e feminino, que participam do Peladão, mas com outros nome do Bairro São Sebastião”, enfatiza. Time do Choque tem muito toque de bola e tem surpreendido os adversário (Foto: Antonio Lima) Entre os 30 melhores do Peladão Principal, o 1º BP Choque FC Demolidor se destaca pela luta dentro de campo. Símbolo maior do time da Zona Sul de Manaus, o zagueiro Bolão é o pulmão do Choque. Verdadeiro time de guerreiros que nunca se abatem, o Choque também se destaca em outro setor do maior campeonato de futebol amador do mundo: a arbitragem. “O 1°BP Choque F.C Demolidor apitou os jogos mais difíceis esse ano com grandes clássicos, mostrando personalidade, transparência e segurança nos jogos que foram realizados no Peladão 2017”, comenta o cabo Paulo Roberto que também é árbitro da Federação Amazonense de Futebol (FAF). Pioneiros da polícia na disputa do Peladão, o Choque incentivou outros batalhões da PM a participar da competição, como Tiradentes, Gladiadores/Rocam e Spartanos. Com campanha histórica nessa temporada, o 1º BP empatou apenas um jogo e venceu outros sete duelos no torneio. Já são quatro avanços no mata-mata e neste sábado (6), o confronto é contra o Liga do Aleixo/Náutico Clube, no Campo do CEAM, no bairro São Francisco.
Com política ‘pés no chão’, Nacional apresenta elenco para temporada 2018
Valorizando a “prata da casa”, a diretoria do Leão da Vila Municipal faz discurso de austeridade, mas com foco no título do Barezão 2018 Denir SimplícioManaus (AM) “Chego pra pisar com os pés dentro da realidade atual do clube”. A declaração do técnico Sinomar Naves, 64, ontem, na apresentação oficial do Nacional Futebol Clube, mostra o tamanho da austeridade da diretoria do Leão para temporada 2018. Campeão do Amazonense com o Leão em 2014, Sinomar retorna ao Naça após a desistência de Arthur Bernardes, que aceitou proposta mais pomposa de outro clube. No primeiro dia de trabalho, no CT Barbosa Filho, na Zona Leste da capital, o novo treinador do Nacional se disse feliz com a volta ao clube e já pensa nas competições que terá pela frente. “Estou muito feliz com retorno e penso nas perspectivas para esse ano. Espero que eu possa fazer novamente um bom trabalho e levar o Nacional ao máximo possível em algumas competições e a conquista do Campeonato Amazonense também”, declarou Sinomar sabendo que terá pouco mais de duas semanas para implantar seu estilo de jogo ao plantel nacionalino. “Apesar de eu ter chegado agora, mas a equipe já está treinando há bastante tempo, principalmente na parte física e técnica. Agora, nós vamos aproveitar esse tempo que temos até a estreia pra que a gente possa ajustar a equipe dentro da parte tática e da parte coletiva”, pontuou o técnico que até o ano passado comandava a Tuna Luso-PA, na disputa da Série B do campeonato paraense. Velhas e novas caras Composto por 24 atletas, o novo elenco nacionalino traz velhos conhecidos do torcedor do Naça, como o zagueiro Índio, campeão no épico Barezão de 2014, e Fininho, maestro do time que conquistou o Estadual no ano seguinte, o primeiro na Arena da Amazônia. Longe do futebol amazonense desde 2015, quando foi mandado embora do Leão, o meia Fininho revelou que mesmo distante acompanhou a disputa do Barezão nos últimos anos. Fininho revelou ansiedade para voltar a vestir a camisa do Leão (Foto: Herlam Pechar) “Tenho acompanhado as finais. Se não me engano, o Fast foi o campeão em 2016 e no ano passado foi o Manaus. Isso é algo diferente porque um time como o Nacional, com a grandeza que tem, não pode ficar dois anos sem títulos no Estadual”, disse Fininho avaliando a nova realidade financeira do clube. “O Nacional já teve um nível financeiro muito alto e mesmo assim as vitórias e os títulos não vieram. Quem sabe Deus não reservou esse momento pra que a gente venha lá de baixo galgando Estadual, Copa do Brasil e Série D pra que esse ano seja diferente e gente conquiste esses objetivos”, concluiu. Conheça o plantel do Leão para a temporada 2018: Goleiros: Marcelo Valverde, Paulo Wanzeler e Douglas; Laterais: Pedro Balú, Paulo Rossínio, Artur Lima e Rodrigo Ítalo; Zagueiros: Kennedy, Índio, Zé Antonio, Bianor, João Pedro, Kaique; Volantes: Delciney, Junior Baé e Alison; Meias: Fininho, Alexsandro, Gustavo e Felipe Leite; Atacantes: Cristiano, Jack Chan, Paulo Roberto e Paulinho.
Pagamento do PIS/Pasep para trabalhadores com mais de 60 anos começa dia 24
O crédito em conta automático para os beneficiários com conta corrente ou poupança individual na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil será feito na noite do dia 22 de janeiro Andreia Verdélio – Agência BrasilBrasília Começa no dia 24 de janeiro o pagamento das cotas dos fundos dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) para pessoas com mais de 60 anos que trabalharam com carteira assinada antes da Constituição de 1988. A informação foi divulgada hoje (8) pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. O crédito em conta automático para os beneficiários com conta corrente ou poupança individual na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil será feito na noite do dia 22 de janeiro. Segundo o ministério, essa nova etapa de saques beneficia mais de 4,5 milhões de cotistas do PIS e do Pasep, que poderão efetuar o saque de R$ 7,8 bilhões disponíveis nas instituições financeiras. O pagamento das cotas do PIS/Pasep para homens com mais de 65 anos e mulheres com mais de 62 anos, assim como para os demais cotistas com mais de 70 anos, aposentados e herdeiros, será retomado a partir desta segunda-feira (8/1), nas agências e canais da Caixa e do Banco do Brasil. Em dezembro do ano passado, o presidente Michel Temer assinou a medida provisória (MP) 813/17 que reduz para 60 anos a idade mínima para o saque das cotas do PIS/Pasep. Em agosto, o governo já tinha editado outra MP (797/17) liberando o saque para homens a partir de 65 anos e para mulheres a partir de 62 anos. Até o fim de 2017, R$ 2,2 bilhões foram retirados de 1,6 milhão de contas. Desde a criação do PIS/Pasep, em 1971, o saque total só podia ser feito quando o trabalhador completava 70 anos, se aposentasse ou tivesse doença grave ou invalidez. As medidas provisórias flexibilizaram as restrições. Quem contribuiu após 4 de outubro de 1988 não tem direito ao saque. Isso ocorre porque a Constituição daquele ano passou a destinar as contribuições do PIS/Pasep das empresas para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o seguro-desemprego e o abono salarial, e para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É possível, por meio dos sites www.caixa.gov.br/cotaspis e www.bb.com.br/pasep, consultar se há saldo disponível para saque. Nas páginas, o trabalhador pode visualizar a data de início do pagamento e os canais disponíveis, além da melhor opção de pagamento, antes de se dirigir a um dos canais oferecidos. Pagamento Os herdeiros de cotistas falecidos também podem sacar os recursos. Eles deverão comparecer a qualquer agência da Caixa e do Banco do Brasil portando o documento oficial de identificação e o documento que comprove sua condição de beneficiário legal para fazer o saque. O saque poderá ser feito por outra pessoa que não seja o beneficiário, mediante procuração particular, com firma reconhecida, ou por instrumento público que contenha outorga de poderes para solicitação e saque de valores do PIS/Pasep. O saque será autorizado após a confirmação do direito nas agências bancárias. No caso do PIS, os pagamentos das cotas com valor até R$ 1,5 mil podem ser feitos no Autoatendimento da Caixa apenas com a senha do Cartão Cidadão. Caso tenha o cartão, o trabalhador poderá fazer o saque nas casas lotéricas e Caixa Aqui, mediante ainda a apresentação de documento oficial de identificação com foto. Os saques de valores até R$ 3 mil podem ser feitos no Autoatendimento, lotéricas e Caixa Aqui com o Cartão do Cidadão, senha e documento de identificação. Os valores acima de R$ 3 mil devem ser sacados nas agências, apenas mediante apresentação do documento de identificação. O saque das cotas do Pasep pode ser feito nas agências do Banco do Brasil, com apresentação de documento de identificação oficial com foto. Para aqueles que têm saldo de cotas no valor de até R$ 2,5 mil, está disponível solução para envio a outra instituição financeira, sem custos, pela internet ou pelos terminais de autoatendimento do banco.
Postos de combustíveis de Manaus cobram preços idênticos para litro de gasolina
O conceito de livre concorrência pressupõe que o consumidor deveria encontrar preços diferentes. Na prática, o que se vê é o preço da gasolina exatamente igual em postos de todas as zonas Kelly MeloManaus (AM) O preço idêntico do litro da gasolina em postos de abastecimento da capital acende o sinal de alerta para o famoso “cartel do combustível” em Manaus, que já foi alvo de CPI. Embora o esquema ainda não tenha sido identificado por órgãos de controle e investigação do Estado, para os consumidores fica cada vez mais claro a existência dele. Pelo menos é o que pensa o gestor de segurança Misael Nascimento. Frequentemente ele abastece o veículo no posto Equador, na avenida Noel Nutels, na Cidade Nova, na Zona Norte. Mas a falta de concorrência entre os outros postos o impede de encontrar um preço mais em conta. No local, tanto a gasolina comum quanto a aditivada está sendo vendida a R$ 4,29, (o etanol a R$ 2,299 e o diesel comum a R$ 3,25). “Esse preço não é justo e estamos pagando por algo que é nosso. Como os postos estão com os preços iguais em todos os lugares, o jeito é aguentar e pagar, porque a gente precisa rodar. Isso não tem outro nome: é cartel mesmo”, afirmou ele. Nesse domingo (7), A CRÍTICA percorreu 28 postos de combustíveis espalhados pelas principais avenidas das zonas Centro-Sul, Sul, Norte e Leste da capital e apenas em um deles, no posto Mucuripe, em frente ao terminal 4, na Zona Leste, a reportagem encontrou a gasolina sendo comercializada a um preço inferior a R$ 4,29. No local, a gasolina comum custa R$ 3,99 enquanto o diesel está sendo comercializado a R$ 3,229. No entanto, a única forma de pagamento aceita pelo posto é em dinheiro. Os preços do diesel e do etanol variam bastante de acordo com a bandeira e posto, conforme pesquisa feita por A CRÍTICA ontem. Mas quando o assunto é a gasolina comum, na maioria deles, o preço se mantém o mesmo: R$ 4,29. No posto Atem da avenida André Araújo, Petrópolis, na Zona Sul, próximo ao Tribunal de Justiça do Estado (TJAM), a gasolina comum e a aditivada estão sendo vendidas a R$ 4,29, enquanto o etanol está sendo vendido a R$ 3,09 e o diesel comum a R$ 4,45. Já no Posto BR, entre as ruas Salvador e Maceió, no Adrianópolis, na Zona Centro-Sul, o etanol está sendo vendido um pouco mais caro (R$ 3,55) e o diesel mais barato (R$ 3,55). Neste posto, a gasolina comum também custa R$ 4,29 enquanto a aditivada custa R$ 4,39). O cenário se repete em outras avenidas da capital. Na Djalma Batista, na Zona Centro-Sul, os três postos pesquisados pela reportagem vendem a gasolina comum a R$ 4,29. As oscilações de preços mudam apenas para os demais combustíveis. Na avenida Max Teixeira, na Cidade Nova, na Zona Norte, a reportagem visitou sete postos e em todos eles o preço da gasolina comum era o mesmo: R$ 4,29. Acordo precisa ser comprovado Para o promotor da 51ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Amazonas (Prodecon /MP-AM), Otávio Gomes, apesar de existir o alinhamento de preços na capital, ainda não é possível afirmar que o cartel, nesse caso, existe. “O alinhamento de preço está caracterizado, mas ele não é a única forma de confirmar que existe um cartel. O esquema se configura quando conseguimos comprovar que existiu um acordo ou um acerto entre os vendedores”, explicou. Ele defende a necessidade da livre concorrência para os consumidores. “Precisamos encontrar mecanismos para identificar se esse acordo entre os vendedores existe ou não e para isso existem os órgãos de investigação. É importante termos essas provocações para que os órgãos tomem providências, já que os indícios existem, mas não há provas suficientes para combatê-lo”, disse. A reportagem tentou contato com representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lubrificantes, Alcoois, e Gás Natural do Estado do Amazonas (Sindcombustíveis), mas não obteve sucesso até a publicação desta matéria. Blog Serafim Correa (PSB) Deputado Estadual “Isso nos leva a uma suspeita muito forte de que há uma combinação (de preços) nos postos de Manaus. Não dá para saber se todos esses postos são do mesmo dono, mas existe uma preliminar. Se não tem concorrência ou competição, em tese, temos um cartel na minha opinião. E o cartel é um acordo entre os vendedores para que os compradores não possam escolher onde comprar em função do preço. Onde quer que comprem o preço é o mesmo. Ou seja, cabe ao Procon e ao Ministério Público usar suas prerrogativas para agir porque, no final das contas, o preço do combustível atinge todo mundo e o cliente não pode ficar refém disso. Todo mundo tem que fazer a sua parte nesse sentido: a Assembleia Legislativa pode tornar isso público, mas o poder executivo também precisa agir mas energicamente para combater essa falta de concorrência”.