Sete em cada 10 brasileiros acreditam em fake news sobre vacinas

Entre os entrevistados, apenas 22% conseguiram identificar que as dez afirmações da pesquisa eram falsas Por Agência Brasilaccess_time15 nov 2019, 12h48 more_horiz Vacina: meta é imunizar 95% do público-alvo (Jeffrey Hamilton/Thinkstock) Dez afirmações falsas recorrentes sobre vacinas foram apresentadas a mais de 2 mil entrevistados nas cinco regiões do Brasil, e o resultado preocupa a Sociedade Brasileira de Imunizações: mais de dois terços (67%) disseram que ao menos uma das informações era verdadeira. A pesquisa foi feita pela sociedade médica em parceria com a organização não governamental Avaaz. Os questionários foram aplicados pelo Ibope entre 19 e 22 de setembro deste ano. Entre os entrevistados, apenas 22% conseguiram identificar que as dez afirmações eram falsas. Mais 11% não souberam ou não responderam. Para 24% dos entrevistados, “há boa possibilidade de as vacinas causarem efeitos colaterais graves”, quando, na verdade, os efeitos adversos graves são raríssimos. A segunda afirmação falsa mais recorrente foi “há boa possibilidade de as vacinas causarem a doença que dizem prevenir”, com 20% de concordância – uma em cada cinco entrevistas. Apesar de as gestantes terem um calendário específico de vacinação formulado pelo Ministério da Saúde, 19% dos entrevistados concordaram com a afirmação falsa de que “mulheres grávidas não podem se vacinar”. O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, chama a atenção que mesmo afirmações absurdas tiveram concordância de parcelas consideráveis dos entrevistados. Para 14%, é correto afirmar que “O governo usa vacinas como método de esterilização forçada da população pobre”, e 12% disseram que “contrair a doença é, na verdade, uma proteção mais eficaz do que se vacinar contra ela”. Entre os entrevistados, 13% assumiram que deixaram de se vacinar ou deixaram de vacinar uma criança sob seus cuidados. Os motivos para essa ausência incluem falta de planejamento (38%) e difícil acesso aos postos de vacinação (20%), mas também foram citados o medo de ter um efeito colateral grave (24%), o medo de contrair a doença através da vacina (18%) e alertas e notícias vistos na internet (9%). Cada entrevistado citou até três motivos. “Fica constatado que as pessoas estão recebendo muita informação inadequada, e que essa informação inadequada tem circulado com cada vez maior frequência. Com certeza, é mais um dos motivos que tem impactado as nossas coberturas vacinais”, afirma Cunha.

Guaidó convoca população da Venezuela para protestos no sábado

A convocatória do líder opositor ocorre em um momento em que a agitação política sacode governos de toda região Juan Guaidó (Isaac Urrutia/Reuters) Caracas – O líder opositor da Venezuela Juan Guaidó convocou os cidadãos de todo o país a saírem às ruas no sábado em uma grande mobilização, a quase um ano do início de sua campanha para derrubar o presidente Nicolás Maduro. “Não temos opção na Venezuela”, disse Guaidó em um comício nesta semana, acrescentando que as circunstâncias são difíceis. “A alternativa para a situação hoje é a morte. Queremos a vida”. O novo chamado de Guaidó irá por à prova sua capacidade para atrair as massas, apesar da diminuição do número de gente que o acompanhou em seus atos nos últimos meses, um indício de descontentamento. A convocatória do líder opositor ocorre em um momento em que a agitação política sacode governos de toda região, desde o Chile até o Equador e a Bolívia, obrigando presidentes a fazer concessões e contribuindo para a saída de um deles. O presidente da Bolívia, Evo Morales, renunciou no último domingo e se autoexilou no México.