Multidão no Irã põe fogo em hospital que atende a pacientes com coronavírus
Por causa do medo do coronavírus, uma multidão de iranianos ateou fogo num hospital em Bandar Abas, uma das maiores cidades do sul do país. Não há informações sobre vítimas. Segundo a agência iraniana Fars News Agency, a violência foi causa por um rumor de que o governo havia transferido dez pacientes de covid-19 da cidade de Qom, o epicentro da epidemia no país, para Bandar Abbas, que fica a 1.140 km ao sul, e tem uma situação sanitária menos preocupante. No início, os manifestantes se reuniram em torno do hospital, que se chama Towhid Clinic e logo foi apelidado de Corona Hospital, e entoaram frases de críticas ao governo. Em seguida, os ânimos se acirraram e a multidão pôs fogo no hospital. O Irã é um dos países mais atingidos pela epidemia de coronavírus — e destacadamente o mais pobre entre esses. Somente nesta sexta-feira (28) houve nove mortes, e o número de novos casos cresceu 53%, levando o total a 593 doentes e 43 mortos. O índice de letalidade local é de 7,3%, duas vezes e meia o índice mundial. A diretora da clínica negou as acusações e disse que o hospital tem um setor isolado para os pacientes dessa doença. Não é o primeiro caso desses. No dia 19, o serviço da BBC em persa noticiou que 210 pessoas haviam morrido da doença, apenas em Qom e Teerã. Apesar da negativa do governo, o pânico se espalhou. Fonte: uol notícias
As brasileiras que sequenciaram o genoma do coronavírus
Enquanto a média em outros países tem sido de 15 dias, pesquisadores brasileiros sequenciaram o genoma do coronavírus apenas dois dias após a confirmação do primeiro caso da doença no Brasil. Os resultados foram produzidos por equipes do Instituto Adolfo Lutz, que confirmou o diagnóstico de um paciente na quarta-feira (26), e pelas universidades de São Paulo (USP) e Oxford, na Inglaterra. O genoma corresponde a todas as informações hereditárias do vírus que estão codificadas em seu DNA. “Ao sequenciá-lo, ficamos mais perto de saber a origem da epidemia. Sabemos que o único caso confirmado no Brasil veio da Itália, contudo, os italianos ainda não sabem a origem do surto, pois ainda não fizeram o sequenciamento de suas amostras. Não têm ideia de quem é o paciente zero e não sabem se ele veio diretamente da China ou passou por outro país antes”, disse à Agência FapespEster Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP. Ester coordena o Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde), que estuda em tempo real epidemias de arboviroses, como dengue e Zika. Segundo ela, o objetivo do trabalho é produzir respostas que ajudem os serviços de saúde em testes diagnósticos e no desenvolvimento de vacinas. Desde os primeiros casos na Itália, a equipe de Ester Sabino treinou pesquisadores para usar uma tecnologia de sequenciamento conhecida como MinION, que já é usado para monitorar a evolução do vírus Zika nas Américas. Assim, o sequenciamento do genoma do coronavírus foi conduzido por pesquisadores coordenados por Jaqueline Goes de Jesus, pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP e bolsista da agência de fomento Fapesp. Ela desenvolve pesquisas sobre o mapeamento do Zika no Brasil. Ao lado dela, estavaClaudio Tavares Sacchi, do Instituto Adolfo Lutz.
Remédios contra AIDS curam paciente com coronavírus na Espanha
Um tratamento experimental, baseado nos medicamentos mais utilizados contra a AIDS há mais de uma década, foi a opção escolhida pelos médicos do Hospital Virgen del Rocío de Sevilha (sul da Espanha) para tratar com sucesso o primeiro paciente contaminado na Espanha com o coronavírus SARS-CoV-2. Trata-se da aplicação de lopinavir/ritonavir, também usado para combater infecções pelo HIV, junto ao interferon beta, uma proteína que ajuda as células a se protegerem da infecção. Santiago Moreno, chefe de doenças infecciosas do Hospital Ramón y Cajal (Madri), explica que “a protease do SARS-CoV-2 se parece muito com a do HIV”, e que “essa enzima é fundamental para que o vírus possa se replicar”. “A combinação de lopinavir e ritonavir a inibe e bloqueia o HIV”, acrescenta. “Os resultados que conhecemos até agora sobre seu uso contra o coronavírus são animadores”, afirma. O interferon beta, o outro fármaco utilizado em Sevilha, tem um mecanismo de atuação semelhante. É uma das chamadas proteínas sinalizadoras produzidas de forma natural pelas células humanas ao serem infectadas por um vírus. “O objetivo é alertar às demais células, que desenvolvem assim uma maior resistência à infecção”, ilustra Bosch. Alguns hospitais de Wuhan também utilizaram o tratamento empregado no Virgen del Rocío em pacientes com o coronavírus CoV-19, segundo várias comunicações publicadas em revistas científicas, embora novamente “as provas sobre sua eficácia sejam escassas”, segundo os especialistas.
Coronavírus pode ter dificuldade no calor de Manaus, diz especialista
Manaus – No início desta quarta-feira (26), o primeiro caso de coronavírus foi confirmado no Brasil, e por consequente, na América Latina. O paciente é um homem de 61 anos com histórico de viagem para a Itália, de 09 a 21 de fevereiro. O país europeu já registra 12 mortes pela doença e mais de 300 infectados, com última atualização nesta quarta. Em live nas redes sociais, o Ministério da Saúde confirmou o caso nesta manhã. Segundo a pasta, o homem passou por dois testes, o primeiro no Hospital Albert Einstein e o segundo no Instituto Adolfo Lutz, ambos em São Paulo. Com a possibilidade de um contágio de pessoas que entraram em contato com o primeiro paciente e a considerar que o primeiro caso se deu na semana da maior festa popular do país, o Carnaval, é importante saber quem está mais suscetível e quais os sintomas mais graves do coronavírus. Além do primeiro caso confirmado, há ainda no Brasil, outros 20 suspeitos no país, assim distribuídos:Paraíba (1), Pernambuco (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (2), Rio de Janeiro (2) e Santa Catarina (2) e São Paulo (11). Outros cinquenta e nove pacientes suspeitos já receberam o resultado negativo para o coronavírus. Quando os primeiros registros da doença surgiram pelo mundo, ainda em dezembro de 2019, na China, muito especulou-se sobre a possibilidade de ele se espalhar pelo Brasil, um país de clima tropical. “De maneira geral, os vírus causadores de infecções respiratórias, como influenza, coronavírus e metapneumovírus, tendem a ter maior capacidade de contágio e disseminação em regiões com temperaturas mais baixas e em locais com maior aglomeração de pessoas. Logo, as altas temperaturas e o clima predominantemente tropical do Brasil e de Manaus podem sim ter alguma influência na dificuldade de transmissão. Mas, isso é uma hipótese que ainda é estudada”, comenta Luciana Duarte, médica Infectologista do Grupo América e Sistema Hapvida. Prevenção O novo vírus que surgiu em Wuhan, na China, é transmitido pelo ar e contato, até onde se sabe. Não apenas, mas já existem pesquisas que indicam a possibilidade de transmissão pelo ambiente. Por isso, especialistas apontam os principais cuidados para evitar o coronavírus e outras doenças respiratórias. “Os cuidados de prevenção de doenças infectocontagiosas devem sempre fazer parte do dia a dia de qualquer indivíduo, em qualquer época. Atualmente, com os casos registrados do coronavírus, algumas medidas têm sido reforçadas e se estendem à prevenção de qualquer infecção que tenha como formas de contatos as vias respiratória, fecal-oral e contato”, orienta a infectologista Luciana Duarte. Confira abaixo os principais cuidados: •Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; •Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; •Utilizar lenço descartável para higiene nasal; •Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; •Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; •Higienizar as mãos após tossir ou espirrar; •Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; •Manter os ambientes bem ventilados; •Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença; •Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
Lula receberá o título de Cidadão Honorário de Paris
A honraria será entregue na próxima segunda-feira (2), pela prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo; estarão presentes Dilma Rousseff e Fernando HaddadDa Redação / redacao@diarioam.com.brPublicado em 29 de fevereiro de 2020 às 06:53Manaus – Na próxima segunda-feira (2), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o título de Cidadão Honorário de Paris. A honraria será entregue pela prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, durante uma cerimônia na própria sede da Prefeitura.Decisão de agraciar Lula como Cidadão Honorário da capital francesa partiu do Conselho de Paris (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)A honraria é um reconhecimento ao legado do ex-presidente no combate à miséria e sua luta contra a fome. A viagem de Lula até Paris é um convite da própria Anne Hidalgo.Entre os convidados estarão a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-ministro Fernando Haddad.Antes dessa cerimônia, haverá uma visita ao Jardim Marielle Franco, uma homenagem à vereadora carioca que foi assassinada em março de 2018, no Rio de Janeiro. O jardim foi inaugurado em setembro do ano passado.A decisão de agraciar Lula como Cidadão Honorário da capital francesa partiu do Conselho de Paris, em outubro do ano passado.
Navio Ana Karoline 3 naufraga no rio Amazonas e várias pessoas estão desaparecidas
Com informações do G1 Amapá
Navio Ana Karoline 3 naufraga no rio Amazonas e várias pessoas estão desaparecidasFoto DivulgaçãoNotícia do dia 29/02/2020Um navio de médio porte, chamado Anna Karoline 3, naufragou na madrugada deste sábado (29) no município de Laranjal do Jari, a 265 quilômetros de Macapá, no Sul do Amapá. O comando do Grupamento Tático Aéreo (GTA) encaminhou um helicóptero à região para ajudar no resgate das vítimas. De acordo com a Corpo de Bombeiros, até as 9h, já foi possível confirmar 2 mortes e 3 pessoas desaparecidas.Informações preliminares detalham que havia cerca de 60 pessoas na embarcação. Ainda não se sabe o que motivou o naufrágio.O navio saiu por volta das 18h de sexta-feira (28) de um porto em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, em direção a Santarém, no Pará, mas às 5h deste sábado, o comandante da embarcação acionou o socorro numa região próxima à Ilha de Aruãs e à Reserva Extrativista Rio Cajari.Estão mobilizadas equipes da Capitania dos Portos do Amapá (Marinha), GTA e Corpo de Bombeiros do Amapá.O Corpo de Bombeiros informou que há pessoas feridas e debilitadas que conseguiram se salvar.