Wilson Lima grava vídeo e destaca custo de hospital de retaguarda na Nilton Lins e a chegada de reforço com 30 respiradores

O governador Wilson Lima destacou, em vídeo em rede social, que o Estado investirá R$ 866 mil por mês na locação do Hospital Universitário da Nilton Lins, que na próxima semana começa a operar como unidade de retaguarda para casos do novo Coronavírus (Covid-19). O valor é quase o mesmo pago há cerca de dez anos pela Unimed. Ele também adiantou, em entrevista à Folha de São Paulo, que mais 30 respiradores enviados pelo Ministério da Saúde chegam na segunda-feira (13/04) em Manaus.Wilson Lima fez novo apelo para que a população não acredite em fake news. “O contrato de aluguel do Hospital Nilton Lins não tem nada de R$ 2,6 milhões por mês. Isso é mentira”, frisou ao se referir a informações sem comprovação e infundadas divulgadas em sites de notícias. “Não acreditem em fake news, não caiam em armadilhas políticas, que infelizmente estão surgindo no meio da maior crise da nossa história”, ressaltou.O governador esclareceu que o custo de aluguel do Hospital da Nilton Lins é de R$ 866 mil por mês, o que perfaz um total de R$ 2,6 milhões no prazo de três meses, que é o período do contrato que ainda será assinado com a instituição e que poderá ser prorrogado em caso de prolongamento da pandemia de Covid-19. “Tem gente inescrupulosa tentando tirar proveito eleitoral desse momento ruim. Essa é uma hora de somar e não dividir ou fazer política com mentiras”, reforçou.O valor do aluguel corresponde a 100% das instalações do complexo hospitalar, com 30 mil metros quadrados, o que demonstra que a economia do Estado é ainda maior se comparado à época em que a unidade era alugada para Unimed, que pagava por 60% da área do complexo.“São mais 400 leitos agregados ao nosso sistema de saúde na hora que mais precisamos de leitos, tanto de leitos clínicos quanto de UTIs, nessa guerra”, enfatizou, ao destacar que optou por um hospital pronto, todo preparado, com arquitetura, instalações elétricas e hidráulicas e tubulações para gás e oxigênio próprios de uma unidade de saúde para média e alta complexidade.O governador disse ainda que a iniciativa da Prefeitura de Manaus em montar um hospital de campanha junto com a empresa Samel é bem vinda. “É importantíssimo, uma iniciativa de cidadania, responsabilidade e de colaboração com o poder público, com o povo de Manaus e do Amazonas. Meu agradecimento ao prefeito e a todos os diretores e profissionais da Samel e da prefeitura por essa iniciativa. Nisso não tem política; tem soma, tem boa vontade e espírito público”.Trabalho intenso e mais respiradores – Wilson Lima reafirmou que o Governo do Estado trabalha 24 horas por dia para garantir a assistência necessária à população e disse que o mesmo drama é vivido em várias partes do mundo, em razão da pandemia de Covid-19.“A verdade é uma só: nenhum sistema de saúde do mundo está preparado, ninguém poderia prever, ninguém está livre. Londres caiu, Roma, Milão, Madrid, Barcelona, Nova Iorque, que é a capital do mundo, o estado de São Paulo, o Rio de Janeiro. Todos estão com problemas seríssimos e estão com suas redes de saúde saturadas”, disse, ao reforçar que o Governo tem mantido a transparência em todas as ações em torno do combate ao novo Coronavírus e renovar o apelo para que a população fique em casa.Em entrevista à Folha de São Paulo, nesta sexta-feira (10/04), o governador disse que a previsão é que segunda-feira cheguem 30 respiradores enviados pelo Ministério da Saúde, que vão reforçar leitos no Hospital e Pronto Socorro Delphina Aziz, na zona norte de Manaus.Wilson Lima afirmou, ainda, que o Governo do Estado continua buscando novos respiradores no mercado e que também tem reforçado as contratações temporárias de profissionais da saúde, adiantando que 74 alunos finalistas do curso de Medicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), além de formandos de enfermagem e farmácia, vão integrar o quadro de assistência do Estado nos próximos dias.Foto: Divulgação/Secom

‘Durmo no terraço para não infectar minha mãe’, diz enfermeiro que ganha R$ 80 por plantão de 12 horas

Ele tem medo de contagiar a mãe, de 74 anos, que tem asma, pressão alta e, há um mês, sofreu um infarto.Especial Covid-19Especial Covid-19Página especial com informações e notícias da pandemia causada pelo novo coronavírus. Às vezes, ele tem vontade de dar um abraço ou um “cheiro” na mãe, mas Joseildo sabe que não pode. Por causa do coronavírus e porque não tem dinheiro para alugar um quarto, o técnico em enfermagem passou a dormir no terraço da casa, revezando entre um colchão no chão gelado e uma rede. Ele tem medo de contagiar a mãe, de 74 anos, que tem asma, pressão alta e, há um mês, sofreu um infarto.Continua depois da publicidade“Quando soube que poderia transmitir para ela, pensei: ‘para onde eu vou?’ Com o salário que a gente ganha, não dá para alugar um quartinho. Eu não quero, casa, hotel, só quero um quarto para poder ficar tranquilo e exercer minha profissão sem medo de machucar a minha mãe, meu bem maior”, diz Joseildo da Silva Batista, de 33 anos, que trabalha em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Campina Grande, na Paraíba.Pelo trabalho de 13 plantões mensais de 12 horas (divididos entre seis de 24 horas e um de 12), ele recebe o salário mínimo: R$ 1.045, ou R$ 946 líquidos. Ou seja, R$ 80 por cada plantão de 12 horas.Usa o dinheiro para pagar pensão para o filho de sete anos e ajudar a mãe em casa, onde moram também duas irmãs e duas sobrinhas. Antes, ele, a mãe e uma irmã dormiam no mesmo quarto, por falta de espaço na casa. Agora, diz passar um pouco de frio no terraço – Campina Grande fica na serra – mas nada que o impeça de “seguir a vida”.

Coronavírus põe 54 municípios do AM em calamidade ou emergência

Levantamento da Associação Amazonense de Municípios e corresponde às últimas duas semanas Coronavírus põe 54 municípios do AM em calamidade ou emergênciaA pandemia do novo coronavírus (covid-19) já fez 54 das 61 prefeituras do interior decretarem estados de calamidade ou emergência.O levantamento divulgado nesta quinta-feira, dia 9, é da Associação Amazonense de Municípios (AAM) e corresponde às últimas duas semanas.Fazem parte dos municípios que estão em calamidade Amaturá, Beruri, Boca do Acre, Careiro da Várzea, Codajás, assim como Nhamundá, Tapauá e Tefé.Além disso, outros 46 municípios decretaram emergência, entre eles Benjamin Constant, Coari, Humaitá, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Maués, Parintins, Presidente Figueiredo e São Gabriel da Cachoeira e em Alerta dois municípios (Tabatinga e Urucará).A capital Manaus decretou emergência em 13 de março.Leia maisArthur decreta emergência com coronavírus e antecipa 13º salário de idososAnamã, Barcelos, Eirunepé, Japurá e Novo Aripuanã, no entanto, ainda não publicaram qualquer tipo de decreto.Ações imediatasDe acordo com o presidente da AAM e prefeito de Maués, Junior Leite (PSC), além da pandemia de covid-19, outro ponto de atenção dos prefeitos é quanto ao período de chuvas e possíveis cheias dos rios no interior do Estado nos próximos meses.“Historicamente, muitos municípios do interior sofrem e ficam isolados nesta época do ano. Estamos fazendo o acompanhamento junto às prefeituras e alertando aos órgãos estaduais para a situação, providências e ações preventivas”, afirmou Junior Leite.

Temos pressa, saúde não pode esperar’, diz prefeito sobre adaptações do hospital de campanha

Um dia após o anúncio do prefeito Arthur Virgílio Neto sobre a criação de um hospital de campanha em Manaus para atender vítimas do novo coronavírus, as primeiras obras de modificações já começaram. Um dia após o anúncio do prefeito Arthur Virgílio Neto sobre a criação de um hospital de campanha em Manaus para atender vítimas do novo coronavírus, as primeiras obras de modificações já começaram no Centro Integrado Municipal de Educação (Cime), no bairro Lago Azul, zona Norte. Nesta quinta-feira, 9/4, o espaço que seria o refeitório da escola recebeu divisórias em drywall para a criação de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que terá capacidade para 16 leitos. “Temos pressa, pois estamos trabalhando para salvar vidas. O trabalho está em ritmo acelerado e vamos adaptar toda a estrutura para atender a população da melhor maneira possível. A saúde não pode esperar”, disse o prefeito.Continua depois da publicidadeO Cime conta com dois prédios, um para educação infantil e outro para ensino fundamental. Os refeitórios das duas unidades se transformarão em UTIs, o que representa uma capacidade total para 32 leitos. As salas de aulas estão recebendo a instalação de ar-condicionado e serão adaptadas para virar enfermarias. Outros espaços dos prédios do complexo estão sendo adaptados para serem utilizados como sala de utilidade, posto de enfermagem, farmácia e vestiário. Nos próximos dias, os trabalhos seguem com a instalação de toda a tubulação de gases medicinais para levar ar comprimido e oxigênio até os leitos dos pacientes.“Agradeço a parceria e dedicação do Grupo Samel, que vai gerir esse hospital e que tem se mostrado um grande parceiro de Manaus. Também agradeço ao Grupo Transire, que tem somado esforços por meio de doações. Na conta criada para contribuir com o custeio do hospital de campanha já temos a doação de R$ 1 milhão, feita pelo Grupo Samel. Esperamos que outras pessoas e empresas, que queiram contribuir com o trabalho de salvar vidas do nosso povo, também façam sua colaboração”, destacou Arthur Virgílio.As doações para ajudar no custeio do hospital de campanha podem ser feitas para o Banco: 001 (Banco do Brasil), Agência: 3563-7, Conta: 10.483-3, Destinatário: PMM/Doação Covid-19, CNPJ: 04.365.326/0001-73. A utilização desses recursos será exclusivamente para o enfrentamento à pandemia e, pregando pela transparência, estará disponível no site https://covid19.manaus.am.gov.br.