Governo do Amazonas prorroga restrições e apresenta plano de reabertura da economia condicionado à curva do Covid-19

Estudo mostra que estado já atinge pico de casos da doençaO Governo do Amazonas anunciou, nesta quinta-feira (30/04), a prorrogação de medidas restritivas até 13 de maio e apresentou um plano para retomada gradual das atividades econômicas em Manaus e região metropolitana, condicionada à análise da curva de casos do novo coronavírus (Covid-19). Um comitê vai monitorar a curva de casos e auxiliar a tomada de decisão sobre flexibilização do isolamento social.O plano foi apresentado pelo governador Wilson Lima durante reunião, por videoconferência, com prefeitos da capital e da região metropolitana e representantes de órgãos de controle de demais poderes. Na ocasião, o governador ressaltou que a reabertura gradual da economia no Amazonas vai depender da confirmação das projeções feitas por estudo elaborado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, infectologistas, estatísticos e economistas, coordenados pelos professores Samy Dana e Alexandre Simas.“Estamos apresentando um plano para a retomada gradual das atividades comerciais, baseado num estudo que nós fizemos com especialistas, indicando que nós agora estamos no pico da doença. Mas é preciso levar em consideração que esse pico pode se manter, de acordo com o comportamento social. Estabelecemos um prazo que, a partir do dia 14, essas atividades retomam gradualmente, mas que até lá nós estamos renovando nosso decreto que suspende serviços que não são essenciais e até lá as pessoas têm que respeitar o isolamento social”, afirmou o governador Wilson Lima.O estudo considerou variáveis como isolamento social, mortes por dia, quantidade de leitos de UTI de hospitais públicos e privados, entre outras. O resultado da análise aponta que Manaus e cidades da região metropolitana já atingem, nesta semana, o pico de casos de Covid-19. Projeta, ainda, que o pico permanece até o dia 10 de maio, com início de curva decrescente a partir do dia 11.Restrições – Para diminuir o impacto do pico de casos de Covid-19 sobre a rede de assistência de saúde e, consequentemente salvar vidas, o governador Wilson Lima anunciou que as medidas de restrição seguem até o dia 13 de maio, com ampliação da fiscalização para cumprimento delas, em parceria com as prefeituras de Manaus e de municípios da região metropolitana.“Eu tenho conversado todos os dias com o prefeito de Manaus, Arthur Neto, para tomar essas decisões e também com os Poderes, para que a gente possa fazer um trabalho mais incisivo, principalmente um trabalho de conscientização. Peças publicitárias vão começar a rodar nos próximos dias, de uma maneira mais incisiva, para que as pessoas entendam a necessidade de, nesse momento, respeitarem o isolamento social. Infelizmente muita gente ainda tem ignorado os efeitos trágicos que o vírus causa na vida das pessoas”, ressaltou o governador.Assim, permanece autorizado apenas o funcionamento de estabelecimentos comercial e de serviços essenciais, conforme já especificado em decretos anteriores (números 42.101, 42.106, 42.165 e 42.185). O novo decreto institui, ainda, o uso obrigatório de máscaras e a implementação de meios de desinfecção e lavagem de mãos fora do ambiente, na entrada dos estabelecimentos.Plano de reabertura responsável – A elaboração do plano de retomada das atividades econômicas foi elaborado pelo Governo do Amazonas com base em dados técnico-científicos e a experiência de outros países que enfrentam a pandemia de Covid-19. De acordo com o governador, o objetivo é ter um plano bem fundamentado e que sustente uma retomada gradativa, sequencial e responsável.“Tem dois fatores que precisamos levar em consideração: a queda dos casos de Covid no estado do Amazonas e também o aumento da nossa capacidade de atendimento da rede de saúde. Até lá nós vamos fazer essa avaliação. Lá pelo dia 10, 11 vamos fazer uma reunião com toda a equipe e vamos avaliar se os números caíram ou se mantiveram. Se os números se mantiveram, a gente vai ter que prorrogar nosso decreto”, disse.Assim, o plano considerou o pico projetado da pandemia na região metropolitana de Manaus; a necessidade de diminuir a pressão sobre a rede de assistência de saúde; de disponibilizar ao setor produtivo um cronograma de retomada com base na curva de queda de casos; e de garantir a segurança pública e a ordem social.O plano prevê, ainda, ampliar a capacidade de testagem e monitoramento de sintomas para identificar e ajustar o cronograma e a velocidade de liberação das atividades econômicas, protegendo grupos de risco.Um comitê específico, com integrantes das áreas da saúde e economia, vai analisar indicadores (incluindo capacidade da rede de assistência e dados epidemiológicos), para auxiliar na tomada de decisões do Governo.Protocolos para abertura – O plano de reabertura gradual das atividades econômicas está condicionado ao comportamento da curva de casos de Covid-19. Deverá ainda ser feito a partir da adoção de protocolos de higiene pessoal, sanitização de ambientes, comunicação de boas práticas e monitoramento de casos confirmados ou suspeitos entre clientes e funcionários.O Governo do Estado tem uma série de protocolos pré-definidos, que serão alinhados com representantes dos diversos segmentos da economia e, posteriormente, divulgados amplamente.Calendário prévio – A reabertura das atividades econômicas está projetada em três fases, sendo a primeira fundamental para a execução das posteriores. A primeira, de 01 a 13 de maio, quando estima-se confirmar o pico e estabilização de casos de Covid-19, permanece a autorização apenas para atividades essenciais.A segunda fase, prevê reabertura gradual de um primeiro grupo de estabelecimentos comerciais e de serviços, de 14 de maio a 14 de julho, o que dependerá da manutenção da capacidade de leitos de UTI e taxa de contaminação. A terceira fase, a partir de 15 de julho, início da “volta ao normal pós-pandemia”, com liberação gradual de outros blocos de segmentos econômicos, também dependendo da manutenção de capacidade de leitos e contaminação.Em todas essas fases, serão necessários testagem e monitoramento para confirmar a autorização para a abertura dos estabelecimentos.Abertura por ciclos – O plano de abertura das atividades econômicas foi desenvolvido por ciclos e seguiu os seguintes critérios de prioridade: vulnerabilidade perante à crise; número de trabalhadores e clientes em circulação; nível de aglomeração de pessoas; adaptabilidade do setor; arrecadação per capta; e impacto fiscal e na cadeia produtiva.Todas as

Coronavírus: símbolo do Rio, Biscoito Globo fecha sua fábrica

Com as praias proibidas, empresa fundada em 1953 perde sua maior fonte de renda e para de funcionar por tempo indeterminado A cara do Rio: fabricante do biscoito vendia até 7 mil saquinhos por dia nesta época do ano Alexandre Rebelo/ReproduçãoA fila de ambulantes que costuma se formar a partir das 5h em frente a um predinho na Rua do Senado, no Centro, agora faz parte do passado – pelo menos por enquanto. Com as medidas de isolamento social adotadas por causa da pandemia do coronavírus, a fábrica de biscoitos Globo vive a maior crise de seus 67 anos de existência e fechou as portas por tempo indeterminado. “Nosso carro-chefe é o biscoito vendido nas embalagens de papel, revendido nas ruas e nas praias. Como ninguém sai de casa e a praia está proibida, não temos para onde correr”, diz Marcelo Ponce, um dos donos do negócio.Coronavírus: Crivella divulga vídeo cercado por trabalhadores sem máscarasEle conta que costuma vender entre 5000 e 7000 saquinhos por dia nesta época do ano, chegando a dobrar a quantidade no verão. “Essa crise acabou com a gente”, diz. Atualmente não há disponível, em lugar algum da cidade, sacos de biscoito em papel, a versão mais tradicional. A embalagem plástica, feita para ser revendida em escolas, supermercados e casas comerciais, ainda é encontrada nos grandes revendedores. Marcelo conta que tem atendido a alguns pedidos sob demanda, das poucas empresas que ainda funcionam, como os mercados. “Coloco duas ou três pessoas para produzir, mas somente alguns pedidos específicos, que valham a pena. É muito triste isso”. Mais de 40 mil saquinhos de papel serão reciclados porque já tinham a data de validade impressa.Coronavírus: crise fechará definitivamente 10% dos restaurantes do RioCONTINUA APÓS A PUBLICIDADEUm episódio recente dá a medida da relevância do Biscoito Globo, símbolo de um Rio ensolarado e praiano, para os cariocas. Uma reportagem publicada em 2017 pelo “New York Times” detonou o petisco, que foi considerado “sem gosto” pelo jornalista David Segal – “Coloque um em sua boca e será com se seus dentes estivessem em uma festa para a qual sua língua não foi convidada”, escreveu o repórter do jornal americano, para ira de cariocas – e brasileiros em geral. A chef Roberta Sudbrack, gaúcha radicada no Rio, foi uma das primeiras a reagir. “Não se mexe com ícones culturais de um povo! Ainda mais os gastronômicos! Tudo é subjetivo! Mas, de Biscoito Globo o nosso afetivo entende! Biscoito Globo We Love It!”, postou ela, à época. Já o escritor Marcelo Rubens Paiva afirmou em suas redes que dizer que ele é sem graça seria “como chamar Gisele Bündchen de baranga”. Em defesas apaixonadas, internautas disseram, entre outras declarações de amor, que vir ao Rio e falar mal do Biscoito Globo “é como ir à sua casa e falar mal da comida da sua avó”.

Pedido de impeachment do governador Wilson Lima e vice Carlos Almeida é aceito na Aleam

Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto (PRTB), acolheu nesta quinta-feira (30), o pedido de impeachment do governador Wilson Lima (PSC) e seu vice, Carlos Almeida (PTB).O pedido de impeachment foi feito pelo Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam). Agora, a casa legislativa vai dar início a análise do impeachment.Em dezembro de 2019, deputados da oposição também ingressaram com o pedido de impeachment do governo do Amazonas, que foi rejeitado meses depois.

Josué Neto tenta causar caos em meio a maior Pandemia do século e governo emite nota sobre acusação de inutilização de EPIs

O Governo do Amazonas repudia veementemente a acusação do presidente da Assembleia Legislativa (ALE-AM), Josué Neto, de que o Estado está “mandando queimar ou trancar” EPIs doados pela iniciativa privada e pela ALE-AM.O Governo do Amazonas assegura que todas as doações recebidas, que se destinam à rede estadual de saúde, são direcionadas para a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), de onde são dispensadas diariamente para as unidades de saúde, conforme demanda apresentada pelos gestores das mesmas. A centralização foi adotada para que o Estado tivesse o controle efetivo da distribuição das doações.O Governo do Amazonas afirma, ainda, que não recebeu denúncia formal do deputado sobre as acusações, como requer em se tratando de grave denúncia, sobretudo quando se há interesse de fato que se apure a verdade.O Governo do Estado tem total interesse em esclarecer os fatos e vai solicitar, formalmente, que o deputado comprove as acusações, até para que procedimentos internos sejam adotados, caso tenha havido alguma medida que não esteja de acordo com as orientações da Secretaria de Estado da Saúde (Susam).Por fim, o Governo do Amazonas coloca a Susam e a Cema à disposição para prestar qualquer esclarecimento, não somente à ALE-AM, mas a todas as empresas que doaram e que até aqui depositaram total confiança no Estado.