Semana Nacional de Trânsito segue até 25 de setembro

Atitudes responsáveis no trânsito, que vão desde o pedestre até o motorista, são responsabilidades de todos. É isso que o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) quer estimular com a Semana Nacional de Trânsito 2020. Até o dia 25 de setembro, o órgão, ligado ao Ministério da Infraestrutura, promove debates sobre soluções na área, como a transformação digital que ajuda a desburocratizar os serviços aos cidadãos. Além das ações educativas, será lançada a integração do aplicativo Sistema de Notificação Eletrônica (SNE) com a Carteira Digital de Trânsito (CDT). O procedimento vai oferecer mais praticidade ao cidadão, com o pagamento de multas com desconto junto aos documentos necessários para o condutor. A nova atualização estará disponível em breve nas lojas da Apple Store e Google Play. “Precisamos despertar no usuário a importância do zelo com a agenda de trânsito e os riscos envolvidos nessa atividade. Na edição da Semana Nacional de Trânsito deste ano vamos focar na educação para a sociedade, além de dar andamento na agenda de segurança viária para gerar um trânsito mais seguro”, explicou o secretário-Executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio. Outra novidade é o lançamento do HackaTRAN 2020, evento de hackers com o objetivo de propor ideias e soluções inovadoras, a partir de um desafio, que este ano será desenvolver maneiras tecnológicas que facilitem, desburocratizem e garantam mais eficiência e segurança aos serviços de trânsito. O tema “Perceba o Risco, Proteja a Vida” foi definido oficialmente pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e segue as diretrizes do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), uma vez que os acidentes são a maior causa de mortes no mundo. A criação da Semana ocorreu a partir do Dia Nacional de Trânsito, que é comemorado no dia 25 de setembro. Os objetivos são de conscientização e educação da população com temas específicos escolhidos todos os anos pelo Contran.

Cerca de 2 mil famílias recebem posse definitiva de propriedades rurais no Mato Grosso

Após quase duas décadas de espera, 1.665 famílias receberam, nesta sexta-feira (18), o título de posse de suas propriedades rurais, no município de Sorriso, no Mato Grosso. Com essa formalização, é mais fácil ter acesso a crédito e a políticas públicas federais. Nessas áreas, os proprietários plantam alimentos como soja, milho, algodão e frutas. Dez famílias dos projetos de assentamento Boa Esperança I, II e III e Piratininga, localizados no município de Nova Ubiratã, representaram simbolicamente os beneficiários e receberam o título das mãos do Presidente Jair Bolsonaro, de ministros e autoridades locais. Foram atendidas famílias de agricultores que vivem em 32 projetos de assentamento administrados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 21 municípios do Mato Grosso. A expectativa é de que o Governo entregue 600 mil títulos de propriedade até 2022, segundo o secretário especial de assuntos fundiários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Nabhan Garcia. “Agora, esses cidadãos que estão aí vão chegar ao Banco do Brasil, na Caixa, e vão apresentar com muito orgulho um título de propriedade e vão ser chamados de proprietários rurais. Nunca mais de acampados e assentados”, disse. Criador de gado, Midival de Souza Menezes agora tem o título da propriedade onde vive em uma das etapas do assentamento Boa Esperança. Ele comemorou que o acesso ao crédito será facilitado e tem planos para o futuro. “Isso é fundamental para a agricultura familiar. Tem 13 anos eu estou naquela residência esperando esse título. Hoje, felizmente, conseguimos pegar ele. Facilita muito o nosso trabalho, tira toda a dificuldade que a gente tinha”, comemorou. “Sem dúvida, estamos com planos de avançar mais para valorizar o que a gente está adquirindo hoje. É necessário ter esse papel, não só para mim, mas para todos os que estão lá. Porque desenvolve o lugar, desenvolve tudo”, acrescentou Midival de Souza. O presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Thiago Stefanello, ressaltou a importância do título para dar segurança aos negócios dos produtores rurais. “Independente do tamanho do produtor, se ele for pequeno, médio, grande, ou mega, a questão da legalização dos títulos da sua propriedade é importante para ele conseguir recursos, tanto federal quanto particular. Isso dá legalidade no negócio, faz com que ele tenha recurso para fomentar a produção”, afirmou. Infraestrutura para o Mato Grosso O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, participou da cerimônia e disse aos presentes que o órgão está atento para atender as necessidades de logística do Mato Grosso, que tem o agronegócio como umas das principais atividades econômicas do estado. “O Brasil deve gratidão às pessoas que estão aqui produzindo, gerando riqueza, transformando esse país. Somos o celeiro do mundo, fazemos isso com responsabilidade. E a nossa responsabilidade do ministério da Infraestrutura agora é dar o que vocês merecem, é dar logística para vocês. Por isso que vamos ver as ferrovias acontecendo no Mato Grosso”, disse o ministro. Em novembro, será assinado o contrato da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste que vai ligar o Vale do Araguaia a Ferrovia Norte-Sul, segundo o ministro. A ferrovia será importante para o escoamento da produção de grãos da região Centro-Oeste. O ministro da Infraestrutura disse também que o Governo Federal trabalha para tornar possível a duplicação da BR-163 até o município de Sinop (MT).

Governo Federal libera mais de R$ 10 milhões para combate às queimadas no Pantanal

Abafadores, roçadeiras, mangueiras, sopradores e tanques para armazenamento de água poderão. Os equipamentos para combate aos incêndios poderão ser comprados pelos estados Mato Grosso e do Mato Grosso Sul com recurso de R$ 13,9 milhões do Governo Federal. O valor foi anunciado durante a semana pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. O montante também pode ser utilizado para locação de veículos, maquinários e aeronaves, além de aquisição de combustível. A maior parte do dinheiro será voltada ao enfrentamento às chamas no Pantanal. São R$ 10,1 milhões para Mato Grosso, que desenvolverá 32 projetos em um prazo de 90 dias. O restante, R$ 3,8 milhões, será destinado à região sul-mato-grossense para custear 37 ações. “Estamos aportando recursos por meio da Defesa Civil para que esses esforços possam ser potencializados”, disse o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Com a situação de emergência reconhecida devido aos incêndios florestais, o repasse de recursos é mais ágil. “O Governo Federal só poderia aportar recursos de caráter emergencial aqui [Mato Grosso] na hora que decretasse calamidade. Reconhecemos [a calamidade do estado] em tempo recorde . Em conjunto com a Defesa Civil de Mato Grosso, elaboramos um plano de trabalho que já foi aceito e já estamos liberando o recurso. Houve, da parte do Governo, todo um trabalho para dar celeridade a esse atendimento”, afirmou. A decretação da situação de emergência se deu por procedimento sumário, quando a ocorrência pública e notória é considerada de grande intensidade. Nestes casos, para agilizar o atendimento à população, a Defesa Civil Nacional antecipa os trâmites e publica a decisão antes mesmo que as solicitações do município ou do estado sejam oficializadas. Marinho ressaltou que o Governo Federal tem conversado com governadores para discutir formas de prevenir situações de incêndios florestais como a enfrentada neste período. “O Governo Federal está aberto, solidário e pronto para trabalhar em conjunto para encontrarmos soluções que possam, de uma forma duradoura, prevenir problemas futuros e, ao mesmo tempo, preservar esse patrimônio da humanidade que é o Pantanal”, destacou. Os municípios mato-grossenses mais afetados pelos incêndios são Poconé, Barão de Melgaço e Cáceres – todos na região do Pantanal. Além dos R$ 10 milhões para o estado, o Governo Federal também autorizou o emprenho e o repasse de R$ 407 mil a Barão de Melgaço para ações de combate ao fogo. Em agosto, pelo mesmo motivo, o Governo repassou R$ 870,8 mil para Poconé. Mato Grosso do Sul O repasse anunciado se soma a outros R$ 562,8 mil já transferidos pela União para auxiliar no enfrentamento às chamas. Na segunda-feira (14), o Governo Federal havia reconhecido a situação de emergência no Mato Grosso do Sul. Operação Pantanal As Forças Armadas atuam, desde o dia 25 de julho, no combate a incêndio no Pantanal sul-mato-grossense. No dia 5 de agosto, as ações foram estendidas ao Pantanal mato-grossense. O Ministério da Defesa atende à solicitação recebida pelos dois estados. O Centro de Coordenação da Operação está instalado no aeródromo do Sesc Pantanal, em Poconé (MT), ponto estratégico para o emprego dos meios. Participam da operação embarcações e helicópteros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além de Fuzileiros Navais com curso em incêndio florestal. Defesa Civil O Ministério do Desenvolvimento Regional, por meio da Secretaria nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), anunciou essa semana o repasse de R$ 1,88 milhão para seis municípios nos estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul – Engenheiro Caldas (MG), Cardeal da Silva (BA), Barão de Melgaço (MT), Encantado (RS), Arroio do Meio (RS) e Tavares (RS). – Encantado (RS): repasse de R$ 797,6 mil para a recuperação da infraestrutura de uma escola, além da coleta, transporte e descarte de material danificado por inundações. – Arroio do Meio (RS): também por causa de inundação foi anunciado repasse de R$ 55,2 mil para a recuperação de uma unidade pública de ensino. – Tavares (RS): por causa da estiagem será repassado R$ 45,5 mil para para a aquisição de cestas básicas. – Engenheiro de Caldas (MG): terá acesso a R$ 324,5 mil para a reconstrução de uma ponte de concreto armado danificada por chuvas intensas. – Cardeal da Silva (BA): atingida por fortes chuvas receberá R$ 254,1 mil para recuperação de trecho erodido de uma estrada vicinal. – Barão de Melgaço (MT): atingida por incêndios florestais, vai receber R$ 407,1 mil para o custeio de combustível e compra de equipamentos para o combate às chamas. Também foi anunciado o repasse de R$ 599 mil ao município de Sericita (MG), atingido por fortes chuvas, para construção de 73 metros de contenção na via de acesso à Capela Nossa Senhora do Rosário. Para estado de Santa Catarina, será destinado R$ 105,4 mil voltados à reconstrução do telhado e no cercamento de uma edificação pública danificada por vendavais.   Com informações do Ministério da Defesa

Guia traz orientações para retorno seguro às aulas presenciais

Com o retorno gradual de alguns colégios no País, todos devem ficar de olho nas recomendações do Ministério da Saúde para o retorno presencial às aulas. Um guia com orientações para a reabertura segura das escolas da rede básica de ensino foi apresentado nesta sexta-feira (18) pelo Ministério da Saúde.  O material, com 16 páginas, está disponível no site do Ministério da Saúde, e traz, por exemplo, informações sobre etiqueta respiratória e o uso correto da máscara facial. Também sugere às instituições de ensino a manter os ambientes limpos e ventilados e fazer a limpeza frequente das superfícies, como maçanetas, cadeiras, mesas e corrimões. O guia também orienta que se deve manter higienizadas as mãos e punhos e que não se deve levá-las ao rosto. “Este guia está disponível para a população em linguagem acessível. Não é uma linguagem para especialistas, para entenderem a melhor forma do retorno”, disse o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente. Guia para retomada segura das escolas no contexto da Covid-19 Recursos  O Governo Federal repassou R$ 454,3 milhões para apoiar a retomada segura das atividades presenciais nas escolas de educação básica em todos os municípios. Esses recursos estão sendo usados, por exemplo, para aquisição de máscaras faciais, álcool 70% e material de limpeza. E lembrou que a decisão de voltar ou não às aulas presenciais é dos gestores locais. “Esses recursos são para ajudar na retomada segura das aulas presenciais. A decisão é dos gestores locais”, afirmou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente. Orientações para retorno às aulas  Algumas das orientações presentes do guia são:  – Utilização de máscara constante por alunos, profissionais de educação e qualquer outra pessoa que eventualmente acessem a escola, além de protetores faciais pelos profissionais de educação. – Manter os ambientes limpos e ventilados. – Monitorar a temperatura dos estudantes e profissionais ao chegarem no ambiente escolar. –  Orientar a higienização das mãos e punho antes da entrada na sala de aula. – Limitar as interações em grandes grupos. – Manter o espaço físico de no mínimo 1 metro entre os estudantes dentro e fora da sala de aula. Para cumprir as recomendações, o guia sugere às escolas, por exemplo: – Escalonar os horários de chegada e saída dos estudantes e o intervalo entre as turmas, limitando o contato próximo entre eles. – Colocar no chão, ao longo dos espaços da escola, marcações relacionadas à distância de 1 metro. – Aumentar o espaço entre as mesas/cadeiras. – Evitar atividades em grupo. – Disponibilizar álcool gel. – Suspender o uso de armário compartilhado.  O retorno às aulas presenciais de estudantes com doenças crônicas–como asma, hipertensão e diabetes –, síndromes, disfunções da imunidade e cardiopatias congênitas deve ser avaliado caso a caso junto com os responsáveis, profissionais de saúde e educação. Populações vulneráveis O secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente, também informou que foi publicada nesta semana no Diário Oficial da União uma portaria que prevê a destinação de R$ 319 milhões para o cuidado de populações específicas que vivem, por exemplo, em abrigos; centros comunitários; albergues noturnos; instituições de longa permanência para idosos; unidades socioeducativas e prisionais; e acampamentos de populações ciganas e áreas de favelas. O recurso pode ser utilizado, por exemplo, na compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para profissionais de saúde, rastreamento de contatos de casos suspeitos ou confirmados da Covid-19, como também para organizar treinamentos para atendimentos presenciais ou visitas domiciliares.  Outras ações de combate à Covid-19 O Ministério da Saúde já entregou a estados e municípios 11.106 ventiladores pulmonares e habilitou 13.563 leitos de UTI exclusivos para tratamento da doença. Também foram credenciados em todo o país 3.266 Centros de Atendimento e 91 Centros Comunitários para o enfrentamento ao novo coronavirus; e distribuídos 15 milhões de testes de diagnósticos. O Ministério da Saúde também investiu R$ 2,3 milhões para suporte psicológico dos profissionais que estão atuando na linha de frente da doença, e anunciou que serão abertos novos editais para reforçar a Atenção Primária com profissionais médicos. Ao apresentar o balanço das ações, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou que a curva da Covid-19 no Brasil vem sofrendo um decréscimo e falou do trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) completa nesta sexta-feira (18) 30 anos. “A força do SUS se faz presente no combate à pandemia. No dia de hoje, completamos 30 anos da aprovação da Lei 8080, que regula o SUS e os seus princípios primordiais de equidade, integralidade e universalidade”, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.  

Brasil registra queda em número de mortes no trânsito

O Brasil registrou uma queda anual de 7% nas mortes por acidentes de trânsito no período entre 2015 e 2019. Os dados são do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), que mostrou uma redução de 43 mil para 30 mil mortes por ano. Estes são alguns dos dados que serão divulgados durante a Semana Nacional de Trânsito (SNT) 2020, promovida pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A mobilização nacional, que acontece nesta sexta-feira (18) até o dia 25 de setembro, tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de atitudes mais responsáveis que proporcionem um trânsito mais seguro para todos. A queda do número de mortes no trânsito no Brasil é o reflexo de uma série de ações implementadas pelo Governo Federal e pelos governos estaduais e municipais, como as campanhas educativas, que englobam o Maio Amarelo e a Semana Nacional de Trânsito; a intensificação na fiscalização, como a blitz da Lei Seca; o aprimoramento da segurança dos veículos; e as medidas de engenharia de tráfego, como a modernização das rodovias. Além disso, o Congresso Nacional tem promovido alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) visando a educação e o maior rigor na legislação de trânsito. O conjunto desses fatores tem contribuído para a segurança dos pedestres, motociclistas e demais condutores, diminuindo a ocorrência de acidentes e, consequentemente, do número de mortes e lesões no trânsito. “Registramos uma expressiva redução no número de mortes no trânsito nos últimos anos, mas é inadmissível que trinta mil vidas por ano sejam perdidas em decorrência de acidentes. Nosso objetivo é que esses números diminuam ainda mais. Estamos trabalhado arduamente para promover a educação no trânsito, porque acreditamos que, desta forma, conseguiremos conscientizar a sociedade sobre os riscos e a importância de condutas responsáveis”, afirma o diretor-geral do Denatran, Frederico Carneiro. Década de pela segurança no trânsito No dia 11 de maio de 2011 foi criada a Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2011-2020) pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com base em estudos feitos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2009, que estimou cerca de 1,2 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países, a ONU estabeleceu e recomendou aos membros a criação de um plano para estabilizar e reduzir o número de mortes. Com o encerramento da década, o Brasil conseguiu atingir a meta de diminuir os acidentes em 30% em nove anos, segundo dados do DataSUS, que foram de 43.256 mil para 30.371 mil mortes neste período.   Com informações do Ministério da Infraestrutura

Presidente Bolsonaro dá início ao plantio da soja em Sorriso (MT)

O Presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de ministros, esteve, nesta sexta-feira (18), no município de Sorriso, no Mato Grosso, onde participou do lançamento simbólico de plantio da próxima safra de soja. A cidade é a maior produtora do grão no mundo e o estado é líder de produção no País. Também conhecido como a Capital Nacional do Agronegócio, Sorriso possui cerca de 600 mil hectares de área plantada de soja, segundo o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Tiago Nogueira. “E a gente espera aumentar a produção na próxima safra”, afirmou. O clima na região é favorável à produção da soja. “Dá orgulho representar esses produtores, essa classe que tanto produz”, acrescentou Nogueira. A soja é considerada um dos produtos mais importantes na economia mundial. Além de ser destaque na indústria alimentícia, é também utilizada na indústria farmacêutica e de cosméticos. Liderança mundial O Brasil voltou a ser o maior produtor de soja do mundo, ultrapassando os Estados Unidos; e deve permanecer nesta posição nos próximos anos, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultora. Na safra 2019/2020, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o País tem um novo recorde, com produção estimada de 124,8 milhões de toneladas de soja, um ganho de 4,3% em relação à safra anterior, de 2018/2019. Em relação à safra total de grãos, do período 2019/2020, a produção, de acordo com a Conab, será de 257,8 milhões de toneladas, tendo à frente a soja, o milho e o algodão. Esse volume representa uma alta de 11 milhões de toneladas em relação à safra passada. Mesmo com o distanciamento social definido pelos governos locais, o agronegócio se manteve aquecido e conseguiu trazer recursos para o País neste ano. Plano Safra Para o Plano Safra 2020/2021, produtores rurais já podem ter acesso aos R$ 236,3 bilhões disponibilizados em financiamento para apoiar a produção agropecuária, um crescimento de 6,1% em comparação à anterior. Os recursos podem ser contratados nos bancos que operam crédito rural e nas cooperativas de crédito, e vão contribuir para garantir, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a continuidade da produção no campo e o abastecimento de alimentos no País durante e após o distanciamento social. Do total de R$ 236,3 bilhões do Plano Safra, R$ 179,38 bilhões estão destinados para custeio, comercialização e industrialização; e R$ 56,92 bilhões, para investimentos. Os financiamentos da atual safra poderão ser contratados pelos agricultores até 30 de junho de 2021. Contratações Nos meses de julho e agosto, produtores rurais contrataram R$ 48,9 bilhões em crédito do Plano Safra 2020/2021. O valor representa uma alta de 30% em relação a julho e agosto do ano anterior. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o resultado é reflexo do aumento das atividades agropecuárias em função das perspectivas favoráveis de mercado e do nível de confiança do produtor rural.

Em seis meses, 34 mil militares das Forças Armadas atuaram no enfrentamento ao novo coronavírus

Presentes em todo território brasileiro, as Forças Armadas têm papel fundamental nas ações de enfrentamento à Covid-19. Em seis meses de atuação nessa frente, 85 mil toneladas de alimentos foram entregues, por via terrestre, a famílias em situação de vulnerabilidade social. Mais de 34 mil militares participam das operações, com 107 embarcações, 85 aeronaves e 1.802 viaturas. Outro trabalho desempenhado pela força-tarefa é a higienização de espaços públicos: são mais de 6,7 mil locais, dentre eles terminais rodoviários, escolas, hospitais, estações de metrô e órgãos públicos. Das 84 mil toneladas de alimentos, a equipe entregou 63 mil cestas básicas a comunidades indígenas. O número chegou a 6,5 milhões quando somado a outros beneficiados do Programa Forças no Esporte (Profesp). Com informações do Ministério da Defesa.

Ministério da Justiça oferece apoio aos governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para combater fogo no Pantanal

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, ofereceu ajuda aos governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para custear diárias de bombeiros militares de outros estados para reforço no combate aos incêndios que afetam principalmente o Pantanal. A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) realiza um levantamento junto aos estados para verificar as necessidades de apoio. A Senasp também está em contato com outros estados para verificar a disponibilidade de mobilização de efetivo. Além de custear as diárias, o Ministério poderá oferecer apoio logístico às corporações militares estaduais. “A interlocução com o Governo Federal é uma ferramenta indispensável para promover a integração nacional. Estamos buscando agregar esforços e trabalhar para encontrar uma ação estruturante de apoio, visando à prevenção em caso de novas ocorrências”, explicou o secretário Nacional de Segurança Pública, Carlos Renato Machado Paim. Nesta semana, o Ministério vai dar início ao procedimento para que o efetivo disponível, a partir da manifestação dos governos locais, seja deslocado para os dois estados. Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública.  

Novo trecho da BR-319 passará por obras de pavimentação e recuperação

A recuperação e a pavimentação da BR-319, importante via de ligação entre os estados do Amazonas e de Rondônia, vai trazer ganhos econômicos e sociais para a região, segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Em videoconferência realizada nesta segunda-feira (21), com governadores da Região Norte, o ministro afirmou que a pavimentação de trechos da rodovia é uma das prioridades do Governo na área de infraestrutura. “Não podemos mais admitir que o estado do Amazonas não tenha essa conexão com o restante do Brasil, que uma capital importante como Manaus fique isolada do resto do Brasil. É uma das obras, se não a mais importante da Região Norte, a mais emblemática que, agora, começa a tomar seu corpo”, declarou o ministro. Nesta terça-feira (22), será dado o passo inicial para o início da reconstrução de 52 quilômetros da BR-319, entre os quilômetros 198 e 250, trajeto conhecido com “Lote Charlie”. Na data, também será divulgado o resultado do edital para contratação de empresa que vai elaborar os projetos básico e executivo das obras. A reconstrução vai garantir maior segurança e redução no tempo de viagem. Atualmente, as alternativas à rodovia são o transporte por barco ou avião. “Quem usa essa rodovia geralmente são pessoas humildes, que precisam dessa ligação, que não tem como pegar um avião”, disse o ministro ao destacar a importância da obra. De acordo com Tarcísio Freitas, as obras seguem as orientações dos órgãos ambientais e devem servir de modelo na preservação do meio ambiente. O projeto inclui novos dispositivos de drenagem e recuperação de áreas degradadas. Mais de 100 mil mudas nativas serão plantadas no segmento. Vinte passagens de fauna aéreas e 12 subterrâneas serão instaladas a passagem de animais que cruzam a estrada. “É importante reafirmar nosso compromisso de fazer da BR-319 uma obra modelo no que diz respeito à preservação do meio ambiente. Vamos mostrar, a partir desse empreendimento, que o desenvolvimento pode coexistir com a sustentabilidade”, afirmou o ministro. O governador do Amazonas, Wilson Lima, falou sobre a importância da rodovia. “Queremos a BR-319 não só por uma questão de desenvolvimento econômico, mas de desenvolvimento social, de garantir ao cidadão o direito de ir e vir. Não é justo que a gente continue isolado, o Amazonas e Roraima, do restante do Brasil”, explicou durante videoconferência realizada no sábado (19). Já o governador de Rondônia, Marcos Rocha, destacou o potencial de interligação da BR-319 com outros estados. “Sabemos da importância dela [rodovia] para nossos produtores, mas ela [rodovia] não é importante só para Rondônia e Amazonas. Ela é importante para Roraima, Amazonas, Rondônia, Acre, e para todos os demais estados do nosso País, porque vai fazer a interligação. Esse caminho entre os estados de Rondônia e o Amazonas vai voltar a existir. E isso é tratar as nossas populações desses quatro estados com respeito”, enfatizou. Mais obras na BR-319 Os primeiros 198 quilômetros da BR-319 estão pavimentados e contam com contratos de conservação e de manutenção, assim como os 164 quilômetros finais. Dessa forma, o passo seguinte, após as obras do “Lote Charlie”, é a pavimentação do chamado “Trecho do Meio”, com 405 quilômetros de extensão – ele vai do quilômetro 250 ao 655. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), os estudos para licença ambiental do “Trecho do Meio” foram encaminhados aos órgãos responsáveis e p projeto já foi contratado. “Nosso plano é que, em 2022, tenhamos toda a extensão da rodovia 319 contratada e em serviços. Aí, é uma questão de tempo para entregar ela [rodovia] toda pavimentada”, concluiu o ministro da Infraestrutura.

Governo promove missões de apoio e atendimento a indígenas

As comunidades indígenas de todo o País vêm recebendo atenção especial do Governo Federal durante o período de distanciamento social em função da Covid-19. O assunto foi tema, nesta segunda-feira (21), do programa semanal de rádio Por Dentro da Amazônia, do vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, general Hamilton Mourão, que conversou com o secretário Especial de Saúde Indígena (SESAI), Robson Santos Silva. O secretário destacou que, desde março, por conta do coronavírus, o Governo Federal já disponibilizou mais de R$ 125 milhões para atender os indígenas. Esses recursos foram usados, por exemplo, na compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras faciais, álcool 70%, testes de diagnósticos da doença, além de produtos de higiene pessoal. Para proporcionar melhor assistência aos indígenas, a SESAI também ampliou as equipes de trabalho, atualmente formada por 14 mil profissionais que atendem os indígenas em seus territórios, além de criar novas unidades de atenção à saúde primária. “Fizemos, ainda, a autorização de contratação de horas voo extras, ações de vigilância alimentar em parceria com outros órgãos”, disse. O secretário também falou sobre a criação de equipes de resposta rápida, antecipação da vacinação da população indígena, principalmente contra a influenza, abertura de alas especiais indígenas em hospitais e diversas missões conjuntas com outros órgãos. Segundo o secretário Especial de Saúde Indígena, até o momento, já foram realizadas pelo menos oito missões coletivas integradas de saúde indígena no combate ao coronavírus. Uma das missões realizadas em parceria com o Ministério da Defesa está sendo desenvolvida no Maranhão e está dividida em três fases. A primeira, de 15 a 21 de setembro, ocorre em Barra do Corda. A segunda ocorre no período de 21 a 28 de setembro e seguirá para os municípios de Santa Inês e Zé Doca. A terceira, de 28 de setembro a 5 de outubro, vai atender populações dos municípios de Grajaú, Arame e Amarante. No local, profissionais de saúde vão prestar atendimento. Além disso, foram encaminhadas cerca de 1,5 toneladas de medicamentos e EPIs, além de 60 mil medicamentos e 32 mil equipamentos e testes para a Covid-19. SESAI A SESAI é uma instituição vinculada ao Ministério da Saúde, responsável por desenvolver ações de atenção e promoção da saúde e do saneamento voltados aos indígenas aldeados, que hoje são formadas por 755 mil brasileiros, de 305 etnias, distribuídos em seis mil aldeias. O estado da Amazônia concentra 60% dessa população. Outras ações voltadas aos indígenas A Fundação Nacional do Índio (Funai), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, também vem desenvolvendo uma série de ações de combate ao coronavírus. Entre as medidas, está a entrega de mais de 420 mil cestas básicas a indígenas de todo o País em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa contribui para a segurança alimentar das famílias e para que elas permaneçam nas aldeias, evitando o contágio pela doença. A Funai também já entregou 69 kits de higiene e limpeza aos indígenas e distribuiu mudas, sementes e ferramentas para apoiar as atividades tradicionais dos indígenas, contribuindo, assim, com a geração de renda das famílias. A Fundação também participa de 311 barreiras sanitárias para impedir a entrada de não indígenas nesses territórios. Operação Verde Brasil 2 No programa semanal de rádio Por Dentro da Amazônia, Hamilton Mourão também destacou o trabalho de combate ao fogo e ao desmatamento na Amazônia Legal que vem sendo realizado pela Operação Verde Brasil 2, do Ministério da Defesa. “Essa campanha não para. Ela continua em toda a Amazônia Legal. E, mais uma vez, eu aproveito para reforçar a importância da colaboração de todos que vivem na Amazônia. Que nos mantenhamos vigilantes”, reforçou. O vice-presidente ressaltou a importância de os moradores da região denunciarem e colaborarem com o trabalho das equipes. “Denunciem e colaborem com o trabalho das equipes que estão à frente desse combate ao desmatamento e às queimadas. Para informar sobre incêndios, liguem para os Bombeiros, no 193, e para queimadas rurais, denunciem no 0800 618080 e pelo aplicativo Guardiões da Amazônia. Esse aplicativo está sendo muito útil. Em pouco tempo, todos os usuários deram a sua contribuição”, disse. Também pediu que moradores dessas regiões reduzam o uso do fogo, principalmente na região das queimadas. “Isso só faz mal para a saúde das pessoas e termina por prejudicar a imagem do nosso País. Mais ainda, prejudica o nosso relacionamento com os demais países e, mais ainda, prejudica o comércio do Brasil. Prejudica as próprias vendas de cada um dos proprietários rurais que vivem nessa região”, alertou o vice-presidente. A Operação Verde Brasil 2, que começou em maio, atua para combater e reprimir delitos ambientais na Amazônia Legal. As ações ocorrem em faixas de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas federais da região. É coordenada pelo vice-presidente da República e conta com o apoio de órgãos de controle ambiental e segurança pública, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

Médicos formados no exterior têm até 2 de outubro para se inscrever no Revalida

Quem se formou no exterior em Medicina e pretende atuar no Brasil deve passar por uma prova para comprovar conhecimentos e habilidades na área. É o chamado Revalida, Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira. As inscrições da edição deste ano vão até 2 de outubro e a prova ocorrerá em 6 de dezembro. Os interessados podem acessar o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação, e se inscrever. A taxa de participação é no valor de R$ R$ 330. A prova escrita será realizada em 6 de dezembro, em 13 cidades: Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Gerson Cezar Bassani, 38 anos, se formou em Medicina no Paraguai e vai fazer o Revalida com a expectativa de reforçar o atendimento à população brasileira. Especialista em saúde da família, ele chegou a atuar no Brasil pelo Programa Mais Médicos, na cidade de Marília (SP). “Somos em torno de 15 mil médicos formados no exterior prontos para [sermos] testados e provar nossa capacidade, para que possamos estar tomando a linha de frente nessa epidemia [de Covid-19]”, disse Gerson Bassani. Pelo Revalida, os candidatos serão avaliados com itens das cinco grandes áreas da Medicina: ginecologia e obstetrícia, medicina clínica, cirurgia geral, pediatria e medicina de família e comunidade, abordadas de forma interdisciplinar. Quem pode fazer o Revalida Tanto profissionais brasileiros quanto estrangeiros podem participar do exame. Para isso, é preciso estar em situação legal de residência no Brasil e ter diploma de Medicina expedido por instituição de ensino superior estrangeira reconhecida no país de origem pelo Ministério da Educação local ou órgão equivalente. O diploma também deve ser autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, promulgado pelo Decreto n.º 8.660, de 29 de janeiro de 2016. O exame subsidia o reconhecimento, pelas universidades parceiras, dos diplomas de médicos que se formaram no exterior e querem atuar no Brasil. Etapas do exame O Revalida é aplicado em duas etapas. A primeira é uma avaliação escrita com a aplicação de duas provas, uma objetiva com 100 questões de múltipla escolha, e outra composta por cinco questões discursivas. A segunda etapa é uma prova prática feita pelos participantes aprovados na fase anterior. A partir desta edição do exame, quem reprovar na segunda etapa poderá se reinscrever diretamente nela, nas próximas duas edições consecutivas do exame. Até agora, o candidato precisava fazer todas as etapas do Revalida novamente. Os prazos e orientações sobre a segunda fase serão publicados, posteriormente, em edital. A revalidação do diploma é responsabilidade das universidades públicas que aderirem ao instrumento unificado de avaliação representado pelo Revalida. Matriz do Revalida A Matriz de Referência do Revalida foi publicada, em portaria, no último dia 18, pelo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O documento determina que o exame tenha como referência os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, urgência, emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional. O objetivo é avaliar as habilidades, as competências e os conhecimentos necessários para exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em discurso na ONU, Presidente Bolsonaro destaca enfrentamento à Covid-19 e combate ao crime ambiental

Pela primeira vez, a Assembleia Geral das Nações Unidas foi realizada em um ambiente virtual por causa da Covid-19. Os líderes mundiais enviaram vídeos gravados com seus pronunciamentos para a 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (22). Como tradição, o Brasil foi o primeiro a ser ouvido. Em seu discurso, de quase 15 minutos, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, lamentou as mortes provocadas pelo novo coronavírus e falou sobre as medidas adotas pelo Governo Brasileiro para enfrentar a doença. “Desde o princípio, alertei, em meu País, que tínhamos dois problemas para resolver: o vírus e o desemprego, e que ambos deveriam ser tratados simultaneamente e com a mesma responsabilidade”, disse. O Presidente Bolsonaro também lembrou que, apesar da crise mundial, a produção rural não parou, mantendo a preservação de matas nativas. “Nosso agronegócio continua pujante e, acima de tudo, possuindo e respeitando a melhor legislação ambiental do planeta”. Destacou ainda a política ambiental brasileira. “Os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação. Mantenho minha política de tolerância zero com o crime ambiental. Juntamente com o Congresso Nacional, buscamos a regularização fundiária, visando identificar os autores desses crimes”. Confira os principais temas do discurso do Presidente Jair Bolsonaro: Covid-19: O Presidente ressaltou a importância de combater o novo coronavírus e o desemprego. Para isso, o Governo Brasileiro implementou medidas econômicas para o pagamento de um auxílio emergencial a 65 milhões de pessoas e que destinou mais de 100 bilhões de dólares para ações de saúde, socorro a pequenas e microempresas, assim como compensou a perda de arrecadação dos estados e municípios. Produção rural: Mesmo com a crise do novo coronavírus, o Presidente Bolsonaro ressaltou que a produção rural não parou, e que os caminhoneiros, marítimos, portuários e aeroviários mantiveram ativo todo o fluxo logístico para a distribuição interna e a exportação. “Garantimos a segurança alimentar a um sexto da população mundial, mesmo preservando 66% de nossa vegetação nativa e usando apenas 27% do nosso território para a pecuária e agricultura. Números que nenhum outro país possui”. Meio Ambiente: O Presidente Bolsonaro ressaltou a tolerância zero com crimes ambientais e que o Brasil é líder em conservação de florestas tropicais com a matriz energética mais limpa e diversificada do mundo. Segundo o Presidente, o País está ampliando e aperfeiçoando o emprego de tecnologias e aprimorando as operações interagências, contando, inclusive, com a participação das Forças Armadas. Apoio humanitário: O Presidente lembrou que o Brasil vem sendo referência internacional pelo compromisso e pela dedicação no apoio prestado aos refugiados venezuelanos, que chegam ao Brasil a partir da fronteira no estado de Roraima com a Operação Acolhida. Segundo ele, o País já recebeu quase 400 mil venezuelanos. Operações de paz: Presidente Bolsonaro ressaltou que o Brasil tem os princípios da paz, cooperação e prevalência dos direitos humanos inscritos na Constituição, e, tradicionalmente, contribui, na prática, para a consecução desses objetivos. Citou que o País já participou de mais de 50 operações de paz e missões similares, tendo contribuído com mais de 55 mil militares, policiais e civis, com participação marcante em Suez, Angola, Timor Leste, Haiti, Líbano e Congo. O Brasil teve duas militares premiadas pela ONU na Missão da República Centro-Africana pelo trabalho contra a violência sexual. Política Externa: O País está comprometido com a conclusão dos acordos comerciais firmados entre o Mercosul e a União Europeia e com a Associação Europeia de Livre Comércio, segundo o Presidente. Tais acordos possuem importantes cláusulas que reforçam compromisso do Brasil com a proteção ambiental na visão de Jair Bolsonaro. Ele também disse que o Brasil está próximo do início do processo oficial de acessão à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Confira o discurso na íntegra:

Nota conjunta do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre o relatório do governo francês a respeito do Acordo Mercosul-UE

O governo brasileiro esclarece os seguintes pontos a respeito do relatório “Dispositions et effets potentiels de la partie commerciale de l’Accord d’Association entre l’Union européenne et le Mercosur en matière de développement durable” : • Já em um primeiro exame preliminar sobre o relatório encomendado pelo governo francês sobre o impacto do Acordo Mercosul-UE, divulgado na última quinta-feira, o governo brasileiro observa a necessidade de aprofundar o conhecimento sobre a realidade brasileira bem como considerar os dados técnicos disponíveis sobre o tema. • Por ora, afirma, em primeiro lugar, que o referido Acordo não representa qualquer ameaça ao meio ambiente, à saúde humana e aos direitos sociais. Ao contrário, reforça compromissos multilaterais e agrega as melhores práticas na matéria. • O relatório apresenta argumentos não baseados em critérios técnicos, que sugerem que a entrada em vigor do citado Acordo terá impacto ambiental negativo, ao alegadamente ocasionar elevação do desmatamento e pôr em xeque os esforços para combater a mudança do clima ao amparo de acordos internacionais. • O cerne das críticas do relatório aos aspectos ambientais do Acordo em tela diz respeito à relação entre a atividade agropecuária, sobretudo a produção de carne bovina, e o desmatamento. • O argumento central baseia-se no seguinte silogismo: (1) o Acordo Mercosul-UE levará a aumento significativo nas exportações de carne bovina dos países do Mercosul para a UE; (2) a expansão da pecuária no Mercosul sempre leva ao aumento do desmatamento; (3), logo, o Acordo Mercosul-UE levará ao aumento expressivo do desmatamento nos países do Mercosul, assim como ao aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em decorrência do desmatamento. • O Brasil já mostrou que é capaz de aumentar sua produção de carne, soja e milho ao passo em que diminui o desmatamento. De 2004 a 2012, o desmatamento da região chamada de Amazônia Legal caiu 83%, enquanto que a produção agrícola subiu 61%. Nesse mesmo período, o rebanho bovino cresceu em mais de 8 milhões de cabeças, chegando a 212 milhões em 2012. Esses dados inserem-se em tendência histórica de intensificação da agropecuária brasileira e dos decorrentes ganhos de produtividade, em sintonia com a preservação ambiental. • O aumento de produção no Brasil se dá por inovação tecnológica sem necessidade de expansão de novas áreas. O potencial de expansão de produtividade é enorme, uma vez que a adoção das tecnologias já existentes não se dá de maneira uniforme entre os diversos produtores, sem falar nas tecnologias que ainda serão desenvolvidas pelos órgãos de pesquisas dedicadas ao desenvolvimento de agricultura tropical. • No que se refere ao impacto de emissões de gases de efeito estufa (GEE), a LSE concluiu que o impacto resultante da entrada em vigor do Acordo é insignificante. O estudo aponta que após a entrada em vigor do Acordo, o Mercosul será responsável por menos de 1/6 das emissões de GEE da UE. • Os autores do relatório parecem desconhecer, ainda, o fato de que já está em pleno vigor sistema de rastreabilidade da exportação de carne bovina brasileira para a UE. As exportações de carne do Brasil ao bloco europeu já devem obedecer ao regulamento comunitário sobre rastreabilidade, mesmo antes da entrada em vigor do Acordo entre o Mercosul e a UE, o qual não diminuirá o nível de exigência europeu a respeito, no momento de sua implementação. • Cabe reforçar que o relatório da comissão de avaliação do citado Acordo do governo francês revela as reais preocupações protecionistas daqueles que o encomendaram ao tratar das concessões agrícolas feitas pela UE ao Mercosul. • No Acordo Mercosul-UE, quando se trata de produtos agrícolas sensíveis para as partes, os blocos realizaram ofertas em geral com cotas. Este foi o caso da cota tarifária para carne bovina e frango no caso da União Europeia, por exemplo, e as cotas para leite em pó e alho, no caso do Mercosul. Como há limites à comercialização nestes casos, não é possível imaginar estímulos exagerados às exportações dos blocos em produtos negociados com limitação quantitativa. • O relatório também ignora o progressivo fortalecimento da legislação ambiental no país. O Brasil foi pioneiro em políticas de conservação, com a implementação de seu primeiro Código Florestal em 1934. Graças a esse esforço de longa data, mais 66% do território brasileiro é coberto por vegetação nativa. O cultivo está limitado a cerca de 30% do território, do qual 8% está dedicado à agricultura do país e em torno de 22% à pecuária, segundo a Embrapa Territorial. Esse cenário elevam o Brasil à categoria de potencial ambiental. • O Código Florestal vigente estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação nativa, única legislação ambiental do mundo que destina parcelas das propriedades rurais privadas à preservação sem oferecer qualquer remuneração por isso. Como exemplo, todo proprietário de terras na Amazônia deve dedicar 80% de seu patrimônio para a conservação ambiental. Esse é um benefício para a população global feito pelo produtor rural brasileiro, sem qualquer contraparte ou incentivo do Estado. Esse produtor, que atua em conformidade com a lei e garante a preservação ambiental, é que tem a expectativa de ser beneficiado pelo Acordo. Convidamos os produtores rurais do mundo a aliarem-se à iniciativa dos brasileiros, dando sua contribuição à preservação da biodiversidade, para frear o aquecimento global além de colaborar com a segurança alimentar. • O Acordo Mercosul-UE reconhece a importante relação entre o desenvolvimento social e econômico e a proteção do meio ambiente, ao dispor, em seu capítulo sobre comércio e desenvolvimento sustentável, que a liberalização comercial poderá dar contribuição positiva para o desenvolvimento sustentável nos países do Mercosul, nas suas três dimensões – ambiental, econômica e social. • O Mercosul busca implementar agenda modernizadora com vistas a conciliar aumento de competitividade/produtividade com padrões elevados de sustentabilidade ambiental. Como parte desta agenda, o bloco concluiu acordos de livre comércio com a UE e com a EFTA, em 2019. Ambos os acordos contêm capítulos dedicados a fortalecer a sustentabilidade e contemplam atividades de cooperação técnica para preservação da biodiversidade, gerenciamento de florestas nativas, pesca

Força Nacional reforça combate a incêndios no Mato Grosso

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) enviou, nesta quarta-feira (23), 40 bombeiros militares da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) ao Mato Grosso para ajudar no combate aos incêndios, em especialmente na região do Pantanal. O apoio também conta com envio de viaturas, micro-ônibus e um helicóptero. O combate às queimadas será realizado por profissionais e equipamentos especializados nesse tipo de ação. Os bombeiros atuarão na um período de 30 dias, o que pode ser prorrogado, se necessário. Assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, a portaria 534/2020 foi publicada nesta quarta-feira (23), em edição do Diário Oficial da União.

Petrobras faz doação para ajudar no resgate de animais no Pantanal

O resgate e tratamento de animais atingidos pelos incêndios florestais no Pantanal ganhou um reforço. A Petrobras fará a doação de R$ 150 mil ao Projeto Bichos do Pantanal para compra de alimentos, água, equipamentos e medicamentos.Por meio da campanha Ação Bicho Vivo, iniciada em setembro, o projeto arrecada recursos para espalhar água, comprar alimentos como frutas e milho para os animais em áreas atingidas e garantir a estrutura para o trabalho de veterinários e parceiros que fazem a avaliação clínica de animais resgatados e o atendimento emergencial.Desde 2013, a Petrobras patrocina o Projeto Bichos do Pantanal, executado pelo Instituto Sustentar de Responsabilidade Socioambiental. Diante da situação de emergência, a empresa fez o aporte adicional de recursos.A gerente executiva de responsabilidade social da Petrobras, Olinta Cardoso, destacou que a integração de esforços é fundamental para ajudar na recuperação da fauna e da flora do Pantanal.“A nossa participação nessa campanha foi com a doação de R$ 150 mil, o que dobra a meta de captação do projeto. O momento é de emergência, o Pantanal precisa de ajuda e a nossa atuação”, disse.O coordenador do programa de educação ambiental do projeto Bichos do Pantanal, Mahal Massavi, explicou o trabalho que está sendo feito, como o fornecimento de alimentos aos animais em áreas mais críticas. “A campanha Bicho Vivo, associada a uma rede de parceiros, tem o objetivo de garantir o bem-estar e a recuperação da fauna pantaneira com o fornecimento de medicamentos, apoio logístico aos profissionais e alimentação”. Atendimento aos animais Os animais resgatados requerem tratamentos diferenciados. Aqueles com ferimentos mais leves são tratados pela equipe veterinária no local. Nos casos de queimaduras graves, eles são encaminhados para hospitais veterinários de Cuiabá e Goiás. O Instituto Sustentar destaca que os animais que resistiram ao fogo serão os responsáveis pela recuperação da vida na região. Recursos federais para o combate às queimadas No último dia 15, o Governo Federal anunciou o repasse de R$ 3,8 milhões para ações de combate a incêndios florestais no Mato Grosso do Sul, especialmente na região do Pantanal. O recurso vai custear 37 ações, a serem implementadas durante 90 dias. Ele se soma a outros R$ 562,8 mil já transferidos pela União para auxiliar no enfrentamento às chamas. Já o Mato Grosso vai receber R$ 10,1 milhões em ajuda federal para o combate aos incêndios.Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que, entre janeiro e 21 de setembro de 2020, foram registrados 16.119 focos de incêndio no Pantanal. As Forças Armadas atuam no combate a incêndios na região do Pantanal, desde 25 de julho, em cooperação com os órgãos federais e estaduais competentes. Inicialmente, atendendo à solicitação do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul e, posteriormente, do Mato Grosso, cuja área do Pantanal também passou a ser contemplada a partir de 5 de agosto último. De acordo com o Ministério da Defesa, participam da operação embarcações e helicópteros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além de Fuzileiros Navais com curso de incêndio florestal.