Lacen fortalece rede de laboratórios de tuberculose no interior do estado
Lacen fortalece rede de laboratórios de tuberculose no interior do estado 09:14 – 24/03/2021 FOTOS: Rodrigo Santos/SES-AM Equipes técnicas do Lacen retomam os processos de qualificação técnica dos agentes do interior em abril O primeiro e segundo picos da pandemia de Covid-19 direcionaram grande parte da atenção e da força de trabalho dos profissionais do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), para a identificação do vírus na população do estado. Neste momento, em que há redução de casos Covid-19 e a maior estabilidade no número de análises laboratoriais, o Lacen retoma seus processos de qualificação técnica com foco no fortalecimento da rede de laboratórios de tuberculose no interior do Amazonas. As visitas técnicas terão início pelos municípios da Região Metropolitana de Manaus – Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva – e serão retomadas na segunda quinzena de abril. Encerrada esta primeira fase, os técnicos do Lacen irão estender as atividades para os municípios considerados silenciosos, que são aqueles municípios que não enviaram dados nos últimos meses. A expectativa é que as visitas permitam traçar um panorama de como está a atuação dos técnicos no que se refere à identificação da tuberculose. Conforme a gerente de endemias do Lacen, Ana Ruth Arcanjo, as visitas aos municípios permitirão um diagnóstico situacional da execução de exames de baciloscopia que funcionam em unidades mistas. Apesar das dificuldades enfrentadas pelo recrudescimento da pandemia, Ana Arcanjo informou que todos os municípios do estado têm condições de realizar o principal diagnóstico para tuberculose, que é a baciloscopia, porém é preciso qualificar as equipes e ampliar as testagens ano a ano. “Vamos começar a visitar os municípios que consideramos silenciosos, que são aqueles que não mandaram nenhuma informação. Dos 62 municípios, 58 enviaram, mas precisamos conhecer a realidade e melhorar a sensibilidade. É uma rede laboratorial, uma rede de diagnóstico e ela precisa estar organizada”, disse. Dados – Em 2020, o Lacen realizou, em todo o estado do Amazonas, contando os laboratórios mistos e os Lacens dos municípios polos, 19.532 exames de baciloscopia e 7.410 de cultura. Já o Lacen (sede) realizou 2.194 amostras e 2.663 culturas. Exame – De acordo com Ana Arcanjo, a baciloscopia, que é um exame feito por microscopia óptica, é realizado em alguns municípios do estado, e em outros é feita a cultura e o material é enviado para o Lacen, em Manaus. Os municípios com capacidade técnica para a baciloscopia são: Coari, Borba, Itacoatiara, Lábrea, Tabatinga, Tefé, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença, Maraã e Autazes. Os demais atuam com a cultura. “A cultura é um diagnóstico mais sensível, ela requer um laboratório que tenha uma certa infraestrutura, já que se está manipulando o microbacterium. Devido a isso, eles realizam a cultura, mas não fazem a identificação. Eles processam, mas não manipulam. Dão início ao procedimento e depois encaminham para cá, para darmos continuidade”, explicou. Os meios necessários para realização da cultura, bem como a capacitação e o fornecimento de insumos são feitos pelo Lacen. Referência regional – O Lacen é, desde 2019, referência regional no tratamento de tuberculose, um reconhecimento aos métodos aplicados no estado no combate à doença e uma chancela aos processos empregados nos laboratórios locais e regionais. Segundo a gerente de endemias do Lacen, quando julgam necessário, os Lacens do Norte acionam o do Amazonas e enviam amostras extrapulmonares para, em razão da biossegurança, serem processadas aqui. “Todos os Lacens do Norte – Acre, Amapá, Pará, Roraima e Rondônia – nos encaminham as amostras para fazermos testes de identificação e sensibilidade. O que eles não realizam nos estados, encaminham e nós fazemos a complementação. Roraima, Rondônia, Amapá e Pará já nos encaminharam”, informou.
Em 2020, projetos elaborados pelo Idam trouxeram investimento de R$ 4,9 milhões à agricultura familiar
Há 25 anos o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) presta Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) aos produtores familiares do Amazonas. Com escritórios em todos os 62 municípios do estado, por meio de suas 66 unidades locais, o Idam atende a um público de mais de 85 mil produtores rurais e agricultores familiares, estes últimos representando 97% do público atendido pelo órgão. “A principal agenda do idam é a promoção humana através do desenvolvimento rural sustentável, trabalhando junto às famílias de agricultores familiares de forma a ajudá-las a se organizarem tanto do ponto de vista social quanto do ponto de vista produtivo”, explica o diretor-presidente do Idam, Valdenor Cardoso. Ao longo do ano passado, em meio às limitações impostas pela pandemia de Covid-19, o Idam beneficiou diretamente mais de 37 mil produtores com serviços de Ater, incluindo visitas técnicas, elaboração de projetos de crédito rural, distribuição de mudas e sementes, e programas de capacitação. Em 2020, segundo dados do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do instituto (Dater), o Idam teve 298 projetos de crédito rural aprovados, em sua maioria por meio da Agência de Fomento do Amazonas (Afeam) e Banco da Amazônia, correspondendo a cerca R$ 4,9 milhões. Este valor equivale a fomento à agricultura familiar, projetos estruturantes, Pró-Mecanização agrícola, Pró-Calcário e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mais Alimentos. “Esta é outra agenda importante para o Idam: prover aos agricultores familiares ferramentas necessárias para aumentar a produção, através da organização da terra, dos insumos necessários para que a terra fique apropriada para a produção”, comentou Valdenor. O Idam também atuou levando mais de 53 mil mudas e aproximadamente 21 toneladas de sementes aos seus beneficiários, em sua maioria agricultores familiares, e prestou 17 mil visitas técnicas e cursos de capacitação para um total de 622 participantes. Mais de 255 mil doses de vacinas contra a febre aftosa foram fornecidas a 3,6 mil criadores de gado, e piscicultores beneficiários do Idam chegaram a receber 239 mil alevinos. Outro aspecto importante tem sido a parceria com outros órgãos, empresas e instituições, tanto do setor privado quanto público, como explica o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Luiz Carlos do Herval Filho. Segundo ele, os órgãos do Sistema da Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror) têm trabalhado mutuamente para beneficiar o agricultor familiar. “Juntamente com a Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), estamos conseguindo fazer com que as feiras de produtores rurais sejam reativadas nos interiores do estado e na capital, fazendo com que esse recurso vá direto para o bolso do produtor. Com a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), conseguimos registrar agroindústrias, e isso é importante não só pela legalização como isso em si já abre novos mercados. Também nesse processo conseguimos fazer com que o produto chegue aos consumidores finais com mais segurança”, concluiu.