Mulheres são presas com drogas em Base Arpão de Coari

Da redação  Policiais da Base Arpão apreenderam três tabletes de entorpecentes, na noite desta sexta-feira (06), após abordagem a uma embarcação no município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus). A ação ocorreu durante a Operação Hórus, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). De acordo com o relatório policial, a equipe abordou a embarcação M.Monteiro, que realizava o trecho do município de Benjamin Constant (a 1.121 quilômetros da capital) com destino a Manaus. Após revista pessoal, os agentes encontraram os entorpecentes presos ao corpo das mulheres. A dupla foi presa em flagrante e conduzida até a delegacia de Coari. Base Arpão Coordenada pela SSP-AM, a Base Arpão é uma unidade que tem atuação integrada de efetivos das Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), Força Nacional e Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Fonte: Portal Baré

Uma aposta do Rio de Janeiro leva Mega-Sena de R$ 4,45 milhões

O concurso 2.479 da Mega-Sena teve apenas uma aposta ganhadora. O jogo foi feito em Vassouras, interior do Rio de Janeiro. As seis dezenas foram sorteadas ontem (7) à noite, no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo. O apostador (a) vai levar um prêmio de R$ 4.456.908,10 Os números sorteados foram 10 – 15 – 17 – 20 – 21 – 35. A quina teve 90 ganhadores, com prêmio individual de R$ 26.882,94. Acertaram quatro números 5.989 apostadores, que receberão cada um, R$ 577,12. As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até às 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet. Um jogo simples, de seis números, custa R$ 4,50. O prêmio estimado para o próximo sorteio (concurso 2.480), que ocorrerá na quarta-feira (11), é de R$ 27 milhões. De acordo com a Caixa, a probabilidade de um apostador ganhar a Mega-Sena com um jogo simples é de 1 em  50 milhões  (mais precisamente 50.063.860). Já uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), as chances de acertar o prêmio é de 1 em 10 mil (precisamente 10.003).

Pescador é preso vendendo jacarés em via pública no Amazonas

Da redação MANAUS – Na última sexta-feira, 6, um pescador, que não teve a identidade revelada, foi preso após ter sido flagrado vendendo jacarés na rua, em Coari, 363 km de Manaus (AM). Segundo informações da Polícia Militar, o homem contou em depoimento que os répteis foram capturados quando ele estava pescando na região. No entanto, por conta da venda exposta na cidade, ele foi preso e encaminhado à Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari. O pescador vai responder por crime ambiental por comercialização de animais silvestres. Fonte: Portal Baré

Estudo busca identificar tratamento gênico para Síndrome de Pitt-Hopki

Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade da Califórnia San Diego, nos Estados Unidos, estudam atualmente uma mutação no gene TCF4, que causa a Síndrome Pitt-Hopkins. A Síndrome Pitt-Hopkins é uma desordem de neurodesenvolvimento que tem características de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela tem causa genética e é rara, provocando em seu paciente déficit cognitivo, atraso neuropsicomotor, ausência de fala, crises convulsivas e distúrbios respiratórios. A estimativa é que a síndrome afete uma em cada 30 mil pessoas. “Todos os pacientes com essa síndrome tem mutação nesse gene. Esse gene também está associado com outras doenças como o transtorno bipolar e a esquizofrenia. É importante lembrar que uma doença genética não é a mesma coisa que dizer que a doença é hereditária. Uma doença hereditária é quando ela é herdada do pai e da mãe. Nesse caso, não é. Os pais não tem mutação do gene, não carregam esse problema genético”, explicou Fabio Papes, professor do Instituto de Biologia da Unicamp e um dos coordenadores do estudo. Conhecendo o mecanismo que causa essa condição, os pesquisadores passaram a estudar esse gene TCF4 em laboratório. Para esse estudo eles não utilizaram animais, mas células humanas. “O cérebro de um animal de laboratório não se desenvolve da mesma forma que o cérebro de uma criança portadora dessa síndrome. Isso nos levou então a estudar as células dos próprios pacientes. Essas células foram coletadas, cultivadas em laboratório e transformadas em células-tronco para que então a gente pudesse obter os chamados organóides cerebrais. Organóides são uma mini-versão do cérebro, mas no tubo de ensaio, dentro do laboratório”, explicou. Fabio Papes, professor do Instituto de Biologia da Unicamp – Fulvia DIPillo/Direitos reservados Durante essa fase de estudo, Papes e os demais pesquisadores buscaram criar e testar uma terapia gênica que pudesse reverter os efeitos provocados pela mutação no gene TCF4. E, no laboratório, os testes foram promissores. “A terapia gênica pode ser feita de várias formas. Você pode simplesmente substituir o gene problemático tirando aquele gene por um que funciona de forma apropriada. No caso dessa doença, isso não é possível porque o gene é muito grande. No nosso trabalho, abordamos a terapia gênica de outras duas formas. Em uma delas, introduzimos um terceiro gene dentro das células do indivíduo doente. Todas as nossas células possuem duas cópias de cada gene, inclusive desse gene TF4: uma cópia que herdamos do pai e outra que herdamos da mãe. Nos pacientes com essa síndrome, uma das cópias não funciona direito. Para compensar essa cópia que não funciona muito bem nós, pesquisadores, introduzimos nas células uma terceira cópia, normal, funcional, para compensar pelo gene que dentro das células não funciona muito bem”, observou. Papes disse que os cientistas também testaram uma outra estratégia em laboratório para tentar reverter os efeitos da mutação: eles utilizaram a técnica chamada CRISPR-Cas9, cujas criadoras ganharam o Prêmio Nobel de Química em 2020. “Nós, pesquisadores, fizemos com que a cópia boa que está presente nas células, a que funciona normalmente, tenha mais atividade”, disse. Para explicar o que aconteceu nessa estratégia, ele comparou os dois genes com duas velas. “É como se uma pessoa tivesse, em uma célula qualquer, duas velas acesas lá dentro. No paciente com a síndrome, existe só uma velinha acesa. O que fizemos foi fazer com que essa vela, que estava acesa, queimasse duas vezes mais rápido. A atividade do gene passa a ser maior do que o gene normal. Então ele compensaria a falta de atividade do gene que é defeituoso dentro da célula do paciente”, exemplificou. Ao final dos experimentos, as duas técnicas utilizadas pelos cientistas (a de introdução de um terceiro gene e a do CRISPR) deram resultados semelhantes. “Tudo igualzinho, com o mesmo tipo de resultado. E agora os testes clínicos é que vão determinar qual das duas abordagens será efetiva para ser empregada em pessoas”. Testes clínicos Apesar dos resultados promissores em laboratório, a pesquisa ainda precisa passar por novos testes, os chamados testes clínicos, quando passará a ser aplicada em voluntários humanos. Essa etapa, segundo Papes, pode demorar ainda entre cinco ou dez anos para começar a dar resultados. Uma empresa dos Estados Unidos, a Ultragenics, já licenciou o projeto e ficará responsável por essa etapa de estudos, que ainda não tem data para serem iniciados. A previsão é que a fase clínica seja aplicada em diversos países, entre eles, o Brasil. Em entrevista à Agência Brasil e à Rádio Nacional, o pesquisador disse que os resultados devem ajudar também no tratamento de outros transtornos tais como a esquizofrenia, o estresse pós-traumático e o transtorno bipolar. “Pacientes dessas outras enfermidades possuem mutações no mesmo gene e, eventualmente, poderão ser beneficiados da mesma terapia”, falou. Terapia gênica no Brasil A terapia gênica começou a ser aplicada no Brasil em fevereiro deste ano, contra a leucemia, quando foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa terapia pode custar até 475 mil dólares. No câmbio atual, isso equivaleria a mais de R$ 2 milhões. Mas, segundo Papes, até que o estudo esteja concluído, o preço das terapias gênicas devem custar bem menos. Ele espera também que esse tipo de tratamento possa ser utilizado no Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo foi publicado na revista Nature Communications e é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Mães são maioria entre cuidadoras de pacientes com doenças raras

Pesquisa Nacional dos Cuidadores de Pacientes Raros no Brasil mostra que as mães representam 81% das cuidadoras de pacientes com doenças raras. Desse percentual, 78% acompanham o paciente 24 horas por dia e 46% tiveram de pedir demissão do emprego para cuidar do paciente. Outro dado é que 65% dessas mães dizem não sentir-se plenamente reconhecidas pelo trabalho como cuidadora. O estudo foi encomendado pela Casa Hunter, entidade sem fins lucrativos que promove assistência aos portadores de doenças genéticas, com apoio da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras (Febrararas). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), doenças raras acometem até 65 pessoas para cada grupo de 100 mil, ou seja: 1,3 a cada 2 mil indivíduos. No Brasil, há 13 milhões de pessoas com doenças raras. O neuropediatra, Ciro Matsui, médico colaborador do Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital das Clínicas e membro do Departamento Científico de Doenças Neuromusculares da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, explica que isoladas as enfermidades são consideradas raras, mas em conjunto chegam a 7 mil doenças. “O diagnóstico depende de qual a doença em questão. Muitas delas vão acometer crianças, mas algumas tem início na idade adulta. A maioria tem uma origem genética, mas não de maneira obrigatória”. Atualmente, o teste do pezinho diagnostica apenas 6 doenças raras, dentre as 7 mil existentes – Edilson Rodrigues/Agência Senado O teste do pezinho, exame feito a partir do sangue coletado do calcanhar do bebê logo após o nascimento, diagnostica apenas seis doenças raras. O exame é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as maternidades do País. “As doenças apontadas no teste do pezinho são consideradas doenças raras, mas o teste do pezinho não diagnostica todas as doenças raras, apenas seis hoje. Há lei aprovada para ampliação do número de doenças pesquisadas ”, completa o especialista. Em 2021, o Governo Federal ampliou para 50 o número de doenças detectadas pelo Teste do Pezinho, por meio da Lei nº 14.154 de 26 de maio de 2021. Iris A estudante Iris Giuliani Oliveira Assis, de 17 anos, é uma paciente com doença rara. Ela foi diagnosticada com com atrofia muscular espinhal (AME), do tipo intermediário, quando tinha 1 ano e 8 meses. “Foi um diagnóstico bem difícil”, conta Aline Giuliane, mãe da Iris. Aline largou a carreira para cuidar da filha Iris, que tem Atrofia Muscular Espinhal – Arquivo pessoal “A AME é uma doença rara, genética, neuromuscular, altamente incapacitante, é uma doença bastante séria e foi um processo bem complexo quando a gente recebeu o diagnóstico dela. A médica que diagnosticou não nos deu nenhuma esperança. Então foi um processo bastante traumático”, relembra. Com a demanda de cuidados que a bebê precisava, a mãe Aline, que tinha 24 anos na época, abandonou a carreira para cuidar exclusivamente da filha: “A decisão de parar de trabalhar foi muito difícil, eu tinha acabado de me formar em artes e tinha o sonho de abrir um espaço cultural com duas amigas. Mas me vi numa situação muito complicada, porque, além de a Iris adoecer muito, ela passou por várias internações, então muitas vezes eu saía correndo de lá para poder acudir, então eu não conseguia me dedicar, para mim foi muito difícil porque eu sempre gostei de trabalhar e era muito motivada”. A responsabilidade dos cuidadores é grande. A pesquisa mostra que 92% acompanham o paciente em consultas, escola e outras atividades externas; 80% alimentam o paciente; 73% realizam a higiene pessoal do paciente; 70% o auxiliam a se vestir; 58% levam ao banheiro e 48% ajudam o paciente a se locomover. “A maioria das doenças raras são progressivas, degenerativas e multissistêmicas. Por isso, as pessoas que têm doenças raras são afetadas de maneira ampla, o que leva, muitas vezes, à deficiência física ou problemas que impactam diariamente a vida desses pacientes. Assim, o cuidador se torna responsável por essa pessoa quase que integralmente, dependendo da situação e do comprometimento do paciente”, explica Antoine Daher, presidente da Casa Hunter e da Febrararas. Ou seja, dedicação exclusiva, como relata Aline. “Cuidar da Iris foi uma decisão que eu não tinha muito como optar. Era ou seguir com minha vida ou cuidar da minha filha, então cuidar dela era muito mais importante”. Presença paterna A pesquisa também tratou da participação do pai no auxílio dos cuidados de pessoas com doenças raras: 78% das mães afirmam receber ajuda financeira do pai do paciente, 72% vivem com o pai do paciente e 64% das mães afirmam receber apoio emocional do pai do paciente. O apoio financeiro, no caso da família da Iris, foi do marido e pai da criança. “O Ricardo [Porva] é atleta profissional de skate. Na época do diagnóstico, ele estava no auge da carreira, viajava muito e era ele quem trazia o maior sustento da casa, então parei de trabalhar, larguei todos os meus sonhos para cuidar da Íris. Ela adoecia muito na época, foi bem difícil quando ela era pequena. Então eu me dediquei exclusivamente aos cuidados com ela”, conta Aline. Há cerca de cinco anos Aline voltou a trabalhar. Hoje, ela é ativista e fundadora do VivaIris, instituto em Uberlândia (MG) que nasceu com o propósito de ajudar a mudar a vida das crianças portadoras de desordens neurológicas ou motoras, por meio de espaço com terapias integradas e outros projetos de alcance social para famílias com crianças portadoras destas doenças. “Hoje eu consigo conciliar os cuidados com a minha profissão, porque o pai da Iris hoje está muito presente e ajuda nos cuidados com ela. Quando ela estava com 12 anos, o Ricardo começou a diminuir as viagens e pode ficar mais em casa e atuar mais nos cuidados dela. Ela também já vai fazer 18 anos, está uma adolescente bastante independente no que é possível. Na maior parte do tempo em que ela está na escola ou na terapia, eu consigo trabalhar”. De acordo com a pesquisa, entre as cuidadoras, 63% perdem ao menos um dia de trabalho no mês em função do cuidado

Estudo identifica substância que pode conter avanço de Parkinson

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificaram substância capaz de barrar o avanço da doença de Parkinson. A AG-490, constituída à base da molécula tirfostina, foi testada em camundongos e impediu 60% da morte celular. Ela inibiu um dos canais de entrada de cálcio nas células do cérebro, um dos mecanismos pelos quais a doença causa a morte de neurônios. Não há cura para o Parkinson, apenas controle dos sintomas.  “Estamos sugerindo que é esse composto que pode um dia, depois de muita pesquisa, que inclusive estamos continuando, ser usado na medicina humana”, explica o professor Luiz Roberto Britto, que coordena o projeto em conjunto com pesquisadores do Instituto de Química da USP e da Universidade de Toronto, no Canadá. Os resultados foram publicados na revista Molecular Neurobiology.  A doença de Parkinson é caracterizada pela morte precoce ou degeneração das células da região responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor. A ausência ou diminuição da dopamina afeta o sistema motor, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. A doença pode provocar também alterações gastrointestinais, respiratórias e psiquiátricas. “A doença é progressiva, os neurônios continuam morrendo, esse é o grande problema. Morrem no começo 10%, depois 20%, mais um pouco, aliás o diagnóstico só é feito praticamente quando morrem mais de 60% naquela região específica do cérebro”, explica Britto. A identificação dessa substância pode estabilizar a doença em certo nível. “Não seria ainda a cura, mas seria, pelo menos, impedir que ela avance ao longo dos anos e fique cada vez mais complicado. O indivíduo acaba morrendo depois por complicações desses quadros.” Substância Britto explica que a AG-490 é uma substância sintética já conhecida da bioquímica. A inspiração para o trabalho veio de um modelo aplicado no Canadá, que mostrou que a substância teve efeito protetor em AVC, também em estudos com animais. Ele acrescenta que não são conhecidos ao certo os mecanismos que causam a doença, mas há alguns que favorecem a morte de neurônios. “Acúmulo de radicais livres, inflamação no sistema nervoso, erros em algumas proteínas e excesso de entrada de cálcio nas células”, cita.  O estudo, portanto, começou a investigar esse canal de entrada de cálcio que se chama TRPM2. Pode-se concluir, com a pesquisa, que quando o canal é bloqueado, a degeneração de neurônios, especificamente nas regiões onde eles são mortos pela doença, diminuiu bastante. “A ideia é que, talvez, se bloquearmos esses canais com a substância, ou outras que apareçam, poderemos conseguir, pelo menos, evitar a progressão da doença depois que ela se instala”, diz o pesquisador. As análises seguem e agora um dos primeiros passos é saber como a substância se comporta com uma aplicação posterior à toxina que induz à doença. Britto explica que no modelo utilizado, a toxina e o composto foram aplicados quase simultaneamente. Os pesquisadores querem saber ainda se o composto administrado dias depois da toxina levará à proteção dos neurônios.  “Outra coisa que a gente precisa fazer, e já conseguiu os animais para isso, é usar um modelo de camundongo geneticamente modificado, que não tem esse canal TRTM2. Esperamos que os animais que não têm, geneticamente, esses canais para cálcio, sejam teoricamente mais resistentes a esse modelo de doença de Parkinson”, acrescenta.  Também será necessário avaliar possíveis efeitos colaterais. “Esses canais de cálcio estão em muitos lugares do sistema nervoso e fora do sistema nervoso também. Bloqueando os canais, pode ser que se tenha alguma repercussão em outros lugares. Precisamos avaliar isso”. As análises seguem com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

No Dia das Mães, mulheres falam sobre adoção monoparental no Brasil

Antes mesmo de se tornar adulta, a administradora Marinildes Queiroz, 56 anos, tinha o sonho de adotar uma criança. Depois de ela mesma ter sido adotada aos 4 anos, a moradora da capital paulista conseguiu, em 2016, adotar sozinha dois irmãos que, na época, tinham 5 e 7 anos. O processo começou com uma ida ao fórum, entrevistas com assistente social e psicólogo e a entrada formal na fila de adoção. Passado um ano e meio, Marinildes foi chamada para conhecer as crianças e deu continuidade ao processo, incluindo visitas de aproximação. “Na adoção tardia, as crianças, quando são adotadas, nos primeiros meses, fazem testes. Elas te testam no limite máximo que é para ter certeza de que ali é um lugar seguro, de que ali é o lugar delas e de que não vai haver um segundo abandono”, explicou Marinildes. Ela alerta que a expectativa de gratidão por parte da criança não deve ser fator motivador para a adoção. “Se você espera adotar para que o outro seja grato eternamente porque você deu família, casa, amor, carinho, esse não é o caminho. Relacionamento é construção, feita de confiança, segurança, apoio, cuidado, atenção”. A servidora pública Sílvia*, 47 anos, após retirar as trompas, chegou a passar pelo processo de fertilização in vitro, mas não conseguiu engravidar. Ela sentia que seu companheiro à época fazia questão que o filho fosse biológico. Diante da situação, a moradora de Brasília se separou e optou pela adoção monoparental. “Fiz terapia e falei: ‘Eu quero ser mãe, mas não precisa sair da minha barriga’. Se eu adotar, vou ser feliz tanto quanto”, disse. “Eles deixam claro que estão buscando famílias para as crianças e não crianças para as famílias. E também mostram as estatísticas. As pessoas falam muito ‘Tem tanta criança aí pra ser adotada’ e não é bem assim”, completou. Sílvia deu início ao processo de adoção em 2016 e, em junho de 2021, recebeu a ligação informando que havia uma criança – um menino de cerca de 2 anos e meio. Após as visitas, ela recebeu a guarda temporária e, em seguida, a guarda provisória por tempo indeterminado. “Ele fala: ‘Mamãe não vai trabalhar. Mamãe tem que esperar’. Ainda fica inseguro. A questão do abandono, embora tenha ido para abrigo bebê, acho que ainda é muito forte nele. Então eu sempre falo: ‘A mamãe vai sempre voltar. A mamãe volta’”, contou. Avanços A adoção monoparental – quando um único adulto adota uma criança ou um adolescente – passou a ser melhor compreendida ao longo do tempo, conforme avalia o juiz Iberê de Castro Dias, da Corregedoria Geral da Justiça em assuntos da Infância e Juventude. “Não existe nenhuma diferença de regras entre as adoções mono ou biparentais. Tanto faz a adoção ser realizada por um só homem, por uma só mulher, por um casal hétero ou por um casal homoafetivo. As regras são rigorosamente as mesmas, os prazos são rigorosamente os mesmos. Os procedimentos a serem seguidos são sempre os mesmos”, explicou. “Especialmente no Brasil, que tem uma quantidade considerável de famílias monoparentais biológicas – porque não é raro que os homens se furtem de suas responsabilidades como pais -, por conta dessa percepção de que era assim que boa parte das famílias brasileiras era constituída que se passou a admitir com tranquilidade a adoção monoparental.” De acordo com Dias, a sociedade começa a compreender que o acolhimento de uma criança ou adolescente por uma única pessoa não traz nenhum inconveniente de antemão para o acolhido. “O que a gente precisa, em qualquer um dos casos, é entender que, se aquela pessoa ou aquele casal que se apresenta para adotar tem como atender as necessidades para o desenvolvimento saudável daquela criança, ela está acolhida.” *Nome fictício. A pessoa não quis ser identificada porque o processo de guarda ainda não está encerrado.

Hoje é Dia: Dia das Mães, do lúpus e da enfermagem são destaques

A semana entre 8 e 14 de maio já começa com uma data marcante para famílias em muitos países (inclusive o Brasil): o Dia das Mães. Mais do que uma data comercial com o intuito de aquecer o comércio, o primeiro domingo de maio é uma oportunidade de conhecer e relembrar histórias de mães. Em 2011, o Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, apresentou histórias de mulheres cegas, surdas, tetraplégicas ou com deficiência intelectual que se tornaram mães. O programa mostra que é possível ser mãe com síndrome de Down, enxergar o filho de uma outra forma que não pelos olhos e usar a linguagem universal do amor para se comunicar sem pronunciar uma única palavra. Veja no episódio: Também no dia 8 de maio é o Dia do Artista Plástico. A data foi escolhida como uma homenagem ao pintor Almeida Júnior. Apontado como um dos primeiros artistas plásticos do país a retratar o povo brasileiro e seu cotidiano em suas telas, Almeida Júnior nasceu neste dia – mas no ano de 1850 (saiba mais sobre a história de Almeida Júnior neste episódio do De Lá Pra Cá, veiculado em 2010 na TV Brasil). Neste domingo, também é o Dia Mundial da Cruz Vermelha. A organização que presta assistência médica em países vulneráveis foi tema de reportagem da Agência Brasil no ano passado. O dia 10 de maio é o Dia Mundial do Lúpus. A data visa conscientizar sobre a doença autoimune e alertar para possíveis sintomas, uma vez que se trata de uma patologia de difícil diagnóstico. No ano passado, a Agência Brasil falou sobre a data, e o Tarde Nacional, da Rádio Nacional de Brasília, explicou o que é a doença. Ouça: No dia 12, os enfermeiros, profissionais de suma importância dentro e fora dos tempos de pandemia, são homenageados. No Dia Internacional da Enfermagem do ano passado, o Viva Maria, da Rádio Nacional da Amazônia, fez uma homenagem aos profissionais que atuaram (e atuam) na linha de frente contra a covid-19. Nascimentos e transmissão pioneira A semana também é marcada pelos 70 anos de nascimento do ex-jogador e treinador Vanderlei Luxemburgo (10 de maio), da atriz Sandra Bréa (11 de maio) e dos 120 anos de nascimento da cantora lírica Bidu Sayão (também 11 de maio). Para fechar a semana, o dia 14 de maio é marcado pelos 125 anos da primeira transmissão de rádio feita pelo físico e inventor italiano Guglielmo Marconi. O História Hoje, da Radioagência Nacional falou sobre a data em 2014. No dia 10 de maio, a Rádio MEC FM comemora 39 anos desde sua primeira transmissão, em 1983. A MEC FM dedica 80% de sua programação à música clássica e leva ao ar compositores brasileiros e internacionais de todos os tempos. Na programação, concertos, música erudita, instrumental, jazz, blues e também gêneros da música popular brasileira, como choro e samba (clique para ouvir). No mesmo dia, a Agência Brasil, serviço de notícias da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), completa 32 anos. Confira a lista semanal do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados: .cmpTableCell { max-width: 92%; } .tcols-2 > .cmpTableCell:nth-child(2n+2) {width: 15%;text-align: center;font-size: var(–fnt-titulos-1);background-color: rgba(32,192,32,.3);border-bottom: solid 1px var(–txt-color);color: var(–txt-highlight);padding: .8rem 0;border-top: dotted 1px var(–txt-color);} .tcols-2 > .cmpTableCell:nth-child(2n+1) {width: 85%;background-color: var(–txt-highlight);border-bottom: solid 1px var(–txt-color);color:var(–btn-color);} @media only screen and (max-width: 991px) { .cmpTable { padding: .8rem; border: solid 1px var(–bg-color); background-color: rgba(255,255,255,.3); } .cmpTable .cmpTableTitle { width: 100%; background-color: transparent !important; color: var(–bg-color); font-size: var(–fnt-titulos-2); padding: .8rem 0; border-bottom: dotted 1px var(–btn-color); } /* table 2 cols */ .tcols-2 .cmpTableCell { display: block; width: 100% !important; background-color: var(–txt-color); color:var(–bg-color) !important; } .tcols-2 > .cmpTableCell:nth-child(2n+2) {width: 10%;font-weight: 800;font-size: var(–fnt-titulos-1);padding: .8rem 0;text-align: left;background-color: transparent;/* border: solid 5px var(–txt-color); */border-bottom: solid 10px var(–txt-color);/* border-top-left-radius: 10px; *//* border-top-right-radius: 10px; */padding: 0.5rem;margin-bottom: 1rem;font-weight: 900;} .tcols-2 > .cmpTableCell:nth-child(2n+1) {width: 20%;font-weight: 400;font-size: var(–fnt-titulos-5);padding: 0;margin-bottom: .8rem;background-color: transparent;border: none;} } .cmpTable { –txt-color-em: #3a3; } .cmpTableCell.cmpTopics.cmpWeekEmphasis { border-bottom: solid 1px var(–txt-color-em); } .tcols-2 > .cmpTableCell.cmpWeekEmphasis:nth-child(2n+2) { width: 15%; text-align: center; font-size: var(–fnt-titulos-1); background-color: rgba(32,192,32,.7); border-bottom: solid 1px var(–txt-color); color: var(–txt-highlight); padding: .8rem 0; border-top: dotted 1px var(–txt-color-em); } @media only screen and (max-width: 991px) { .tcols-2 > .cmpTableCell.cmpWeekEmphasis:nth-child(2n+2) { width: 10%; font-weight: 800; font-size: var(–fnt-titulos-1); padding: .8rem 0; text-align: left; background-color: transparent; border-bottom: solid 10px var(–txt-color); padding: 0.5rem; margin-bottom: 1rem; font-weight: 900; } .cmpTableCell.cmpTopics.cmpWeekEmphasis { border-bottom: none; } .tcols-2 > .cmpTableCell.cmpWeekEmphasis:nth-child(2n+2) { border-top: none; }} /*–>*/ 8 a 14 de Maio de 2022 8 Morte do piloto de Fórmula 1 canadense Gilles Villeneuve (40 anos) – morto em acidente trágico do automobilismo Dia do Artista Plástico Dia Mundial da Cruz Vermelha Dia das Mães – data móvel 9 Nascimento do compositor e cantor fluminense Nei Lopes (80 anos) Visita do papa Bento XVI ao Brasil (15 anos) 10 Nascimento do treinador de futebol fluminense Vanderlei Luxemburgo (70 anos) – técnico da Seleção Brasileira de futebol masculino e campeão da Copa América 1999 Nascimento do músico britânico Sid Vicious (65 anos) – foi baixista da banda punk Sex Pistols e considerado uma das figuras mais importantes da primeira onda punk da década de 1970 Nascimento do escritor e compositor fluminense Fausto Fawcett (65 anos) – emplacou a famosa canção Kátia Flávia, a Godiva do Irajá no final dos anos 80 Nascimento do compositor francês Jean-Marie Leclair (325 anos) – considerado o fundador da escola de violino francesa Dia Mundial do Lúpus – comemoração que conta com o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde para conscientizar sobre alguns dos sintomas do Lúpus Eritematoso Sistêmico, uma doença autoimune crônica, de causa desconhecida e de difícil diagnóstico, que acomete mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo Inauguração da Rádio MEC FM (39 anos) Entra em funcionamento a Agência Brasil (32 anos) 11 Nascimento da atriz fluminense Sandra Bréa (70 anos) – atuou em novelas clássicas da Rede Globo, como O Bem Amado e diversos filmes nacionais Nascimento da soprano fluminense Bidu Sayão (120 anos) – considerada uma das maiores estrelas da ópera mundial Inauguração da primeira linha telegráfica, que ligava o Palácio Imperial, na Quinta da Boa Vista, ao Quartel General do Exército, no Campo de Santana (170 anos) Fundação da Academia das

Fluminense visita Palmeiras em busca de 1ª vitória no Brasileirão

Classificado às oitavas da Copa Libertadores na última terça-feira (3), o Palmeiras recebe o Fluminense na tarde deste domingo (8), no estádio Allianz Parque, em duelo pela quinta rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O Tricolor carioca, comandado pelo recém-contratado Fernando Diniz, também entra em campo motivado, após vitória na quarta (4) contra os colombianos do Junior Barranquilla pela Sul-Americana. A partida em São Paulo, a partir das 16h (horário de Brasília), terá transmissão ao vivo na Rádio Nacional, com narração de André Marques, comentários de Rodrigo Campos, reportagem de Maurício Costa e plantão de notícias com Bruno Mendes.  Ajustes finais! 💪 A manhã foi de trabalho posicional na Academia de Futebol ➤ https://t.co/dFXDUOusRn#AvantiPalestra pic.twitter.com/DxjGG4ZNjf — SE Palmeiras (@Palmeiras) May 7, 2022 O Verdão soma cinco pontos após quatro rodadas, apenas um a mais que o Tricolor, que ainda não venceu nesta edição. Para o jogo desta tarde, Abel Ferreira, técnico do Verdão, terá que contornar várias ausências. O atacante  Gabriel Veron se machucou na última terça (3), no duelo pela Libertadores – goleada de 5 a 0 sobre o Independiente Petrolero (Bolívia). Além dele, o volante Jailson e o zagueiro Luan seguem se recuperando de lesões.  LBOA LTARDE, @Germancanoofi. L pic.twitter.com/FUBIXOGRZq — Fluminense F.C. (@FluminenseFC) May 7, 2022 Do lado do Fluminense, Fernando Diniz fará hoje (8) sua estreia no Brasileirão como técnico do time carioca. O treinador assumiu o cargo na última segunda (2), após a saída de Abel Braga. Para o embate contra o Verdão, Diniz não poderá contar com o volante André, que cumpre suspensão após ter sido expulso na última rodada.