Músico Fernando Fernando Magarça é morto a tiros na zona oeste do Rio
O músico Fernando Alberto da Silva foi morto, nesta quarta-feira (3), em Santa Cruz, zona oeste do Rio. De acordo com a Polícia Militar (PM), ele foi atingido por tiro, morrendo no local. Conhecido como Fernando Magarça, ele era compositor de diversos sucessos, cantados por vários artistas conhecidos da MPB. “A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que policiais militares do 27º BPM (Santa Cruz), nesta quarta-feira, foram acionados para atender ocorrência de disparos de arma de fogo na Avenida Dom João VI, no bairro Guaratiba. Na chegada ao local, a equipe encontrou um homem, já em óbito, próximo a um veículo de passeio”, informou a PM. As circunstâncias da morte de Magarça estão sendo investigadas pela polícia. Magarça escreveu músicas para Zeca Pagodinho, Alcione, Xande de Pilares, Dudu Nobre e Neguinho da Beija-Flor e para o Grupo Revelação e Molejo. Entre os sucessos estão “Quem não sambou”, “Amor que tenho pra te dar”. Ele também participava da Escola de Samba Salgueiro, que se despediu do autor em suas redes sociais. “Uma história de amor, sem ponto final… Com estes versos inesquecíveis informamos, com profundo pesar, o falecimento do compositor Fernando Magarça que, por mais de duas décadas, emprestou toda sua criatividade à ala de compositores. Nos solidarizamos e compartilhamos com todos os amigos e familiares a dor desta perda”, expressou a escola em nota. Fonte
Entidades do setor produtivo criticam alta da Selic
A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia) para 13,75% ao ano recebeu críticas do setor produtivo. Para entidades da indústria, a decisão do Comitê de Política Monetária atrasa a recuperação da economia, aumentando custos e reduzindo a produção, o consumo e o emprego. Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou o aumento da Selic de “equivocado”. Para a entidade, o fato de os juros estarem 7,8% acima da inflação esperada para daqui a 12 meses indica que a elevação foi exagerada. “A CNI entende que, neste momento, o novo aumento da taxa de juros é dispensável para o combate da inflação e trará custos adicionais desnecessários para a atividade econômica, com reflexos negativos sobre consumo, produção e emprego”, afirmou, em nota, o presidente da confederação, Robson Andrade. Para a CNI, o Banco Central (BC) não precisaria aumentar os juros porque medidas recentes, como a redução de impostos sobre energia elétrica, combustíveis, telecomunicação e transporte coletivo estão fazendo a inflação cair. “Para julho e agosto, inclusive, a expectativa é de deflação”, destacou a entidade no comunicado. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) informou, em nota, que “considera inadequada a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros para 13,75% ao ano. Ainda que desde março de 2021 a taxa Selic venha sofrendo consecutivos aumentos na tentativa de frear o consumo, as expectativas com relação à inflação a frente seguem desancoradas.” O comunicado diz ainda que o desajuste no nível de preços da economia não é um fenômeno exclusivamente de demanda, mas sobretudo de restrição de oferta. “A dinâmica inflacionária é, em larga medida, resultado da desorganização das cadeias globais de produção, provocada pela pandemia de covid-19 e potencializada pelos impactos derivados da guerra na Ucrânia. Os choques repercutiram, sobretudo, na alta dos preços dos insumos e matérias-primas.” Segundo a entidade, o aumento consecutivo da taxa Selic não apenas sacrifica o setor produtivo, que ainda convive com efeitos da alta de custos, mas também eleva a dívida pública. “Em um momento em que o mundo atravessa período de elevada incerteza, alimentada por guerra, covid-19 e risco de recessão, é imprescindível a adoção de uma política monetária mais moderada, que esteja atenta aos desafios do crescimento econômico nos próximos anos”, informou o comunicado. A Firjan alertou também sobre a necessidade de manutenção de uma gestão fiscal responsável durante o ano de eleições. “A busca pela aprovação de reformas estruturais gerará um ambiente de maior credibilidade, viabilizará a realização de investimentos em setores estratégicos da economia e contribuirá para a estabilidade de preços no longo prazo.” Fonte
Sul-Americano de basquete: Brasil derrota Chile por 100 a 37
O Brasil superou o Chile por 100 a 37, na noite desta quarta-feira (3) no ginásio Ave Fenix, em San Luis (Argentina), pelo Campeonato Sul-Americano de basquete feminino. Grande vitória sobre o Chile e o primeiro lugar do Grupo no Sul-Americano de San Luis: 100 x 37! Na sexta, às 18h30, o Brasil encara a Venezuela nas semifinais do torneio, já classificada para a AmeriCup 2023! pic.twitter.com/68XuudJWXQ — Basquete Brasil – CBB (@basquetebrasil) August 3, 2022 Com este resultado, a equipe comandada pelo técnico José Neto terminou a primeira fase da competição na liderança do Grupo B. Agora, a seleção brasileira medirá forças com a Venezuela, já pelas semifinais, a partir das 18h30 (horário de Brasília) da próxima sexta-feira (5). A cestinha do Brasil na partida foi a ala Patty Teixeira, do Sampaio Corrêa, que conseguiu o total de 18 pontos. Fonte
Terceiro caso de varíola dos macacos é confirmado no Amazonas
O terceiro paciente é um homem entre 20 a 25 anos, residente de Manaus, que está em viagem de férias em outro estado desde 10 de julho de 2022. O segundo caso positivo da doença foi notificado na terça (2). Já o primeiro foi constatado no dia 27 de julho pelas autoridades de saúde local. Fonte
Câmara aprova PL que obriga planos de saúde a ampliar tratamentos
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) um projeto de lei (PL) que estabelece hipóteses de cobertura de exames ou tratamentos de saúde que não estão incluídos no rol de procedimentos e eventos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A proposta segue para análise do Senado. A matéria tem como objetivo dar continuidade a tratamentos que poderiam ser excluídos da cobertura dos planos de saúde. Com o texto aprovado, as operadoras deverão autorizar os planos de saúde a cobrirem tratamento ou procedimento prescrito por médico ou dentista que não estejam no rol da ANS, desde que um dos seguintes critérios esteja presente: existir comprovação da eficácia, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano terapêutico; existir recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS; existir recomendação de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus similares nacionais. STJ A matéria foi aprovada após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que as operadoras não são obrigadas a cobrir procedimentos médicos que não estão previstos na lista da ANS. Pela decisão, a Corte entendeu que o rol de procedimentos definidos pela agência é taxativo, ou seja, os usuários não têm direito a exames e tratamentos que estão fora da lista. https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2022-06/stj-planos-nao-sao-obrigados-cobrir-condutas-fora-da-lista-da-ans A lista de procedimentos e tratamentos obrigatórios da ANS foi criada em 1998 para estabelecer um mínimo de cobertura que não poderia ser negada pelos planos de saúde. O rol vem sendo atualizado desde então para incorporar novas tecnologias e avanços. Desde então, é comum que usuários de plano de saúde busquem na Justiça o direito de as operadoras pagarem por procedimentos ou tratamentos que ainda não estejam previstos no rol da ANS. O rol de procedimentos da ANS lista 3.368 serviços em saúde, incluindo consultas, exames, terapias e cirurgias, além de medicamentos e órteses/próteses vinculados a esses procedimentos. Esses serviços médicos devem ser obrigatoriamente ofertados de acordo com o plano de saúde. Discussão O relator, deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), argumentou que o médico tem o direito de orientar a sua conduta clínica a partir das suas convicções técnicas e éticas sobre o impacto positivo de suas decisões na saúde do paciente. O parlamentar citou ainda levantamento da Associação Médica Brasileira (AMB) sobre a interferência de planos de saúde na atividade médica, no qual 53% dos entrevistados relataram interferências das empresas de convênios médicos nos tratamentos propostos aos pacientes. “Há poucos anos, num julgamento que também se referia à Saúde Suplementar, a nobre ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, afirmou: ‘saúde não é mercadoria; vida não é negócio; dignidade não é lucro’. Essa sábia e sensível julgadora evidenciou, em poucas palavras, que a proteção ao direito à saúde do consumidor deve se sobrepor a quaisquer interesses menos nobres”, disse o deputado. Contrário à medida, o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) afirmou que a mudança vai prejudicar a competição e aumentar os preços dos planos de saúde. “Vai ficar muito mais caro e complexo ter plano de saúde, e os pequenos vão quebrar. Já as grandes farmacêuticas agora podem induzir médicos a receitar tratamentos experimentais sem aprovação pela Anvisa”, alertou. * Com informações da Agência Câmara Source link
Rio: polícia desarticula quadrilha que simulava roubo de cargas
Operação da Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público (MP), resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo a prisão do pai de um vereador, também alvo de busca e apreensão, nesta quarta-feira (3), no Rio de Janeiro. Batizada de Operação Resina, o objetivo era apurar desvio de cargas de caminhões. Foram expedidos 28 mandados de busca e apreensão e sete de prisão. Foram cumpridos cinco mandados de prisão, sendo três de prisão preventiva e dois em flagrante decorrente dos desdobramentos da operação. Entre os presos, está Edson dos Santos Filho, pai do vereador William Coelho (DC). De acordo com as investigações, os criminosos furtavam caminhões com materiais como aço, ferro e resina. Após o furto, se organizavam para distribuir a carga, por meio de receptação qualificada e corrupção ativa e passiva. No total, mais de R$ 1,160 milhão em materiais como aço, resina, telas de aço e tubos de dragagem de ferro foram furtados pelos criminosos. Até mesmo trilhos de metrô o grupo estava negociando. Na denúncia encaminhada à 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias, o MP destaca que os integrantes do grupo criminoso, composto por 21 pessoas denunciadas, associavam-se a funcionários de transportadoras, em geral motoristas de caminhões. Eles recebiam as mercadorias a serem transportadas e entregavam a carga aos demais integrantes do grupo criminoso. Após os furtos, eram confeccionados falsos registros de ocorrência em delegacias distantes do local do suposto roubo. Para a confecção de alguns dos falsos registros, participaram dois policiais civis do estado de São Paulo, que tiveram afastamento determinado pela Justiça. Os dois foram denunciados por corrupção passiva. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados aos empresários, proprietários de caminhões, motoristas e intermediários na capital, em Duque de Caxias, Piraí, Mesquita e Nova Iguaçu, além das cidades paulistas de Piracicaba, Ribeirão Pires, Guarulhos e São Paulo. Também houve mandados de busca e apreensão de 12 caminhões utilizados pela organização criminosa para os furtos das cargas. O vereador William Coelho foi procurado, mas ninguém atendeu as ligações em seu gabinete, nem responderam a e-mail pedindo posicionamento sobre o fato. A Câmara Municipal do Rio informou, em nota, que colaborou e garantiu total acesso às dependências da Casa à Polícia Civil e ao Ministério Público. Os agentes foram apenas ao gabinete do vereador citado. Fonte
Covid-19: Brasil registra 265 óbitos e 33,6 mil casos em 24 horas
As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 33.633 novos casos de covid-19 em 24 horas. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 265 mortes por complicações associadas à doença no mesmo período. Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quarta-feira (3). A pasta informou que Goiás e Mato Grosso do Sul não atualizaram o número de óbitos neste balanço. Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus soma 33.924.061. Já o número de casos em acompanhamento está em 658.692. O total de óbitos registrados desde o início da pandemia alcançou 679.275. Há ainda 3.247 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação ainda demanda exames e procedimentos complementares. Até agora, 32.586.094 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 96% dos infectados. Boletim covid 03-ago-22, por Ministério da Saúde Estados Segundo o balanço do ministério, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (173.102), Rio de Janeiro (74.892), Minas Gerais (63.037), Paraná (44.548) e Rio Grande do Sul (40.511). Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.018), Amapá (2.153), Roraima (2.158), Tocantins (4.188) e Sergipe (6.415). Vacinação Até esta quarta-feira, o vacinômetro da pasta apontava um total de 465.906.372 doses de vacinas contra covid-19 aplicadas no país. Destas, 178,2 milhões se referem à primeira dose e 159,3 milhões, à segunda, além de 4,9 milhões de doses únicas. Já a dose de reforço foi aplicada em mais de 102,6 milhões de pessoas e a quarta dose, em pouco mais de 17 milhões. O painel registra ainda 4,6 milhões de doses adicionais, aplicadas em quem havia recebido o imunizante da Janssen, de dose única. — Fonte
Senado aprova MP com regras trabalhistas para períodos de calamidade
O Senado aprovou hoje (3) a Medida Provisória 1.109/2022, que prevê a adoção de regras trabalhistas diferenciadas em situações de calamidade pública. Entre as regras previstas no texto estão a possibilidade de instituição do teletrabalho, da antecipação de férias individuais, além da suspensão temporária dos salários e da jornada dos trabalhadores. O texto segue para promulgação. A MP também prevê, em contexto de calamidade pública, a concessão de férias coletivas; o aproveitamento e a antecipação de feriados; o banco de horas; e a suspensão da exigibilidade dos recolhimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O texto aprovado também retoma, com algumas mudanças, regras do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, adotado durante a crise causada pela pandemia de covid-19. O programa passa a ser permanente, podendo ser instituído para combater consequências de estado de calamidade pública. A proposta inclui trabalhadores rurais, domésticos e temporários urbanos, além de aprendizes e estagiários. Segundo texto, o Ministério do Trabalho e Previdência estabelecerá o prazo de adoção das medidas alternativas, que poderá ser de até 90 dias, prorrogável enquanto durar o estado de calamidade pública decretado. No que diz respeito ao teletrabalho, o empregador poderá, a seu critério, alterar o regime de trabalho presencial para teletrabalho ou trabalho remoto. Também cabe a ele determinar o retorno ao regime de trabalho presencial, independentemente da existência de acordos individuais ou coletivos. O empregador deverá fornecer equipamentos para funcionários, além de permitir o reembolso aos trabalhadores por eventuais gastos com internet e equipamentos. Em relação aos recolhimentos do FGTS, a medida provisória dá poderes ao Ministério do Trabalho para suspender a exigibilidade por até quatro meses nos estabelecimentos situados em municípios com estado de calamidade pública reconhecido pelo governo federal. A medida alcança todas as empresas, independentemente do setor em que atuam, do regime tributário ou de adesão. Os depósitos ao fundo serão retomados após o fim da medida alternativa, em seis parcelas, sem incidência de juros, multas ou outros encargos. Source link
Tribunal anula condenações de quatro acusados
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) anulou hoje (3) as condenações de quatro acusados pelo incêndio na boate Kiss, ocorrido em 2013, em Santa Maria (RS). Com a decisão, os condenados deverão ser soltos imediatamente. As condenações envolvem Elissandro Callegaro Spohr, ex-sócio da boate; Mauro Londero Hoffmann, também ex-sócio; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, e Luciano Bonilha Leão, produtor musical. Por maioria de votos, a 1ª Câmara Criminal aceitou recurso protocolado pela defesa dos acusados e reconheceu nulidades processuais ocorridas durante sessão do Tribunal do Júri de Porto Alegre, realizada em dezembro do ano passado. A Elissandro Spohr foi aplicada pena de 22 anos e seis meses de prisão e a Mauro Hoffmann, de 19 anos e seis meses. A Marcelo de Jesus e Luciano Bonilha foram aplicadas penas de 18 anos. Todos foram acusados pelo Ministério Público (MP) por 242 homicídios e 636 tentativas de homicídio por dolo eventual. O incêndio ocorreu no dia 27 de janeiro de 2013, quando um dos integrantes da banda disparou um artefato pirotécnico, atingindo a cobertura interna da boate e deflagrando o incêndio. A maioria das vítimas era jovem e morreu após inalar fumaça tóxica, sem conseguir deixar a boate, já que a única porta de emergência estava fechada. Fonte
Câmara aprova projeto que extingue saídas temporárias de presos
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) o projeto que acaba com saídas temporárias de presos dos estabelecimentos prisionais. A matéria segue para análise do Senado. A proposta teve origem no Senado e previa apenas que as saídas temporárias fossem limitadas. No entanto, ao tramitar na Câmara, deputados decidiram extinguir o benefício. O texto aprovado prevê a revogação de todas as possibilidades de saída, que atualmente estão disponíveis para condenados em regime semiaberto, como visita à família durante feriados, frequência a cursos e participação em atividades. Para o relator, Capitão Derrite (PL-SP), a existência do benefício da saída temporária burla a própria lei penal, ao frustrar a proporcionalidade no cumprimento da pena. Além disso, ele destacou que muitos presos não retornam ao sistema prisional após a saída. “A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo informou que na passagem de 2021 para 2022, 1.628 presos que deixaram as penitenciárias do estado, durante a chamada ‘saidinha temporária de fim de ano’, não retornaram ao sistema prisional paulista”, argumentou o deputado. “Já existe a previsão legal de cumprimento de pena e progressão de regime de forma proporcional, a saída temporária causa a todos um sentimento de impunidade diante da percepção de que as pessoas condenadas não cumprem suas penas, e o pior, de que o crime compensa”, acrescentou. O texto aprovado também obriga a realização de exame criminológico como requisito para a progressão de regime e para a autorização de regime semiaberto. A análise deverá comprovar que o detento tem condições de se adaptar ao novo regime com autodisciplina, baixa periculosidade e senso de responsabilidade. “O exame criminológico consistente na emissão de um parecer técnico de uma equipe multidisciplinar, constitui ferramenta muito mais efetiva para aferir a capacidade do condenado de adaptar-se ou não a regime menos rigoroso do que uma constatação de boa conduta carcerária comprovada apenas pelo diretor do estabelecimento, tal qual é previsto pela legislação vigente”, argumentou o relator. Ressocialização A deputada Erika Kokay (PT-DF) criticou a aprovação da matéria. Segundo ela, as saídas temporárias são um processo de ressocialização, é a forma da lei assegurar que a pessoa esteja apta ao convívio da sociedade, passando por uma prova. “O que são as saídas temporárias? Primeiro, elas só são devidas a quem está em regime semiaberto. Portanto, as pessoas que têm direito à saída temporária já estão na semiliberdade. Elas já estão em convívio com a sociedade. Elas já podem sair o dia inteiro e apenas dormir dentro da unidade prisional. Source link
Câmara aprova aumento de pena para furto e roubo durante calamidade
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3), por 408 votos a 9, projeto que aumenta penas para os crimes de furto ou roubo cometidos em casos de incêndio, naufrágio, inundação ou desastre, incluindo qualquer estado de calamidade pública, epidemia ou pandemia declarado pelas autoridades. A proposta segue para o Senado. Segundo o autor da proposta, Junio Amaral (PL-MG), a repressão dessas condutas com o mero agravamento geralmente resulta em incremento muito pequeno na pena. “Cometer o crime de furto aproveitando-se de vulnerabilidades geradas por tragédias demonstra, sem qualquer dúvida, maior insensibilidade e oportunismo”, diz o deputado. Pelo texto, a pena de furto passará para reclusão de dois a oito anos e multa, o dobro da prevista para furto simples (reclusão de um a quatro anos e multa). Já a pena de roubo, atualmente punida com reclusão de quatro a dez anos e multa, será aumentada em dois terços. Nas situações em que o roubo ou furto for de bem, insumo ou equipamento médico, hospitalar, terapêutico, sanitário ou vacinal a pena será de aumentada de um terço à metade. Se esses bens ou insumos forem apropriados por funcionário público, ao cometer o crime de peculato, a pena será de reclusão, de três a 13 anos, e multa. “Recentemente, foram noticiados em alguns estados casos de furtos de vacinas, bem como situações em que o profissional de saúde simula a aplicação da vacina com o objetivo de desviar o bem vacinal, em proveito próprio ou alheio. Ademais, há aqueles agentes que se aproveitam das medidas restritivas de lockdown e toque de recolher para furtar e roubar quaisquer bens”, argumenta o deputado Lucas Redecker (PSDB-RS). Contrário à proposta, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), afirmou que a mudança na legislação pode punir duplamente uma pessoa já atingida por um desastre. O PSOL foi o único partido a orientar contra a proposta. “Eu sou de uma região que foi a mais afetada por desastre climático no Brasil. E, naquela época, alguns supermercados elevaram às alturas o valor da água para as pessoas beberem. As pessoas ficaram passando sede. Aí vocês querem me dizer que o cidadão que, numa circunstância como essa, foi lá e pegou água para beber, tem que ter uma qualificadora? Ele já está sendo penalizado duas vezes por uma tragédia. O cidadão que não teve condições de comer por conta de uma tragédia vai ser duas vezes penalizado porque foi pegar comida?” Source link
Ministro da Economia diz que teto de gastos é “retrátil”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (3) que o teto de gastos é “retrátil” e pode ser levantado em caso de pandemia ou guerra. O ministro admitiu que o governo furou o limite de gastos para implementar o aumento do valor no Auxílio Brasil, mas que a ação não foi para “aumentar o estado”, mas para proteger os mais frágeis. “Vocês violaram o teto? A resposta é sim, nós violamos o teto. O teto é para impedir o crescimento do governo, porque nós somos liberais e nós queremos reduzir o peso do governo. Então, o teto é para não deixar subir o governo. Aí chega uma doença, eu tenho que transferir dinheiro para as pessoas. Eu estou fazendo o governo crescer? Não, eu estou dando um auxílio para os mais frágeis”, disse Guedes em palestra na Expert XP 2022, na capital paulista. O ministro ressaltou que a quebra do teto fiscal está amparada pelas receitas extraordinárias do governo não orçadas, como os dividendos das empresas estatais que tiveram lucro. “Esse ano está tudo dentro da responsabilidade fiscal. Aí você pergunta o seguinte, mas vocês estão desarranjando o esquema fiscal brasileiro? Não. Toda vez que tiver uma guerra ou tiver uma pandemia o teto é retrátil, o teto levanta e nós ajudamos os brasileiros”, acrescentou. IRPF e continuidade do Auxílio Brasil O ministro disse ainda que poderá manter o Auxílio Brasil para além do fim de 2022 e corrigir a tabela do imposto de renda caso seja aprovada a reforma tributária. “É possível dar um auxílio emergencial agora de 600 [reais] para sempre, por exemplo? Ou é possível fazer um reajuste da tabela do imposto de renda? A resposta já está numa reforma tributária que já está no Congresso”, disse. Guedes destacou a nova taxação de 15% sobre lucros e dividendos superiores a R$ 400 mil mensais prevista na reforma. “Ninguém vai pagar, só quem tirar mais R$ 400 mil de dividendos. Aí vai pagar só 15% [do que exceder esse valor], que é metade do que o seu funcionário paga. Pelo amor de deus, se a gente não fizer isso, é imperativo moral”, ressaltou. Guedes disse ainda que a situação fiscal do país está equilibrada, que a inflação apresenta sinais de queda, o emprego está em ascensão, e que a política monetária “está no lugar”. “Em um ano e meio vamos ter um crescimento de 3%, 4% e vai ter uma inflação de 3%, 4%”. Fonte
Senado aprova MP de apoio à renovação da frota de caminhões e ônibus
O Senado aprovou nesta quarta-feira (3) medida provisória (MP) que cria o Renovar, programa que prevê a renovação da frota de veículos de transporte rodoviário de mercadorias, ônibus, micro-ônibus e implementos rodoviários. O texto segue para sanção presidencial. A proposta do governo, ao editar a MP, é renovar a frota nas estradas e retirar de circulação veículos no fim de sua vida útil. De acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito, do Ministério da Infraestrutura, há mais de 3,5 milhões de caminhões em circulação no Brasil. Desse total, cerca de 26% têm mais de 30 anos de fabricação. O texto prevê o perdão de alguns débitos dos bens cuja baixa definitiva de registro seja solicitada no âmbito do programa, desde que sejam inferiores a R$ 5 mil. A MP também autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a criar linhas de crédito dirigidas a participantes do Renovar. O programa será coordenado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e por um conselho, que definirá as diretrizes do programa, composto por representantes dos setores do transporte, da indústria e da sociedade civil. A proposta será custeada por recursos de multas, do álcool etílico combustível (Cide-combustíveis) e do valor direcionado a pesquisas por parte das petroleiras. Senadores de oposição apresentaram destaque para retirar recursos direcionados a pesquisa das fontes do programa. A questão gerou muito debate, mas o trecho foi mantido. Source link
Jovem com varíola dos macacos mostra mais de 200 lesões pelo corpo
Um paciente de 19 anos infectado com a varíola dos macacos mostrou que está com mais de 200 feridas pelo corpo. Com a gravidade da situação, o rapaz precisou ser internado no Hospital Emílio Ribas, na zona oeste de São Paulo. O jovem relatou que os sintomas iniciais foram dores de cabeça e febre. Posteriormente as feridas começaram a aparecer na cabeça e nas mãos. “Quando espalhou pelo rosto do corpo vi que era uma coisa mais séria e fui ao médico”, disse o paciente em entrevista ao Globonews. Na unidade hospitalar, os médicos desconfiaram de que poderia ser catapora, já que o jovem não tinha pego a doença. Porém, a suspeita de varíola dos macacos surgiu após as lesões piorarem. A confirmação se deu por meio de teste. Segundo o jovem, ele não sabe como poderia ter pego a doença, já que não tinha o costume de sair. Seus irmãos de 14 e 18 anos também estão infectados com a varíola dos macacos, mas ambos apresentam sintomas leves. Fonte
Alta da Selic encarece crédito e prestações, diz Anefac
A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia), decidida hoje (3) pelo Banco Central, continuará a encarecer o crédito e as prestações, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Apesar de o impacto na ponta final ser diluído, por causa da diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o tomador de novos empréstimos sentirá os efeitos do aperto monetário. Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 119,07% para 120,05% ao ano. Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 56,57% para 57,29% ao ano. A Selic passou de 13,25% para 13,75% ao ano. No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 0,39 a mais por prestação e R$ 4,63 a mais no valor final com a nova taxa Selic. O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a mais. Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,20 a mais. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 1,24 a mais por prestação e R$ 14,85 a mais após o pagamento da última parcela. Um empréstimo de R$ 3 mil em 12 meses numa financeira sairá R$ 0,81 mais caro por prestação e R$ 9,72 mais caro no total. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 11,23 a mais por parcela e R$ 673,51 a mais no total da operação. Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagarão R$ 62,18 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 24,93 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e R$ 2,67 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias. Poupança A Anefac também produziu uma simulação sobre o impacto da nova taxa Selic sobre os rendimentos da poupança. Com a taxa de 13,75% ao ano, a caderneta só rende mais que os fundos de investimento quando o prazo da aplicação é curto e a taxa de administração cobrada pelos fundos é alta. Segundo as simulações, a poupança rende mais que os fundos em apenas um cenário, com aplicação de até um ano em relação a fundos com taxa de 3% ao ano. Quando o fundo tem taxa de administração de 2,5% ao ano, a poupança rende o mesmo somente quando o dinheiro ficar aplicado por até seis meses. A vantagem dos fundos ocorre mesmo com a cobrança de Imposto de Renda e de taxa de administração. Isso porque a poupança, apesar de ser isenta de tributos, rende apenas 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR), que aumenta quando a Selic sobe. Esse rendimento da poupança é aplicado quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o que ocorre desde dezembro de 2021. Fonte