Técnicos pedem vacinas para impedir que variantes sofram mutações

Diante do aumento de casos de covid-19, autoridades sanitárias internacionais estão em alerta. O registro de novos casos da doença tem a ver com o surgimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB. Segundo os primeiros estudos, elas podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais. O mais recente Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado na última quinta-feira (10), sinaliza para o aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo para Covid-19 na população adulta do Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Segundo o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, ainda não é possível afirmar que esse crescimento esteja relacionado especificamente com as identificações recentes de novas sublinhagens identificadas em alguns pontos do país. Em alguns estados, o sinal é mais claro nas faixas etárias a partir de 18 anos. A exceção é o Rio Grande do Sul, que apresenta essa tendência apenas nas faixas etárias a partir de 60 anos. “Como os dados laboratoriais demoram mais a entrar no sistema, espera-se que os números de casos das semanas recentes sejam maiores do que o observado nessa atualização, podendo, inclusive, aumentar o total de estados em tal situação”, disse o pesquisador da Fiocruz. Crianças Quando o recorte foi feito por capitais, a Fiocruz identificou maior predominância em crianças. As exceções são Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, que apresentam crescimento nas faixas etárias acima de 60 anos. Segundo o médico Werciley Júnior, coordenador da Infectologia da rede Santa, em Brasília, as crianças devem ser um foco de atenção importante. “Apesar da doença em crianças ser uma forma normalmente leve, a gente tem dois aspectos. O primeiro é que nelas, quando a forma é grave, há uma alta taxa de mortalidade. O outro é que as crianças são carreadoras do vírus para dentro de casa. Se elas estiverem imunizadas, vão diminuir muito sua capacidade de transmissão”, alertou. Ainda segundo o médico infectologista, apesar de até o momento os casos no país serem leves, registros positivos preocupam especialmente entre os não vacinados. O especialista ressaltou que o grande medo da comunidade médica e de autoridades sanitárias é que essa variante sofra uma nova mutação e fuja totalmente da vacina causando doenças graves. “A gente sabe que a taxa de vacinação mais ou menos estacionou com duas doses. As pessoas não estão fazendo a terceira dose que houve uma redução gigantesca”, observou, acrescentando que esse público pode desenvolver formas graves da doença. Segundo o médico, a vacina tem dois pontos importantes. O primeiro deles é proteger as pessoas de modo que quem tiver a doença desenvolve a forma leve. O outro ponto é que, com anticorpos trazidos pela vacina “mesmo que parcialmente funcionando”, o paciente infectado diminui a carga viral e não consegue transmitir o vírus para a mesma quantidade de pessoas que transmitia sem a imunização. Proteção Além da vacinação, o infectologista recomendou que pessoas com comorbidades voltem a usar máscaras de proteção facial, evitem aglomerações e, em caso de suspeita, façam o teste para evitar contaminação de outras pessoas. Fonte

Gastos globais de importação de alimentos alcançarão recorde de US$ 1,94 trilhão em 2022

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, prevê uma alta nos gastos mundiais com a importação de alimentos para US$ 1,94 trilhão em 2022. O aumento é de 10% em comparação com o último período. O relatório Perspectivas Alimentares, lançado esta sexta-feira, alerta para uma alta histórica em relação às previsões anteriores da agência. Entre os fatores que devem influenciar a situação está a desaceleração no crescimento econômico, verificada neste ano. Importação A situação se reflete em preços globais elevados e na desvalorização das moedas em relação ao dólar norte-americano. Estas razões devem pesar no poder de compra dos importadores e, posteriormente, na quantidade de alimentos importados. A continuação da guerra entre Rússia e Ucrânia também terá impacto na situação por envolver os dois grandes produtores agrícolas, e afetar diretamente 30 nações dependentes das exportações de trigo e óleo de girassol. Os países de rendas alta e média alta devem fazer 85% dos gastos mundiais em alimentos importados e arcar com mais de 80% da subida nesses gastos. A interrupção das cadeias de fornecimento e os custos recordes da comida, devido à alta nos preços dos insumos, foram as maiores causas do aumento na conta de importação de alimentos. Economias em desenvolvimento O relatório Perspectivas Alimentares, no entanto, alerta que as diferenças atuais entre as economias irão se acentuar. Os países de alta renda continuam importando o mais vasto leque de produtos alimentícios, enquanto o foco de regiões em desenvolvimento está nos mais básicos. As compras das economias de baixa renda podem se tornar cada vez mais sensíveis à subida dos custos, e seus volumes chegar a uma situação de estagnação em 2022. São US$ 157 bilhões atribuídos à subida dos valores de compra e apenas US$ 27 bilhões refletindo a elevação dos volumes. Maiores dificuldades Na África Subsaariana, os gastos com importações de alimentos devem aumentar para US$ 4,8 bilhões. O declínio nos volumes chegará a US$ 700 milhões. Nos países menos desenvolvidos, espera-se uma expansão de US$ 4,9 bilhões na fatura de importação de alimentos devido à alta de custos. Nesse grupo, os importadores líquidos de alimentos terão de enfrentar US$ 21,7 bilhões em custos extras por apenas US$ 4 bilhões em volumes de alimentos importados. Para a FAO, os “sinais são alarmantes” em relação à segurança alimentar. Os países importadores enfrentam maiores dificuldades para financiar o aumento dos custos internacionais, no que pode ser o fim de sua resiliência à subida de preços internacionais.   Com informações da ONU** Fonte

Festa por títulos do Flamengo leva multidão ao centro do Rio

Milhares de torcedores do Flamengo se reuniram no centro do Rio de Janeiro na manhã de hoje (13) para comemorar os títulos conquistados pelo clube neste ano. O time carioca se tornou tricampeão da Libertadores da América e tetracampeão da Copa do Brasil.  Para receber a multidão, a Prefeitura do Rio de Janeiro interditou as Avenidas Presidente Antônio Carlos e Primeiro de Março, onde ficam pontos importantes da cidade, como a Praça XV, o Centro Cultural Banco do Brasil, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Outras vias do entorno foram bloqueadas para que os torcedores pudessem chegar andando ao local da festa, e itinerários de ônibus precisaram ser alterados.  Os torcedores que compareceram, sob sol forte, para a festa rubro-negra puderam acompanhar alguns dos ídolos do título em um trio elétrico. Um deles foi atacante Gabibol, um dos destaques do elenco que conquistou uma série de vitórias importantes nos últimos anos. Vestindo preto e vermelho, os flamenguistas cantaram como nos dias de jogo e ergueram bandeiras do clube e de torcidas organizadas. Alguns, mais animados, chegaram a escalar postes e até as janelas da sede do Tribunal de Justiça. A escadaria da Alerj, ponto frequentemente usado em manifestações de diversas correntes políticas, dessa vez ficou tomada de torcedores que acompanharam a passagem do trio elétrico. Por causa do espaço que essas avenidas proporcionam, o local costuma ser usado para o desfile de megablocos de carnaval, como o Monobloco, que tradicionalmente reúne centenas de milhares de foliões no domingo depois do Carnaval. A festa do Flamengo seria no dia 30 de outubro, no dia seguinte à vitória na Libertadores, mas foi adiada para não impactar a movimentação da cidade no dia do segundo turno das eleições. A previsão da Prefeitura do Rio de Janeiro é que as vias do centro da cidade interditadas para a celebração possam ser interditadas até as 14h. Fonte

VÍDEO: Explosão em rua turística de Istambul mata 6 e fere 53

Na tarde deste domingo (13), pelo menos seis pessoas morreram e 53 ficaram feridas em uma explosão na Praça Taksim, que fica em uma área turística no centro de Istambul, na Turquia. A informação foi compartilhada pelo presidente do país, Recep Tayyip Erdoğan. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver várias pessoas passando normalmente pelo local, que reúne restaurantes e diversos comércios, quando a grande explosão surpreende a todos. Veja as imagens: NEW: Footage leaked to social media shows the moment of explosion in Istiklal Street. Culprit seems like a bag left in the area pic.twitter.com/shDlsc3AYO — Ragıp Soylu (@ragipsoylu) November 13, 2022   “Vi três ou quatro pessoas no chão […] As pessoas estavam correndo em pânico… Havia fumaça preta. O barulho era forte, quase ensurdecedor”, disse uma testemunha, Cemal Denizci, à agência de notícias AFP. Após o ataque, que aconteceu por volta das 16h30 (horário local), serviços de emergência foram acionados para o local e continuam prestando atendimento aos feridos. Helicópteros também estão circulando pela área. Até o momento, as autoridades locais ainda não identificaram a causa e nem o motivo da explosão. Apesar disso, Erdoğan afirma que o responsável pelo incidente será punido. Segundo a agência de notícias Anadolu, cinco promotores foram designados para investigar o caso. As emissoras locais foram proibidas, temporariamente, pelo órgão de vigilância da mídia da Turquia, de reportar a explosão. O local já foi alvo de um atentado por um homem-bomba em 2016. Fonte

Mudanças climáticas já afetam o meio ambiente no mundo inteiro

As mudanças climáticas são uma realidade que vem causando preocupações crescentes para todos os países. É cada vez mais clara a necessidade de diálogo e cooperação entre as nações para pactuar soluções que possam mitigar os impactos e oferecer estratégias de adaptação aos novos cenários. Um dos programas brasileiros apresentados na 27ª sessão da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas(COP27) que se realiza este ano no Egito, é o AdaptaBrasil, criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI. É um sistema de informações e análises  sobre os impactos das mudanças climáticas em todo o território nacional, que oferece subsídios para tomada de decisões por parte de gestores responsáveis por ações de adaptação às mudanças. “A plataforma AdaptaBrasil MCTI é mais um trabalho da ciência brasileira que coloca em um painel os mais de 5.500 municípios brasileiros, com cenários otimistas e pessimistas de mudanças climáticas. Cada um desses municípios vai saber o que está acontecendo em relação à segurança hídrica, energética e alimentar. Prefeitos e empresas podem tomar decisões com base nesses cenários prospectados pelos cientistas brasileiros. Esses cenários trazem impactos também econômicos e sociais”, disse o Secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, entrevistado do programa Brasil em Pauta deste domingo, que vai ao ar às 22h30 na TV Brasil . No caso das empresas, já é possível incluir seus inventários no SIRENE – Sistema de Registro Nacional de Emissões, do MCTI, a principal referência de informações oficiais sobre a geração de gases de efeito estufa no país. Mais do que isso, elas podem incluir dados sobre ações de sequestro de carbono, que serão úteis no futuro para compensações no mercado de crédito de carbono. “As empresas podem reportar a essa plataforma, de forma voluntária, o que elas estão emitindo de gases de efeito estufa. Uma empresa que está emitindo menos do que sequestrando poderá receber,no futuro, créditos de carbono. Além disso, as informações das empresas fazem com que o inventário nacional fique mais preciso”, comentou o secretário Morales. Os inventários organizacionais já disponíveis no SIRENE, serão mostrados na COP27, assim como os dados do Simulador Nacional de Políticas Setoriais e Emissões, SINAPSE, que torna mais fácil a tarefa de planejar e avaliar as estratégias mais eficientes, em cada caso, para reduzir emissões. “Vale muito mais uma floresta em pé do que derrubada” O Brasil leva também para a COP27 a experiência de ações e programas que buscam conciliar a preservação do meio ambiente com o desenvolvimento sustentável, como as que estão sendo realizadas na Amazônia. Projetos como o Bailique, de apoio à pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico, têm levado recursos financeiros, estrutura e expertise para buscar alternativas sustentáveis a atividades tradicionais da região:  aproveitamento do açaí, do cupuaçu e a pesca do pirarucu. Tudo com o propósito de proteger o valioso patrimônio que é a biodiversidade da região. “A gente tem um programa de regeneração de áreas degradadas de garimpo, de pasto e de mineração. Os pesquisadores vão lá, analisam o solo, estudam as melhores espécies para aquele lugar, e envolvem as comunidades locais na regeneração dessas áreas. Temos também os laboratórios flutuantes e os de selva, para pesquisa de  novas moléculas. A gente conhece muito pouco da nossa biodiversidade, imagine as riquezas que existem na Amazônia, que a gente pode prospectar de forma sustentável, envolvendo as comunidades locais, pra que a gente tenha um desenvolvimento sustentável, mantendo a floresta em pé. Vale muito mais a floresta em pé do que ela derrubada”, afirma Morales. A produção sustentável do açaí com os resultados da pesquisa é um exemplo dos benefícios que a ciência pode agregar a uma atividade. A introdução do processo de desidratação da polpa reduziu as perdas que eram bastante significativas, e o de tratamento e destinação do caroço da fruta transformou o que era um resíduo poluente em uma fonte de energia para movimentar máquinas na própria cadeia produtiva. Mudanças climáticas e viroses A mobilização dos cientistas brasileiros na RedeVirus, comitê que reúne especialistas no combate a viroses emergentes, é outro modelo bem sucedido de ação coordenada pelo MCTI, e deixou um legado importante com as ações de enfrentamento à pandemia de Covid-19. “As viroses emergentes como a Covid-19, e outras reemergentes, estão muito relacionadas às mudanças climáticas. A RedeVirus criou grupos de monitoramento de animais silvestres; o sequenciamento do vírus em todo o território nacional, com as possíveis mutações; estratégias para o desenvolvimento e produção de vacinas; testes diagnósticos rápidos, sorológicos, desenvolvidos com inteligência artificial. Como  consequência de tudo isso, nós temos hoje monitoramento perene, em todo o território nacional, dos animais silvestres, monitoramento do vírus e de suas mutações e duas vacinas nacionais iniciando seus testes clínicos”, afirmou o secretário Marcelo Morales Fonte

Jovem vem a óbito após ser atropelado na zona leste da capital; motorista estaria supostamente embrigado

Um jovem, de apenas vinte e cinco anos, identificado como Lucas Campelo da Silva, veio à óbito , após ser atingido por um veículo na noite do último sábado (12), na zona leste da capital amazonense. Segundo informações da mãe da vítima, o jovem foi atropelado por um homem supostamente bêbado. Na ocasião, o motorista estava em alta velocidade e acabou perdendo o controle do veículo. O carro atravessou o canteiro central e acabou invadindo a contramão, atingindo a vítima que estaria pilotando uma motocicleta. O piloto foi arremessado e sofreu ferimentos gravíssimos, ele foi a óbito ainda na pista. O motorista do carro fugiu do local. Fonte

Mega-Sena: ninguém acerta as seis dezenas e prêmio acumula em R$ 10 milhões

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.538 da Mega-Sena, que foi realizado na noite do último sábado (12), em São Paulo. O prêmio acumulou e o valor estimado para o sorteio da próxima quarta-feira (16) é de R$ 10 milhões. Veja as dezenas sorteadas: 06 – 15 – 19 – 20 – 33 […] O post Mega-Sena: ninguém acerta as seis dezenas e prêmio acumula em R$ 10 milhões apareceu primeiro em Portal Baré. Fonte

Acadêmica de medicina brasileira é encontrada morta na Bolívia

Uma estudante brasileira de 21 anos foi encontrada morta na última segunda-feira (07) na cidade de Cochabamba, na Bolívia, onde fazia faculdade de medicina. Mariana Sousa Bustamante, de Hortolândia, interior do estado paulista, cursava o sexto período de medicina na Unifranz. O Itamaraty informou que prestou assistência à família da estudante, e a jovem foi velada e enterrada na última sexta (11), no cemitério Parque Hortolândia. O corpo da jovem foi encontrado na madrugada de segunda no pátio do prédio em que ela morava na cidade boliviana. Ela vivia em um apartamento no sexto andar. A família afirma que a estudante tinha marcas no rosto e nos braços e pede a investigação de eventual homicídio, de acordo com informações da EPTV, afiliada da TV Globo. O Consulado-Geral do Brasil em Cochabamba disse que não poderia dar informações sobre a investigação. ‘Por força da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, e por respeito à família, não é possível divulgar informações sobre o falecimento da cidadã brasileira Mariana Sousa Bustamante’, informou o Itamaraty. ‘Como o caso está sob investigação das autoridades bolivianas competentes, o Consulado não pode interferir ou emitir opinião sobre o ocorrido.’ Juliane Benevenutto, mãe da estudante, escreveu nas redes sociais que a filha era alegre e tinha o sonho de ser médica. ‘Era uma moça alegre, que contagiava a todos que tinham o prazer de conhecê-la e, principalmente, conviver com ela. Ela era carinhosa, engraçada, determinada, estudiosa, amorosa e acima de qualquer coisa, corajosa’, escreveu. Fonte

Flordelis é condenada a 50 anos de prisão por assassinato do marido

A ex-deputada federal Flordelis dos Santos foi condenada neste domingo (13) a 50 anos e 28 dias de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo assassinato do ex-marido, o pastor Anderson do Carmo. O crime ocorreu em junho de 2019, na casa da família, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O Tribunal do Júri de Niterói considerou a ex-deputada culpada pelo homicídio triplamente qualificado, que recebeu os agravantes de motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Anderson foi morto a tiros ao chegar em casa de carro, na noite do dia 16 de junho. O crime teria sido motivado porque a vítima mantinha rigoroso controle das finanças familiares e administrava os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado às pessoas mais próximas da ex-deputada em detrimento de outros membros da família, que somava mais de 50 filhos, entre biológicos, adotivos e afetivos. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro apontou Flordelis como a responsável por planejar o homicídio do então marido, convencendo o executor direto e os demais acusados a participarem do crime, pensado para parecer um latrocínio. As investigações indicaram que a ex-deputada financiou a compra da arma usada e avisou sobre a chegada da vítima no local em que foi executado a tiros. Além do homícidio consumado, Flordelis foi condenada pelas tentativas anteriores de matar o marido, adicionando veneno em sua comida e bebida ao menos seis vezes. Nesse caso, o crime foi homicídio duplamente qualificado. O caso envolve ainda condenações por associação criminosa armada e dois usos de documento ideologicamente falso, uma carta em que um dos filhos aponta um culpado sabidamente falso pelo homicídio. Em nota, a defesa da ex-deputada afirma que a condenação ocorreu “apesar de não haver provas” e garantiu que recorrerá da sentença. “Entendo que a condenação foi indevida, eis que certamente se deu pela pressão da opinião pública formada desde o delito. Considerando que ocorreram diversas nulidades absolutas no decorrer do julgamento, informo que recorrerei da sentença, buscando que ocorra, futuramente, um julgamento justo”, disse a defesa, que acrescentou estar muito satisfeita com a absolvição de outros acusados. Julgamento O julgamento da ex-deputada e outros acusados começou na última segunda-feira (7) e se estendeu por sete dias, conduzido pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Niterói. A sessão final, em que foi proferida a sentença, durou 21 horas, e atravessou a madrugada de domingo. Inicialmente, havia a expectativa de que o julgamento se encerrasse em três dias, mas os longos depoimentos, tumultos e atrasos no início de algumas sessões estenderam essa previsão. Além disso, em momentos distintos, Flordelis e uma de suas filhas que também estava no banco dos réus passaram mal e demandaram paralisações para atendimento médico. Filha condenada A filha de Flordelis, Simone dos Santos Rodrigues, também foi condenada a 31 anos, quatro meses e 20 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, por homicídio triplamente qualificado consumado, tentativa de homicídio qualificado privilegiado e associação criminosa armada. Já os filhos André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva foram absolvidos, assim como a neta Rayane dos Santos Oliveira. Rayane é filha adotiva de André e Simone, que não têm laços sanguíneos apesar de serem ambos filhos de Flordelis – Simone é filha biológica, e André, filho afetivo. Carreira de Flordelis  Cantora gospel e pastora em seu próprio ministério, Flordelis se elegeu deputada federal em 2018 pelo Partido Social Democrático (PSD) com grande apoio dos fiéis, tornado-se a mulher mais votada no estado do Rio de Janeiro naquele pleito. Após a conclusão das investigações em torno da morte de Anderson, ela teve seu mandato na Câmara dos Deputados cassado. As investigações também implicaram parte de sua família, e cinco filhos da ex-deputada já foram condenados pelo crime.   Com informações da Agência Brasil** Fonte

Brasil precisa restaurar 50 milhões de hectares de floresta para salvar Amazônia, diz cientista

O cientista climático Carlos Nobre, co-presidente do Painel Científico para Amazônia, afirmou ser necessário que o Brasil, para salvar a Floresta Amazônica, garanta a restauração mínima de 50 milhões de hectares, 38 milhões a mais do que o país se comprometeu no Acordo de Paris para todos os biomas. O pesquisador foi um dos participantes do painel “Financiando soluções baseadas na natureza e escalando a restauração florestal no Brasil”, realizado neste sábado (12), no Brazil Climate Action Hub. Nobre defendeu forte mobilização no governo Lula para reunir recursos de doadores internacionais e iniciar imediatamente a restauração de territórios indígenas, unidades de conservação desmatadas e 600 mil quilômetros de terras devolutas, uma vez que não há verbas previstas no Orçamento da União. “O mundo está preocupado em salvar a Amazônia. Acho que é viável conseguir US$ 1 bilhão de filantropias para que a partir de 1° de janeiro já seja possível começar a restaurar”, disse o cientista. Segundo ele, a restauração dos 50 milhões de hectares é essencial para evitar a autodegradação da floresta e o “ponto de não retorno”. Para Ilona Szabó, presidente do Instituto Igarapé, que também participou do painel, as soluções para a restauração florestal passam também por reduzir o “custo Amazônia”. “Temos falado muito de transição e restauração, mas precisamos falar do papel das finanças na questão climática. Já sabemos que o ‘custo Brasil’ é alto para fazer negócios dentro das regras e das leis, e o ‘custo Amazônia’ é mais alto ainda, pois envolve questões de ilegalidade, criminalidade ambiental, crime organizado, entre outros fatores. Isso tem afastado financiadores e empresas de investir na Amazônia”, explicou. Laboratórios avançados de pesquisa: o ‘MIT’ da Amazônia Carlos Nobre destacou ser a bioeconomia o grande potencial econômico da Amazônia e defendeu a criação de uma estrutura panamazônica de pesquisa científica, com centros e laboratórios super avançados, “padrão”  MIT (o Instituto de Tecnologia de Massachusetts),  para formação de milhares de jovens em bioeconomia da floresta em pé e Economia Circular, combinando o conhecimento dos povos originários. “Vamos formar os jovens para que sejam os grandes pilares dessas nova bioeconomia”, afirmou.   Foto: Valter Campenato Fonte

Flordelis é condenada a 50 anos de prisão por assassinato do marido

A ex-deputada federal Flordelis dos Santos foi condenada hoje (13) a 50 anos e 28 dias de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo assassinato do ex-marido, o pastor Anderson do Carmo. O crime ocorreu em junho de 2019, na casa da família, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O Tribunal do Júri de Niterói considerou a ex-deputada culpada pelo homicídio triplamente qualificado, que recebeu os agravantes de motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Anderson foi morto a tiros ao chegar em casa de carro, na noite do dia 16 de junho. O crime teria sido motivado porque a vítima mantinha rigoroso controle das finanças familiares e administrava os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado às pessoas mais próximas da ex-deputada em detrimento de outros membros da família, que somava mais de 50 filhos, entre biológicos, adotivos e afetivos. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro apontou Flordelis como a responsável por planejar o homicídio do então marido, convencendo o executor direto e os demais acusados a participarem do crime, pensado para parecer um latrocínio. As investigações indicaram que a ex-deputada financiou a compra da arma usada e avisou sobre a chegada da vítima no local em que foi executado a tiros. Além do homícidio consumado, Flordelis foi condenada pelas tentativas anteriores de matar o marido, adicionando veneno em sua comida e bebida ao menos seis vezes. Nesse caso, o crime foi homicídio duplamente qualificado. O caso envolve ainda condenações por associação criminosa armada e dois usos de documento ideologicamente falso, uma carta em que um dos filhos aponta um culpado sabidamente falso pelo homicídio. Em nota, a defesa da ex-deputada afirma que a condenação ocorreu “apesar de não haver provas” e garantiu que recorrerá da sentença. “Entendo que a condenação foi indevida, eis que certamente se deu pela pressão da opinião pública formada desde o delito. Considerando que ocorreram diversas nulidades absolutas no decorrer do julgamento, informo que recorrerei da sentença, buscando que ocorra, futuramente, um julgamento justo”, disse a defesa, que acrescentou estar muito satisfeita com a absolvição de outros acusados. Julgamento O julgamento da ex-deputada e outros acusados começou na última segunda-feira e se estendeu por sete dias, conduzido pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Niterói. A sessão final, em que foi proferida a sentença, durou 21 horas, e atravessou a madrugada de domingo. Inicialmente, havia a expectativa de que o julgamento se encerrasse em três dias, mas os longos depoimentos, tumultos e atrasos no início de algumas sessões estenderam essa previsão. Além disso, em momentos distintos, Flordelis e uma de suas filhas que também estava no banco dos réus passaram mal e demandaram paralisações para atendimento médico. A filha de Flordelis, Simone dos Santos Rodrigues, também foi condenada a 31 anos, quatro meses e 20 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, por homicídio triplamente qualificado consumado, tentativa de homicídio qualificado privilegiado e associação criminosa armada.Já os filhos André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva foram absolvidos, assim como a neta Rayane dos Santos Oliveira. Rayane é filha adotiva de André e Simone, que não têm laços sanguíneos apesar de serem ambos filhos de Flordelis – Simone é filha biológica, e André, filho afetivo. Cantora gospel e pastora em seu próprio ministério, Flordelis se elegeu deputada federal em 2018 pelo Partido Social Democrático (PSD) com grande apoio dos fiéis, tornado-se a mulher mais votada no estado do Rio de Janeiro naquele pleito. Após a conclusão das investigações em torno da morte de Anderson, ela teve seu mandato na Câmara dos Deputados cassado. As investigações também implicaram parte de sua família, e cinco filhos da ex-deputada já foram condenados pelo crime. Condenações anteriores Em novembro de 2021, o Tribunal do Júri de Niterói já havia condenado Flávio dos Santos Rodrigues, um dos filhos da ex-deputada, a 33 anos 2 meses e 20 dias de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado consumado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada. Flávio foi denunciado como autor dos disparos de arma de fogo que provocaram a morte do pastor Anderson. Na mesma sessão, Lucas Cezar dos Santos de Souza, outro filho de Flordelis, foi condenado por homicídio triplamente qualificado a nove anos de prisão em regime inicialmente fechado. Ele foi apontado como o responsável por adquirir a arma usada no assassinato do pastor. Já em abril deste ano, o Tribunal do Júri de Niterói condenou outros quatro réus: Adriano dos Santos Rodrigues, que também é filho de Flordelis, a quatro anos, seis meses e 20 dias de reclusão em regime inicialmente semiaberto por uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada; o ex-PM Marcos Siqueira Costa, a cinco anos e 20 dias de reclusão em regime inicialmente fechado, e sua esposa Andrea Santos Maia, a quatro anos, três meses e dez dias de reclusão em regime inicialmente semiaberto por crimes de uso de documento ideologicamente falso, duas vezes, e associação criminosa armada; Também foi condenado na sessão realizada em abril Carlos Ubiraci Francisco da Silva, mais um fliho de Flordelis, pelo crime de associação criminosa armada, a dois anos, dois meses e 20 dias de reclusão em regime inicialmente semiaberto. No dia 28 de abril, porém, a Vara de Execuções Penais do tribunal concedeu liberdade condicional a Ubiraci. —   Fonte

Alexandre de Moraes encerra ações contra corte de IPI na Zona Franca de Manaus

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), extinguiu três ações na corte que questionavam decretos do presidente Jair Bolsonaro (PL) que reduziam o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos de todo o país que também fossem fabricados na Zona Franca de Manaus. Moraes encerrou os processos sem analisar o mérito dos pedidos. Para o magistrado, as alterações posteriores que o governo fez, editando novos decretos sobre o tema, causaram ‘modificação substancial’ nas normas, o que acarreta o prejuízo das ações, por perda de objeto. ‘De fato, a jurisdição constitucional abstrata brasileira não admite o ajuizamento ou a continuidade de Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo já revogado ou cuja eficácia já tenha se exaurido, ou que tenha sido substancialmente alterado, independentemente do fato de terem sido produzidos efeitos concretos residuais’, afirmou. As ações foram propostas pelo Solidariedade, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pela Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM). A edição de novos decretos sobre a tributação do IPI já havia levado o ministro a revogar, em setembro, suas decisões liminares (provisórias) que suspendiam a redução do imposto pretendida pelo governo, a fim de preservar a Zona Franca de Manaus. Ao revogar as liminares, Moraes restaurou a validade de um decreto do governo sobre IPI editado no final de julho, com mudanças adotadas em norma publicada em 24 de agosto. O texto definiu a lista de produtos que não terão a redução do tributo para preservar os itens fabricados na Zona Franca de Manaus. A quantidade subiu de 61 para 170 produtos, o que representa a maior parte das mercadorias produzidas na região. Mesmo com a limitação a 170 produtos, há outros 4.000 produtos beneficiados pelo corte de 35% do imposto no restante do território nacional. ‘Dessa forma, ampliado o conjunto de informações presentes nos autos e alterado o quadro fático que anteriormente subsidiou o deferimento das medidas cautelares, reconheço, em linha de princípio, a existência de indícios que confluem para a descaracterização dos requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora. Com essas considerações, deve ser privilegiado, nesse momento, a presunção de constitucionalidade dos atos questionados’, escreveu Moraes, na ocasião. Segundo o ministro, o novo decreto restabelece as alíquotas do IPI para 109 produtos fabricados na Zona Franca, ‘o que, somados aos 61 produtos já listados no Decreto 11.158/2022, objeto da alteração, conforma um total de 170 produtos cujas alíquotas foram restabelecidas’. A quantidade representa um índice superior a 97% de preservação do faturamento instalado na Zona Franca de Manaus, segundo informações da AGU (Advocacia Geral da União) que foram citadas pelo ministro na decisão. Moraes também afirmou que o decreto de julho, que havia reduzido a 0% a alíquota de IPI sobre produtos como extrato concentrado para bebidas, foi superado pelo decreto de agosto. A nova norma aumentou a alíquota sobre o produto para 8%. A lista de produtos que não terão redução de IPI, definida pelo governo em agosto, inclui itens como isqueiro, carregador de bateria, lâmina de barbear, caixa registradora, relógio de pulso, caneta esferográfica e máquina de lavar louça. A revogação das decisões foi elogiada pelo governo. Segundo o Ministério da Economia, a decisão ‘permite conciliar tanto a reindustrialização do Brasil, a partir da redução do tributo, quanto a proteção da Zona Franca de Manaus’. Os produtos da Zona Franca são isentos do IPI. Ou seja, não pagam tributo, diferentemente do restante do Brasil. É uma região onde indústrias têm incentivos fiscais para se instalar. Com a redução da carga tributária no país todo, a região fica menos atrativa. Escoar a produção de Manaus para os principais mercados consumidores é custoso. Ao todo, foram 4 versões do decreto sobre IPI para atender as determinações do STF. Em maio, Moraes havia suspendido a redução de 35% imposto para produtos fabricados também na Zona Franca de Manaus. Depois, em agosto, suspendeu a eficácia de novo decreto editado pelo governo em julho. O magistrado acatou pedidos do partido Solidariedade, que argumentou que a medida do governo reduzia a competitividade da região. Segundo o governo, a medida é fiscalmente neutra em relação aos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus, com exceção do concentrado para elaboração de bebidas, cuja recomposição da alíquota irá gerar uma renúncia estimada de R$ 164 milhões em 2022, R$ 715 milhões em 2023, e R$ 762 milhões em 2024. Com informações Poder 360 Fonte

Busca por exames preventivos de câncer de próstata cresceu 82% nos últimos dois anos

A busca por exames preventivos de câncer de próstata nos últimos dois anos cresceu 82%, segundo dados da BP Medicina Diagnóstica, o centro de diagnósticos e terapias da ‘A Beneficência Portuguesa de São Paulo’ (BP). A doença ocupa segundo lugar em mortalidade por câncer, atingindo mais de 16 mil homens anualmente. Alguns fatores de risco são a idade, hereditariedade, tabagismo, sedentarismo e obesidade. A gravidade dos números sobre a doença levou à criação do ‘Dia Mundial do Combate ao Câncer de Próstata’, em 17 de novembro. O objetivo da data é chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce da principal enfermidade que atinge a população masculina. Na fase inicial, o câncer de próstata geralmente não apresenta sinais ou sintomas, mas conforme a progressão da doença, os principais sintomas são dificuldade para urinar, sangue na urina e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. “Quando ocorrem sintomas normalmente é sinal de que o câncer não é mais precoce e as chances de cura caem”, alerta o oncologista Fábio Schutz, coordenador médico do Centro de Oncologia e Hematologia da BP, eleito Top 4 entre os principais centros especializados no tratamento de câncer no país, segundo ranking da revista Newsweek, conceituada publicação norte-americana. Diagnóstico  Uma das primeiras formas de rastreamento da doença é o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico), que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata. Em níveis altos dessa proteína, o resultado pode significar a presença de nódulos benignos ou malignos (câncer) e desta maneira indicar a biópsia para melhor avaliação. Outro exame que é realizado pelo urologista para rastreamento é o exame de toque retal, que consiste na avaliação médica do tamanho, forma e textura da próstata, de forma que o médico poderá avaliar presença e tamanho de nódulos suspeitos em relação às estruturas adjacentes da próstata, podendo desta maneira estimar ou suspeitar de um tumor mais ou menos avançado. Segundo o médico da BP, estes exames isolados não fazem o diagnóstico do câncer, mas podem auxiliar na investigação. “O toque retal faz parte do exame físico do paciente e dura questão de segundos, causando pouco incômodo. Em alguns casos pode ser também indicada a ressonância da próstata. Entretanto, o diagnóstico da doença só é feito a partir da biópsia da próstata, que normalmente é solicitada dependendo da alteração do toque retal ou do PSA”, explica o especialista. Tratamento  Para iniciar o tratamento de câncer de próstata, é necessário identificar o estágio em que o tumor se encontra. Quando ele está localizado apenas na região da próstata, normalmente é recomendado a cirurgia de remoção da próstata ou também a radioterapia local. A cirurgia de próstata pode ser feita por via aberta, vídeo-laparoscopia ou através de cirurgia robótica, que é menos invasiva, menos traumática e de rápida recuperação. Já a administração de terapia hormonal é indicada em casos de tumores de estágios localizados tratados com radioterapia e também em casos de estágios mais avançados da doença, como por exemplo a presença de metástases. O objetivo da terapia hormonal é reduzir e bloquear os níveis de testosterona do paciente. Existem ainda casos em que o câncer de próstata é considerado de muito baixo risco e nestes casos pode-se inclusive fazer uma estratégia de vigilância ativa com seguimento periódico de perto, e quando necessário indicar algum tratamento ativo para o câncer de próstata localizado como a cirurgia ou a radioterapia. Segundo Schutz, a recomendação é de que o paciente faça exames preventivos anualmente a partir dos 50 anos. Para pacientes de alto risco, como histórico familiar ou homens de pele negra, a partir de 45 anos. “De uma maneira geral, podemos dizer que quando diagnosticado e tratado precocemente as chances de cura são altas”, finaliza o médico da BP. Fonte

Queijo de búfala é atração gastronômica de Marajó

A Ilha de Marajó, cercada pelas águas do Oceano Atlântico e do Rio Amazonas, guarda um universo de lendas, tradições, costumes e iguarias próprios. Um desses tesouros é o queijo do Marajó, feito de leite de búfala e reconhecido por sua suavidade. A equipe do Caminhos da Reportagem foi até essa região do Pará descobrir seus encantos, a forma de fazer o queijo e a história por trás do produto, que ganhou em 2021 o selo de Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Dois tipos de queijo são produzidos na ilha: o queijo manteiga e o creme. A principal diferença entre eles é o uso da manteiga de garrafa na receita. “O queijo creme é menos gorduroso, tem uma cremosidade a mais”, afirma Eduardo Portal, gerente da Latícinios Portal, defendendo o produto que fabrica. Há pouco mais de um ano no mercado, a queijaria vende para municípios do Pará e de São Paulo. Eduardo conta que a certificação trouxe visibilidade e a conquista de novos mercados, para além de Soure, no Marajó: “É muito gratificante ver que um sonho está se tornando realidade”. A influência do selo nas vendas está também ligada à originalidade do queijo. Rubens Magno, superintendente do Sebrae no Pará, explica que a IG chancela que, em apenas uma região, pode-se fazer o produto de uma determinada maneira: “É um reconhecimento que confirma a ancestralidade”, sublinha. Prudêncio Paixão, proprietário da Queijaria do Prudêncio, produz o queijo manteiga há 25 anos, da forma como aprendeu com seus antepassados. “Meu dia começa às três da manhã trabalhando já na queijaria. Por volta de seis e meia, a gente vai ao curral coletar o leite e, às sete horas, eu já estou com a primeira fornada de queijo no fogo”, conta. Com o queijo do Marajó, o empreendedor Francisco Moya faz um pão de queijo metade mineiro, metade marajoara; a chef Jerônima Barbosa cozinha no restaurante Bacuri o filé marajoara e outros pratos típicos da gastronomia local; e Joniel Nascimento ganhou as redes com seu sorvete Ice Buffalo, que tem o búfalo Alemão como garoto-propaganda e apreciador. Símbolo No maior arquipélago fluviomarinho do mundo, os búfalos se tornaram um símbolo e uma grande atração da ilha. O rebanho supera o de bois e o número de cabeças corresponde a 38% do total nacional, segundo o IBGE. Eles estão nas fazendas, nas ruas, na montaria da polícia marajoara, no artesanato e em passeios turísticos. Na Fazenda São Jerônimo, que conta com 400 hectares e diferentes biomas, um dos passeios mais concorridos leva os turistas a nadarem com o animal. “Queria mostrar um pouquinho do Marajó. Como? Igarapés, praias, mangue e campina”, conta Raimundo Brito, proprietário da fazenda. Os búfalos foram introduzidos no Marajó no fim do século XIX e se adaptaram ao clima quente e úmido da região. Hoje, movimentam a economia da ilha e, para Tonga Gouvêa, agrônomo e produtor de queijo, tiveram a capacidade de fixar o homem ao campo: “Ele tem a qualidade de produzir proteína barata e de adaptação; é uma espécie espetacular”, acredita. Ao lado da filha Gabriela Gouvêa, presidente da Associação de Produtores de Leite e Queijo do Marajó, ele administra a Fazenda Mironga, onde os turistas experimentam a chamada “vivência”, em que conhecem a história da família, dos búfalos, dos queijos e experimentam o que a fazenda produz. “O Marajó vai além do território. O Marajó é sentimento. Você precisa se permitir viver ouvindo os sons que nós temos aqui, sentindo o búfalo, comendo as coisas do búfalo. Não tem como eu dizer o que é isso aqui, a não ser que você venha viver”, diz Gabriela. O episódio Uma fatia de Marajó, do Caminhos da Reportagem, vai ao ar no próximo domingo, (13/11), às 22h, na TV Brasil. Fonte

Flordelis é condenada a 50 anos de prisão pela morte do pastor Anderson

A ex-deputada Flordelis foi condenada a 50 anos e 28 dias por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada. A filha biológica de Flordelis, Simone dos Santos Rodrigues, também foi condenada e os filhos adotivos e neta biológica foram inocentados. A família estava há sete dias em julgamento em júri popular pela morte do pastor Anderson, em junho de 2019. A decisão foi tomada pela 3ª Vara Criminal de Niterói. A ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza declarou, em interrogatório realizado ontem no Tribunal do Júri de Niterói (RJ), que os “abusos” cometidos pelo pastor dentro de casa motivaram o assassinato. Foi a primeira vez que ela falou, desde o início do julgamento, na segunda-feira (7/11). Além de Lucas e Flávio, filhos de Flordelis condenados pelo assassinato, também foram responsabilizados pela justiça: Carlos Ubiraci Francisco da Silva, Marcos Siqueira Costa (ex-policial militar), Andrea Santos Maia (mulher de Marcos Siqueira) e Adriano dos Santos Rodrigues (filho biológico de Flordelis). Todos foram sentenciados por uso de documento falso e por associação criminosa armada. Fonte