Rio: PM segue com policiamento reforçado na comunidade Bateau Mouche

A Polícia Militar permanece com o policiamento reforçado na base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, zona oeste do Rio, por causa do ataque de criminosos na madrugada de sábado (24), com paus e tijolos, além de atirarem coquetéis molotov contra uma patrulha da PM e contra a base da UPP, que ficou com a frente e uma parte da unidade destruída pelo fogo. O lugar tem sido palco há vários meses de confronto entre traficantes de drogas e milicianos que lutam pelo domínio do controle dos pontos de venda de drogas na região. Nesse ataque à base da UPP, os militares de plantão chegaram a ficar encurralados e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi acionado para controlar a situação. A menos de um mês, o sargento do Bope, Ângelo Rodrigues de Azevedo morreu com um tiro de fuzil na cabeça, quando participava de uma operação para localizar e prender os criminosos escondidos na área de mata fechada no alto da comunidade. A situação no local piorou ainda mais porque um morador da comunidade, Jean de Menezes Fernandes, foi atingido por um tiro de raspão na cabeça. A vítima foi levada para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, zona sul da cidade, e seu estado de saúde é considerado estável. A viatura parcialmente destruída pelo fogo foi retirada do local para reparos. No mesmo dia, o carro blindado do Bope, conhecido como caveirão, também foi atacado a pedradas e pedaços de paus, mas não sofreu avarias, devido ao reforço na lataria. O reforço no policiamento é feito por homens do batalhão de Jacarepaguá, responsável pelo policiamento na região e pelo Batalhão de Choque da corporação. Fonte

PMs presos por chacina na AM-010 passam por audiência de custódia neste domingo, em Manaus

Neste domingo (25), doze policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) suspeitos de terem envolvimento em chacina na rodovia AM-010, participam de uma audiência de custódia às 14h, no Fórum Henoch Reis, na zona Sul de Manaus. A ação irá avaliar a solicitação de prisão temporária, feito pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) em menos de 72h após a chacina, que aconteceu na aconteceu na última quarta-feira (21). As vítimas foram identificadas como os irmãos Diego Máximo Gemaque e Lilian Daiane Máximo Gemaque, de 33 e 31 anos, respectivamente, e o casal Alexandre do Nascimento Melo, 29, e Valéria Luciana Pacheco da Silva, de 22 anos, que estava grávida. Os PMs estão detidos desde ontem (24) em um Batalhão da Polícia Militar, em Manaus. Eles começaram a ser investigados após um vídeo dos militares abordando duas das vítimas começar a circular nas redes socais e levantar suspeitas. Além disso, neste domingo, um vídeo em que as viaturas da Rocam ‘escoltam’ o carro das vítimas em avenida que dá acesso à AM-010 também começou a circular na internet e reforça a teoria de que os agentes tiveram algum envolvimento com o crime.   Fonte

Quatro pessoas morrem em deslizamento de terra em Minas Gerais

Quatro pessoas morreram em decorrência de um deslizamento de terra, na madrugada de hoje (25), na zona rural da cidade de Antônio Dias, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Segundo a Defesa Civil estadual, a região foi atingida por chuva intensa que durou cerca de duas horas.  No local do acidente, havia pelo menos quatro residências que foram atingidas pela queda do barranco. As pessoas estavam em uma confraternização de Natal. Entre os mortos estão três mulheres e um menino de 12 anos. A Polícia Civil trabalha na identificação das vítimas. O boletim da Defesa Civil do estado, divulgado no fim da manhã, diz que 11 pessoas foram resgatadas e encaminhadas a hospitais da região. Duas pessoas estão desaparecidas. Além de duas equipes da Defesa Civil, estão no local 43 policiais e bombeiros militares, com oito viaturas e duas aeronaves. Eles atuam para a localização dos desaparecidos e o restabelecimento dos serviços essenciais. As estradas que dão acesso às comunidades atingidas estão obstruídas. O prefeito da cidade, Benedito de Assis Lima, conhecido como Ditinho, também está no local. No início da manhã de hoje, ele gravou um vídeo em que mostra o trabalho de máquinas para desobstruir as vias. Previsão O clima no estado seguirá com instabilidade e pancadas de chuvas isoladas, segundo o boletim da Defesa Civil. No centro-norte e leste mineiro, região do acidente, a tendência é de redução do volume de chuva. Mas o dia segue com nebulosidade. Nas demais regiões, a previsão é de que o aquecimento durante o dia e a umidade vão favorecer típicas pancadas de verão no período da tarde. O balanço do período chuvoso no estado mostra que 104 municípios mineiros estão em situação de emergência. Oito pessoas morreram desde 21 de setembro, 1.484 estão desabrigadas e 7.370 estão desalojadas. Fonte

Banco do Brasil inaugura quatro usinas solares neste mês

Em vigor desde 2020, a geração própria de energia solar pelo Banco do Brasil (BB) ganhou impulso neste mês, com a inauguração de quatro usinas de energia fotovoltaica. Os empreendimentos ficam em Xique-Xique, na Bahia, Rio Paranaíba, em Minas Gerais, Loanda, no Paraná, e Lins, em São Paulo, e foram construídos pela empresa do setor energético EDP. Segundo o BB, as novas usinas podem gerar até 23 megawatt pico (MWp), unidade que representa a capacidade máxima instalada em condições climáticas favoráveis e gerarão economia de R$ 102,5 milhões em 15 anos de contrato. As quatro plantas compensarão o consumo energético de 365 agências e farão o banco deixar de emitir cerca de 3 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera por ano. Com as novas plantas, o BB já opera sete usinas de energia solar. As duas primeiras foram inauguradas em 2020, em Porteirinhas, Minas Gerais e em São Domingos do Araguaia, no Pará. Outra usina foi inaugurada neste ano em Naviraí, Mato Grosso do Sul. O projeto continuará em expansão nos próximos anos. O BB tem mais 22 usinas fotovoltaicas em fase de contratação ou em construção. Segundo a instituição financeira, quando todas as 29 plantas estiverem em operação, a energia gerada compensará o consumo de cerca de 1,4 mil agências. Em outubro, as duas primeiras usinas solares do BB ultrapassaram a marca de 30 gigawatts-hora em geração de energia, desde o início da operação. Isso equivale a um volume suficiente para iluminar uma cidade de 150 mil residências por um mês inteiro. Produzida no modelo de geração distribuída, a energia entra no sistema das distribuidoras locais, sendo abatida como crédito na conta de luz do Banco do Brasil. Contrapartidas sociais O projeto de geração de energia fotovoltaica tem contrapartidas sociais. As empresas contratadas desenvolvem ações de benefício às comunidades locais, como plantio de árvores e instalação de placas fotovoltaicas em entidades sociais. A modalidade de geração distribuída traz ganhos para a região das usinas, como a criação de empregos diretos e indiretos, o aumento da arrecadação de tributos no município e a melhoria da rede de energia. Além das usinas solares, o BB tem um projeto de energia limpa para os grandes prédios. O banco migrou 61 edifícios para o mercado livre de energia, modelo que prevê a compra certificada de energia de fontes 100% renováveis. A instituição pretende migrar mais quatro prédios nos próximos meses. Fonte

Empresário é preso no DF após tentativa de atentado

Um empresário foi preso na noite deste sábado (24) com um arsenal de armas e bombas na capital federal e confessou ter colocado uma bomba em um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília. Em coletiva à imprensa, o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Robson Cândido, informou que o preso é um empresário do Pará, de 54 anos, que faz parte do grupo acampado em frente ao Quartel General do Exército e confessou que pretendia cometer um atentado na capital federal para chamar atenção do movimento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que quer impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República. “Ele confessou que realmente tinha a intenção de fazer um crime no aeroporto, que seria destruir um porte ou algo do tipo para causar o caos e o objetivo dele era justamente chamar atenção para o movimento que eles estão empenhados”, disse Cândido. O homem foi preso após tentativa de explodir um caminhão-tanque, que estava próximo ao aeroporto de Brasília. A prisão ocorreu após denúncia à polícia da presença de um artefato explosivo, que logo em seguida foi detonado. O caso aconteceu da tarde de sábado (24). “Ele é morador do Pará e veio justamente para participar de manifestações no QG [Quartel General do Exército]. Ele faz parte desse movimento de apoio ao atual presidente [Jair Bolsonaro] e estão imbuídos nessa missão, segundo ele, ideológica, mas que saiu do controle e as autoridades policiais, principalmente aqui em Brasília, iremos tomar todas as providências”, acrescentou. O delegado-geral afirmou ainda que atentados com bombas nunca foram registrados em Brasília. A PCDF encontrou armas, munições e outras emulsões explosivas com o homem em um apartamento no bairro do Sudoeste. Apesar de ter registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), o material encontrado estava irregular. “Nós não iremos permitir que nenhum tipo de manifestação possa causar mal às pessoas ou ao patrimônio público”, assegurou. “Ele é CAC, porém está tudo fora das normas e será autuado por posse, porte de arma ilegal de fogo, munições e artefatos explosivos e crime contra o Estado Democrático de Direito”, completou. Flávio Dino Por meio do Twitter, o futuro ministro da Justiça do governo eleito, Flávio Dino, classificou de “terrorismo” a tentativa de explodir um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília investigada pela polícia de Brasília. “Os graves acontecimentos de ontem em Brasília comprovam que os tais acampamentos ‘patriotas’ viraram incubadoras de terroristas. Medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade possível”, afirmou Dino. “O armamentismo gera outras degenerações. Superá-lo é uma prioridade”. Flávio Dindo agradeceu a rapidez da Polícia Civil do DF. “Reitero o reconhecimento à Polícia Civil do DF, que agiu com eficiência. Mas, ao mesmo tempo, lembro que há autoridades federais constituídas que também devem agir, à vista de crimes políticos”, disse. “Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores”. Em uma nova postagem, o futuro ministro postou que pretende propor que o Procurador Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público constituam grupos especiais para combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável. “O Estado de Direito não é compatível com essas milícias políticas.” Fonte

Natal: Em Ceilândia, carro desgovernado invade açougue e deixa uma pessoa ferida

Na manhã deste domingo (25), um carro desgovernado invadiu um açougue próximo ao Terminal Rodoviário de Ceilândia, no Distrito Federal. Um cliente que estava no local foi atropelada. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que foi acionado para a ocorrência, a motorista do veículo, identificada apenas como “D.F.T”, tem 39 anos. Já a vítima se trata de um homem, identificado como “F.G.G.O”, de 22 anos. Ainda segundo a organização, ambos ficaram com escoriações pelo corpo de foram encaminhados para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Eles estavam conscientes e orientados. O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) também foi acionado para o local. O incidente em pleno Natal destruiu grande parte do estabelecimento comercial. O caso está sendo investigado. Fonte

Estudo mostra viabilidade de medicamento no combate ao HIV

Estudo mostra que a oferta imediata de profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV é viável no Brasil, com baixa perda precoce de acompanhamento. Os resultados, publicados na edição de 21 de dezembro de The Lancet HIV, uma das mais conceituadas revistas científicas do mundo, mostram que a adesão à PrEP e a retenção ao serviço a longo prazo foram boas. PrEP é um medicamento anti-HIV, tomado de forma programada para evitar uma infecção pelo HIV caso ocorra uma exposição. A pesquisa foi conduzida pelo Grupo de Estudos ImPrEP no Brasil, México e Peru, de 2018 a 2021 e teve como objetivo central avaliar a viabilidade da oferta de PrEP oral diária nesses três países, servindo de espelho para iniciativas similares na América Latina. Ao todo, participaram 9.509 pessoas, sendo 3.928 no Brasil, 3.288 no México e 2.293 no Peru. A maioria, 94,3%, gays, bissexuais e outros homens cisgêneros que fazem sexo com homens (HSH). Os demais 5,7% são travestis e mulheres trans, populações mais afetadas pela pandemia de HIV e aids na América Latina, a maioria com idade entre 18 e 30 anos. Os resultados mostram que a adesão à PrEP e a retenção ao serviço a longo prazo foram boas, sendo pior entre os mais jovens e mais vulneráveis; e a incidência de HIV foi muito baixa, sendo maior nas populações mais vulneráveis e com baixa adesão à PrEP. De acordo com o estudo, a PrEP comprovou ser uma importante tecnologia de prevenção, especialmente junto a populações como HSH, travestis e mulheres trans na América Latina. A pesquisa aponta que os determinantes sociais e estruturais de risco ao HIV precisam ser abordados para a plena realização dos benefícios da profilaxia. A etapa inicial do ImPrEP, ligada à oferta da PrEP oral diária, foi uma iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, do Ministério da Saúde do Brasil, a Universidade Peruana Cayetano Heredia, do Peru, a Clínica Condesa e o Instituto Nacional de Saúde Pública, ambos do México. Fonte

Mais de 20 pessoas morrem durante incêndio em casa de repouso na Rússia

Ao menos 22 pessoas morreram em um incêndio na madrugada de sábado (24) em uma casa de repouso particular em Kemerovo, na Sibéria, região na Rússia. A informação foi divulgada pelo Comitê de Investigação da Rússia, responsável pelos principais inquéritos no país. “Seis pessoas ficaram feridas. Duas foram hospitalizadas em estado grave, com queimaduras”, acrescentou o Comitê. “Às 5H25, as equipes de resgate terminaram as tarefas de limpeza dos escombros”, informou o serviço de emergência. Um vídeo publicado pelo serviço de emergência mostra vários caminhões de bombeiros próximos do pequeno estabelecimento, entre os escombros carbonizados. O interior do prédio foi completamente destruído. De acordo com a agência de notícia Tass, o fogo se espalhou durante a noite pelo edifício de madeira, de dois andares. Fontes alegam que a casa de repouso para idosos era “ilegal”. O Comitê de Investigação abriu um processo por “negligência que provocou a morte de várias pessoas”. De acordo com a organização, os investigadores acusam “um homem de 31 anos de ter alugado uma casa particular como residência temporária para idosos”. Segundo os investigadores, a origem do incêndio pode ser “um fogão com defeito” e “a inspeção do local continua, os objetos necessários foram apreendidos para o prosseguimento do inquérito”. Inspeção Em documento, eles também denunciaram que “na véspera do incidente, os inquilinos informaram (o proprietário) que a caldeira estava com defeito, mas ele não tomou nenhuma providência para consertar o equipamento”. No dia 7 de dezembro, um funcionário do Serviço Nacional de Vigilância dos Bombeiros foi ao estabelecimento para uma visita de inspeção. A direção da casa de repouso negou acesso ao local, informou o serviço de emergência. Após o incidente, o governador regional, Sergei Tsivilev, pediu, segundo a agência de notícias Tass, que “todas as casas de repousos, principalmente as privadas, sejam inspecionadas”. Fonte

Novo parque em Niterói busca melhorar água e vegetação de lagoa

Um novo parque, que está sendo criado em Niterói, na região metropolitana do Rio, busca criar uma alternativa de lazer para moradores, replantar mudas nativas e melhorar a qualidade da água da Lagoa de Piratininga. A área a ser revitalizada tem 680 mil metros quadrados. Batizado de Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis (POP), o espaço contará com ciclovias, píeres para contemplação da lagoa e para pesca, mirantes, quadras esportivas, parquinhos, áreas de ginástica e um centro ecocultural, integrados ao ecossistema natural. Além da infraestrutura de lazer, também estão sendo instalados reservatórios para sedimentação de resíduos sólidos, jardins filtrantes (com plantas que limpam a água) e valas de coleta de águas pluviais, com o objetivo de evitar o deságue de esgoto e poluentes na Lagoa de Piratininga. Um viveiro de mudas também permitirá a produção de plantas nativas para substituir espécies exóticas (que não pertencem ao ecossistema). Garça branca pequena nos jardins filtrantes do Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis, em Niterói. – Fernando Frazão/Agência Brasil “O entorno da lagoa não tinha nenhum manejo vegetal. A maioria das espécies é exótica invasora, o que prejudica a biodiversidade, já que não atrai pássaros. Estamos trocando por plantas nativas, para atrair avifauna e polinizadores”, explica Andrea Maia, uma das biólogas do parque. A ideia é que sejam plantadas no entorno da lagoa quase 8 mil mudas de espécies nativas. Segundo o engenheiro que supervisiona as obras, José Carlos Planave, a previsão é que a maior parte das obras esteja concluída até maio de 2023. Outra parte da intervenção, que inclui a urbanização de uma comunidade às margens da lagoa, deverá ser entregue posteriormente. Jacarés Durante as obras de instalação do parque, os operários tiveram uma surpresa. Cerca de 25 filhotes de jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) foram encontrados em um canal de cintura, criado anos atrás para concentrar as águas vindas da rede pluvial do entorno da lagoa. Os animais usavam as plantas do local para se esconder de predadores. Jacaré no Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis – Divulgação/Prefeitura de Niterói/Alex Ramos Os biólogos perceberam, então, que as margens da Lagoa de Piratininga são uma zona de reprodução de jacarés. Desde então, já foram identificados também quatro adultos e uma área de nidificação da espécie, próxima ao local onde os filhotes foram encontrados. Quando os operários perceberam que havia filhotes no local, as intervenções foram paralisadas e o projeto foi adaptado para proteger a espécie. “Nós delimitamos uma área, onde vamos proteger a borda do canal e fazer o manejo das plantas macrófitas [a vegetação aquática] desse canal. Essas plantas filtram a água e protegem os animais que vivem ali. Nós vamos fazer um berçário que não tem nada de artificial”, conta Andrea Maia. A ideia é proteger o ciclo natural dos animais, sem interferência humana. Além disso, o ambiente preservado permite não apenas o nascimento dos répteis, mas também a existência de alimentos para que eles cresçam e também se reproduzam. Fonte

Guaraná: os Olhos da Floresta é tema do Caminhos da Reportagem de hoje

O guaraná do município de Maués tem a fama de ser o melhor do mundo – ou, pelo menos, é isso o que garante quem mora na cidade, no coração da Amazônia. A equipe do Caminhos da Reportagem viajou até a região para saber porque o produto de lá tem tanta notoriedade, a ponto de ter conquistado o selo de Indicação Geográfica, que destaca o local pela qualidade do guaraná produzido. O fruto vermelho que parece um olho é cultivado na região por pequenos produtores. O trabalho não é fácil: depois de colhido, o caroço é retirado, lavado, torrado e moído. Só a torragem leva até 8 horas. Maués chegou a ser o maior produtor de guaraná do país, mas hoje a Amazônia responde por apenas 18,4% da produção, perdendo para a Bahia, com 67,7%, segundo dados de 2021 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O trabalho árduo antes não era recompensado: o quilo do produto já custou R$ 5. Com as certificações, como a Indicação Geográfica e o selo de Orgânico, conseguiram aumentar o preço em nove vezes: hoje, eles vendem o quilo a R$ 45. “O guaraná, pra mim é tudo, o amor que a gente tem pelo produto faz ele ser um dos melhores que a gente tem no mundo”, conta Adeílson Gomes de Souza, conhecido como Dedeco, que é presidente Associação dos Produtores de Guaraná da Indicação Geográfica de Maués. O fruto vermelho que parece um olho é cultivado na região por pequenos produtores – TV Brasil A permanência dos produtores de guaraná na área rural de Maués também impacta a manutenção de tradições amazônicas, como o gambá. O ritmo musical recebeu esse nome por causa do tambor que é feito pelos próprios músicos. “O gambá é um tambor, mas é gambá na nossa língua sateré-mawé”, explica o músico José Carlos de Cardoso, conhecido como Iracito. É da língua indígena sateré-mawé que vem a palavra guaraná, uma modificação de waraná, que significa “a fonte de sabedoria”. O fruto já era plantado no Brasil pelos indígenas Sateré-Mawé e Munduruku quando os portugueses chegaram por aqui. A forma tradicional do guaraná ainda é feita ali: o bastão, que é modelado a partir da massa socada e depois ralado na língua do pirarucu, que quando seca fica endurecida. A relação da população com o guaraná em Maués também chama a atenção por uma característica local: a longevidade. Segundo estudo do geriatra e gerontologista Euler Ribeiro, 1% da população do município tem mais de 80 anos, superando a média de 0,5% nacional. E a frutinha vermelha pode ter efeito nesse dado: “o guaraná é vasodilatador cerebral, mantém a memória, evita a sarcopenia, que é a perda das fibras musculares com o envelhecimento, evita o câncer de mama nas mulheres, o câncer de próstata nos homens e dá muita energia”, explica Ribeiro. Em Maués, o guaraná está nas escolas, nos restaurantes, nas feiras, no artesanato, na vida cotidiana da população. Neste domingo (25), o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, vai contar essas e outras histórias no episódio Guaraná: os olhos da floresta, que vai ao ar às 22h. Saiba como sintonizar a TV Brasil Ficha técnicaReportagem: Ana Graziela AguiarReportagem cinematográfica: Gilvan AlvesAuxílio técnico: Alexandre de SouzaProdução: Claiton FreitasEdição de texto: Carina DouradoEdição de imagens e finalização: Jerson Portela e Rivaldo MartinsArte: Júlia Gon Fonte

Pelo menos 15 pessoas morrem em explosão de caminhão-tanque na África do Sul

O balanço da explosão de um caminhão-tanque no sábado em Boksburg, perto de Johannesburgo, na África do Sul, subiu para 15 mortos, anunciou neste domingo (25) o ministro da Saúde. “Ontem, o balanço era de 10 pessoas. Hoje temos 15”, afirmou o ministro Joe Phaala durante uma entrevista coletiva no hospital Tambo Memorial, próximo do local da explosão, que deixou vários feridos. O caminhão ficou preso na manhã de sábado (24) sob uma ponte de Boksburg, a 40 km de Johannesburgo. O veículo transportava 60.000 litros de gás liquefeito de petróleo (GLP), combustível usado principalmente em cozinhas e fogões a gás. O motorista está entre os feridos. Entre as vítimas fatais estão três funcionários do hospital, um motorista que passava pelo local e duas enfermeiras, informou o ministro, que expressou os “pêsames” do governo às famílias. Trinta e sete pessoas que estavam no serviço de emergência do hospital Memorial Tambo no momento da explosão sofreram “ferimentos graves” e foram levadas para outros estabelecimentos, disse o ministro. Do grupo de feridos, 24 eram pacientes e 13 profissionais de saúde. A explosão atingiu a área de emergência e o setor de radiologia. “Partes do teto desabaram, janelas quebraram e equipamentos foram danificados”, disse o ministro da Saúde. Fonte

Casos de covid-19 seguem em queda no estado do Rio

Os indicadores da covid-19 no estado do Rio de Janeiro, divulgados nesse sábado (24), seguem em tendência de queda. A análise da Secretaria de Estado de Saúde (SES) considera os dados registrados nas semanas epidemiológicas 49 (4 a 10 de dezembro) e 50 (11 a 17 dezembro).  No período analisado, o número de casos por início dos sintomas, registrado por semana, passou de 7.253 para 4.036, o que representa redução de 44,35%. Para o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, “pela terceira semana consecutiva, os indicadores de covid-19 apresentam redução. Apesar disso, é importante que a população continue se vacinando e completando o esquema vacinal. Quem ainda não tomou as doses de reforço deve retornar aos postos para receber a imunização. As vacinas são seguras e ajudam a evitar casos graves, internações e óbitos pela doença”, afirmou Os atendimentos a casos de síndrome gripal nas unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual tiveram queda de 18% no período analisado. Na semana de 4 a 10 de dezembro, foram notificados 1.542 atendimentos, sendo 1.446 adultos. Na semana de 11 a 17 de dezembro, foram 1.262 atendimentos, sendo 1.145 adultos. As solicitações de leitos para tratamento da covid-19 apresentaram redução na semana de 11 a 17 de dezembro, com média de nove pedidos por dia, sendo quatro para unidades de Terapia Intensiva (UTI) e cinco para enfermaria. Na semana de 4 a 10 de dezembro, a média de solicitações era de 12 leitos por dia, sendo seis para enfermaria e seis para UTI. Para consultar outras informações, como número de internações, óbitos e taxa de cobertura vacinal, basta acessar o Painel de Monitoramento da Covid-19. Fonte

Qualidade de sono das mulheres é pior que a dos homens, indica estudo

Apesar de dormirem, em média, cerca de 12 minutos a mais do que os homens, a qualidade do sono das mulheres é pior do que a dos homens. A informação é do Instituto do Sono, que cita estudos norte-americanos. Normalmente a duração do período de repouso nos adultos varia entre 7 e 8 horas por noite. Na análise da ginecologista e pesquisadora do Instituto do Sono, Helena Hachul, a pior qualidade de sono das mulheres está relacionada a alterações hormonais e sobrecarga de tarefas, como atividades profissionais e cuidados com a família. A pesquisadora explica que sono fragmentado, insônia, sono insuficiente, má percepção de sono e apneia obstrutiva do sono estão entre os problemas mais comuns para as mulheres. Parte desses distúrbios é causada por mudanças hormonais que ocorrem na adolescência, nos ciclos menstruais, na gestação e na menopausa. Além disso, aspectos sociais contribuem para a piora do sono feminino, já que as mulheres realizam praticamente o dobro de trabalhos domésticos do que os homens e passam duas vezes mais tempo cuidando dos filhos. “Essa sobrecarga de tarefas, somada muitas vezes às atividades profissionais, resultam em privação de sono. É preciso ver se ela é casada, tem filhos, conta com suporte familiar e trabalha fora. A rotina com múltiplas tarefas e as variações hormonais inerentes ao gênero feminino levam a mulher a precisar de mais tempo de sono. Além disso há o risco aumentado para insônia, que chega a ser 40% superior em comparação ao gênero masculino”, diz Helena. Fases da vida e hormônios Segundo Helena, as mulheres na idade reprodutiva tem na primeira metade do ciclo menstrual predomínio de estrogênio e, na segunda, predomínio de progesterona. “Com isso há as alterações na qualidade do sono que são piores no período pré-menstrual, principalmente se essa mulher tiver Tensão Pré-Menstrual. Há mulheres que têm insônia e outras que têm excesso de sono”. Outra questão está relacionada a um distúrbio hormonal, o ovário policístico. Esta é uma patologia na qual a mulher tem diversos cistos no ovário que ocasionam a irregularidade menstrual e muitas vezes aumento de hormônio masculino. “As mulheres que tem ovário policístico têm alterações metabólicas e do ponto de vista de sono apresentam mais ronco e apneia, piorando a qualidade do sono que fica fragmentado”. A gestação e o pós-parto também contribuem para a baixa qualidade de sono da mulher, variando de acordo com o trimestre pelo qual está passando. No primeiro trimestre é mais comum que haja mais sonolência diurna, no segundo já há maior tranquilidade. “No terceiro trimestre o sono é fragmentado por conta do aumento do volume abdominal e do tamanho do bebê. Nesse período as interrupções são mais frequentes, podendo haver mais insônia e apneia”. Helena ressaltou que na menopausa, que marca o final do período reprodutivo, pelo menos 60% das mulheres relata insônia. Neste período há a ausência dos hormônios, o que leva à baixa do estrogênio, causando o aumento das ondas de calor e consequentemente à interrupção do sono. “Mais de 60% das mulheres na menopausa apresentam insônia e a cada centímetro da cintura que aumenta com a menopausa, aumenta em 5% o risco da mulher ter apneia na pós-menopausa”, explicou a médica. Fonte

Três de 20 ararinhas-azuis soltas na Bahia foram mortas por predadores

As ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) voltaram a cortar os céus da caatinga baiana este ano, depois de duas décadas extintas na natureza. Foram anos de planejamento até que o projeto de reintrodução da espécie finalmente conseguisse trazer para o Brasil, em 2020, mais de 50 animais que viviam em cativeiro na Europa.  Em junho, foram soltas oito aves. Em dezembro, foram introduzidos na natureza mais 12. Nem tudo, no entanto, é motivo para comemorar. Das 20 ararinhas já libertadas, três foram mortas por aves de rapina da região. Duas delas são do primeiro grupo, solto em junho. A terceira foi morto poucos dias depois de ser libertada, em 10 de dezembro. Um dos predadores foi identificado: o gavião-pernilongo (Geranospiza caerulescens). Duas espécies são suspeitas de provocar as outras mortes, o carcará (Caracara planus) e o falcão-de-coleira (Falco femoralis). Apesar das perdas, Camile Lugarini, coordenadora executiva do Plano de Ação Nacional (PAN) da Ararinha-Azul, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), considera o projeto de soltura bem-sucedido até agora. “Sabemos que os três primeiros meses após a soltura são os mais complicados. Na primeira soltura, a gente tinha uma meta de atingir 60% de sobrevivência nos seis primeiros meses, que foi alcançada. Agora, estamos monitorando intensivamente para atingir essa meta também”, explicou, acrescentando que a expectativa é que pelo menos 30% sobrevivam ao primeiro ano. Além das três mortes, uma das ararinhas-azuis do primeiro grupo está desaparecida. Os pesquisadores não conseguiram localizá-la dentro dos limites das unidades de conservação criadas para receber a espécie. “Esse desaparecimento foi em agosto. O método de ter alguma informação sobre ela é aumentar nosso raio de atuação com divulgação e comunicação, para abranger outras comunidades e verificar se ela está em outro lugar e não nas unidades de conservação”. O objetivo dos pesquisadores é, nesse início do processo de reintrodução, manter as ararinhas-azuis vivendo nas proximidades da base do projeto, onde podem ser mais facilmente monitoradas e receber alimentação suplementar, enquanto reaprendem a viver na natureza. Na sede do projeto, existe um grande viveiro, onde estão cerca de mais 30 ararinhas-azuis, que servirão como reserva para a reintrodução e como reprodutoras. Estando no cativeiro, elas também atraem para perto de si as ararinhas que estão soltas. Mesmo que elas voem para longe dali, podem ser monitoradas pelos pesquisadores, já que estão equipadas com transmissores. Quando uma dessas aves se separa do resto, os funcionários do projeto tentam atraí-la de volta ao bando, para garantir maior chance de sobrevivência. Quando um pequeno grupo se afasta dos demais, os pesquisadores apenas monitoram sua movimentação, já que, nesse caso, a chance de serem mortas por predadores é menor. Para manter uma população sustentável, viável na natureza, o projeto estima que devem ser reintroduzidas pelo menos 20 aves por ano, nas próximas duas décadas, ou seja, cerca de 400 aves. Para isso, o projeto conta com ararinhas nascidas em cativeiro no próprio Brasil, tanto em Curaçá, onde já nasceram três, quanto em um criadouro em Minas Gerais. O plano conta, contam principalmente, com a repatriação de aves mantidas em cativeiro na Alemanha. No ano que vem, novo grupo com 30 a 50 ararinhas-azuis deve chegar ao Brasil, para se juntar às cerca de 50 que já estão em Curaçá.  Fonte

Brasil deve receber mais 30 a 50 ararinhas-azuis em 2023

O Brasil deve receber mais uma leva de ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) em 2023. Entre 30 e 50 aves devem chegar ao país, vindas da Alemanha, como parte do projeto de reintrodução da espécie na caatinga brasileira, duas décadas depois de ser considerada extinta na natureza. Segundo Camile Lugarini, coordenadora executiva do Plano de Ação Nacional (PAN) da Ararinha-Azul, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a ideia é que os animais cheguem ao Brasil já no próximo mês. O primeiro grupo de 52 ararinhas-azuis chegou a Curaçá em 2020, procedentes de um criadouro alemão. Foi nesse município baiano que o governo brasileiro criou unidades de conservação ambiental para garantir a proteção e o habitat desses animais na natureza. Ali também foi construído um enorme recinto de adaptação para que as ararinhas reaprendam a viver soltas. As primeiras oito aves foram reintroduzidas na natureza em junho deste ano. No último dia 10, foram soltas mais 12. A ideia é soltar 20 aves, por ano, nas próximas duas décadas. Cerca de 30 ararinhas são mantidas no cativeiro, na sede do projeto em Curaçá, como reservas para a reintrodução e como reprodutoras. Três filhotes já nasceram dentro do viveiro baiano e devem ser soltos na natureza, assim como devem ser libertados filhotes nascidos em um criadouro de Minas Gerais, a Fazenda Cachoeira. No entanto, a principal fonte de animais para reintrodução continua sendo o criadouro alemão ACTP. Para a chegada dessa nova leva, vinda da Alemanha, os pesquisadores aguardam a liberação da vigilância agropecuária do Brasil devido a um surto de gripe aviária que atinge a Europa. “Caso não seja possível trazer as aves em janeiro, a gente vai verificar se consegue, com os animais que nasceram aqui no Brasil, fazer uma soltura, porque uma coisa importante é o número de aves. Quanto maior o número no grupo, maiores são as chances de sucesso. Não adianta soltar uma ou duas, ou três ou quatro. Além de ter todo um critério, que leva em consideração a genética e a saúde, o número de animais também é fator importante”. Na natureza, as ararinhas têm, como principal risco à sobrevivência, a existência de predadores. Das 20 ararinhas-azuis soltas, três foram mortas por aves de rapina. Há ainda o risco de dispersão para áreas onde os pesquisadores não conseguirão monitorá-las e da ameaça de sua captura por traficantes.  Fonte