Vulgo ‘Pica-Pau’ teria oferecido R$ 20 mil por cabeça de rival que foi confundido com cantor em Manaus

O jovem identificado como Patrick de Lima Batista, o ‘PK’ de 19 anos, foi preso na última quinta-feira (26), suspeito de estar envolvido na morte do cantor sertanejo Igor Moreira, que foi morto com 20 tiros no último dia 4 de janeiro. De acordo com informações, a vítima foi morta por engano, e o alvo seria uma outra pessoa que os criminosos teriam pago cerca de R$20 mil pela ‘cabeça’. Outros suspeitos também foram presos, sob suspeita de envolvimento no crime, são eles: Wala Lourenço Ferreira, 29, vulgo ‘BH’ e Gabriel Mendes Ferreira, 29, vulgo ‘Dedinho’, também já foram presos suspeitos de participar na morte da vítima. Jânio Pacheco de Sales, conhecido como ‘Pica Pau’, segue sendo procurado e é considerado o mandante do crime O delegado Daniel Antony, que investiga o caso da morte do cantor, disse que na hora da abordagem foi encontrada uma arma de fogo com os suspeitos. ‘A morte teria sido um equívoco em relação a vítima. Para o alvo do ‘Pica-Pau’ haveria um prêmio pela cabeça desse ‘Loirinho’. ‘A vítima era inocente, trabalhador e foi morto na frente da esposa. Um crime que chocou a comunidade e a classe musical. O Wala e o Gabriel apontaram o ‘PK’ e a execução a mando do ‘Pica-Pau’, destacou o delegado. Fonte

Chanceler brasileiro reforça compromisso com fortalecimento da OMC

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou hoje (27), por telefone, com a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala. Entre outros assuntos, eles trataram da proposta brasileira de reuniões anuais da OMC. Segundo o Itamaraty, a medida visa a “aprimorar a capacidade da organização de responder a crises e a ampliar o engajamento dos membros, contribuindo para o processo de reforma e revigoramento da organização”. Vieira também reafirmou o compromisso do Brasil com o fortalecimento e a modernização do Sistema Multilateral de Comércio e da OMC e assegurou o comprometimento do governo brasileiro com a ratificação do Acordo sobre Subsídios à Pesca, que estabelece novas regras comerciais para o setor. O documento foi concluído na última conferência ministerial da OMC e, segundo o Itamaraty, “constitui importante contribuição para o multilateralismo e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. Source link

Amazonastur destaca dicas para curtir o Carnaval longe da folia

A Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) selecionou dicas para quem pretende curtir o carnaval longe da folia e, ainda, aproveitar a folga do feriado para descansar e relaxar junto à natureza. Para quem planeja curtir uns dias de refúgio em um lugar tranquilo, mas pretende ficar próximo à Manaus, as dicas são os hotéis que, além da hospedagem, oferecem uma experiência de calmaria e uma programação de descanso na natureza para seus visitantes. Saindo da capital amazonense pela Ponte Rio Negro, na AM-070 (Manoel Urbano), a Villa do Parika’s possui ótima infraestrutura em uma localização privilegiada em Paricatuba, em Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), e conta com uma vista incrível para o Rio Negro. Hospedagem familiar, o local possui diversos chalés e um cardápio de café da manhã, almoço e jantar. Para reservas: (92) 98415-4701 e nas redes sociais @villadosparikas Villa dos Parikas Pela BR-174, com destino a Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus), cidade das cachoeiras, na Pousada Calango Azul, o visitante pode encontrar chalés separados para hóspedes, uma cachoeira privativa e um restaurante com delícias regionais, que ficam abertos ao público em geral. A pousada fica localizada na comunidade Marcos Freire, no quilômetro 13, na estrada da Balbina/Presidente Figueiredo. Para mais informações entre em contato: (92) 991249-1199 ou pelas redes sociais @paraisodocalangoazul. Paraíso Calango Azul Camping Para quem deseja contato ainda mais profundo com a natureza, além de uma pitada de adrenalina com turismo de aventura, o roteiro especial de carnaval do Aventurei Turismo é um prato cheio. A programação inclui um acampamento com circuitos de cachoeiras em Presidente Figueiredo. O passeio ocorre nos dias 18 e 19 de fevereiro, com guia e almoço inclusos. Para mais informações, entre em contato com (92) 99379-4800 e nas redes sociais @aventureii. Outra dica é a Catedral The Rock Camping, que também fica localizada na comunidade São João do Urubuí, distante 14 quilômetros de Presidente Figueiredo. Entre as cachoeiras Cabeça da Perema e Princesinha, o empreendimento possui área de camping, redário, estacionamento próprio, cozinha compartilhada, churrasqueira e uma fogueira oferecendo uma experiência de relaxamento para o visitante. A diária por pessoa custa R$25 e o local atende somente com reservas. Para mais informações, entre em contato no whatsapp (93) 99975-5131 ou pela página nas redes sociais @catedraltherockcamping. Anotou as dicas? Então, que tal se aventurar pelas belezas do Amazonas nesse Carnaval? Fonte

Homem tem perna esmagada após acidente envolvendo caminhão em Manaus

Um senhor ainda não identificado, ficou ferido durante um grave acidente envolvendo um caminhão baú na manhã desta sexta-feira (27). O acidente aconteceu na Avenida Hilário Gurjão, no Jorge Teixeira, bairro localizado na Zona Leste de Manaus. De acordo com informações, o homem estava atravessando a avenida quando foi atropelado pelo veículo, na ocasião o caminhão chegou a passar por cima dele. Em decorrência da gravidade do acidente, a perna esquerda da vítima ficou totalmente dilacerada. Ainda de acordo com informações, a vítima ficou jogada no meio da via esperando o socorro, uma vez que o condutor da carreta evadiu-se do local. Ele foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhado ao Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo. Fonte

Banco Central corrige dados cambiais e país fecha 2022 no negativo

Um erro na compilação dos dados da série histórica do fluxo cambial – volume de dólares que entram e saem do país – apontou uma diferença de US$ 14,5 bilhões. O Banco Central (BC) constatou inconsistências no ano de 2022 e também nos últimos três meses de 2021. Após uma revisão das informações, o BC informou que, em 2022, o Brasil registrou uma saída de mais de US$ 3 bilhões em vez de uma entrada líquida de cerca de US$ 9,5 bilhões, informados anteriormente. Quando há saída líquida, significa que mais dólares saíram do país do que entraram. Quando acontece o contrário, o resultado é uma entrada líquida da moeda americana no país. Os dados de 2021 também apresentaram erro, com repercussão menor já que contemplam apenas os 3 últimos meses do ano. A diferença, nesse caso, foi de US$ 1,7 bilhão. Já em 2022, o erro gerou um buraco de quase US$ 13 bilhões.   Em vídeo publicado ontem (26) nas redes sociais, o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, pede desculpas pela falha. Com o erro, o fluxo cambial de 2022 passa de positivo, baseado em dados incorretos, para negativo após a revisão. Confira o vídeo completo no canal do BC no YouTube: Fonte

Gabinete de crise sobre conflito indígena na Bahia é ampliado

O Ministério dos Povos Indígenas ampliou o número de órgãos públicos e entidades civis convidados a integrar o gabinete de crise criado na semana passada para acompanhar os conflitos entre indígenas e não-indígenas no extremo sul da Bahia. A partir de hoje (26), com a entrada em vigor da Portaria Ministerial nº 9, o gabinete tem assento reservado aos representantes de mais cinco organizações convidadas: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme); Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia (Finpat); Movimento Indígena da Bahia (Miba); Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba). Os novos representantes se somarão a outros seis órgãos e entidades anunciados quando o gabinete foi criado. São eles o Ministério da Justiça e Segurança Pública; o governo da Bahia; a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público Federal (MPF); o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Além destes onze convidados, integram o gabinete outros seis representantes do Ministério dos Povos Indígenas, incluindo a própria ministra, Sônia Guajajara, e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Considerada prestação de serviço público relevante, a participação no gabinete de crise é remunerada. Histórico O conflito no sul da Bahia se arrasta há anos, mas organizações indígenas afirmam que a situação vem se agravando desde junho de 2022, sobretudo no território Barra Velha, em Porto Seguro (BA). De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Terra Indígena Barra Velha foi demarcada na década de 1980. No entanto, ainda segundo o Cimi, grande parte do território de ocupação tradicional Pataxó ficou de fora dos 8.627 hectares (um hectare corresponde aproximadamente às medidas de um campo de futebol oficial) iniciais, levando a comunidade indígena a se mobilizar para reivindicar a ampliação da área. Em 2009, a Funai publicou o novo relatório circunstanciado de identificação da área. A demarcação revisada recebeu o nome de TI Barra Velha do Monte Pascoal e corrigiu também os limites do território, que passou contar com 52.748 hectares. A decisão foi questionada na Justiça por entidades ruralistas, o que impediu a publicação da Portaria Declaratória que oficializa a área pertencente à União como de usufruto exclusivo dos pataxó. Esta semana, a Apib e a Apoinme pediram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), que interceda pelos pataxó de dois territórios indígenas do extremo sul da Bahia, Barra Velha e Comexatiba. No documento enviado à comissão da OEA, as organizações indígenas afirmam que, desde junho do ano passado, as comunidades pataxó do sul da Bahia enfrentam um cenário de violência contínua que inclui “ameaças, cercos armados, tiroteios nas comunidades, bem como difamações e campanhas de desinformação por parte da mídia local e instituições públicas”. Mortes A Apib e a Apoinme lembram que ao menos três pataxó foram mortos recentemente no extremo sul da Bahia. As duas mortes mais recentes ocorreram no último dia 17, em Barra Velha. Segundo a Polícia Civil, Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25 anos, e Nawir Brito de Jesus, 17 anos, foram baleados. A deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR), que ocupará a presidência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) a partir de fevereiro, e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, usaram as redes sociais para condenar os crimes – que o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, prometeu elucidar. A violência autorizada nos últimos anos por meio do forte armamento, segue matando . A situação no Extremo Sul da Bahia, está cada dia pior, agora a tarde pistoleiros assassinaram dois indígenas em área de retomada do Território Barra Velha em Porto Seguro. — Sonia Guajajara (@GuajajaraSonia) January 18, 2023 “[As comunidades pataxó do] Território Barra Velha aguardam a Portaria declaratória”, acrescentou a ministra, referindo-se à demora da Justiça para dar a palavra final sobre o processo de ampliação da área já demarcada Source link

Vídeo: Jojo Todynho se irrita com fã que pediu dinheiro para pagar agiota:“Trabalhar ninguém quer”

Na quarta-feira (25), Jojo Todynho, a dona do hit ‘Que tiro foi esse?’ veio através de suas redes sociais fazer um desabafo. A famosa se irritou com pedidos de dinheiro de alguns dos seus fãs para pagar agiotas. “Gente, se você não trabalha, não faz nada da vida, está pegando dinheiro com agiota por quê? Tenho cara de Silvio Santos, que joga avião de dinheiro? Toda hora! Trabalhar ninguém quer, não. Eu era camelô, vendi picolé no trem, vendi bijuteria, roupa… Bora uma água para vender no sinal. Que isso? Está achando que é banco central?”, iniciou Jojo. “Se falar, ‘me arruma 40 reais para eu comprar gelo, água e mini isopor para vender no sinal’, ajudo. Agora falar que agiota está ameaçando! Quem mandou você ir com agiota? Vá para a delegacia. Pegando dinheiro emprestado sabendo que não vai poder pagar? Acorda para a sua realidade. Daí fica aqui no meu direct. Todo mundo tem problema, eu também tenho. Tenho conta para pagar, muita conta. Minha vó vai operar o olho. Vida não é fácil, não”, completou a cantora transtornada com o pedido. Confira: Fonte

Líder do PCC é transferido de Rondônia para o Distrito Federal

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou que o detento Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, foi transferido nesta quarta-feira (25) da penitenciária federal de Porto Velho para a penitenciária federal de Brasília. Marcola é apontado como um dos principais líderes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).  A operação de transferência foi coordenada pela Secretaria de Políticas Penais do Ministério da Justiça e realizada durante a tarde, sob forte esquema de segurança. O motivo da mudança de prisão, segundo revelou o próprio ministro, seria a existência de um suposto plano de fuga de Marcola da unidade. “A transferência foi feita de um presídio federal para outro, exatamente visando prevenir um suposto plano de fuga ou resgate desse preso. Portanto, essa operação se fez necessária para garantir a segurança da sociedade”, afirmou Dino em uma entrevista a veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Segundo ele, o preso já está na capital federal. Marcola havia sido transferido para Rondônia em março do ano passado. Ele havia saído exatamente da penitenciária federal em Brasília. Na época, a remoção foi um pedido do governador do DF Ibaneis Rocha, atualmente afastado do cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), após os atos golpistas de 8 de janeiro, na capital federal.  O líder do PCC já havia passado pela penitenciária federal de Porto Velho em 2019. Marcola acumula condenações que somam mais de 300 anos.  Edição: Claudia FelczakFonte: Agência Brasil Fonte

Carnaval 2023: Confira a agenda de ensaios das escolas de samba do Grupo Especial nas comunidades

O Carnaval de Manaus, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, abre o calendário de festas populares do estado, tendo como maior expressão da festividade representada nos desfiles das escolas de samba no Centro de Convenções Professor Gilberto Mestrinho, o Sambódromo de Manaus. E nos meses que antecedem os desfiles oficiais, vários ensaios acontecem nas comunidades, ocupando as quadras das escolas de samba e ruas do bairro. Neste ano, as escolas do Grupo de Acesso B se apresentam no dia 16 de fevereiro; o Grupo de Acesso A, dia 17; e do Grupo Especial desfilam na avenida do samba no dia 18 de fevereiro. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, destaca que, os ensaios nos bairros, além de convidar os foliões a prestigiar o carnaval amazonense, aquecem a economia e o comércio local. “O Carnaval marca o início das comemorações culturais no Estado, e toda cadeia produtiva é movimentada com os ensaios nas quadras. As pessoas têm uma prévia do que será apresentado nos desfiles oficiais, no Sambódromo, e ainda fomentam a economia criativa nas comunidades”, comenta Apolo. São nos ensaios que a bateria, considerada o “coração da escola de samba”, contagia passistas, foliões e demais integrantes. Para acertar o compasso, as escolas do Grupo Especial cumprem uma agenda de “esquentas” semanais nas quadras das escolas de samba e nas ruas dos bairros de origem. Confira a programação de alguns dos ensaios fixos das escolas de samba do Grupo Especial e os seus respectivos endereços da folia: GRES Vila da BarraTema: “Ratanabá, o segredo milenar da Amazônia”20h – Terça e sexta-feiraLocal: Av. Brasil, 251, Compensa GRC Primos da IlhaTema: “D’além mar, o Amazonas conquistou! José Azevedo, o legado de um gajo sonhador”20h – Terça-feiraLocal: Rua Galdêncio Ramos, 458, São Francisco GRES Andanças de CiganosTema: “Não deixe o samba morrer, não deixe a cultura acabar, o povo cigano chama ‘salve’ a cultura popular”21h – Segunda e quinta-feiraLocal: Av. Borba, 1030, Cachoeirinha GRES Reino Unido da LiberdadeTema: “Bate forte o tambor, Furiosa. Eu quero é Tic Tic Tac. A Reino Unido abre as cortinas para Zezinho Corrêa”19h – Quinta-feira18h – DomingoLocal: Alameda São Pedro, 195, Morro da Liberdade GRES Mocidade Independente da AparecidaTema: “Vitae”19h30 – Sexta-feira e domingoLocal: Rua Ramos Ferreira, 102, Aparecida GRES A Grande FamíliaTema: “Eirunepé, o cordel amazônico”20h – Sexta-feira e domingoLocal: Rua Careiro, São José Operário 1 GRES Unidos do AlvoradaTema: “Obu Manaó – O alvorecer da cura sob as bênçãos do céu – Anauê Samel”20h – Terça-feiraLocal: Rua Independência, Alvorada 1 GRES Vitória RégiaTema: “Por um mundo mais acessível e humano, Vitória Régia: a nossa especialidade é ser especial”20h – De terça a sexta-feira18h30 – DomingoLocal: Rua Emílio Moreira, 1137, Praça 14 de Janeiro Fonte

“Sem mulheres e negros não há desenvolvimento”, diz Manuela D’Ávila

O Brasil não se desenvolverá se não incluir as mulheres em todas as pautas debatidas e acabar com o racismo. A afirmação é da jornalista e ex-deputada Manuela D’Ávila, que participou, na manhã de hoje (27), da mesa-redonda Por um Brasil feminista e antirracista, no Fórum Social Mundial, que vem sendo realizado em Porto alegre (RS). De acordo com a jornalista, as chamadas pautas identitárias são renegadas até por setores da esquerda. Segundo Manuela, não é possível discutir nenhuma forma de melhorar a vida das pessoas, com desenvolvimento, soberania e justiça social, sem pensar as soluções com o viés das questões raciais e de gênero. “A desigualdade brasileira não é amorfa, ela tem cara. É econômica, óbvio. Mas não atinge igualmente todos os corpos. Este país foi construído em cima de uma brutal violência contra os povos indígenas e os milhões de mulheres e homens que foram trazidos do continente africano. A construção histórica do país foi feita em cima do racismo, que é estrutural, assim como o machismo”. Ela destacou que pensar, por exemplo, em mercado de trabalho inclui providenciar creches para que as mulheres com filhos de até 3 anos possam ser inseridas em um ambiente que lhes é negado. Ou falar em políticas para o envelhecimento sem lembrar que são as mulheres, em sua maioria, que cuidam das mães e até das sogras na terceira idade. “Nos anos de escuridão, os pontos de luz foram as mulheres e os homens e mulheres negras. Eu escuto que nunca é a hora de falar das mulheres, e eu só tenho 41 anos. Nós só vamos conquistar os espaços de poder se nós pactuarmos que nunca mais vão fazer políticas sem nós. Não existe nenhum tipo de dimensão de desenvolvimento sem encarar a questão do gênero. Nós temos que ser mais radicais do que nunca. A extrema-direita se forja em cima dos nossos corpos. Mas não irão nos apagar, somos o astro que anuncia a chegada de um novo dia”. A presidenta da União Brasileira de Mulheres (UBM) em Pernambuco, Laudijane Domingos, lembra que as mulheres pretas e pobres sofrem opressões acumuladas e que, por isso, é preciso construir um novo marco civilizatório onde homens e mulheres possam caminhar lado a lado, “empoderadas, vivas e felizes”. “Não queremos reduzir e oprimir para que os homens sejam subalternizados. Nós só queremos andar lado a lado e ter respeitada a nossa composição. O sistema de opressões é de raça sim, é de classe sim, mas não é possível construir um Brasil novo onde as mulheres, mulheres negras e LGBT não estejam no centro do debate. Não dá para discutir moradia sem creche, saneamento, luz e transporte público, para que as mulheres tenham mobilidade e acesso aos direitos básicos”, A cacique Iracema Kantê Kaingang relata que não conhecia racismo até ir para a escola, que ela chamou de “pessoas que querem separar um povo do outro”. “O criador fez tudo para nós e a natureza tem misturadas as cores, a gente podia ser assim também, com os filhos da terra. O povo Kaingang trabalha no coletivo, o maior cuida do pequeno e o pequeno atende o grande. Essa divisão entre as pessoas aconteceu pela política, pelas igrejas, pela evangelização, pela ditadura também”. Sobre machismo, ela disse que também teve contato por meio de não indígenas, que queriam aconselhar seu companheiro. “Disseram pro meu companheiro ‘você é a cabeça da sua mulher’, ele disse ‘não, ela é mãe dos meus filhos, ensina as sementes boas pra gente, cria os filhos, a gente conversa tudo, como eu vou ser cabeça dela?’. Nosso povo sempre foi assim. Nós parar com isso, caminhar lado a lado. Perante de Deus todos nós somos parentes, tudo nós junto, pra dividir a semente que plantamos”. Feminicídio De acordo com a presidente da UBM Rio Grande do Sul, Fabiane Dutra, para avançar na conquista de direitos, é urgente que as mulheres parem de ser mortas apenas por serem mulheres, ou seja, vítimas de feminicídio. “A gente vinha num momento de resistência de defesa dos nossos direitos para não perder ainda mais, agora a gente espera poder superar esse momento de apenas resistir e conquistar de fato, né? Sobretudo no Combate à violência, porque os feminicídios estão recorde todo ano, com muitos homicídios infantis juntos.” Ela destaca que o combate à violência contra a mulher envolve uma educação não sexista e inclusiva e a geração de trabalho e renda para as mulheres terem autonomia econômica. A militante da Marcha Mundial de Mulheres Any Moraes, explica que o FSM sempre foi um espaço de debates importantes sobre as questões de gênero e de raça. “Estar na cidade de Porto Alegre, capital referência na participação social, é fundamental para essa nossa mobilização. Então, é um momento de a gente construir essas alternativas e comemorar também esse fio de esperança de um novo Brasil. As mulheres continuam morrendo, né? O ano de 2023 já iniciou com oito casos de feminicídio no nosso Brasil. Então é fundamental que a gente pense isso como prioridade também, né, essa luta pela vida das mulheres”. A mesa contou também com um sarau de poesia feminista. O Fórum Social Mundial termina amanhã (28). Source link

Ana Estela, mulher de Fernando Haddad ganha cargo no Governo Lula

Esposa do ministro da Fazenda Fernando Haddad, Ana Estela Haddad ganhou um cargo no Governo Lula e está oficialmente de volta ao Ministério da Saúde. Ela foi nomeada como Secretária de Informação e Saúde Digital na quinta-feira (26). Ana Estela já havia ocupado cargos na pasta entre 2005 e 2010 – quando Haddad era ministro da Educação nos antigos Governos de Lula. Nessa época, Estela trabalhou na idealização e a implementação de programas que tratam da telessaúde, atendimento médico à distância. Ana Estela ficou na pasta até 2012, quando foi substituta na Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Agora, a esposa de Haddad fica responsável pela pasta que tratará da tecnologia no SUS e de outros sistemas. Fonte

Cerca de 40% das negociações salariais não cobriram a inflação em 2022

Os reajustes salariais que ficaram abaixo da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), diminuíram entre 2021 e 2022, aponta balanço anual do Salariômetro, pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No ano passado, 40,6% dos reajustes não recompuseram as perdas salariais pela alta de preços. Já em 2021, essa proporção era de 49,7%. Foram feitas 32.319 negociações em 2022, com valor mediano de reajuste de 10,5%. No ano anterior, foram 27.759 negociações, com valor mediano de 7,08%. O piso salarial no ano passado ficou em R$ 1.481, ante R$ 1.352 em 2021. Os dados mostram ainda uma redução generalizada da presença e dos valores dos benefícios e complementos salariais. O adicional noturno aparece em 11.409 dos mais de 32 mil acordos assinados em 2022. O adicional de sobreaviso está em 880 e o de hora extra, pouco mais de 16 mil. Em dezembro, o índice médio dos reajustes negociados em dezembro ficou em 6,5%. Os reajustes acima do INPC seguem predominando, com 74,6% do total. Para a prévia de janeiro, a estimativa é que 82,4% das negociações estabeleçam acordos acima da inflação. O piso médio no mês ficou em R$ 1.524. Metodologia O acompanhamento das negociações coletivas é feito por meio de acordos e convenções registrados no Mediador do Ministério da Economia. A Fipe coleta os dados e informações disponíveis no sistema, tabula e organiza os valores observados para 40 resultados da negociação coletiva, reunidos em acordos e convenções e também por atividade econômica e setores econômicos. Fonte

“Vamos ter que discutir”, diz Lula a governadores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (27) que a perda de arrecadação dos estados com a redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) será assunto de debate com os governadores. Lula se reuniu com os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal, nesta manhã, no Palácio do Planalto, em Brasília, e este é o principal assunto da pauta. “A questão do ICMS é uma coisa que está na cabeça de vocês desde que foi aprovado pelo Congresso Nacional [em 2022] e é uma coisa que vamos ter que discutir. Podemos acertar, podemos dizer que não pode ou que pode, mas não vamos deixar de discutir nenhum assunto com vocês”, disse ao abrir a reunião. O ICMS é um tributo estadual que incide sobre combustíveis e outros serviços essenciais. No ano passado, foram aprovadas duas leis complementares que reduziram as alíquotas desse item, levando à “queda brutal na receita dos nossos estados”. Segundo o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, somente em 2022, após a entrada em vigor das legislações, as perdas de arrecadação nos cofres dos estados ultrapassaram R$ 33,5 bilhões. A Lei Complementar 194 determina a aplicação de alíquotas de ICMS pelo piso (17% ou 18%) para produtos e serviços essenciais quando incidir sobre bens e serviços relacionados a combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Já a Lei Complementar 192 unificou a forma de apuração do ICMS, especificamente sobre combustíveis, que passou a ser por unidade de medida, em vez de um percentual sobre o preço médio do produto vendido nos postos. Uma das saídas está na regulamentação de um dispositivo da Lei Complementar 194 que estabelece compensação, por parte da União, quando a perda de receita de um estado exceda 5% em relação à arrecadação de 2021. Outros caminhos são as discussões via Congresso Nacional, de uma reforma tributária, por exemplo, ou mesmo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que já tem ações que questionam a constitucionalidade das duas leis complementares. Para Lula, entretanto, o Brasil precisa voltar à normalidade e os agentes públicos precisam parar de judicializar a política. “Nós temos culpa de tanta judicialização. A gente perde uma coisa no Congresso Nacional, ao invés de aceitar a regra do jogo democrático de que a maioria vence a minoria cumpre aquilo que aprovado, a gente recorre a outra instância para ver se consegue ganhar. É preciso para com esse método de fazer política porque isso faz com que o Poder Judiciário adentre o Poder Legislativo”, disse. Investimentos O encontro desta sexta-feira, de Lula com os governadores, havia sido solicitado pelo próprio presidente como forma de relançar o pacto federativo no novo mandato. É a segunda vez que Lula se reúne com o grupo. No dia 9 de janeiro, governadores vieram a Brasília em solidariedade aos membros dos três poderes após os ataques golpistas que resultaram na depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF. Para hoje, Lula pediu que os governadores apresentem as obras e ações prioritárias em cada estado e região. Os consórcios interestaduais também apresentaram suas demandas. Segundo o presidente, o governo federal não tem o orçamento que desejava, pois ele foi feito pela gestão anterior, do presidente Jair Bolsonaro, que “não colocou dinheiro suficiente para pagar coisas que já tinha compromisso de pagar”. “Mas vocês têm obras que consideram prioritárias, cada governador e governadora têm uma obra na cabeça é que do seu sonho, que é a obra principal para o seu estado, e nós queremos compartilhar a possibilidade de repartir o sacrifico de fazer uma obra dessa”, disse. Para Lula, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve voltar a financiar obras nos estados. “O BNDES voltará a ser um banco de desenvolvimento. O dinheiro que o BNDES captar deve ser repartido com investimento para pequena e media empresa, para grande empresa, para governadores e para prefeitos dependendo da qualidade e importância da obra”, explicou Lula. Da mesma forma, o Bando do Nordeste também deve atuar no financiamento de projetos estaduais. “Se o governador tiver com as contas equilibradas que possa fazer dívida. Se não puder, vamos ter que encontrar um jeito de ajudar a pagar a dívida. Mas se o governo tiver com as contas em ordem e tiver possibilidade de endividamento, não há porque o governo federal através dos bancos públicos, não facilitar com que esses governadores tenham acesso a recursos”, disse o presidente da República. Por fim, o presidente afirmou que o seu gabinete e o gabinete de todos os ministros estão abertos para todos os governadores e prefeitos e que gostaria de ser recebido nos estados pelos seus mandatários independente do partido e de divergências políticas. “Depois que você ganha as eleições, você deixa de ser candidato e vira governante e tem que ter o comportamento minimamente civilizado em relação aos entes federados que compartilham da governança para que esse país possa dar certo”, disse. “Nós iremos tentar mostrar ao Brasil que governar de forma civilizada é muito importante para que a gente possa reencontrar a paz nesse país, nós precisamos garantir ao povo brasileiro que a disseminação do ódio acabou”, completou. Após o encontro, Lula vai receber os governadores para um almoço no Palácio do Itamaraty. Source link

Confiança do empresário do comércio cai 3,6% em janeiro, diz CNC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 3,6% em janeiro na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais e atingiu 119 pontos. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que mede o indicador, trata-se da segunda queda consecutiva. O índice varia de zero a 200 pontos. Resultados acima de 100 indicam otimismo. Na comparação com janeiro de 2021, o otimismo recuou 1,7%. Segundo a CNC, com redução mensal de todos os indicadores, o otimismo do comerciante chegou ao menor nível desde abril de 2022. Os dados foram divulgados hoje (27) pela entidade. A queda de 6,4% no índice de expectativas para o curto prazo chamou a atenção. Conforme a pesquisa, com a desaceleração da atividade econômica em geral, mas principalmente, do varejo no fim do ano passado, as perspectivas dos comerciantes sobre a economia chegou aos 125,7 pontos e sobre o setor do comércio aos 139 pontos. Os dois são os menores níveis desde abril de 2021. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que diante da desaceleração da criação de vagas no mercado de trabalho e do alto nível de endividamento das famílias, o consumidor fica mais cauteloso, cenário que deve persistir durante 2023. “O comércio de bens e serviços, que representa grande parte do PIB brasileiro e gera a maioria dos postos de trabalho formal, sente o desaquecimento das vendas provocado pela combinação da inflação persistente com os juros elevados”, observou. A parcela de varejistas que acredita em uma piora no cenário econômico nos próximos meses subiu de 12,1% em novembro para 31,4% em janeiro. Já na performance do varejo, o percentual de comerciantes que têm perspectiva de piora nas vendas, saiu de 9,3% em novembro para 23,7% em janeiro. “Os comerciantes vêm apontando, há dois meses, deterioração rápida das expectativas sobre o desempenho da atividade econômica e do comércio no primeiro semestre deste ano”, apontou a economista da CNC responsável pelo Icec, Izis Ferreira. Investimentos Izis Ferreira assinala que com a redução das vendas os varejistas refazem o planejamento para 2023. “A piora na percepção das condições atuais e das expectativas está levando os comerciantes a reavaliar investimentos na empresa e na recomposição dos estoques”, indica a economista. O Icec apontou ainda a quinta queda consecutiva na intenção de investir no negócio, que recuou 3,9% de dezembro a janeiro, fazendo o índice alcançar 109,4 pontos. Do total de comerciantes, 42,4% pretendem reduzir investimentos. O percentual é o maior desde junho do ano passado. De acordo com a CNC, os lojistas de todos os segmentos do varejo revelaram que vão enxugar investimentos. Segundo a entidade, o destaque do indicador é a queda de 5% em relação a dezembro entre os varejistas de produtos duráveis, o que levou o índice aos 103,4 pontos. Com uma queda de 0,3%, houve também piora na avaliação dos comerciantes sobre o nível dos estoques em janeiro. O indicador atingiu 94,6 pontos, A parcela de comerciantes que avaliam os estoques como adequados, representa 60% do total de varejistas. É a menor desde junho de 2021. “Os juros permanecerão elevados pelo menos até o terceiro trimestre deste ano, o que deve reverberar negativamente no consumo de bens dependentes do crédito”, disse Izis Ferreira. Também chamou a atenção a redução de 10,4% na intenção de contratar novos funcionários, em relação a janeiro de 2021, somada à queda de 6,7% se comparado a dezembro. O índice ficou em 122,9 pontos, ainda no espectro de otimismo. Na visão da economista, tradicionalmente, por ser um período de menor quantidade de vendas, janeiro é um momento de redução da contratação. Além disso, a contratação de parte dos empregados temporários realizada até dezembro leva à redução da intenção em criar vagas novas. Icec Conforme a CNC, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) é um indicador antecedente, apurado exclusivamente entre os tomadores de decisão das empresas do varejo. A intenção é detectar as tendências das ações do setor do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente seis mil empresas em todas as capitais do país. O índice avalia as condições atuais, as expectativas de curto prazo e as intenções de investimento dos empresários do comércio. Fonte

“Vamos ter que discutir”, diz Lula a governadores sobre perdas com ICM

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (27) que a perda de arrecadação dos estados com a redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) será assunto de debate com os governadores. Lula se reuniu com os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal, nesta manhã, no Palácio do Planalto, em Brasília, e este é o principal assunto da pauta. “A questão do ICMS é uma coisa que está na cabeça de vocês desde que foi aprovado pelo Congresso Nacional [em 2022] e é uma coisa que vamos ter que discutir. Podemos acertar, podemos dizer que não pode ou que pode, mas não vamos deixar de discutir nenhum assunto com vocês”, disse ao abrir a reunião. O ICMS é um tributo estadual que incide sobre combustíveis e outros serviços essenciais. No ano passado, foram aprovadas duas leis complementares que reduziram as alíquotas desse item, levando à “queda brutal na receita dos nossos estados”. Segundo o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, somente em 2022, após a entrada em vigor das legislações, as perdas de arrecadação nos cofres dos estados ultrapassaram R$ 33,5 bilhões. A Lei Complementar 194 determina a aplicação de alíquotas de ICMS pelo piso (17% ou 18%) para produtos e serviços essenciais quando incidir sobre bens e serviços relacionados a combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Já a Lei Complementar 192 unificou a forma de apuração do ICMS, especificamente sobre combustíveis, que passou a ser por unidade de medida, em vez de um percentual sobre o preço médio do produto vendido nos postos. Uma das saídas está na regulamentação de um dispositivo da Lei Complementar 194 que estabelece compensação, por parte da União, quando a perda de receita de um estado exceda 5% em relação à arrecadação de 2021. Outros caminhos são as discussões via Congresso Nacional, de uma reforma tributária, por exemplo, ou mesmo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que já tem ações que questionam a constitucionalidade das duas leis complementares. Para Lula, entretanto, o Brasil precisa voltar à normalidade e os agentes públicos precisam parar de judicializar a política. “Nós temos culpa de tanta judicialização. A gente perde uma coisa no Congresso Nacional, ao invés de aceitar a regra do jogo democrático de que a maioria vence a minoria cumpre aquilo que aprovado, a gente recorre a outra instância para ver se consegue ganhar. É preciso para com esse método de fazer política porque isso faz com que o Poder Judiciário adentre o Poder Legislativo”, disse. Investimentos O encontro desta sexta-feira, de Lula com os governadores, havia sido solicitado pelo próprio presidente como forma de relançar o pacto federativo no novo mandato. É a segunda vez que Lula se reúne com o grupo. No dia 9 de janeiro, governadores vieram a Brasília em solidariedade aos membros dos três poderes após os ataques golpistas que resultaram na depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF. Para hoje, Lula pediu que os governadores apresentem as obras e ações prioritárias em cada estado e região. Os consórcios interestaduais também apresentaram suas demandas. Segundo o presidente, o governo federal não tem o orçamento que desejava, pois ele foi feito pela gestão anterior, do presidente Jair Bolsonaro, que “não colocou dinheiro suficiente para pagar coisas que já tinha compromisso de pagar”. “Mas vocês têm obras que consideram prioritárias, cada governador e governadora têm uma obra na cabeça é que do seu sonho, que é a obra principal para o seu estado, e nós queremos compartilhar a possibilidade de repartir o sacrifico de fazer uma obra dessa”, disse. Para Lula, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve voltar a financiar obras nos estados. “O BNDES voltará a ser um banco de desenvolvimento. O dinheiro que o BNDES captar deve ser repartido com investimento para pequena e media empresa, para grande empresa, para governadores e para prefeitos dependendo da qualidade e importância da obra”, explicou Lula. Da mesma forma, o Bando do Nordeste também deve atuar no financiamento de projetos estaduais. “Se o governador tiver com as contas equilibradas que possa fazer dívida. Se não puder, vamos ter que encontrar um jeito de ajudar a pagar a dívida. Mas se o governo tiver com as contas em ordem e tiver possibilidade de endividamento, não há porque o governo federal através dos bancos públicos, não facilitar com que esses governadores tenham acesso a recursos”, disse o presidente da República. Por fim, o presidente afirmou que o seu gabinete e o gabinete de todos os ministros estão abertos para todos os governadores e prefeitos e que gostaria de ser recebido nos estados pelos seus mandatários independente do partido e de divergências políticas. “Depois que você ganha as eleições, você deixa de ser candidato e vira governante e tem que ter o comportamento minimamente civilizado em relação aos entes federados que compartilham da governança para que esse país possa dar certo”, disse. “Nós iremos tentar mostrar ao Brasil que governar de forma civilizada é muito importante para que a gente possa reencontrar a paz nesse país, nós precisamos garantir ao povo brasileiro que a disseminação do ódio acabou”, completou. Após o encontro, Lula vai receber os governadores para um almoço no Palácio do Itamaraty. Source link