Prefeitura de Manaus realiza ação de limpeza no Conjunto Viver Melhor II

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), segue executando diversas atividades para melhorar os serviços de limpeza na capital. Neste sábado, 28/1, equipes do órgão realizaram uma ação de limpeza no conjunto residencial Viver Melhor 2, no bairro Lago Azul, na zona Norte, com serviços de varrição, capinação, raspagem de areia das sarjetas, poda nos canteiros centrais, além de manutenção e limpeza nas lixeiras domésticas dos moradores. ‘Esta é a determinação do prefeito David Almeida, deixar esta área totalmente limpa. No próximo dia 14 de fevereiro, os moradores vão comemorar o aniversário do conjunto, nada mais justo de entregarmos o local limpo’, disse o titular da Semulsp, Sabá Reis. Ao todo 200 servidores iniciaram os serviços em toda a extensão das principais vias, aparando galhos de árvores para melhorar a visibilidade, retirando capim das calçadas e dando embelezamento ao local com a pintura do meio-fio. A Semulsp também concentrou suas atividades nos igarapés da cidade e colocou equipes permanentes executando serviços de desobstrução de bueiros, desassoreamento, restauração de calçadas e meios-fios. Além dos trabalhos de capina e poda na avenida Carvalho Leal, bairro Cachoeirinha, zona sul. Fonte

Feira da economia solidária reúne iniciativas em todo o país

Durante a semana, uma grande tenda branca próxima ao Mercado Público de Porto Alegre, no centro da cidade, ofereceu produtos artesanais dos mais diversos tipos na Feira da Economia Solidária do Fórum Social Mundial – FSM. A movimentação da economia por artesãs também foi tema de debate em uma mesa do fórum, que contou com a participação do secretário de Economia Solidária do governo federal, Gilberto Carvalho Um universo de redes locais e nacionais ainda a ser mapeado, segundo o ministro, a economia solidária é uma alternativa para geração de trabalho e renda para muitas pessoas, principalmente mulheres. Como Clarissa Silveira, que trabalha com cosméticos naturais na rede Benzer Aromas. Ela disse que a rede tem mais de 30 produtoras em todo o Brasil e que ofereceu durante o FSM produtos feitos por seis empreendedoras de Rolante, no interior do Rio Grande do Sul. “Nós procuramos participar de feiras de economia solidária ou feiras de produtos artesanais, feiras de cuidado consciente, né?”, acentuou. Explicou, a seguir, que o trabalho envolve sabedoria ancestral com tecnologia científica. “O nosso produto tem um diferencial que é um resgate também dos conhecimentos das ervas, das poções e dos unguentos, mas com conhecimento novos, atualizados, de química e farmácia”, emendou. Para ela, é preciso estabelecer um marco regulatório do pequeno produtor de cosméticos, pois a legislação atual só é vinculada à grande indústria. “Então, nós estamos à margem, né? As raizeiras. Então, a nossa questão da cosmética natural começa por um marco regulatório que inclua o artesão e a artesã da cosmética”, observou. Algodão natural A costureira Rosilene Rodrigues Ramos participa da rede de cooperativas Justa Trama, que trabalha com toda a cadeia produtiva do algodão colorido natural. “A nossa cooperativa tem 25 costureiras, mas o processo todo envolve cinco estados, com 780 associados” afirmou. O trabalho começa no Ceará, onde é plantado o algodão claro, de uma tonalidade bege, e em Mato Grosso do Sul, onde se planta o algodão marrom. O fio e o tecido são feitos em Minas Gerais e distribuídos para as cooperativas que costuram as roupas. “A gente produz todas as peças e o restante dos retalhinhos, nada é jogado fora, nada vai para o meio ambiente, os retalhos vão para Rondônia, onde são feitas bonecas e jogos, coisas para crianças. Em Rondônia, eles fazem também os acessórios que a gente usa na nossas peças, como colar e botões, é tudo feito de material natural, o botão é da casca do coco, os colares são de sementes nativa daquela região”, explicou a costureira. Como começou Ela recordou que o projeto da Justa Trama começou há 18 anos, em outra edição do fórum, em Porto Alegre. “Começou em um debate num grupo que se reuniu para fazer a diferença. Então, para nós é muito gratificante a economia solidária”, opinou. Também na área de confecção, a senegalesa conhecida como Mama, no Brasil há 15 anos, literalmente veste o próprio produto. Ela traz tecidos da África – muito coloridos e estampados – para vender no Brasil, além de costurar roupas como vestidos, batas, camisas e turbantes. “Eu tenho uma loja e um ateliê de costura em São Paulo e tenho visto o aumento da procura por esses tecidos aqui no Brasil. Eu faço desfile de moda em todo lugar, visto gente famosa, sob medida. Participo mais da Feira Preta, em São Paulo em novembro”, disse. A Feira da Economia Solidária funcionou durante toda a semana na Praça XV de Novembro, com produtos artesanais como brincos, colares, bonecas, roupas, crochê e castanhas. Fonte

Dia da Visibilidade Trans será comemorado em São Paulo

Para celebrar o Dia Nacional da Visibilidade Trans e Travesti – 29 de janeiro -, a Casa Florescer participará de uma passeata, a partir das 14h, com concentração no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, região central da cidade. A VI Caminhada Trans de São Paulo é um ato que busca lutar por acolhimento e inclusão da comunidade. No mesmo dia, às 18h, a comitiva da Florescer apresenta um show de variedades na programação do SP Transvisão, da Escola São Paulo de Teatro. Esta é a 11ª edição do evento, que é gratuito. O objetivo é promover ações voltadas para o debate sobre a tolerância e a diversidade, além de valorizar a cultura e o universo LGBTQIA+ [lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queer, intersexo e assexuais]. Também está aberta na Escola SP de Teatro, até domingo (29), a exposição Manas por Manas – acompanhamento em saúde e autocuidado da população de travestis e mulheres trans. Com entrada gratuita, a exposição mostra o trabalho do Núcleo de Pesquisa em Direitos Humanos e Saúde da População LGBT, que há dez anos realiza pesquisa entre esse grupo, com o acompanhamento de 400 pessoas trans e travestis no processo de autocuidado em saúde, por 16 pessoas também trans e travestis. “Essa exposição é composta por três banners que explicam todo o processo de acompanhamento e dos processos delas como trabalhadoras que vivenciam situações semelhantes quanto à manutenção da sobrevivência, racismo, transfobia e daí em diante, e como nós, com a pesquisa, promovemos um espaço de cuidar de quem cuida”, explicou a supervisora da pesquisa Manas por Manas, Clair Aparecida. Bonde das Manas A exposição também fala do Bonde das Manas,  iniciativa para estimular o acesso dessas pessoas aos espaços culturais da cidade. “São depoimentos de quem está acessado a esses espaços e quais os impactos na vida delas, como elas se autorizam a entrar nesses espaços, que cidade é essa que acolhe pessoas trans travestis”, disse Clair Aparecida. Desde o dia 25 de janeiro diversos órgãos da capital paulista estão prestando serviços na Casa Florescer. A programação também ocorre em outros pontos da cidade até o dia 1º de fevereiro. Um dos atendimentos prestados foi o de auxiliar na busca por trabalho, por meio do Cate (Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo) e da Ade Sampa (Agência São Paulo de Desenvolvimento), órgãos ligados à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, na sexta-feira (27). “Procuramos sempre incluir em nosso calendário ações para todos os públicos, buscando atender a particularidade de cada grupo, com o intuito de auxiliar na inserção no mercado de trabalho e na geração de renda. Atuamos com o público trans e travesti em nossos mutirões de emprego e também no programa Transcidadania, que trabalha em várias frentes a fim de promover o resgate da cidadania para pessoas que já enfrentam inúmeros desafios para ter acesso a oportunidades e uma vida de qualidade”, explicou a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso. A Casa Florescer é um centro de acolhida administrado pela organização da sociedade civil Croph (Coordenação Regional das Obras de Promoção Humana), em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. O espaço acolhe e atende gratuitamente 30 mulheres transgênero e travestis em situação de vulnerabilidade. Fonte

Santa Maria terá memorial em homenagem às vítimas da Boate Kiss

As obras do memorial em homenagem às vítimas do incêndio na Boate Kiss devem começar ainda neste ano, mas não há uma data definida. A promessa foi feita na noite dessa sexta-feira (28) pelo prefeito da cidade de Santa Maria (RS), Jorge Pozzobom.  Ele assinou termo de compromisso com o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Gabriel Rovadoschi. O documento, no entanto, não estabelece uma data para começar a construção, mas Pozzobom reafirmou que haverá comprometimento na realização da obra.   “Com todas as pessoas daqui de Santa Maria enquanto cidadãos e que merecem receber este espaço de memória, no tempo em que isso for possível, mas que também vai servir, a depender do tempo, como memorial da justiça ou memorial à impunidade”, disse Pozzobom. O custo previsto da obra é de R$ 4 milhões. As fontes de financiamento devem vir do governo do estado e da prefeitura. O prefeito já se encontrou com o governador Eduardo Leite para apresentar o projeto. O tempo de execução da obra deve ficar entre 12 e 18 meses, segundo o vice-prefeito, Rodrigo Décimo, que vai coordenar a construção.  O presidente da Associação de familiares de Vítimas, Gabriel Rovadoschi, destacou a importância da entrega do memorial. “O que é mais importante é o compromisso absoluto que nós vamos fazer um memorial. Isso está garantido. Esse termo que nós recebemos hoje é um simbolismo que nós vamos fazer esse memorial”, disse Gabriel.  O projeto foi aprovado em 2017 num concurso e até hoje espera para se tornar realidade.Em 2013, a Boate Kiss pegou fogo após uma banda que se apresentava no local usar um sinalizador de área externa.  O incêndio resultou na morte de 242 pessoas. Até hoje, o caso continua sem que ninguém tenha sido preso. Fonte

Wilson Lima destaca disposição do Governo Federal para o diálogo com o Amazonas

O governador Wilson Lima afirmou que o Governo Federal sinalizou com um caminho de diálogo com o Amazonas durante reunião com os 27 governadores dos estados e do Distrito Federal e Presidência da República, realizada na última sexta-feira (27) em Brasília. Na ocasião, o governador também externou a preocupação do Governo Federal com a questão indígena no Amazonas, tema que deverá ser objeto de um próximo encontro. ‘Eu tive uma conversa com o presidente Lula e ele me externou também a preocupação com a questão indígena no estado, levando em consideração que o Amazonas tem a maior população indígena do país. Então, ficou agendado para uma outra oportunidade, que vamos tratar, especificamente, sobre a questão indígena no Amazonas e entender, de forma muito pragmática, qual vai ser o papel do governo federal e também o papel do governo estadual nessas questões’, explicou Wilson Lima à imprensa após a reunião. Wilson Lima pontuou que o Governo do Amazonas tem a preocupação de fortalecer a execução de políticas públicas à população indígena do estado, a exemplo do trabalho já realizado pela Fundação Estadual do Índio (FEI), que tem um canal direto com esses povos, principalmente nas áreas de saúde, educação – com abertura de escolas indígenas – saneamento e infraestrutura de ramais, com iluminação pública, que dão acesso a áreas onde residem populações indígenas. O governador do Amazonas explicou, ainda, que cada consórcio de estados teve a oportunidade de apresentar as suas demandas prioritárias à presidência. No caso do Amazonas, foram pontuadas as questões da trafegabilidade da BR-319, a proteção do modelo econômico Zona Franca de Manaus e a situação de desmatamento no sul do estado. Em todas essas demandas, Wilson Lima garantiu que o Governo Federal sinalizou de forma positiva para um caminho de diálogo. Ele também informou que a pauta principal e comum aos governadores diz respeito à recomposição tributária para evitar perdas de arrecadação nos estados. Segundo ele, só o Amazonas teve uma perda de R$ 1 bilhão e os estados da Amazônia tiveram aproximadamente R$ 5 bilhões. Na reunião, o presidente Lula destacou que o encontro com os governadores teve como objetivo fazer com que o Brasil volte à normalidade no sentido do diálogo e respeito entre os poderes e reforçou que as portas do Governo Federal estarão abertas aos gestores públicos municipais e estaduais para discutir e avaliar projetos prioritários de interesses dos estados. AMAZÔNIA E AMAZONAS – Uma das pautas prioritárias para o estado do Amazonas, segundo o governador Wilson Lima, é a defesa da Zona Franca de Manaus, algo que foi reforçado por ele durante o 1° Encontro do Fórum de Governadores de 2023, realizado na última quinta-feira (26), dia anterior ao encontro com o presidente Lula. Durante a reunião também foi debatida a busca por alternativas econômicas para a região, que compensem perdas de arrecadação. Além da Zona Franca, que corresponde a 70% da atividade econômica do Amazonas, com a geração de mais de 114 mil postos de trabalho e que contribuiu para que 98% da cobertura florestal no estado permaneça intacta, Wilson Lima destacou a pavimentação do trecho do meio da BR-319, entre os quilômetros 198 e 250, como ponto importante de discussão. A terceira prioridade listada, segundo o governador, é o combate ao desmatamento e outros ilícitos ambientais no sul do estado, salvaguardando as atividades econômicas desenvolvidas dentro da legalidade. Fonte

Prefeitura de Manaus realiza palestra sobre inteligência emocional em alusão ao Janeiro Branco

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), realizou, na tarde desta sexta-feira, 27/1, uma palestra com o tema “Inteligência Emocional na Segurança Pública”, no auditório da Casa Militar, na avenida Padre Agostinho Caballero, 770, Compensa, zona Oeste. O evento recebeu 120 servidores de setores diferentes da Semseg e da Casa Militar, e foi realizado em alusão ao Janeiro Branco, mês da luta pela saúde mental. A intenção é conscientizar sobre a importância do controle emocional dentro de um ambiente de trabalho que lida diretamente com o público. Beth Ghimel, palestrante e terapeuta integrativa, explica a necessidade de um preparo psicológico para lidar com pessoas no ato de proteger e servir.  “Quando você traz uma palestra dessa, um curso falando sobre como controlar as emoções, o objetivo é as pessoas terem mais conhecimento, autocontrole e saber lidar melhor com suas emoções e, consequentemente, lidar com o outro no trabalho com o público, com os colegas de equipe”. Lany Brandão, que integra a equipe de organização de eventos da Semseg, destaca a preocupação da secretaria em qualificar e capacitar profissionalmente os servidores para além do ambiente de trabalho. “Conforme a filosofia do nosso prefeito David Almeida e do secretário Sérgio Fontes, que focam no bem-estar dos servidores e qualificação profissional, convidamos a terapeuta Beth para palestrar sobre esse tema muito atual e importante que é a inteligência emocional. Com toda certeza foi uma palestra enriquecedora para todos nós”. Durante o ano, o objetivo é ofertar uma palestra por mês com temas atuais correlacionados com a Segurança Pública e o bem-estar pessoal e profissional. Fonte

Prefeitura de Manaus realiza concessão de espaços para o projeto ‘Esporte na Comunidade’

O projeto “Esporte na Comunidade”, da Prefeitura de Manaus, avançou mais um importante passo, e nesta sexta-feira, 28/1, a Fundação Manaus Esporte (FME) realizou a entrega de dez concessões e dois termos de uso dos espaços esportivos da capital amazonense para projetos sociais cadastrados, válidas pelos primeiros seis meses de 2023. Lançado em junho de 2022, o “Esporte na Comunidade” trabalha em parceria com projetos sociais, fornecendo equipamentos esportivos e atuando na melhoria das praças esportivas da cidade. O diretor-presidente da FME, Aurilex Moreira, e o diretor do projeto, Roberto Dinamite, receberam representantes das comunidades, assinaram os documentos e oficializaram o prosseguimento de mais um investimento da Prefeitura de Manaus no esporte. “Seguindo a determinação do nosso prefeito David Almeida, o trabalho não para. Esse projeto foi iniciado no ano passado, hoje demos mais um passo na continuidade, entregando mais concessões para promover a melhora da estrutura e fazer com que o esporte chegue a toda à população da nossa cidade”, disse Aurilex. Uma das comunidades contempladas foi uma do bairro Alvorada II. O presidente comunitário, Cleidivan Matos esteve presente e enalteceu a intenção da Prefeitura de Manaus de levar a prática esportiva a todos. Agora com a parceria firmada, ele espera cada vez mais melhorias na comunidade que representa. “Quem ganha é a comunidade. Se Deus quiser, vai dar tudo certo, pois agora temos esse suporte com essa concessão de uso. Temos como fazer melhorias, coisas boas no nosso complexo, como promover campeonatos. Nossa equipe vai impor um trabalho na comunidade, para ampliar ainda mais os projetos. É uma concessão de seis meses, mas tenho certeza que vamos conquistar essa ampliação”. Roberto Dinamite é ex-jogador de futebol e de uma comunidade da cidade. Hoje no comando do “Esporte na Comunidade”, ele ressalta o empenho conjunto para que outras vidas possam ser mudadas através do esporte, se aproximando cada vez mais dos líderes comunitários. “Ficamos muito felizes. Nós sonhamos, sentimos a emoção e estamos realizando. Hoje, de fato e de direito, nós somos Esporte na Comunidade. O esporte transforma a vida de qualquer cidadão, seja ela uma atleta ou uma pessoa melhor. Por determinação do nosso prefeito David Almeida, do nosso diretor-presidente Aurilex Moreira, estamos à frente desse projeto. Convocamos os responsáveis de crianças, jovens e adolescentes, que tenham um projeto social dentro dos bairros, que possa comparecer na nossa Fundação e fazer com que o Esporte na Comunidade chegue naquele local”. Na próxima semana, o “Esporte na Comunidade” avança mais uma etapa e realizará a entrega de equipamentos esportivos a seis projetos da zona Leste de Manaus. Fonte

Adaf e Mapa alinham próximas ações do combate à monilíase

Em reunião nesta sexta-feira (27/01), a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) alinharam os próximos passos da ação de combate à monilíase, praga de alto poder destrutivo detectada em plantações não comerciais de cacau e cupuaçu nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant (distantes, respectivamente, 1.108 e 1.121 quilômetros de Manaus). Uma equipe da Adaf permanece na região dos focos, realizando mapeamento de cultivos e trabalhos de educação sanitária, que incluem alertas em rádios locais e trabalho corpo a corpo nas propriedades e pontos importantes de circulação dos municípios, como portos e associações comunitárias. “Nessas últimas semanas, percorremos rádios e portos e conversamos com produtores rurais, tanto em Tabatinga quanto em Benjamin Constant. Além dessas ações de educação sanitária, continuamos com a verificação e delimitação da praga em outras comunidades, não contempladas na primeira etapa”, explica o gerente de Defesa Vegetal da agência, Sivandro Campos. O trabalho realizado pelos técnicos conta com apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) e envolve diversas etapas, entre elas o cadastro das propriedades visitadas/inspecionadas, o georreferenciamento das propriedades e a realização do procedimento de “câmara úmida”, quando há suspeita de ocorrência da praga. Desde o último dia 16 de janeiro, os servidores percorreram as comunidades Bananal, Nova Vila, Palmares, Porto Bom Socorro, Água Limpa, Nova Extrema, Estrela da Paz e Nova Esperança, todas em Tabatinga. Na próxima semana, a programação é visitar a comunidade de Vendaval, que fica no município de São Paulo de Olivença (a 985 quilômetros de Manaus). Enquanto dá continuidade à conscientização da população local e ao trabalho de delimitação da praga, a Adaf aguarda a ida de servidores do Mapa para iniciar as atividades de contenção e erradicação da monilíase, incluindo a poda aérea das árvores afetadas. Essa agenda foi pauta da reunião, realizada nesta sexta-feira, na sede da Adaf, com a presença do diretor-presidente da autarquia, José Omena, e do superintendente federal da agricultura no Amazonas, Guilherme Pessoa. “O Governo do Amazonas é sensível à importância desse trabalho e esse alinhamento da Defesa Agropecuária estadual com o Ministério é fundamental para que tenhamos a melhor resposta possível no combate à praga, reduzindo os prejuízos dos nossos agricultores”, destacou Omena. Uma equipe do Mapa deve chegar ao Amazonas em fevereiro para, com apoio dos servidores da Adaf, iniciar os trabalhos de erradicação da monilíase. A maior parte das ações só é possível por via fluvial, o que requer planejamento e, em alguns casos, parceria de órgãos locais que viabilizam o transporte. Defesa A monilíase é uma doença devastadora que afeta vegetais dos gêneros Theobroma e Herrania, como o cacau e o cupuaçu, causando perdas e elevação de custos da produção. A detecção do primeiro foco, no Amazonas, foi anunciada pelo Mapa no ano passado. No dia 29 de novembro, uma equipe de emergência começou a percorrer a região para mapear as propriedades com plantio de cacau ou cupuaçu, ambos frutos hospedeiros da praga quarentenária, e assim delimitar a expansão da doença. Focos pontuais da doença foram identificados em plantações não comerciais de cupuaçu e cacau nos municípios de Benjamin Constant e Tabatinga. O Mapa publicou uma portaria proibindo o trânsito de vegetais hospedeiros desses municípios para o restante do país e, em seguida, a Adaf elaborou uma portaria complementar, restringindo a circulação de frutos dessas localidades também para os demais municípios amazonenses. Fonte

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio de R$ 75 milhões

O Concurso 2.559 da Mega-Sena, que será realizado hoje (28) à noite em São Paulo, pagará o prêmio de R$ 75 milhões a quem acertar as seis dezenas. O sorteio será às 20h no Espaço da Sorte. O último concurso (2.558), na última quarta-feira (25), não teve ganhadores na faixa principal, e o prêmio ficou acumulado. Foram sorteadas as dezenas: 02 – 10 – 18 – 25 – 34 – 44. As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio. Fonte

Wilson Lima e Coca-Cola Brasil confirmam patrocínios para o Festival de Parintins 2023

O governador Wilson Lima reuniu com os presidentes dos bois do Festival Folclórico de Parintins, Jender Lobato, do Caprichoso, e Antônio Andrade, do Garantido, e o diretor de relações governamentais da Coca-Cola Brasil, Victor Bicca, nesta sexta-feira (27/01), em Brasília, onde os patrocínios do Estado e da Coca-Cola para a realização do festival de 2023 foram confirmados. O governador destacou, também, que o objetivo do Estado é promover um festival com ações focadas na sustentabilidade, movimento já iniciado na edição de 2022, em que os dois bumbás participaram de uma gincana de coleta e reciclagem do lixo gerado nas três noites de festa. “Ano passado, dentro do festival, foram desenvolvidas diversas ações, inclusive com a participação das galeras Azul e Branco e Vermelho e Branco voltadas para a sustentabilidade como a coleta de materiais que podem ser reciclados. Neste ano, vamos incentivar ainda mais essas ações com o envolvimento do público”, destacou. Com o anúncio, os presidentes dos bois darão início a preparação do espetáculo que será realizado no dia 30 de junho, e dias 1 e 2 de julho. Na reunião, foi definido que o festival será lançado oficialmente em março, em Manaus. Wilson Lima reforçou o compromisso do Estado com o Festival de Parintins e a geração de emprego e renda – especialmente no segmento da economia criativa -, além da atração de turistas que deixam recursos no estado ao prestigiar a disputa entre Caprichoso e Garantido. Há 26 anos, a Coca-Cola Brasil patrocina o festival com o compromisso de fortalecer o desenvolvimento regional e diminuir as desigualdades sociais, destacou a companhia. O governador determinou, ainda, que o secretário de Estado da Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo, e os demais secretários das pastas envolvidas na realização do festival façam uma inspeção no Bumbódromo para planejar a realização dos ajustes necessários no palco da disputa. Em 2022, o Governo do Amazonas realizou uma grande reforma no Bumbódromo para a realização da festa. Fonte

PC-AM deflagra ação policial e prende autor de diversos roubos e furtos praticados no bairro Tarumã

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 20º Distrito Integrado de Polícia (DIP), deflagrou, na quinta-feira (26/01), às 11h, ação policial que resultou na prisão de Fabiano Souza da Silva, 27, apontado como autor de diversos roubos e furtos cometidos no bairro Tarumã, zona oeste. Durante coletiva de imprensa, realizada na tarde desta sexta-feira (27/01), na sede do 20º DIP, localizada na rua Santa Helena, bairro Tarumã, zona oeste, o delegado Rodrigo Barreto, titular da unidade policial, disse que as ações criminosas ocorreram na área do bairro Tarumã, em datas distintas de 2022 e, também, no início do ano de 2023. Os alvos eram condomínios residenciais e estabelecimentos comerciais, situados naquela localidade. “Ele costumava agir à noite, ocasião em que pulava os muros dos condomínios, ficava aguardando no estacionamento, abordava as vítimas em posse de arma de fogo e subtraia objetos pessoais, aparelhos celulares e demais equipamentos eletrônicos delas. Em um dos casos, o infrator até chegou a entrar em luta corporal com uma mulher”, falou. Ainda conforme o titular, quanto aos comércios, ele também abordava os funcionários com arma de fogo e roubava o dinheiro do caixa, e empreendia fuga em seguida. “O indivíduo já havia sido condenado anteriormente pela prática de roubo. Ele é contumaz nesta prática. Por isso, intensificamos as investigações e conseguimos prendê-lo em cumprimento de mandados de prisão preventiva e temporária, garantindo, assim, o bem estar dos moradores desta região”, falou. Prisão e procedimentos Fabiano foi preso na comunidade Parque São Pedro, bairro Tarumã. Ele responderá por furto majorado e roubo e ficará à disposição da Justiça. Fonte

Aline Rocha conquista 3ª medalha no Mundial de Esqui Paralímpico

A brasileira Aline Rocha conquistou, hoje (28), a medalha de bronze na prova de média distância (10 quilômetros) para cadeirantes do Campeonato Mundial de Esqui Cross-Country Paralímpico, disputado em Ostersund, na Suécia. Ela finalizou o percurso em 36 minutos e um centésimo, a dois minutos, 15 segundos e dois centésimos da norte-americana Kendall Gretsch, que ficou com o ouro, seguida pela alemã Anja Wicker. Foi o terceiro pódio de Aline na competição. No último domingo (22), a paranaense de 31 anos levou o bronze nos 18 quilômetros. Na terça-feira (24), ela se tornou a primeira brasileira campeã do mundo na neve, ao vencer a prova sprint (um quilômetro). Homens e mulheres Além dela, o Brasil também foi representado por Elena Sena na disputa feminina dos dez quilômetros. A jovem de 19 anos chegou na sexta posição. Entre os homens, o rondoniense Cristian Ribera – que foi bronze no sprint, na terça – terminou a prova deste sábado na oitava colocação, sendo o melhor dos brasileiros, com tempo de 31 minutos e 36 segundos. Os paulistas Guilherme Rocha e Wesley dos Santos ficaram em 16º e 19º lugar, respectivamente. A participação brasileira no mundial chega ao fim neste domingo (29) com a prova de revezamento, a partir das 6h (horário de Brasília).   Fonte

Motociclista e carona morrem em grave acidente de trânsito na zona oeste da capital amazonense

Um casal ainda sem identificação, morreu durante uma grave acidente de trânsito na manhã deste sábado (28), na Av. do Turismo, no Tarumã, zona oeste da capital amazonense. Segundo informações, a motocicleta e o veículo estavam em vias distintas quando a colisão aconteceu. Ambos foram arremessados e ficaram jogados na via, tanto condutor quanto passageira vieram à óbito no local. CONFIRA O REGISTRO FEITO POR UM CINEGRAFISTA AMADOR QUE PASSAVA PELO LOCAL: Os corpos foram removidos pelo Instituto Médico Legal (IML) e o motorista do carro foi encaminhado para o 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Fonte

Ministra dos Povos Indígenas espera demarcação de 14 áreas este ano

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, afirmou, em entrevista a veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que 14 processos de demarcação de terras indígenas estão prontos para homologação pelo governo federal. São áreas localizadas em oito estados de quase todas as regiões do país. “Temos 14 processos identificados, que estão com os estudos prontos, concluídos, já têm a portaria declaratória. A gente espera que o presidente Lula possa assinar a homologação”, disse. As terras indígenas prontas para o reconhecimento definitivo ficam no Ceará, Bahia, Paraíba, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Acre, Amazonas e Mato Grosso. O governo anterior, de Jair Bolsonaro, havia paralisado todos os processos de demarcação de terras indígenas e a retomada desses processos foi um compromisso de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No fim ano passado, durante a transição de governo, o grupo de trabalho temático sobre questões indígenas já havia incluído, no seu relatório, uma lista das 13 áreas prontas para demarcação. Ao todo, elas somam cerca de 1,5 milhão de hectares. Ameaças Primeira indígena a assumir um cargo de ministra no governo federal, Sônia Guajajara foi a entrevistada da edição desta sexta-feira (27) do programa Voz do Brasil, da EBC, em que atualizou a situação de vulnerabilidade de diversos povos. O tema ganhou evidência nos últimos dias com a eclosão da crise sanitária vivida pelos Yanomamis, em Roraima. Segundo a ministra, este caso é apenas “a ponta do iceberg”.  “Tivemos seis anos de muita ausência do poder público. Yanomami é uma pontinha do iceberg”, afirmou Guajajara. A ministra citou os casos dos povos Arariboia e Guajajara, no Maranhão, Uru-eu-wau-wau, em Rondônia, Karipuna, no Acre, e Munduruku, no Pará. “Todas essas áreas estão com situação grave de madeireiro ou de garimpeiro e, com isso, [há] uma insegurança geral de saúde e alimentar”, disse. A ministra também mencionou a situação dos indígenas Guarani Kaiowá, grupo que já esteve em evidência há alguns anos, mas que segue grave. Eles vivem em área ainda não demarcada e que é disputada por fazendeiros, as chamadas de áreas de retomada, em que há conflito permanente. “Temos recebido demanda do Guarani Kaiowá. Eles vivem em áreas de retomadas e isso dificulta a produção de alimentos. Tem a situação do povo Pataxó, também numa área de retomada. É uma terra indígena que aguarda portaria declaratória do governo federal. [Há também] os Awá Guarani, no Paraná, que têm procurado a gente para dar uma atenção especial”, acrescentou. Outra fonte de preocupação, de acordo com a ministra, segue sendo a região Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, que concentra o maior número de povos indígenas isolados de todo o país. No ano passado, a região foi notícia mundial com os assassinatos brutais do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. “Nas duas últimas semanas foi encontrada uma bomba dentro da casa de um servidor da Funai [no Vale do Javari]. A Polícia Federal foi chamada e conseguiu desarmar a bomba. O Vale do Javari é uma prioridade para garantir proteção”, revelou a ministra. “Com essa afirmação do presidente Lula de que vai retomar a demarcação de terras indígenas, de que vai avançar com esses processos, então [isso] já gera uma certa turbulência, animosidade de quem é contra a demarcação e, com isso, eles tentam formas de intimidar a própria atuação do governo federal”, acrescentou. Ações permanentes A ministra do Povos Indígenas ainda falou sobre a necessidade de ações permanentes nos territórios indígenas, para repelir ameaças e evitar novas situações de vulnerabilidade.   “Essa ação é muito importante, é a retomada da presença do Estado no território. E é preciso que seja feito um trabalho articulado com vários ministérios. Para isso, instalou-se uma comissão de enfrentamento que vai começar na segunda-feira (30), e a ideia é que o Ministério da Defesa permaneça ali com essa presença de fiscalização, juntamente com Ministério da Justiça, [com] a Polícia Federal”, finalizou. Fonte

Artista lírica trans que cantava escondida diz que “a voz me moldou”

Quando começou a estudar canto, Vivian Fróes Serrão tinha 13 anos e o gênero masculino ainda em seu nome e documentos. Como todo “menino” com voz muito aguda, porém, o tom que lhe parecia mais natural era recebido ao redor com estranhamento e preconceito. Só em seu quarto, escondida, ela cantava as músicas que mais gostava, e, nas aulas, o repertório era cuidadosamente escolhido para não revelar seu verdadeiro tom. “Com o tempo, eu tive coragem, e um dia levei uma música mais aguda que eu costumava cantar do jeito que eu gostava. O professor me incentivou muito, e isso me surpreendeu. E aí eu comecei a treinar na aula e a me aprofundar no canto”, disse Vivian, que hoje tem 31 anos, é cantora lírica e preparadora vocal. Ela concedeu entrevista à Agência Brasil na Semana da Visibilidade Trans. “Por uma grande parte da minha vida, eu cantei com voz feminina sem me identificar enquanto mulher trans, porque eu nem sabia o que era transexualidade. Eu me identificava com os contratenores, uma classificação vocal para homens com voz muito aguda”, explicou. Descobrir que podia ser um contratenor fez com que a Vivian da época sentisse que tinha um lugar na música, mas permanecia o desconforto de ainda não reconhecer sua verdadeira identidade de gênero e o preconceito por ser considerada “feminina demais” em diversos outros espaços que frequentava.   Canto erudito “Um episódio que me marcou muito foi quando procurei um professor de canto para fazer aula de canto erudito, e ele morava muito longe. Depois de horas de viagem de ônibus, cheguei na casa dele, e, quando eu comecei a cantar, ele falou para baixar uma oitava [mudar para um tom mais grave]”, recordou ela, que foi recriminada ao responder que aquele era o tom em que cantava. “Ele disse que eu não podia cantar naquela oitava porque eu era homem. Disse que não existia contratenor e perguntou se eu era castrati, se eu tinha feito castração”, revelou. Na história da música lírica na Europa, os castrati eram cantores que tiveram seus órgãos genitais mutilados antes de passarem pela puberdade, para evitar que o amadurecimento do corpo provocado pelos hormônios masculinos afetasse a voz aguda que tinham na infância.  “Ele não quis me ouvir cantando e me mandou embora. E eu voltei de lá chorando muito. Essa foi só uma das situações que eu passei. Isso tudo me deixava muito mal, e eu voltei a cantar escondida”, recordou. Veja uma apresentação de Vivian:   Regência de corais Mesmo assim, Vivian cursou Música na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na graduação, procurou professores que aceitassem sua forma de cantar, e foi, então, que passou a caminhar para a música lírica profissional e para a regência de corais, sua especialidade.  “Essa voz moldou muito do que eu sou”, afirmou ela, que se reconheceu uma pessoa trans com 18 anos, durante a faculdade. “A voz é um elemento extremamente importante na vivência e na identidade das pessoas trans. A voz tem um peso muito grande na questão de gênero das pessoas trans e em como se dá a formação dessa identidade. Não só externamente, mas internamente também”, acrescentou. Vivian contou que se assumir como uma mulher trans fez com que sua voz tivesse uma outra leitura por parte da sociedade, que passou a considerá-la condizente com seu gênero. “Não que essa voz me determinasse enquanto gênero, mas casava com a ideia de feminilidade que era lida pelo meu lado externo, pela sociedade, que não mais se chocava em me ver cantando. Porém, isso não me impediu de viver uma série de preconceitos”, ponderou. “Como quando minha voz estava adequada e, mesmo assim, tentavam dizer que minha voz era diferente, quando, na verdade, diferentes são as pessoas. A voz de uma mulher nunca vai ser igual a voz de outra mulher”, salientou. Ela mencionou que é comum ver reações positivas de pessoas que não sabem que ela é uma mulher transexual, e perceber que essas opiniões mudam quando isso é revelado. “Sempre ouvi que minha voz era falsa, que minha voz era falsete. Me colocavam ao lado de uma mulher cis que cantava igual a mim, e diziam que eu cantava em falsete, e ela, não. Isso é uma forma de discriminação da voz trans. E não deixa de ser uma forma de dizer: sua voz é falsa, é de plástico, que é como a gente, mulher trans, é vista a vida inteira, como uma mulher falsificada, de plástico”, enfatizou. A voz trans O preconceito não impediu que Vivian continuasse sua carreira como cantora, pianista, regente e preparadora vocal. Além das aulas de canto, ela também prepara os alunos para falar em público e conta que ser reconhecida como uma transexual atuante no ramo muitas vezes é o que atrai seus alunos, que admiram sua capacidade de preparar a própria voz.  “Por verem essas questões que eu trago, como pessoa trans e cantora lírica, as pessoas pensam que eu devo entender tudo de preparação vocal”, afirmou. “Fico muito honrada de poder ser uma representatividade positiva nesse sentido, de superação e conquista. O que eu gostaria que passasse das minhas vitórias enquanto mulher trans e cantora trans é que existe muita luta, mas que é possível a gente superar. E eu olho esse lugar que hoje eu ocupo e me surpreendo”, revela. Como trans e cantora, ela argumenta que a voz é também um instrumento de afirmação da identidade e a forma de expressão mais orgânica que pode existir musicalmente. Sua luta, enfatizou, é para que vozes diferentes possam se expressar com liberdade, para além daquelas que se esperam para homens e mulheres.  “A voz trans que não corresponde a uma estética cisnormativa, é uma voz como a da Pabllo Vittar. E eu amo a voz dela. E eu posso falar de técnica vocal, porque eu sou professora de canto. Posso afirmar com todas as letras que a Pabllo canta muito. Ela sabe cantar, e muito bem. Ela sabe muito de técnica vocal”, disse Vivian.