SP: bombeiros localizam corpo de homem desaparecido em enchente
O corpo do homem que estava desaparecido desde quarta-feira (1º), após ser arrastado por uma enchente, foi localizado na tarde de hoje (3) pelos Bombeiros. O carro em que ele estava capotou dentro de um córrego, em Arujá, na Grande São Paulo, e a vítima foi levada pelas águas. Levantamento da Defesa Civil do Estado de São Paulo, divulgado no dia 1º, mostrou que 24 pessoas morreram por causa das chuvas desde o início de dezembro. Os temporais também levaram 15 municípios do estado a declararem estado de emergência. Nesta sexta-feira, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), o tempo segue abafado, sem chuva e com temperatura média de 28°C. A probabilidade de chuva mais intensa é para o período noturno, como tem ocorrido nos últimos dias, com precipitação moderada a forte com raios e eventuais rajadas de vento. Os próximos dias serão marcados por chuvas típicas de verão. O calor segue pela tarde, com ocorrência de chuvas no fim do dia. O CGE alerta que, com o solo já encharcado, aumenta o potencial de ocorrência de alagamentos, deslizamentos de terra em áreas de risco, além de transbordamentos de rios e córregos. Fonte
Prêmio Brasil Olímpico celebra o esporte brasileiro
O esporte brasileiro viveu uma noite de gala na última quinta-feira (2) com a entrega, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, do Prêmio Brasil Olímpico, que coroou os melhores atletas e treinadores do país na última temporada. E os destaques da cerimônia foram a ginasta Rebeca Andrade e o corredor Alison dos Santos, escolhidos como melhores atletas, respectivamente, no feminino e no masculino. Dona de duas medalhas olímpicas (uma de ouro no salto e uma de prata no individual geral) nos Jogos de Tóquio, a atleta do Flamengo teve um 2022 mágico, com a conquista de um ouro no individual geral e um bronze no solo no Mundial de Ginástica Artística disputado em Liverpool (Inglaterra). “É um orgulho representar a ginástica e o Brasil pelo mundo. Agradeço a toda equipe que esteve sempre ao meu lado para que voltasse em todas as vezes, realizar meus sonhos e objetivos após cada lesão, e ao Chico, meu treinador, que nunca largou minha mão. Ele é quase um pai para mim. Se não fosse por ele, não estaria aqui hoje”, declarou Rebeca. OS MELHORES ATLETAS DE 2022 🏆🇧🇷 🔹 Alison dos Santos🔸 Rebeca Andrade De conquistas essa dupla entende bem, né? Parabéns, campeões!!! 🏆 pic.twitter.com/upddSqBWkU — Time Brasil (@timebrasil) February 3, 2023 Assim como a ginasta, Alison dos Santos conquistou o mundo, mas nos 400 metros com barreiras. Piu, como o atleta é conhecido, alcançou o feito nos Estados Unidos em prova na qual superou o detentor do recorde mundial Karsten Warholm. Além disso, o paulista garantiu, de forma invicta, o título da temporada 2022 da Diamond League (Liga Diamante), principal circuito de provas do atletismo do planeta. “Aqui estão os melhores entre os melhores. Parabenizo a todos que participaram disso comigo e fizeram parte da minha trajetória. Agradeço a todos os meus patrocinadores. Esse resultado é muito importante como atleta, de encontrar alguém na rua e ouvir que sou inspiração para pessoas, mesmo das que não praticam esportes, mas que me admiram e cresceram na vida depois de verem algo meu. Faço isso com orgulho, com vontade, vale a pena. Somos brasileiros e podemos conquistar o que a quisermos”, afirmou. Outro prêmio de grande significado foi o recebido pela ex-atleta Daiane dos Santos, que recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, concedido a alguém que represente os valores que marcaram a carreira e a vida do bicampeão olímpico no salto triplo, como ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo. Esta é a Dona Magda, mãe de Daiane dos Santos 🤸🏾♀️ Com o ✊🏿 enquanto a filha discursava e recebia homenagem no Prêmio Brasil Olímpico. 📸 Luiza Moraes/COB pic.twitter.com/pSKB1qnr75 — Time Brasil (@timebrasil) February 3, 2023 Além da honraria, Daiane recebeu uma grande homenagem de Rebeca Andrade, que afirmou que a ex-ginasta sempre foi uma referência para ela. “É incrível ser uma pessoa que motiva e que incentiva. E ouvir disso de uma menina que representa tudo o que a Rebeca representa é maravilhoso. É muito bom ouvir. Mas o melhor é ver ela lá”, declarou Daiane. Os amantes do esporte participaram da celebração escolhendo o vencedor do prêmio Atleta da Torcida, que foi para o mesatenista Hugo Calderano. Além disso, o Prêmio Brasil Olímpico coroou os destaques de cada modalidade olímpica no ano de 2022. Destaques por modalidade: Águas Abertas – Ana Marcela CunhaAtletismo – Alison dos SantosBadminton – Ygor CoelhoBasquete 3×3 – Vitória MarcelinoBasquete 5×5 – Bruno CabocloBoliche – Stephanie Migliore Dubbio Martins e Roberta Camargo RodriguesBoxe – Beatriz FerreiraBreaking – Luan dos SantosCanoagem Slalom – Ana Sátila VargasCanoagem Velocidade – Isaquias QueirozCiclismo BMX Freestyle – Gustavo de OliveiraCiclismo BMX Racing – Paola Reis SantosCiclismo Estrada – Ana Vitoria MagalhaesCiclismo Mountain Bike – Henrique AvanciniCiclismo Pista – Alice de MeloDesportos na Neve – Jaqueline MourãoDesportos no Gelo – Nicole SilveiraEscalada Esportiva – Anja KöhlerEsgrima – Nathalie MoellhausenEsqui Aquático – Felipe Simioni NevesFutebol – RicharlisonGinástica Artística – Rebeca AndradeGinástica de Trampolim – Alice Hellem GomesGinástica Rítmica – Geovanna Santos da SilvaGolfe – Frederico Biondi FigueiredoHandebol – Bruna Aparecida de PaulaHipismo Adestramento – João Victor OlivaHipismo CCE – Carlos Eduardo RamadamHipismo Saltos – Marlon ZanotelliHóquei sobre Grama – Arthur de AzevedoJudô – Mayra AguiarKaratê – Douglas BroseLevantamento de Peso – Laura AmaroNatação – Guilherme CostaNado Artístico – Laura MiccuciPatinação Artística – Bianca Corteze AmeixeiroPatinação Velocidade – Guilherme Abel RochaPentatlo Moderno – Isabela de AbreuPolo Aquático – Letícia BelorioRemo – Beatriz CardosoRugby – Luiza CamposSaltos Ornamentais – Ingrid de OliveiraSkate – Rayssa LealSquash – Laura Souza Bezerra da SilvaSurfe – Filipe ToledoTaekwondo – Milena TitoneliTênis – Beatriz HaddadTênis de Mesa – Hugo CalderanoTiro com Arco – Marcus Vinicius D’AlmeidaTiro Esportivo – Geovana MeyerTriatlo – Luisa DuarteVela – Martine Grael e Kahena KunzeVôlei de Praia – Duda Lisboa – Ana PatriciaVoleibol – Gabriela GuimarãesWrestling – Laís Nunes Fonte
Maior parte do país mantém queda da Síndrome Respiratória Grave
O novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra a manutenção de um cenário positivo para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pelo país. A maioria das unidades da federação (UF) mantém queda ou estabilidade em um patamar relativamente baixo quando comparado com o histórico dos últimos anos segundo os dados da publicação semanal. O estudo divulgado hoje (3) aponta, ainda, para sinal de queda nas tendências de longo prazo e de curto prazo, com dados das últimas três semanas. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 4, período de 22 a 28 de janeiro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 30 de janeiro. Entre os pacientes com SRAG, os números indicam predomínio dos casos positivos para Sars-CoV-2 (covid-19) em todas as faixas etárias a partir de 5 anos, com maior destaque na população adulta. Já entre crianças de 0 a 4 anos o vírus sincicial respiratório (VSR) mantém presença expressiva especialmente no Espírito Santo, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e nos três estados da região Sul. Desses, apenas o Distrito Federal aponta manutenção de patamar elevado de casos de SRAG nessa faixa etária. Os demais já apontam redução nas semanas recentes. De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, os poucos estados com crescimento de SRAG nas últimas semanas mostram um cenário compatível com a oscilação observada em período de baixa. “Eventualmente, temos uma pequena elevação em uma semana ou outra – isso faz com que a tendência aponte para um possível crescimento, mas dentro de um cenário compatível com uma flutuação natural”, avaliou o pesquisador. Estados e capitais Das 27 unidades da federação, apenas Acre, Amazonas e Maranhão apresentam crescimento na tendência de longo prazo até a semana 4. No Amazonas e Maranhão, o volume de casos semanais ainda é baixo em relação ao histórico, e os dados por faixa etária são compatíveis com um cenário de oscilação. No Acre, há aumento entre as crianças e a população adulta. Cinco das 27 capitais apresentam crescimento na tendência de longo prazo até o mesmo período: Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Rio Branco (AC) e Vitória (ES). Em Rio Branco, o crescimento se concentra principalmente entre crianças. Nas demais quatro capitais, os dados por faixa etária sugerem que o crescimento se refere a oscilação em torno de patamar baixo. Fonte
Suspeitos são presos por decepar mão e degolar desafeto no interior amazonense
Dois homens identificados como Lucas Xavier Pinto de vinte e quatro anos e Eliton Cris Xavier, de vinte e oito anos, foram presos pelo envolvimento na morte Romário Lopes de Souza, ocorrido em outubro do ano passado no município de Itacoatiara, interior do estado amazonense. Segundo a titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Itacoatiara, a dupla foi identificada por testemunhas que presenciaram o crime; outras três pessoas estão sendo investigadas. ‘O crime foi bárbaro, a vítima foi atingida com golpes de terçado e faca em várias regiões do corpo. Ele foi parcialmente degolado e teve sua mão decepada, além de vários ferimentos na extensão do corpo’, relatou a delegada. As investigações apontaram que a motivação do crime teria sido vingança, pois Lucas já havia brigado com Romário, entretanto, elas seguem em andamento para apurar o fato. Lucas e Eliton responderão por homicídio qualificado. Eles serão encaminhados à audiência de custódia e ficarão à disposição da justiça amazonense. Fonte
Damares quer ser líder das discussões indígenas no Senado: “Eu conheço índio”
Ministra da gestão Bolsonaro, Damares Alves (Republicanos-DF) deseja se cacifar como líder das discussões sobre direitos dos indígenas no Senado. “Eu conheço índio, sou mãe de índia […] Queria muito de forma muito madura ficar à frente desse tema, afastando as ideologias em torno dos indígenas”, afirmou ao ser indagada sobre a maneira com a qual sua sigla vai lidar com o assunto. Questionada também sobre como vai se defender das recentes denúncias de devastação do povo Yanomami ocorrida durante sua gestão à frente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a parlamentar acrescentou que vai apresentar documentos e relatórios que comprovam que não houve culpa. Damares Alves foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o órgão julgar legítima a denúncia recebida por parlamentares do PT acusando-a de ser conivente com os ataques de garimpeiros na região do Território Yanomami, que levaram à morte de pelo menos 570 crianças no governo Bolsonaro. Correio Brasiliense. Foto: Reprodução/ Brasilia Fonte
COB suspende Wallace por enquete sugerindo “tiro na cara de Lula”
O Conselho de Ética do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) suspendeu de forma cautelar o jogador de vôlei Wallace Leandro de Souza, campeão olímpico pela seleção brasileira. O atleta tem a partir desta sexta-feira (3) cinco dias para apresentar sua defesa junto ao órgão. Na última segunda-feira (30), em postagem em sua conta no Instagram, Wallace publicou uma foto sua com arma calibre 12 e abriu uma enquete perguntando “Daria um tiro na cara do [presidente da república] Lula com essa 12?”. No parecer oficial o conselheiro-relator Ney Belo acolheu a representação da Advocacia-Geral da União (AGU) contra a conduta de Wallace, por promover, de forma pública, incitação ao crime. “No caso em análise, as ofensas, as incitações ao crime e as ameaças – ainda que algumas delas veladas já que postas em forma de pergunta ou interpretáveis por se tratar de imagem – foram todas elas praticadas contra a autoridade máxima do país, que ocupa o posto em razão de processo eleitoral democrático e escorreito. Fica justificada processualmente, dessa forma, a intervenção da Advocacia Pública nesse feito. Assim, fica acolhida a participação processual da Advocacia Geral da União (AGU) nos termos solicitados”, diz um dos trechos do despacho assinado por Ney Belo. O Sada Cruzeiro, clube onde o atleta joga na atual temporada, afastou e suspendeu o jogador por tempo indeterminado, e exigiu que ele pedisse desculpas. Após a repercussão da postagem, Wallace apagou a publicação e se desculpou, dizendo que não quis “incitar a violência”. O documento do Conselho de Ética do COB enfatiza também a responsabilidade de atletas olímpicos perante a sociedade, em especial os campeões, pois sua conduta reflete na sociedade. “O atleta campeão olímpico exerce influência em toda a juventude, que através do esporte vê em seus ídolos um exemplo a ser seguido. Adolescentes observam o atleta com admiração e respeito, e talvez seja esse o único posto – salvaguardada a ficção no cinema – onde heróis são educativos, construtivos e fazem bem para o ideário de um povo”. Em outro trecho do parecer, Ney Belo elenca estrelas do esporte nacional como exemplos de conduta. “Roberto Dinamite, Pelé, Maria Lenk, Esther Bueno não tiveram apenas a honra e a glória de serem campeões. Todos tiveram a responsabilidade de educar gerações que precisavam pautar-se por princípios éticos e morais para seguirem na luta pela construção de uma sociedade melhor para todos, não obstante as opções políticas de cada um”. Entre as punições para práticas como a de Wallace, está o banimento do atleta do esporte olímpico e pagamento de multas de até R$ 100 mil. Fonte
Anderson Torres diz que não sabe quem redigiu minuta de decreto apreendida
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres reafirmou, nesta quinta-feira (02), que planejava ‘descartar’, ou seja, destruir, o rascunho de um decreto presidencial que policiais federais apreenderam em sua casa no dia 10 de janeiro. Alvo de investigação por suspeita de omissão durante o ataque às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, Torres prestou depoimento ontem na Polícia Federal (PF). Torres, que é também ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, afirmou que a minuta de um decreto com o qual o presidente Jair Bolsonaro poderia estabelecer estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, então, invalidar o resultado das últimas eleições presidenciais, não tinha ‘viabilidade jurídica’ para prosperar. ‘Não há a menor possibilidade de o ex-ministro ter redigido a minuta do decreto, que é inexequível [impraticável] e não tinha a menor viabilidade jurídica, com problemas que vão de atentados ao vernáculo [idioma] até erros técnicos. Enfim, é um documento mambembe, primário, ao qual falta concretude’, disse o advogado Rodrigo Rocca, um dos defensores de Torres. Anderson Torres disse que não sabe quem redigiu o documento, nem como este chegou às suas mãos. Segundo o policial federal que registrou o depoimento, Torres disse ‘acreditar’ que recebeu a minuta no seu antigo gabinete no Ministério da Justiça e Segurança Pública. E que o levou para casa junto com vários outros documentos vindos de ‘diversas fontes’. O ex-ministro afirmou que, ao analisar a minuta, considerou-a ‘totalmente descartável’, mas que, provavelmente, sua funcionária o encontrou sobre a mesa, recolheu-o junto com outros papéis em uma pasta que guardou na estante onde os policiais federais que cumpriam o mandado de busca e apreensão o encontraram. Torres negou que tenha apresentado o documento ao ex-presidente Jair Bolsonaro e afirmou que soube pela imprensa que outras pessoas tinham recebido cópia do texto. ‘O documento não foi levado para ninguém. Foi encontrado na casa do ex-ministro, quase dois meses após a conclusão da eleição. Quer dizer, se este documento tivesse a finalidade que se pretendeu dar a ele, já não estaria mais na casa do Anderson Torres’, acrescentou hoje (3) o advogado Rodrigo Rocca. Para Rocca, o depoimento, que durou cerca de dez horas, foi uma oportunidade para Anderson Torres apresentar sua versão dos fatos. ‘Ao depor, ele [Torres] conseguiu ordenar os fatos, explicando inclusive alguns dos pontos levantados pelo interventor federal [Ricardo Cappelli] em seu relatório, cujos termos, aliás, vêm ao encontro das declarações do ex-ministro.’ O advogado antecipou que pretende pedir ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que revogue a prisão preventiva de Torres ou a substitua por outra medida preventiva. A intenção é apresentar o pedido na próxima segunda-feira (6) e, para Rocca, tem grandes chances de prosperar. ‘O quadro, hoje, é muito distinto do de quando a prisão preventiva do ex-ministro foi decretada. O doutor Anderson Torres veio dos Estados Unidos para prestar contas à Justiça, ofereceu entregar seu passaporte e franqueou acesso às senhas [com quem mantém] o sigilo telemático [de telecomunicações]’, afirmou Rocca. O advogado confirmou que, durante o depoimento desta quinta-feira, Torres informou ao delegado que, ao contrário do que tinha dito antes, não esqueceu seu aparelho celular nos Estados Unidos, mas sim o perdeu. Delegado federal de carreira, Anderson Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, quando retornou dos Estados Unidos, para onde viajou com a família, de férias, dois dias antes do ato antidemocrático de 8 de janeiro, que culminou com o ataque às sedes dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e com a destruição de instalações públicas e de parte do patrimônio histórico e artístico expostos. Torres chefiou o Ministério da Justiça e Segurança Pública até 31 de dezembro de 2022, quando o governo Bolsonaro chegou ao fim. Por indicação do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, assumiu, em 2 de janeiro, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal – cargo que já tinha ocupado entre 2019 e 2021, durante o primeiro mandato de Ibaneis. Quatro dias depois após assumir a secretaria distrital, e já tendo substituído os ocupantes de alguns dos principais cargos da segurança local, viajou de férias para os Estados Unidos. No dia 8, vândalos e golpistas que participavam de atos antidemocráticos invadiram e depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, evidenciando as falhas no esquema de segurança montado. Com informações Agência Brasil Fonte
Torres diz que não sabe quem redigiu minuta de decreto apreendida
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres reafirmou, nesta quinta-feira (2), que planejava “descartar”, ou seja, destruir, o rascunho de um decreto presidencial que policiais federais apreenderam em sua casa no dia 10 de janeiro. Alvo de investigação por suspeita de omissão durante o ataque às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, Torres prestou depoimento ontem na Polícia Federal (PF). Torres, que é também ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, afirmou que a minuta de um decreto com o qual o presidente Jair Bolsonaro poderia estabelecer estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, então, invalidar o resultado das últimas eleições presidenciais, não tinha “viabilidade jurídica” para prosperar. “Não há a menor possibilidade de o ex-ministro ter redigido a minuta do decreto, que é inexequível [impraticável] e não tinha a menor viabilidade jurídica, com problemas que vão de atentados ao vernáculo [idioma] até erros técnicos. Enfim, é um documento mambembe, primário, ao qual falta concretude”, disse à Agência Brasil o advogado Rodrigo Rocca, um dos defensores de Torres. Anderson Torres disse que não sabe quem redigiu o documento, nem como este chegou às suas mãos. Segundo o policial federal que registrou o depoimento, Torres disse “acreditar” que recebeu a minuta no seu antigo gabinete no Ministério da Justiça e Segurança Pública. E que o levou para casa junto com vários outros documentos vindos de “diversas fontes”. O ex-ministro afirmou que, ao analisar a minuta, considerou-a “totalmente descartável”, mas que, provavelmente, sua funcionária o encontrou sobre a mesa, recolheu-o junto com outros papéis em uma pasta que guardou na estante onde os policiais federais que cumpriam o mandado de busca e apreensão o encontraram. Torres negou que tenha apresentado o documento ao ex-presidente Jair Bolsonaro e afirmou que soube pela imprensa que outras pessoas tinham recebido cópia do texto. “O documento não foi levado para ninguém. Foi encontrado na casa do ex-ministro, quase dois meses após a conclusão da eleição. Quer dizer, se este documento tivesse a finalidade que se pretendeu dar a ele, já não estaria mais na casa do Anderson Torres”, acrescentou hoje (3) o advogado Rodrigo Rocca. Para Rocca, o depoimento, que durou cerca de dez horas, foi uma oportunidade para Anderson Torres apresentar sua versão dos fatos. “Ao depor, ele [Torres] conseguiu ordenar os fatos, explicando inclusive alguns dos pontos levantados pelo interventor federal [Ricardo Cappelli] em seu relatório, cujos termos, aliás, vêm ao encontro das declarações do ex-ministro.” O advogado antecipou à Agência Brasil que pretende pedir ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que revogue a prisão preventiva de Torres ou a substitua por outra medida preventiva. A intenção é apresentar o pedido na próxima segunda-feira (6) e, para Rocca, tem grandes chances de prosperar. “O quadro, hoje, é muito distinto do de quando a prisão preventiva do ex-ministro foi decretada. O doutor Anderson Torres veio dos Estados Unidos para prestar contas à Justiça, ofereceu entregar seu passaporte e franqueou acesso às senhas [com quem mantém] o sigilo telemático [de telecomunicações]”, afirmou Rocca. O advogado confirmou que, durante o depoimento desta quinta-feira, Torres informou ao delegado que, ao contrário do que tinha dito antes, não esqueceu seu aparelho celular nos Estados Unidos, mas sim o perdeu. Delegado federal de carreira, Anderson Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, quando retornou dos Estados Unidos, para onde viajou com a família, de férias, dois dias antes do ato antidemocrático de 8 de janeiro, que culminou com o ataque às sedes dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e com a destruição de instalações públicas e de parte do patrimônio histórico e artístico expostos. Torres chefiou o Ministério da Justiça e Segurança Pública até 31 de dezembro de 2022, quando o governo Bolsonaro chegou ao fim. Por indicação do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, assumiu, em 2 de janeiro, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal – cargo que já tinha ocupado entre 2019 e 2021, durante o primeiro mandato de Ibaneis. Quatro dias depois após assumir a secretaria distrital, e já tendo substituído os ocupantes de alguns dos principais cargos da segurança local, viajou de férias para os Estados Unidos. No dia 8, vândalos e golpistas que participavam de atos antidemocráticos invadiram e depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, evidenciando as falhas no esquema de segurança montado. Fonte
STF mantém prorrogação da Lei Paulo Gustavo até dezembro de 2023
O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, por maioria, a prorrogação do repasse de recursos para apoiar o setor cultural até o dia 31 de dezembro deste ano. Os recursos estão previstos na Lei Paulo Gustavo. A decisão do Plenário foi tomada em julgamento virtual realizado nesta quinta-feira (2) e referendou liminar que já havia sido deferida pela ministra Cármen Lúcia, em dezembro do ano passado. O único voto contrário foi do ministro André Mendonça. Cármen Lúcia atendeu ação apresentada pela Rede Sustentabilidade contra a Medida Provisória 1.135/2022, que adiava socorro da União ao setor cultural e de eventos em razão dos impactos da pandemia de Covid-19. A MP foi suspensa, em novembro de 2022, pelo STF, mantendo a obrigatoriedade dos repasses da União aos estados e municípios com destino ao setor cultural. No entanto, na ação, a Rede Sustentabilidade argumenta que o governo federal não repassou recursos em tempo hábil para apoiar o setor ainda em 2022. Desta forma, a ministra do STF aceitou o pedido para assegurar o apoio financeiro no decorrer de 2023. Fonte
Janja aceita convite e será madrinha da velha-guarda da Imperatriz Leopoldinense
A primeira-dama Janja Silva aceitou, nesta sexta-feira (3), um convite da Imperatriz Leopoldinense para ser madrinha da velha-guarda da agremiação da Zona Norte. A afirmativa da mulher do presidente Lula aconteceu durante uma reunião no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Centro do Rio, para apresentar os projetos sociais do Imperatriz Social, promovidos pela escola. As ações acontecem na quadra da agremiação e tem como alvo a população das favelas do Complexo do alemão. Apesar de ter aceito o convite, a presença de Janja no desfile ainda não está garantida, uma vez que a participação dependerá da agenda da primeira-dama, que já tinha compromissos firmados. “A partir de agora teremos mais proximidade para entender as demandas da instituição e auxiliar no fomento às atividades voltadas ao social e cultural. Retomaremos projetos para essas regiões periféricas, e as escolas de samba são fundamentais nesse processo”, afirmou Janja. Após receber o convite, Janja falou sobre a importância do Carnaval no seu dia a dia e brincou: “Tire minha comida, minha água, mas não tira meu Carnaval. Ainda não sabemos como ficarão os compromissos daqui pra frente, mas farei de tudo para estar na quadra, na Sapucaí e conhecer a Cidade do Samba”. Presente no encontro, o diretor de Carnaval da escola da Leopoldina agradeceu o reconhecimento da primeira-dama e reforçou a importância do programa social promovido na quadra. “Estamos muito felizes por este encontro e pela possibilidade de falarmos um pouco do nosso povo, da nossa comunidade. Os projetos sociais da Imperatriz são financiados pela própria escola e ter o reconhecimento da primeira-dama é extremamente gratificante”, afirmou. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, também esteve presente no encontro, assim como o presidente regional do Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (PT-RJ), Tiago Santana. Autoridades da escola, como a presidente da Velha-Guarda Solange Costa, a porta-bandeira Rafaela Theodoro, o mestre-sala Phelipe Lemos, atual mestre de bateria Lolo, intérprete Pitty de Menezes, e o coordenador de Carnaval, Pedro Leite, também participaram. Fonte
Cientistas conseguem de forma inédita regenerar células do rim e recuperar função do órgão
De maneira inédita, pesquisadores da Duke-NUS Medical School e do National Heart Center Singapore (NHCS), situados na Singapura, conseguiram devolver a função de um rim por meio de uma terapia regenerativa. De acordo com os estudos, a insuficiência renal é um mal que assola o mundo de forma global. E segundo esse estudo publicado na revista científica Nature Communications, bloquear uma proteína prejudicial e reguladora de cicatrizes chamada interleucina-11 (IL-11) permite que as células renais danificadas se regenerem, restaurando a função renal prejudicada devido a doenças e lesões agudas. “Descobrimos que a IL-11 é prejudicial à função renal e desencadeia o desenvolvimento de doença renal crônica. Também mostramos que a terapia anti-IL11 pode tratar a insuficiência renal, reverter a doença renal crônica estabelecida e restaurar a função renal, promovendo a regeneração em camundongos, sendo segura para uso a longo praz”, destaca a pesquisa. Em busca de formas de restaurar a capacidade do rim de regenerar células danificadas, os pesquisadores decidiram investigar o papel da IL-11, proteína conhecida por desencadear cicatrizes em outros órgãos, incluindo fígado, pulmões e coração, na doença renal aguda e crônica. Os resultados do experimento, realizado em roedores, mostraram que a proteína está associada a uma cascata de processos moleculares em resposta à lesão renal que leva à inflamação, fibrose (cicatrizes) e perda de função. Por outro lado, inibir a IL-11 com um anticorpo neutralizante pode prevenir e até mesmo reverter o dano renal. Fonte
Moraes concede liberdade provisória a ex-comandante da PM-DF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu hoje (3) liberdade provisória ao coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Ele foi preso no dia 10 de janeiro por determinação de Moraes, a pedido da Polícia Federal (PF), que apontou a conivência e a omissão de autoridades locais durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro, que resultaram na depredação dos prédios públicos da Praça dos Três Poderes. Em sua decisão, Moraes considerou o relatório do ex-interventor federal de Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, que indica “em princípio” que Vieira não teria sido diretamente responsável pela falha das ações de segurança que resultaram nos atos criminosos. “Além de apontar que o investigado esteve presente na operação, foi ferido no combate direto aos manifestantes e não teve as suas solicitações de reforços atendidas”, diz o ministro. “Assim sendo, […] o panorama processual que justificou a prisão preventiva do investigado não mais subsiste no atual momento, sendo possível conceder-lhe a liberdade provisória”, completou o ministro. Ainda segundo Alexandre de Moraes, o relatório de Cappelli reforça as alegações do ex-comandante, em depoimento à Polícia Federal, de que até o dia 12 de dezembro de 2022, os integrantes do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército vinham executando manifestações pacíficas. Nessa ocasião, entretanto, houve tentativa de invasão ao edifício-sede da PF e outros atos criminosos, como a depredação da 5ª Delegacia de Polícia e incêndios contra veículos e ônibus. Após esses atos, Vieira afirmou que, por duas vezes, a PM-DF tentou fazer a desmobilização do acampamento, com a atuação de cerca de 500 policiais militares, “mas não obtiveram êxito por solicitação do próprio Exército”. Como medida cautelar, Moraes determinou que o ex-comandante está proibido de deixar o Distrito Federal sem comunicação prévia ao STF, sob pena de nova prisão preventiva. Fonte
Carnaval na Floresta: SSP-AM realiza Central Integrada de Fiscalização contra perturbação do sossego em Manaus
A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio da Secretaria Executiva de Gestão e Planejamento Integrado (Seagi), deflagrou na noite de quinta-feira (02/02), a primeira Central Integrada de Fiscalização (CIF) deste ano. O objetivo da CIF é fiscalizar casos de perturbação da ordem em estabelecimentos e a presença de “paredões” em postos de combustíveis em Manaus. As ações serão intensificadas durante o período carnavalesco. Durante a primeira ação, a CIF vistoriou 12 locais, no Centro da capital, e nas zonas centro-oeste e oeste da cidade. O objetivo é iniciar ações preventivas para o período de carnaval, a fim de garantir que as legislações relacionadas ao excesso de som alto e cumprimento de exigências relacionadas aos estabelecimentos estejam sendo cumpridas. De acordo com o chefe do Departamento Integrado de Gestão e Planejamento Integrado (DPI), da SSP-AM, major PM Alisson Botelho, ter os efetivos integrados entre estado e município fortalece e amplia o poder de atuação dos órgãos. “O objetivo é integrar e contar com a participação dos órgãos solicitados, sejam do estado ou município. A CIF tem como objetivo, iniciar uma série de ações e operações preventivas durante o período de carnaval, seja de som alto acima do limite ou qualquer ocorrência que esteja causando danos a nossa sociedade e possa ser resolvida com o apoio de todo o nosso sistema de segurança”, disse o major. Efetivo A CIF contou com um efetivo de 37 servidores, entre os órgãos da SSP-AM, do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM). Além dos órgãos da SSP-AM, participaram da CIF representantes da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Corpo de Bombeiros do Amazonas (CBMAM), Núcleo Especializado em Operações de Trânsito (NEOT), Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Secretária de Estado de Assistência Social (Seas) e Secretaria de Estado de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Sejusc). FOTOS: Carlos Soares/SSP-AM Fonte
Edifício A Noite pode ser comprado pela prefeitura carioca
A prefeitura do Rio quer adquirir o edifício A Noite, situado na Praça Mauá, região portuária do Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 28,9 milhões. O preço foi fixado em setembro do ano passado pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), na modalidade venda direta, após três tentativas frustradas de leilão. Primeiro arranha-céu da América Latina, o prédio foi inaugurado em 1929. Em nota, o governo municipal informou que “o desejo foi registrado em um ofício enviado na quarta-feira (1º) à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck”. Também em nota, a Secretaria de Patrimônio da União do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos confirmou o recebimento da proposta e informou que “ela será analisada. Tão logo tenhamos alguma definição, ela será amplamente noticiada”. Procurada pela Agência Brasil, a direção da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR), da prefeitura carioca, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não está dando entrevistas sobre o assunto. “Os detalhes de como será feita a aquisição ainda estão sendo fechados por nós”, explicou. Com 22 andares e 102 metros de altura, o prédio foi projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire, que desenhou também os projetos dos hotéis Glória e Copacabana Palace. Foi sede do jornal A Noite e da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, além do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Em 1940, o edifício A Noite passou para o poder da União. A Rádio Nacional, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), funcionou no local até 2012, quando foi transferida para o bairro da Lapa, também no centro do Rio, em razão de reformas que seriam efetuadas no local. O projeto de construir no arranha-céu o Museu do Rádio não prosperou. Leilões O primeiro leilão aconteceu no dia 30 de abril de 2021, no formato virtual, com lance mínimo fixado em R$ 98 milhões. Mas não houve interessados. O segundo leilão foi marcado para 7 de junho do mesmo ano, com valor mínimo de R$ 73,5 milhões, também sem propostas. A última tentativa frustrada de venda do imóvel ocorreu em 14 de julho do ano passado, pelo preço de R$ 38,5 milhões. Atualmente, o prédio está vazio, sem uso e custa mais de R$ 1 milhão por ano à União com manutenção de elevadores, segurança, brigadistas e taxas de concessionárias. O edifício foi tombado em 2013 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em duas categorias: Belas Artes, por suas características arquitetônicas e inovações artísticas, e Histórico, pela importância que teve na história do rádio e da cultura brasileira. Fonte
Torres: houve “falha grave” no plano de segurança do dia 8 de janeiro
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, afirmou à Polícia Federal (PF) que houve uma “falha grave” na execução do plano operacional, definido por órgãos distritais, permitindo a ação de vândalos e golpistas que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, no dia 8 de janeiro. Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Anderson Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, quando retornou dos Estados Unidos, para onde viajou de férias, com a família, dois dias antes do ato antidemocrático que culminou no ataque aos Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. O ataque causou a destruição de instalações públicas e de parte do patrimônio histórico e artístico expostos nos prédios. Nesta quinta-feira (2), Torres prestou depoimento a policiais federais por quase dez horas. Ele relatou que, no dia 6 de janeiro, pouco antes de viajar, se reuniu com o comandante militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, com a secretária distrital de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, e com a subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública, Cíntia Queiroz de Castro. Durante o encontro foi acertado que, a partir do dia 10 de janeiro, Exército e Governo do Distrito Federal (GDF) começariam a remover as pessoas acampadas em frente ao Quartel-General do Exército, iniciando pelas pessoas “vulneráveis e moradores de rua”. O cronograma, contudo, foi atropelado pelos fatos, disse. Segundo Torres, no mesmo dia 6, representantes das polícias Militar e Civil do Distrito Federal; Bombeiros; Departamento de Trânsito (Detran); Departamento de Estradas e Rodagem (DER); Polícia Rodoviária Federal (PRF); Senado; Câmara dos Deputados; Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram. Com base em informações da Subsecretaria de Operações Integradas do Distrito Federal, aprovaram um protocolo de ações integradas (PAI) para lidar com o ato convocado para o dia 8. A aprovação ocorreu. de acordo com Torres, mesmo sem indícios de “ações radicais”. O ex-secretário acrescentou que, uma vez aprovado, o protocolo deveria ser obrigatoriamente cumprido por todos os órgãos do Distrito Federal. Ele disse que, ao assinar o documento, observou que este continha todas as diretrizes necessárias para que os órgãos de segurança pública cumprissem com suas atribuições. O protocolo estabelecia, por exemplo, que a PM deveria planejar e executar ações de policiamento ostensivo, preservando a ordem pública durante o ato; manter as tropas especializadas de prontidão para o caso de distúrbios e não permitir o acesso de pessoas e veículos à Praça dos Três Poderes. Ao ser questionado sobre uma declaração do governador afastado, Ibaneis Rocha, que apontou haver indícios de que o protocolo de segurança tenha sido sabotado por agentes das forças de segurança pública, Torres disse não ter nenhuma informação que corrobore a tese, mas que, certamente, houve uma “falha grave” na execução operacional do plano. Segundo ele, se tivesse sido cumprido à risca, o plano teria impedido os atos criminosos de 8 de janeiro. Acampamento Torres também disse que inicialmente considerou legítima a mobilização e a permanência de pessoas que rejeitavam a vitória eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na área militar, mas que, com a tentativa de invasão do dia 12 de dezembro, quando ônibus e carros foram incendiados em vias públicas da capital, ele passou a considerar o risco do acampamento – instalado no local desde 1º de novembro do ano passado – atrair criminosos. Segundo ele, isso ficou evidente com a prisão de participantes do acampamento que planejaram explodir uma bomba próximo ao aeroporto de Brasília, na véspera do Natal. O agente federal responsável por registrar as declarações informou que Torres disse que os sucessivos crimes fizeram com que o movimento perdesse a legitimidade e que só não atuou antes para desmontar o acampamento por este estar em área pertencente ao Exército, que se opunha a uma ação brusca. “O ex-ministro mencionou que tinha postura distinta da do comando do Exército e que acabou prevalecendo, [favorável à] a manutenção do acampamento”, explicou à Agência Brasil um dos advogados de Torres, Rodrigo Rocca. O acampamento só começou a ser desmontado na manhã seguinte aos ataques de 8 de janeiro – por influência do Exército, e contrariando a intenção do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da própria Polícia Militar do Distrito Federal, órgãos que, inicialmente, se manifestaram a favor de prisões já no início da noite do dia 8, poucas horas após muitos dos vândalos e golpistas que invadiram os prédios públicos retornarem para a frente do quartel-general militar. No relatório que analisa os fatores que culminaram nos fatos do dia 8 de janeiro, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappell, nomeado interventor para a Segurança Pública do Distrito Federal, destacou que a Polícia Militar tentou “desconstituir” o acampamento montado no Setor Militar Urbano, na capital federal, “contudo a ação foi realizada no dia seguinte, a partir de uma ponderação do Exército brasileiro”. Source link