FAB manterá abertura parcial do espaço aéreo yanomami até maio

O Comando Operacional Conjunto Amazônia anunciou hoje (13) a prorrogação, por mais cerca de três meses, da abertura parcial do espaço aéreo sobre as terras yanomami. A restrição a voos na área começou no dia 1º de fevereiro, como parte da operação Escudo Yanomami 2023. Três corredores humanitários de voo foram abertos no último dia 6, com o objetivo de permitir “a saída coordenada e espontânea das pessoas não indígenas das áreas de garimpo ilegal por meio aéreo”, diz nota do Comando Operacional Conjunto. Prorrogação A suspensão parcial do bloqueio aéreo vigoraria até hoje, mas o governo decidiu prorrogá-la até 1h da manhã (horário de Brasília) de 6 de maio. Muitos garimpeiros estão deixando as terras indígenas voluntariamente. Além da saída por avião, que se mostra uma alternativa muito cara, há a possibilidade de deixar da região por meio de barcos que estão circulando pelos rios do território. Fonte

Caixa começa a pagar Bolsa Família de fevereiro

A Caixa Econômica Federal começa a pagar hoje (13) a parcela de fevereiro do Bolsa Família. O valor médio recebido por família equivale a R$ 614,21. Recebem nesta segunda-feira os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1. O pagamento do adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos ainda não começou. A previsão do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome é que o valor extra só começará a ser pago em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes. Ainda este mês, a pasta deve apresentar a proposta de um novo Bolsa Família, que terá o foco na integração com o Sistema Único de Assistência Social e na atualização do CadÚnico. No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco. Em janeiro, o governo pagou o benefício para 21,9 milhões de famílias. Auxílio Gás Neste mês também haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o próximo pagamento acontece em abril. Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico ou famílias com pelo menos um membro que more na mesma casa e receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência de receber o benefício, assim como mulheres vítimas de violência doméstica. O valor do Auxílio Gás equivalente a 100% do custo médio do botijão de 13 quilos. Fonte

Programa ‘Asfalta Manaus’ da Prefeitura chega ao Lírio do Vale

O bairro Lírio do Vale, na zona Oeste, é contemplado pelo programa “Asfalta Manaus”, da Prefeitura de Manaus, neste domingo, 12/2. As equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) aplicam 400 toneladas de massa asfáltica na extensa rua Jequié, de 900 metros. “Estávamos aguardando muito ansiosos por isso. Essa rua só recebeu manutenção uma vez. E foi um tapa-buracos na época. Nunca imaginei que algo tão grande viria assim, com máquinas e uma equipe grande”, relata Ronaldo Pereira, morador há 37 anos. “Essa satisfação dos moradores é resultado do compromisso da gestão do prefeito David Almeida com a infraestrutura digna e adequada para Manaus. Digo isso, porque nós estamos trabalhando com 5 centímetros de espessura de asfalto. É o padrão preconizado pelo prefeito”, afirma o secretário de Obras, Renato Junior. Ainda neste domingo os trabalhos devem ser finalizados. A obra é resultado de um cronograma de infraestrutura próprio do programa “Asfalta Manaus”, que visa asfaltar 10 mil ruas em Manaus. Conforme as últimas atualizações da plataforma on-line “Asfaltômetro”, foram asfaltadas 194 ruas na zona Oeste. Dessas, 17 estão no Lírio do Vale. — — — Texto – Alessandra Taveira/Seminf Fotos – Márcio Melo/Seminf Fonte

Polícia identifica dois corpos de desaparecidos em naufrágio no Rio

A Superintendência Geral de Polícia Técnico-Científica (SGPTC) da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio confirmou que os corpos resgatados ontem (12), por bombeiros do estado, são de Fábio Dantas Soares, de 46 anos, Isabel Cristina de Souza Borges, de 35 anos, que estavam desaparecidos após o naufrágio da traineira Caiçara no dia 5, na Baía de Guanabara. Segundo a SGPTC os corpos foram identificados, neste domingo, pelos peritos por meio de exame de papiloscopia (digital) e liberados para os familiares. Os corpos, que foram encontrados por pescadores próximo à Ilha de Mocanguê, em Niterói, na região metropolitana do Rio, foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) depois que a 37ª Delegacia Policial foi acionada. Vitimas As duas vítimas eram as últimas desaparecidas do acidente náutico. “É um alento muito grande para familiares e amigos dessas vítimas poderem realizar um sepultamento digno. O Corpo de Bombeiros trabalhou muito, desde que tomou conhecimento do naufrágio, incansavelmente, dia e noite, com drones, helicópteros, embarcações, mergulhadores e quadriciclos”, disse o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), coronel Leandro Monteiro. No dia 5, o Corpo de Bombeiros foi acionado para um naufrágio na Baía de Guanabara, próximo à Ilha de Paquetá. Seis pessoas, que foram resgatadas por pescadores, receberam os primeiros socorros do CBMERJ e na sequência foram encaminhadas para o Atendimento em Coordenação de Emergência Regional (CER)  da Ilha do Governador. Eram duas mulheres, dois homens e duas crianças do sexo masculino. No final da noite, três corpos de vítimas do acidente que foram encontrados dentro da embarcação eram de uma mulher e de dois homens. Na segunda-feira (6), outras três pessoas foram localizadas sem vida. Próximo ao vão central da Ponte Rio-Niterói foi encontrado corpo de um homem, e dentro da embarcação estavam uma mulher e uma criança. Fonte

Mercado reduz projeção para crescimento da economia em 2023

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano caiu de 0,79% para 0,76%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (13), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos. Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,5%, a mesma previsão há sete semanas seguidas. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,85% e 2%, respectivamente. Já a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, variou para cima, de 5,78% para 5,79% neste ano. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 4%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente. A previsão para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%. Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista – 3% – também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual. Inflação De acordo com o Banco Central, a inflação só ficará dentro da meta a partir de 2024, quando deverá se situar em 3%, e em 2025, (2,8%). Para esses dois anos, o CMN estabelece uma meta de 3% para o IPCA. Em janeiro, puxado principalmente pelo aumento de preços de alimentos e combustíveis, o IPCA ficou em 0,53%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Taxa de juros Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar. Com as projeções para a inflação acima das metas para 2023 e 2024, o BC prevê que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto. A autarquia não descarta a possibilidade de novas elevações caso a inflação não convirja para o centro da meta definida pelo CMN, como o esperado, em meados de 2024. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica cai para 10% ao ano. E para 2025, a previsão é de Selic em 9% ao ano. Demanda aquecida Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final de 2023. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30. Fonte

Homem é atingido com disparo de arma de fogo na cabeça em Manaus depois de lhe pedirem cigarros

Um jovem identificado como Vinícius da Silva Leite, de apenas 24 anos, foi atingido por uma disparo de arma de fogo na noite do último domingo (12), na Avenida Pedro Alcântara, no Cidade de Deus, bairro localizado na Zona Leste de Manaus. De acordo com informações, o rapaz que tem um pequeno comércio, foi abordado por dois suspeitos em uma moto que chegaram no local perguntando se ali havia cigarro. Após pedirem informações, os homens efetuaram vários disparos e um desses disparos atingiu a cabeça da vítima. A vítima foi socorrida por um mototáxi que o levou para o Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo. Fonte

Sine Manaus oferta 196 vagas de emprego nesta segunda-feira, 13/2

A Prefeitura de Manaus, por meio do Sine Manaus, oferta 196 vagas de emprego em várias áreas de atuação, nesta segunda-feira, 13/2, das 8h às 16h. O candidato precisa validar a Carteira Digital e Previdência Social (CTPS) no aplicativo “Carteira de Trabalho Digital” ou acessar o site http://gov.br/trabalho e, para concorrer às vagas, deve acessar o site http://empregabrasil.mte.gov.br para fazer a solicitação de cadastro. Para participar da pré-seleção e concorrer a uma das vagas disponíveis, ou receber orientação de cadastro, Carteira de Trabalho Digital e seguro-desemprego, os candidatos devem comparecer a um dos postos do Sine Manaus: na avenida Constantino Nery, nº 1.272, bairro São Geraldo, zona Centro-Sul; ou no shopping Phelippe Daou, na avenida Camapuã, nº 2.939, bairro Jorge Teixeira, zona Leste. A Semtepi informa que o atendimento no posto do shopping Phelippe Daou foi reduzido em virtude de reforma no espaço, e orienta os cidadãos a comparecerem, preferencialmente, ao posto da avenida Constantino Nery. Os interessados devem estar munidos do comprovante de vacinação (Covid-19), currículo e documentos pessoais (RG, CPF, PIS, CTPS, comprovante de escolaridade e residência). Não é necessário apresentar cópias, somente os documentos originais. Vagas Novas – 12 1 vaga – Auxiliar de Expedição Escolaridade – ensino médio completo; Experiência – seis meses na Carteira de Trabalho; Requisitos Obrigatórios – residir nas proximidades do Bairro da Paz; Atividades – estocagem, separação e embalagem de mercadorias. Disponível até 13/02/2023 ou encerramento da vaga. 2 vagas – Auxiliar de Limpeza – vagas exclusivas para Pessoas com Deficiência (PcD) Escolaridade – ensino médio completo; Experiência – seis meses na Carteira de Trabalho; Atividades – limpeza, lavagem e organização. Disponível até 14/02/2023 ou encerramento da vaga. 4 vagas – Auxiliar de Escritório – vagas exclusivas para Pessoas com Deficiência (PcD) Escolaridade – ensino médio completo; Experiência – registrada na Carteira de Trabalho; Atividades – realizar relatórios, escanear e enviar documentos. Disponível até 14/02/2023 ou encerramento da vaga. 2 vagas – Pedreiro Escolaridade – ensino fundamental completo; Experiência – seis meses na Carteira de Trabalho; Atividades – organizar e preparar o local de trabalho na obra; construir fundações e estruturas de alvenaria, aplicar revestimentos e contrapisos. Disponível até 14/02/2023 ou encerramento da vaga. 2 vagas – Servente Escolaridade – ensino fundamental completo; Experiência – seis meses na Carteira de Trabalho; Atividades – preparar e transportar materiais, ferramentas, aparelhos ou qualquer peça, limpando e arrumando de acordo com instruções. Disponível até 14/02/2023 ou encerramento da vaga. 1 vagas – Auxiliar de Limpeza Escolaridade – ensino médio completo; Experiência – seis meses na Carteira de Trabalho; Atividades – limpar pátios, lavar banheiros, varrer dentro de galpão e demais áreas da empresa; trabalhar seguindo normas de segurança, higiene, qualidade e proteção. Disponível até 13/02/2023 ou encerramento da vaga. Vagas no Comércio – 58 3 vagas – Açougueiro Escolaridade – ensino médio completo; Experiência – seis meses na Carteira de Trabalho; Requisitos obrigatórios – residir nas proximidades dos bairros Cidade Nova, Zumbi e Lírio do Vale; Atividades – atendimento, cortes normais e especiais e limpeza do setor; Disponível até 13/02/2023 ou até encerramento da vaga. 2 vagas – Auxiliar de Limpeza – vagas exclusivas para Pessoas com Deficiência (PcD) Escolaridade – ensino fundamental completo; Experiência – três meses na Carteira de Trabalho; Atividades – executar serviços de limpeza e conservação em geral e rotinas previamente estabelecidas. Disponível até 13/02/2023 ou encerramento da vaga. 3 vagas – Auxiliar de Limpeza – vagas exclusivas para Pessoas com Deficiência (PcD) Escolaridade – ensino fundamental completo; Experiência – seis meses na carteira de trabalho; Atividades – atuar na limpeza e organização. Disponível até 13/02/2023 ou encerramento da vaga. 1 vaga – Auxiliar de Escritório – vaga exclusiva para Pessoa com Deficiência (PcD) Escolaridade – ensino médio completo; Experiência – seis meses na Carteira de Trabalho; Requisitos obrigatórios – ter curso de informática básica; Atividades – executar serviços de apoio nas áreas de recursos humanos, administração, finanças e logística. Atender fornecedores e clientes, fornecer e receber informações sobre produtos, serviços e documentos variados. Atuar na concessão de microcrédito a microempresários, atendendo clientes em campo e nas agências, prospectando clientes, entre outras atividades correlatas. Disponível até 13/02/2023 ou encerramento da vaga. 1 vaga – Designer Gráfico Escolaridade – ensino médio completo; Experiência – seis meses na Carteira de Trabalho; Atividades – conceber e desenvolver obras de arte e projetos de design gráfico; elaborar e executar projetos de restauração e conservação preventiva de bens culturais móveis e integrados; realizar pesquisas, elaborar propostas e divulgar suas obras de arte, produtos e serviços. Disponível até 13/02/2023 ou encerramento da vaga. 1 vaga – Confeiteiro Escolaridade – ensino médio completo; Experiência – registrada na Carteira de Trabalho; Requisitos obrigatórios – residir no bairro Tarumã ou adjacências;  Atividades – preparar bolos, cookies, tortas e salgados, seguindo receitas tradicionais e modernas conforme padrão da empresa; criar sobremesas para renovar cardápios; decorar os doces de forma atrativa; monitorar estoques de ingredientes de panificação; solicitar produtos para o setor de compras, entre outras atividades correlatas. Disponível até 13/02/2023 ou encerramento da vaga. 1 vaga – Cozinheiro Escolaridade – ensino médio completo; Experiência – registrada na Carteira de Trabalho; Requisitos obrigatórios – residir no bairro Tarumã ou adjacências;  Atividades – preparar pratos, lanches e salgados; separar os alimentos para o cardápio do dia; higienizar, fatiar carnes ou outros componentes; refogar, assar, fritar e temperar alimentos, zelando pela qualidade, sabor, aroma e apresentação dos pratos; fazer a higienização do local, dos pratos, talheres, panelas, mesas, balcões, cubas e maquinário; organizar o local de estocagem dos produtos e material de limpeza, entre outras atividades correlatas. Disponível até 13/02/2023 ou encerramento da vaga. 2 vagas – Atendente de Padaria Escolaridade – ensino médio completo; Experiência – não é necessário; Requisitos obrigatórios – residir no bairro Tarumã ou adjacências; Atividades – realizar atendimento aos clientes, recebimento e tratamento de reclamações; apoio com a limpeza e organização do ambiente; layout e precificação de mercadorias; preparo dos pedidos recebidos para expedição (vendas externas); elaboração e manutenção de planilhas de controle. Disponível até 13/02/2023 ou encerramento da vaga. 1 vaga –

Banco do Brasil permite pagamento de tributos com criptomoedas

Os correntistas do Banco do Brasil (BB) poderão pagar tributos com criptomoedas. Em fase de testes, o serviço está disponível apenas para quem tem criptoativos custodiados na Bifty, startup (empresa inovadora) especializado em blockchain (tipo de banco de dados criptografado).Com investimentos de fundos do Programa de Corporate Venture Capital do Banco do Brasil, programa que investe recursos em empresas iniciantes, a Bifty passará a atuar como parceira do banco. A startup oferecerá serviços que permitem aos parceiros (instituições financeiras, fintechs, entre outros) oferecer o pagamento de guias de tributos, taxas e obrigações por meio de convênios firmados pelo BB com a União, governos locais e concessionárias de serviços públicos. Ainda exclusiva a usuários do aplicativo Bifty, a opção funcionará de modo semelhante ao pagamento de um boleto com código de barras. Basta o cliente escolher as criptomoedas com as quais deseja pagar o imposto, capturar o código de barras ou digitar a sequência de números. Todas as informações do tributo aparecerão para serem validadas, previamente à confirmação do pagamento. Nessa tecnologia, a operação é convertida em reais e liquidada instantaneamente. Segundo o Banco do Brasil, a experiência é segura tanto para o cidadão quanto para o ente público. O tributo é pago sem a necessidade de novos convênios ou mudanças na forma de receber os tributos. O aplicativo Bifty pode ser baixado no link https://bitfy.app/. Fonte

Homem é morto por pistoleiro dentro de casa noturna em Manaus

Um empresário identificado como Eliésio Martins Lopes, de 34 anos, foi executado a disparos de arma de fogo, no interior de uma casa noturna na noite do último sábado (11), na Avenida Iraque, no Tancredo Neves, bairro localizado na Zona Leste de Manaus. Segundo informações da Polícia Militar, a vítima e uma mulher, estavam no estabelecimento, quando um homem chegou armado na garupa de uma motocicleta e efetuou diversos disparos contra ele. Após o crime, o meliante fugiu com ajuda de um comparsa. Ainda não há informações sobre a motivação do crime e nem a identificação dos autores. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga o caso. Fonte

Indígenas yanomami mostram impactos sociais graves do garimpo ilegal

A presença do garimpo ilegal no Território Yanomami causa múltiplos impactos na vida social dos indígenas. A crise humanitária é mais visível no estado de saúde delicado, especialmente de crianças e idosos, como visto nas últimas semanas, mas alcança ainda dimensões culturais desse povo. Na última semana, a reportagem da Agência Brasil visitou algumas vezes a Casa de Saúde Indígena (Casai), em Boa Vista, e também esteve no próprio Território Yanomami, no Polo Base de Surucu, entre quinta (9) e sexta-feira (10). Durante as visitas, conversou com os indígenas e especialistas para entender melhor como eles percebem esses impactos.  “Água suja para comer, estraga o peixe. Crianças muito fracas. Água bebe-se suja e barriga dói muito”, diz Enenexi Yanomami, que tenta descrever a situação vivida por seus parentes na terra indígena. A Agência Brasil encontrou o jovem indígena, de 21 anos, na entrada da Casai. Segundo ele, já passavam de 60 dias sua estadia na capital para acompanhar familiares doentes. O retorno ao território, que depende de transporte aéreo, não tinha previsão. “Faltam mais horas de voo para Surucucu”.   Para ele, a presença do garimpo é o que tem causado os danos que afetam seu povo. “Agora, tem que tirar garimpo. Quando tirar, tranquilo. Tem muito garimpo lá, [tem que ser] proibido”.  Mãe de duas crianças internadas na Casai, Louvânia Yanomami já perdeu a conta de quanto tempo está longe de sua terra. Sem previsão de alta, ela recebeu alerta dos médicos de que, se voltar, pode colocar a vida do filho menor em risco. A criança, que tem entre 1 e 2 anos, apresenta quadro de desnutrição severa e inchaço do abdômen.  Surucucu (RR), 09/02/2023 – Indígenas yanomami acompanham deslocamento de equipes e material da Força Nacional do SUS no Aeroporto de Surucucu – Fernando Frazão/Agência Brasil “Eu estou muito cansada, tem muita gente aqui [Casai], dá pra perceber. É uma situação difícil. Não vou deixar porque é meu [filho] e não posso levar porque ele vai morrer”, relata, angustiada, com ajuda de um intérprete. Em janeiro, a Casai chegou a abrigar mais de 700 pessoas, mas o local tem capacidade para pouco mais de 200. Houve uma redução dessa superlotação, mas o espaço ainda registra a presença de mais de 500 pessoas, segundo balanço da semana passada do Centro de Operações de Emergências (COE) do governo federal.  Quem também reclama dos danos ambientais trazido pela exploração ilegal de minérios é Arokona Yanomama, com quem a reportagem conversou na Casai. Ele cita como o maquinário pesado de dragas e tratores afugenta animais de caça e polui a terra. “Cheiro ruim. Morre caça, morre tudo. A terra não é boa, é muito feio. Máquina de fumaça entrou, por isso cheiro muito ruim. Contaminaram terra, contaminaram água, poluíram peixe”, relata. Agora, para caçar um porco do mato, ele tem que andar por pelo menos 50 quilômetros para se afastar da área mais deteriorada.   Referência perdida “O garimpo vai justamente atacar a cadeia alimentar básica dos yanomami. Eles são um povo de mobilidade territorial, vivem da caça, da pesca, da coleta e da agricultura. Nada mais triste, então, do que um caçador yanomami não ter caça para suprir a família”, explica a antropóloga Maria Auxiliadora Lima de Carvalho. Ela trabalha há mais de 20 anos com o povo yanomami, em Roraima. “O povo yanomami nunca precisou de doação de alimentos para sobreviver. Todo esse cenário de vulnerabilidade foi provocado. O maior mal ainda é a presença do garimpeiro, do garimpo”, afirma o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, que visitou o território na última quinta-feira (9). Até mesmo alguns dos rituais mais sagrados dos yanomami estão sendo drasticamente abalados pela atividade garimpeira e a desassistência generalizada em saúde dentro do território. É o caso das cerimônias fúnebres. Os yanomami não enterram seus mortos. Eles cremam os corpos de seus familiares falecidos e, depois, trituram os ossos até virar pó. O processo pode levar semanas e, muitas vezes, inclui uma fase final em que a comunidade realiza um ato de tomar mingau de banana com as cinzar do ente falecido.  Surucucu (RR), 09/02/2023 – Mulheres e crianças yanomami em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami – Fernando Frazão/Agência Brasil “Os yanomami fazem questão dos rituais fúnebres, mas os mortos são tantos que não está havendo nem tempo para chorá-los”, afirma a antropóloga. Essas cerimônias podem incluir também a presença de visitantes de aldeias diferentes e, nesses casos, os anfitriões costumam oferecer um animal de caça, o que tem ficado escasso nas regiões afetada pelo garimpo.  A entrada do álcool na cultura yanomami, que não é recente, mas tem se agravado, é outro fator desestabilizador. O kaxiri, bebida  feita de macaxeira cozida, não alcoólica, e muito tradicional, passou a ser fermentada pelos indígenas para ficar com alto teor de álcool, por influência dos garimpeiros, ainda durante a primeira invasão ao território, no fim da década de 80. “Isso fez aumentar casos de violência contra as mulheres e de violência de uma forma geral”, explica Maria Auxiliadora. Também interferiu na produção agrícola, fazendo com que indígenas aumentassem a plantação de macaxeira para produzir a bebida, ampliando o ciclo do consumo de álcool nas aldeias.  Juventude assediada A antropóloga também observa outro tipo de desestruturação comunitária causada pelo garimpo. No primeiro grande surto de garimpagem ilegal na Terra Indígena Yanomami, a partir da segunda metade da década de 80, a maior parte da população de indígenas era formada por adultos. Atualmente, no entanto, a base da pirâmide etária ficou bem mais numerosa, com forte presença de adolescentes e jovens. No entanto, a grande maioria das escolas dentro do território foi desativadas pelo governo do estado.  “As políticas públicas não chegam para esses jovens. E eles são jovens, querem aventuras. Com isso, o garimpo assediou enormemente essa juventude, com acesso a armas, que eles apreciam muito, e outros objetos”, acrescenta a especialista. Ela cita o caso de assédio sexual de garimpeiros contra as mulheres indígenas, que observou durante trabalho de campo na comunidade, onde permaneceu por vários anos, entre 2002 e 2009. Segundo a antropóloga, as denúncias que vêm sendo

Profissionais de saúde superam desafios para salvar vidas yanomami

Um movimento intenso de aviões e helicópteros em um ponto remoto no meio da selva amazônica tem sido rotina no Polo Base de Surucucu, no extremo norte do país, a poucos quilômetros (km) da fronteira entre o estado de Roraima e a Venezuela. O aumento desse fluxo decorre dos efeitos da ação em curso para mitigar a crise humanitária do povo yanomami, que vem chocando o país nas últimas semanas. A reportagem da Agência Brasil passou um noite na região, entre os últimos dias 9 e 10 de fevereiro, para acompanhar de perto o trabalho incansável de profissionais de saúde no socorro aos indígenas, afetados por uma desassistência generalizada e pela presença do garimpo ilegal na região. A situação é histórica, mas se agravou ao longo dos últimos quatros anos, o que mobilizou as autoridades. Veículo da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), no Hospital de Campanha, presta atendimento a indígenas Yanomami – Fernando Frazão/Agência Brasil O Polo Base de Surucucu dispõe de uma pista asfaltada para pousos e decolagens e também abriga o 4º Pelotão de Fronteira (PEF) do Exército Brasileiro. Por ali, a única forma de acesso entre diversas comunidades é por via área. O aeródromo fica a quase 300 km de Boa Vista, em pouco mais de uma hora de voo sobre a floresta densa. Por isso, a unidade básica da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde tem, nesse polo, seu ponto de referência para pacientes de outras regiões do território. Um helicóptero fica de prontidão no PEF e é acionado para diversas missões, como buscar e levar pacientes de outras comunidades, além de interiorizar médicos e enfermeiros que vão atuar em unidades de saúde menores dentro do território. No período em que a reportagem acompanhou as atividades, a aeronave foi utilizada incontáveis vezes. “Aqui em Surucucu a maior parte das aldeias é de difícil acesso. É um desafio imenso para todos os responsáveis pela logística de helicóptero e alguns funcionários do Distrito Sanitário Especial Indígena [DSEI], que incansavelmente se esforçam para conseguir realizar o resgate dos pacientes com os mais diversos problemas, como malária, desnutrição, desidratação. Essas doenças tiveram aumento significativo, diretamente relacionado ao aumento do número de invasores do território, além de incidentes inerentes à vida na floresta, como picada de cobra, queda de altura, entre outros”, explica a médica Gabriela Mafra, que há quatro anos atende os yanomami.  A chegada de aviões provenientes de Boa Vista também é intensa, com o desembarque de medicamentos e suprimentos diversos, além da remoção de pacientes. Somente em janeiro deste ano foram 112 remoções de pacientes graves para a capital do estado, o que dá uma média maior que três por dia, de acordo com números do Centro de Operações de Emergência (COE), criado pelo governo para enfrentar a crise humanitária. O COE também informou que, no mesmo período, fez 111 remoções dentro do próprio território, transportando pacientes de aldeias para serem atendidos em polos de saúde locais da Terra Indígena Yanomami. A prioridade para resgates e transporte de suprimentos dificulta o acompanhamento de atenção primária, com visitas às comunidades.   “Em meio a todos os resgates, devolução de pacientes de alta, trocas de equipes e entrega de materiais, gostaríamos de encaixar visitas às aldeias. E aí há grande dificuldade que, somada ao número de profissionais – que tem sido insuficiente para a realização das visitas -, nos prejudica nos atendimentos presenciais às aldeias. Hoje percebo que passamos muito tempo lidando com agravos de patologias que poderiam ser evitadas se não estivesse sendo tão desafiador realizar as visitas”, afirma Gabriela. Na unidade de saúde do DSEI em Surucucu, a maior parte dos pacientes é formada por crianças e pessoas idosas. A casa principal tem uma espécie de enfermaria, onde os pacientes ficam deitados em redes. Muitas crianças choram de dor, seja por sintomas de malária, diarreia ou desnutrição. Há ainda uma sala para o atendimento de casos mais graves, com maca e alguns equipamentos. Uma casa ao lado serve de suporte, com cozinha, depósito de medicamentos e suprimentos.   Surucucu (RR), 09/02/2023 – Homens yanomami em Surucucu, na Terra Indígena. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil  UPA indígena Outro desafio que virou praticamente consenso entre os profissionais de saúde é a necessidade de expandir os atendimentos no imenso Território Yanomami além da atenção primária em saúde.  “Acredito num novo formato de atendimento que atenda às demandas de vacina, puericultura, pré-natal, saúde do idoso, entre outras, mas que também nos ajude a estar preparados para lidar com situações mais delicadas e graves, como a estabilização de um paciente com pneumonia grave, ou com um ferimento por flecha ou arma de fogo. Quem sabe até equipar o polo com aparelhos de exames simples como hemograma, por exemplo. Isso reduziria significativamente o número de remoções para Boa Vista e o número de óbitos”, prevê a médica.  “O caso yanomami está permitindo um debate importante de superar a barreira de ficarmos com a competência apenas da atenção básica. Por que já não começamos a discutir sobre uma unidade de pronto atendimento indígena?”, destaca Weibe Tapeba, secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Ele visitou a unidade do DSEI Yanomami no Polo de Surucucu, na última quinta-feira (9), e conversou com médicos, enfermeiros e pacientes. A ideia do governo é instalar ao menos dois hospitais de campanha de média complexidade dentro da terra indígena. Surucucu (RR), 09/02/2023 – Pedro e Natanael, homens yanomami caminham com suprimentos em trilha no Surucucu, na Terra Indígena Yanomami. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil “Nós entendemos que, no Território Yanomami, pelo menos dois hospitais de campanha, além do que foi instalado em Boa Vista, são necessários para evitar esses deslocamentos”. Apesar disso, alerta o secretário, a reestruturação plena do serviço de saúde no território só será possível com a desintrusão dos invasores.  “Temos condição de ampliar nossa capacidade de assistência dentro do território, de apresentar um plano mínimo de funcionamento das nossas estruturas, mas isso só é possível se tiver segurança”, acrescentou. Cuidados Enfermeiro com mais de 33 anos de profissão, Marcos Fonseca é integrante da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) que está reforçando os

Profissionais de saúde superam desafios para reduzir crise yanomami

Um movimento intenso de aviões e helicópteros em um ponto remoto no meio da selva amazônica tem sido rotina no polo base de Surucucu, no extremo norte do país, a poucos quilômetros (km) da fronteira entre o estado de Roraima e a Venezuela. O aumento desse fluxo decorre dos efeitos da ação em curso para mitigar a crise humanitária do povo yanomami, que vem chocando o país nas últimas semanas. A reportagem da Agência Brasil passou um noite na região, entre os últimos dias 9 e 10 de fevereiro, para acompanhar de perto o trabalho incansável de profissionais de saúde no socorro aos indígenas, afetados por uma desassistência generalizada e pela presença do garimpo ilegal na região. A situação é histórica, mas se agravou ao longo dos últimos quatros anos, o que mobilizou as autoridades. Veículo da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), no Hospital de Campanha, presta atendimento a indígenas Yanomami – Fernando Frazão/Agência Brasil O polo base de Surucucu dispõe de uma pista asfaltada para pousos e decolagens e também abriga o 4º Pelotão de Fronteira (PEF) do Exército Brasileiro. Por ali, a única forma de acesso entre diversas comunidades é por via área. O aeródromo fica a quase 300 km de Boa Vista, em pouco mais de uma hora de voo sobre a floresta densa. Por isso, a unidade básica da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde tem, nesse polo, seu ponto de referência para pacientes de outras regiões do território. Um helicóptero fica de prontidão no PEF e é acionado para diversas missões, como buscar e levar pacientes de outras comunidades, além de interiorizar médicos e enfermeiros que vão atuar em unidades de saúde menores dentro do território. No período em que a reportagem acompanhou as atividades, a aeronave foi utilizada incontáveis vezes. “Aqui em Surucucu a maior parte das aldeias é de difícil acesso. É um desafio imenso para todos os responsáveis pela logística de helicóptero e alguns funcionários do Distrito Sanitário Especial Indígena [DSEI], que incansavelmente se esforçam para conseguir realizar o resgate dos pacientes com os mais diversos problemas, como malária, desnutrição, desidratação. Essas doenças tiveram aumento significativo, diretamente relacionado ao aumento do número de invasores do território, além de incidentes inerentes à vida na floresta, como picada de cobra, queda de altura, entre outros”, explica a médica Gabriela Mafra, que há quatro anos atende os yanomami.  A chegada de aviões provenientes de Boa Vista também é intensa, com o desembarque de medicamentos e suprimentos diversos, além da remoção de pacientes. Somente em janeiro deste ano foram 112 remoções de pacientes graves para a capital do estado, o que dá uma média maior que três por dia, de acordo com números do Centro de Operações de Emergência (COE), criado pelo governo para enfrentar a crise humanitária. O COE também informou que, no mesmo período, fez 111 remoções dentro do próprio território, transportando pacientes de aldeias para serem atendidos em polos de saúde locais da Terra Indígena Yanomami. A prioridade para resgates e transporte de suprimentos dificulta o acompanhamento de atenção primária, com visitas às comunidades.   “Em meio a todos os resgates, devolução de pacientes de alta, trocas de equipes e entrega de materiais, gostaríamos de encaixar visitas às aldeias. E aí há grande dificuldade que, somada ao número de profissionais – que tem sido insuficiente para a realização das visitas -, nos prejudica nos atendimentos presenciais às aldeias. Hoje percebo que passamos muito tempo lidando com agravos de patologias que poderiam ser evitadas se não estivesse sendo tão desafiador realizar as visitas”, afirma Gabriela. Na unidade de saúde do DSEI em Surucucu, a maior parte dos pacientes é formada por crianças e pessoas idosas. A casa principal tem uma espécie de enfermaria, onde os pacientes ficam deitados em redes. Muitas crianças choram de dor, seja por sintomas de malária, diarreia ou desnutrição. Há ainda uma sala para o atendimento de casos mais graves, com maca e alguns equipamentos. Uma casa ao lado serve de suporte, com cozinha, depósito de medicamentos e suprimentos.   Surucucu (RR), 09/02/2023 – Homens yanomami em Surucucu, na Terra Indígena. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil  UPA indígena Outro desafio que virou praticamente consenso entre os profissionais de saúde é a necessidade de expandir os atendimentos no imenso Território Yanomami além da atenção primária em saúde.  “Acredito num novo formato de atendimento que atenda às demandas de vacina, puericultura, pré-natal, saúde do idoso, entre outras, mas que também nos ajude a estar preparados para lidar com situações mais delicadas e graves, como a estabilização de um paciente com pneumonia grave, ou com um ferimento por flecha ou arma de fogo. Quem sabe até equipar o polo com aparelhos de exames simples como hemograma, por exemplo. Isso reduziria significativamente o número de remoções para Boa Vista e o número de óbitos”, prevê a médica.  “O caso yanomami está permitindo um debate importante de superar a barreira de ficarmos com a competência apenas da atenção básica. Por que já não começamos a discutir sobre uma unidade de pronto atendimento indígena?”, destaca Weibe Tapeba, secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Ele visitou a unidade do DSEI Yanomami no polo de Surucucu,na última quinta-feira (9), e conversou com médicos, enfermeiros e pacientes. A ideia do governo é instalar ao menos dois hospitais de campanha de média complexidade dentro da terra indígena. Surucucu (RR), 09/02/2023 – Pedro e Natanael, homens yanomami caminham com suprimentos em trilha no Surucucu, na Terra Indígena Yanomami. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil “Nós entendemos que, no Território Yanomami, pelo menos dois hospitais de campanha, além do que foi instalado em Boa Vista, são necessários para evitar esses deslocamentos”. Apesar disso, alerta o secretário, a reestruturação plena do serviço de saúde no território só será possível com a desintrusão dos invasores.  “Temos condição de ampliar nossa capacidade de assistência dentro do território, de apresentar um plano mínimo de funcionamento das nossas estruturas, mas isso só é possível se tiver segurança”, acrescentou. Cuidados Enfermeiro com mais de 33 anos de profissão, Marcos Fonseca é integrante da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) que está reforçando os atendimentos

Dia Mundial do Rádio reforça veículo como pilar para a paz

“Estas são as Nações Unidas chamando as pessoas de todo o planeta”. Em tradução livre, estas foram as primeiras palavras transmitidas pela rádio das Nações Unidas (em inglês, United Nations Radio), no dia 13 de fevereiro de 1946. Apesar da intenção de falar para as pessoas de todo o planeta, apenas seis países, de fato, foram alcançados pela transmissão histórica. Décadas depois, o dia 13 de fevereiro tornou-se o Dia Mundial do Rádio –  o meio de comunicação mais consumido do planeta, segundo relatórios internacionais. A data foi proclamada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) para falar da importância do rádio, seu alcance e como ele pode colaborar para a construção da democracia. Desde que foi instituída, em 2011, questões como igualdade de gênero, juventude, esporte, diversidade e confiança já foram temas das edições da data, que envolvem centenas de estações de rádio de todo o mundo. Há, inclusive, uma lista com 13 ideias para que as emissoras celebrem o Dia Mundial do Rádio em suas programações. Este ano, a proposta é discutir o rádio e a paz: “Em calamidades, pandemias, conflitos armados e guerras, o rádio traz informações privilegiadas, de segurança, e acaba, por vezes, sendo o único meio de comunicação. Estamos falando de cenários sem luz elétrica, e o rádio consegue chegar por funcionar à pilha, por exemplo. O rádio salva vidas”, explica Adauto Cândido Soares, coordenador de Comunicação e Informação do Escritório da Unesco no Brasil. Em localidades de conflito deflagrado, ou mesmo em países que atravessam situações de calamidade, as próprias Nações Unidas, por meio de suas Missões de Paz, montam estações de rádio para trazer informação segura e confiável para a população local e também como instrumento para consolidação da paz e da estabilidade. Foi assim no Haiti (rádio Minustah FM), Timor-Leste (Rádio Unmit), Costa do Marfim (rádio Onuci FM), Sudão do Sul (rádio Miraya) e na Libéria (Rádio Unmil). Neste país, por exemplo, a rádio da missão alcançava aproximadamente 75% do território da Libéria e falava para cerca de 4,5 milhões de pessoas – o que dá 80% da população. A rádio Okapi, da República Democrática do Congo, nasceu de uma missão de paz – a Monusco, da sigla em inglês para Missão da ONU para a Estabilização na República Democrática do Congo – e está no ar desde 2002. Ela começa como um instrumento para acompanhar a pacificação no país, e acaba tornando-se fundamental para a construção da identidade do país e sua unificação. Na programação, notícias, prestação de serviço, educação, entretenimento, esportes em francês e nos dialetos locais (Swahili, Lingala, Kikongo e Tshiluba), que são acompanhados por uma audiência estimada em 24 milhões de pessoas. Rádio como único meio de conhecimento E não são só locais devastados pela guerra ou pela natureza que o rádio alcança: “Na África subsaariana, um quarto da população não tem acesso à internet. Tudo é feito pelo rádio”, destaca Cândido Soares, da Unesco. No Afeganistão, com a retomada do poder do Talibã, meninas e mulheres só conseguem continuar estudando por meio do rádio, que leva conteúdo transmitido de outros países para dentro de suas casas por meio das ondas curtas. É o que também aconteceu aqui no Brasil, quando, no período mais crítico da pandemia, crianças de regiões mais remotas do país valeram-se de radioaulas para continuar aprendendo: A proximidade com a audiência faz com que o rádio surja como “um pilar para a prevenção de conflitos e para a construção da paz (…) e atenue divergências e/ou tensões, evitando sua escalada ou promovendo negociações com vistas à reconciliação e à reconstrução”, como reforça a Unesco. “O rádio expressa sentimentos, informações e opiniões como um canal e como uma forma humana do pensamento e das nossas necessidades. Ele sempre se apresentou com uma possibilidade de participação do público, de interação, de contato e de criação de vínculos”, pontua Fernando Oliveira Paulino, professor da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Associação Latino-Americana de Investigadores da Comunicação (ALAIC). Paulino falou à Radioagência Nacional, ainda, sobre a vocação do rádio para a mobilização social, em reportagem sobre o Dia Mundial do Rádio: “De maneira geral, o rádio é um meio de comunicação que consegue mediar conflitos. Ele consegue tratar temas que geram desavenças, que são sensíveis, de modo a diminuir conflitos e acirrar posições”, diz Adauto Cândido Soares. “O discurso de ódio ganhou muita visibilidade e se expandiu nas mídias digitais. O rádio pode ser usado para dirimir dúvidas, amenizar posições, promover o debate, trazer o contraponto. Porque o rádio tem a confiança de um público cativo, que é imenso”. Viva Maria “O rádio tem condição de promover o desarmamento do espírito, acalmar o pensamento. E é como foi dito na Declaração dos Estados-membros da Unesco: ‘uma vez que as guerras começam na mente dos homens, é na mente dos homens que as defesas da paz devem ser construídas’”. É o que atesta Mara Régia, jornalista e apresentadora do programa Viva Maria, da Rádio Nacional da Amazônia, que decidiu usar o rádio à serviço das mulheres. Em 2011, em um episódio sobre os 75 anos da Rádio Nacional, o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, contou a história e o significado do Viva Maria para as ouvintes – muitas delas ribeirinhas, que têm na Nacional da Amazônia e nas ondas curtas seu único meio de informação. Há 42 anos no ar, o programa leva questões femininas e feministas para as ondas do rádio e coleciona, como diz a própria apresentadora, histórias de “resistência, resiliência, sororidade e solidariedade, contribuindo para o avanço da cidadania das mulheres”. E também para a promoção da autoestima de suas ouvintes: “Já ouvi mulheres que me falaram que tinham vergonha do nome. Vergonha de ser Maria. E hoje elas falam que se orgulham de ser mulher, e reconhecem na voz de uma mulher as lutas que elas precisam empreender”.   *Colaborou Beatriz Albuquerque, repórter da Radioagência Nacional Fonte

Saiba como profissionais de saúde atuam na Terra Indígena Yanomami

Um movimento intenso de aviões e helicópteros em um ponto remoto no meio da selva amazônica tem sido rotina no polo base de Surucucu, no extremo norte do país, a poucos quilômetros (km) da fronteira entre o estado de Roraima e a Venezuela. O aumento desse fluxo decorre dos efeitos da ação em curso para mitigar a crise humanitária do povo Yanomami, que vem chocando o país nas últimas semanas. A reportagem da Agência Brasil passou um noite na região, entre os últimos dias 9 e 10 de fevereiro, para acompanhar de perto o trabalho incansável de profissionais de saúde no socorro aos indígenas, afetados por uma desassistência generalizada e pela presença do garimpo ilegal na região. A situação é histórica, mas se agravou ao longo dos últimos quatros anos, o que mobilizou as autoridades. Veículo da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) no Hospital de Campanha presta atendimento a indígenas Yanomami em situação de emergência em Boa Vista. – Fernando Frazão/Agência Brasil O polo base de Surucucu dispõe de uma pista asfaltada para pousos e decolagens e também abriga o 4º Pelotão de Fronteira (PEF) do Exército Brasileiro. Por ali, a única forma de acesso entre diversas comunidades é por via área. O aeródromo fica a quase 300 km de Boa Vista, em pouco mais de uma hora de voo sobre a floresta densa. Por isso, a unidade básica da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde tem, nesse polo, seu ponto de referência para pacientes de outras regiões do território. Um helicóptero fica de prontidão no PEF e é acionado para diversas missões, como buscar e levar pacientes de outras comunidades, além de interiorizar médicos e enfermeiros que vão atuar em unidades de saúde menores dentro do território. No período em que a reportagem acompanhou as atividades, a aeronave foi utilizada incontáveis vezes. “Aqui em Surucucu a maior parte das aldeias é de difícil acesso. É um desafio imenso para todos os responsáveis pela logística de helicóptero e alguns funcionários do Distrito Sanitário Especial Indígena [DSEI], que incansavelmente se esforçam para conseguir realizar o resgate dos pacientes com os mais diversos problemas, como malária, desnutrição, desidratação. Essas doenças tiveram aumento significativo, diretamente relacionado ao aumento do número de invasores do território, além de incidentes inerentes à vida na floresta, como picada de cobra, queda de altura, entre outros”, explica a médica Gabriela Mafra, que há quatro anos atende os yanomami.  A chegada de aviões provenientes de Boa Vista também é intensa, com o desembarque de medicamentos e suprimentos diversos, além da remoção de pacientes. Somente em janeiro deste ano foram 112 remoções de pacientes graves para a capital do estado, o que dá uma média maior que três por dia, de acordo com números do Centro de Operações de Emergência (COE), criado pelo governo para enfrentar a crise humanitária. O COE também informou que, no mesmo período, fez 111 remoções dentro do próprio território, transportando pacientes de aldeias para serem atendidos em polos de saúde locais da Terra Indígena Yanomami. A prioridade para resgates e transporte de suprimentos dificulta o acompanhamento de atenção primária, com visitas às comunidades.   “Em meio a todos os resgates, devolução de pacientes de alta, trocas de equipes e entrega de materiais, gostaríamos de encaixar visitas às aldeias. E aí há grande dificuldade que, somada ao número de profissionais – que tem sido insuficiente para a realização das visitas -, nos prejudica nos atendimentos presenciais às aldeias. Hoje percebo que passamos muito tempo lidando com agravos de patologias que poderiam ser evitadas se não estivesse sendo tão desafiador realizar as visitas”, afirma Gabriela. Na unidade de saúde do DSEI em Surucucu, a maior parte dos pacientes é formada por crianças e pessoas idosas. A casa principal tem uma espécie de enfermaria, onde os pacientes ficam deitados em redes. Muitas crianças choram de dor, seja por sintomas de malária, diarreia ou desnutrição. Há ainda uma sala para o atendimento de casos mais graves, com maca e alguns equipamentos. Uma casa ao lado serve de suporte, com cozinha, depósito de medicamentos e suprimentos.   Surucucu (RR), 09/02/2023 – Homens yanomami em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil UPA indígena Outro desafio que virou praticamente consenso entre os profissionais de saúde é a necessidade de expandir os atendimentos no imenso território Yanomami além da atenção primária em saúde.  “Acredito num novo formato de atendimento que atenda às demandas de vacina, puericultura, pré-natal, saúde do idoso, entre outras, mas que também nos ajude a estar preparados para lidar com situações mais delicadas e graves, como a estabilização de um paciente com pneumonia grave, ou com um ferimento por flecha ou arma de fogo. Quem sabe até equipar o polo com aparelhos de exames simples como hemograma, por exemplo. Isso reduziria significativamente o número de remoções para Boa Vista e o número de óbitos”, prevê a médica.  “O caso yanomami está permitindo um debate importante de superar a barreira de ficarmos com a competência apenas da atenção básica. Por que já não começamos a discutir sobre uma unidade de pronto atendimento indígena?”, destaca Weibe Tapeba, secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Ele visitou a unidade do DSEI Yanomami no polo de Surucucu,na última quinta-feira (9), e conversou com médicos, enfermeiros e pacientes. A ideia do governo é instalar ao menos dois hospitais de campanha de média complexidade dentro da terra indígena. Surucucu (RR), 09/02/2023 – Pedro e Natanael, homens yanomami caminham com suprimentos em trilha no Surucucu, na Terra Indígena Yanomami. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil “Nós entendemos que, no território Yanomami, pelo menos dois hospitais de campanha, além do que foi instalado em Boa Vista, são necessários para evitar esses deslocamentos”. Apesar disso, alerta o secretário, a reestruturação plena do serviço de saúde no território só será possível com a desintrusão dos invasores.  “Temos condição de ampliar nossa capacidade de assistência dentro do território, de apresentar um plano mínimo de funcionamento das nossas estruturas, mas isso só é possível se tiver segurança”, acrescentou. Cuidados Enfermeiro com mais de 33 anos de profissão, Marcos Fonseca é integrante da Força

Petrobras abre edital de R$ 432 milhões para projetos socioambientais

A Petrobras lançou edital que vai destinar R$ 432 milhões para projetos socioambientais, com inscrições até o dia 11 de abril. A Seleção Pública do Programa Petrobras de 2023 será dividida em duas etapas. No total, serão quase 50 projetos, que receberão valores superiores aos que já foram investidos em seleções públicas anteriores da estatal. Primeira fase Na primeira etapa da seleção, serão contempladas as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul. A companhia investirá R$ 162 milhões em iniciativas socioambientais, e a estimativa é contratar cerca de 20 projetos que serão desenvolvidos por um período de três anos. No segundo semestre, será divulgada a segunda etapa, que contemplará também a região Sudeste. Margem Equatorial No Norte e Nordeste, o edital inclui as áreas vizinhas das operações da chamada Margem Equatorial, nova fronteira de exploração e produção de petróleo e gás do país, localizada entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte. Comprometimento O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou em vídeo, divulgado junto com o lançamento do edital, que a empresa está comprometida em transformar os seus resultados em retorno para a sociedade. Para ele, o crescimento da companhia deve andar junto com o desenvolvimento das comunidades e com a conservação do meio ambiente. Prates disse que esta é a maior seleção pública de projetos socioambientais da história da empresa. Abrangência Todas as linhas de atuação do Programa Petrobras Socioambiental, ou seja, florestas, oceano, educação e desenvolvimento econômico-sustentável, estão incluídas no edital, com prioridade para povos indígenas, comunidades tradicionais, pescadores, mulheres, negros, crianças, pessoas com deficiência e LGBTQIA+. Na linha de educação, também podem se inscrever projetos apoiados pela Lei Federal de Incentivo ao Esporte, incluindo temas transversais como Primeira Infância, Direitos Humanos e Inovação. Agenda 2030 Os projetos também devem apresentar contribuições para o alcance de metas estabelecidas nos seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS): educação de qualidade, trabalho decente e crescimento econômico, vida na água e vida terrestre, que integram a Agenda 2030. A finalidade é combater a pobreza e a desigualdade, assegurar o respeito aos direitos humanos, contribuir para a conservação do meio ambiente, o aumento da biodiversidade e o enfrentamento e a adaptação às mudanças climáticas. Edital O edital é voltado para instituições sem fins lucrativos e as inscrições ficam abertas até o dia 11 de abril. Mais detalhes podem ser conhecidos no site da empresa. Para os projetos incentivados, o prazo vai até 30 de junho. Os projetos serão submetidos a etapas de triagem administrativa, técnica e a avaliação por uma comissão de seleção, formada por especialistas nas temáticas socioambientais, Poder Público e sociedade civil. *Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara Fonte