Estatísticas da covid serão atualizadas semanalmente a partir de março
A partir de 3 de março, o Ministério da Saúde divulgará semanalmente as estatísticas de casos e de mortes de covid-19, informou a pasta. O novo intervalo também vale para os estados e os municípios, que enviarão os números ao ministério uma vez por semana, as segundas ou terças-feiras. O ministério apresentará as estatísticas às terças. Em nota, o Ministério da Saúde justificou que a estratégia será adotada “para otimizar o trabalho das equipes de vigilância dos municípios, dos estados e dos ministérios”. Segundo a pasta, a medida foi pactuada na segunda reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), com aval do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O Conass informou que, em 3 de março, completará mil dias que o órgão, composto pelos secretários estaduais de Saúde, atualizará as estatísticas de forma ininterrupta. A divulgação diária começou após o Ministério da Saúde tentar mudar a forma de contagem de casos no início da pandemia, no governo passado. Segundo o Ministério da Saúde, apenas o prazo de atualização aumentará. A população continuará a ter acesso aberto às bases de dados da covid-19 nos sistemas openDataSUS e LocalizaSUS, além das estatísticas divulgadas na página do ministério da internet. O novo cronograma, informou o comunicado, facilitará o trabalho dos estados mantendo o acesso aos dados de forma detalhada e otimizada. De acordo com o diretor do Departamento de Imunização do Ministério da Saúde, Eder Gatti, os profissionais continuam orientados a notificar os casos e os sintomas da forma mais rápida e oportuna possível. Os dados continuarão a ser inseridos o mais rápido possível nos sistemas. Apenas a compilação e a divulgação dos números passarão a ser semanais. Das 27 unidades da Federação, informou o Ministério da Saúde, apenas nove enviam números das estatísticas de covid-19 diariamente. As 18 restantes deixaram de atualizar os dados aos fins de semana, por falta de pessoal. Como resultado, as estatísticas registram flutuação ao longo da semana, com as estatísticas caindo aos fins de semana e registrando picos na terça e na quarta-feira. A discrepância, até agora, tem sido corrigida pelas médias móveis. Confira o novo cronograma • Interrupção dos informes diários: 3 de março• Data proposta para envio da primeira remessa de dados semanais pelos estados: 6 a 7 de março (segunda e terça-feira)• Publicação do primeiro informe semanal dos dados da covid-19 nos painéis de monitoramento do Ministério da Saúde: 7 de março (terça-feira) Fonte
Esposa traída da Bemol faz preenchimento labial mirando no amor próprio: “outra pessoa”
Manaus – A esposa traída no caso envolvendo a loja Bemol, Aline Siqueira, publicou em suas redes sociais que fez um preenchimento labial. Após o barraco que levou ela e a “talarica” Íris Sales a fama repentina, Aline mostra que deu a volta por cima, e está investindo em seu amor próprio. Em seus storys, além de mostrar o preenchimento e onde fez, Aline também divulga loja de sandálias, sanduíches, produtos de beleza e pizzas, mostrando assim que virou uma verdadeira blogueira. Ela apareceu falando do resultado do procedimento que fez em seus lábios e afirmou, em caixinhas de perguntas com os seguidores, que pretende emagrecer. “Bom dia gente, não apareci ontem, eu ainda estava com meu rosto um pouco inchado, hoje está bem melhor, tudo é muito novo pra mim, eu estou me sentindo super diferente, quando me olho no espelho, parece que sou outra pessoa”, declara ela. Fonte
Mulheres no climatério estão entre as que mais abusam do álcool
Um dos principais perfis de mulher que abusa do álcool são aquelas em fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo, o chamado climatério. O dado faz parte de pesquisa do Programa Saúde Mental da Mulher (ProMulher), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Este sábado (18) é marcado pelo Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo. “Elas costumam beber isoladamente e com frequência, como forma de enfrentamento das alterações hormonais, psicológicas e comportamentais”, explica o ginecologista Carlos Moraes, especialista em infertilidade e ultrassom em ginecologia e obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Para as mulheres que já adoeceram devido ao alcoolismo, a presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), Alessandra Diehl, destacou a dificuldade de acesso a tratamentos. “Hoje, por exemplo, se você precisar de grupos específicos para as mulheres, nós vamos ter dificuldade, quer seja no ambulatório, quer seja em internação exclusiva para mulheres. São pouquíssimos os serviços no Brasil”. Por essa razão, dois movimentos cresceram muito durante a pandemia da covid-19, e continuam a crescer. Um é o Colcha de Retalhos, braço do Alcoolicos Anônimos (AA), que envolve grupos temáticos exclusivos para mulheres. “E isso tem dado muito certo porque uma mulher, junto com outras mulheres, se sente muito mais à vontade para poder partilhar coisas que são da sua intimidade, do universo feminino, e que, em um grupo misto, seria mais difícil de falar”. O outro movimento é a Associação Alcoolismo Feminino (AAF), criado por uma alcoolista em recuperação e que iniciou a atividade na pandemia organizando grupos online para mulheres que não conseguiam acessar grupos presenciais. “Isso foi crescendo e, hoje, se tornou uma associação que tem acolhido mulheres nas suas especificidades: mulheres bariátricas, mulheres lésbicas, mulheres com problemas com álcool e medicamentos”. Pandemia Segundo o psiquiatra e presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), Arthur Guerra, algumas pessoas mudaram o hábito de ingestão de álcool durante a pandemia de covid-19. “Pessoas que só bebiam no final de semana, durante a pandemia começaram a beber todos os dias à noite. A pandemia trouxe ainda uma sensação de que muitas pessoas ficavam isoladas, depressivas, angustiadas, com medo de contrair o vírus, de serem intubadas, de morrer. Por essa razão, algumas pessoas que tinham esses medos começaram a beber mais para tentar diminuir o medo, a angústia. Isso [aconteceu] de forma geral, mas foi mais acentuado para as mulheres porque ela continuou tendo na pandemia, as funções que tinham antes como cuidar da casa, da educação dos filhos. A mulher ficou sobrecarregada durante a pandemia e não tinha com o que extravasar”, afirmou Guerra. De acordo com administrador Fábio Quintas, colaborador do Alcóolicos Anônimos (AA), o perfil dos membros do grupo mudou em virtude da pandemia de covid-19. “Na pandemia, quando começamos o processo por videoconferência, vimos que metade dos pedidos de ajuda vinha de mulheres. Isso dissoanava, era diferente do que tínhamos antes da pandemia. Ou seja, os contatos que eram feitos antes da pandemia eram muito menores, de 5 a 13% de mulheres que pediam ajuda. Já no primeiro ano da pandemia, os contatos feitos por mulheres chegaram a 45%”, afirmou. A vendedora D.C.A., de 43 anos, conta que usou a bebida alcóolica para aliviar o conjunto de sentimentos negativos, como ansiedade, medo e solidão durante o período de pandemia. “O afastamento social limitou muito o convívio com os amigos e familiares. O medo do futuro, a incerteza sobre tudo que estávamos vivendo, a morte de muitos amigos e parentes, me levaram a uma grande tristeza e acabava bebendo mais e por mais dias. O que era somente nos fins de semana, passou a ser durante a semana também. O álcool era uma válvula de escape nesse período sombrio que estávamos passando”, descreveu. Complicações A psiquiatra Alessandra Diehl lembra que o alcoolismo também envolve dependência química. De acordo com a médica, as mulheres têm, primeiro, depressão ou transtorno alimentar, e, depois, desenvolvem alcoolismo. A médica relata que a associação entre bariátrica e alcoolismo tem sido muito vista na prática clínica em consultório. E que, na mulher, o uso de substâncias em geral é precedido por um quadro psiquiátrico de depressão ou transtorno alimentar, ou uma bipolaridade, transtorno de ansiedade ou de humor, ou, ainda, por um trauma. Fertilidade Segundo o estudo Multicêntrico, divulgado pelo National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA), no período ovulatório o consumo elevado de álcool está associado a menores taxas de concepção. Normalmente, a chance de engravidar espontaneamente em um ciclo é 25%. Caso a mulher consuma álcool moderadamente, essa chance cai para 20%, mas se o consumo é alto, a redução é quase pela metade, atingindo 11%. O ginecologista e obstetra Carlos Moraes esclareceu que “o álcool pode afetar a concentração de hormônios endógenos, prejudicando a ovulação e a receptividade do endométrio, o que diminui as chances de fixação do embrião e, portanto, da gravidez”. O álcool também pode aumentar o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. É o que aponta a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC). De acordo com a agência, o risco de desenvolver câncer de mama aumenta de 7% para 10% a cada dose de álcool consumida diariamente, levando em conta que uma dose padrão de álcool equivale a 14 g de álcool puro, o que corresponde a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose pequena de bebida concentrada (shot) de destilado. Fonte
Judô brasileiro encerra Grand Slam de Tel Aviv com cinco bronzes
O judô brasileiro encerrou a participação no Grand Slam de Tel Aviv (Israel) com cinco bronzes. As últimas medalhas vieram neste sábado (18), com Leonardo Gonçalves, na categoria até 100 quilos (kg), e Rafael Silva, o “Baby”, entre os judocas acima de 100 kg. Natasha Ferreira (até 48 kg), Larissa Pimenta (até 52 kg) e Daniel Cargnin (até 73 kg) também foram ao pódio na competição, iniciada na última quinta-feira (16). O terceiro lugar renderá 500 pontos a cada um no ranking olímpico da Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês), que considera os resultados desde 24 de junho do ano passado. Atualmente em 96º na categoria até 100 kg, Leonardo deve se aproximar do compatriota Rafael Buzacarini, que está em 24º. Baby, por sua vez, ocupa a 20ª posição entre os atletas acima de 100 kg e iniciará a próxima semana perto do top-10. Cada país pode classificar apenas um judoca por peso à Olimpíada de Paris (França). Leonardo venceu por ippon (pontuação máxima do judô) os dois primeiros combates, contra o húngaro Zsombor Veg e o georgiano Varlam Liparteliani. Nas quartas de final, o brasileiro não resistiu ao holandês Michael Korrel, vice-líder do ranking olímpico, mas se recuperou na repescagem. Primeiro ao derrotar o português Jorge Fonseca, bicampeão mundial. Depois, superando o italiano Gennaro Pirelli. No mesmo peso, Buzacarani estreou ganhando do chileno Thomas Briceño, mas perdeu do azeri Zelym Kotsoiev e se despediu na segunda luta. Baby disputou quatro lutas. Após bater o polonês Kacper Szczurowski por ippon e o ucraniano Yevheniy Balyevskyy por wazari (segunda maior pontuação do judô), ele perdeu do azeri Ushangi Kokauri na semifinal. Na repescagem, o brasileiro fez valer a experiência e derrotou o sul-coreano Jaegu Youn (23º), que estourou o limite de três shidos (punições por falta de combatividade). Pela mesma categoria, João Cesarino também lutou pelo bronze, mas foi superado pelo francês Emre Sanal. Pela categoria até 90 kg, Rafael Macedo perdeu o terceiro lugar para Mammadali Mehdiyev, do Azerbaijão, enquanto Giovanni Ferreira caiu na estreia para o ucraniano Artem Bubyr. Samanta Soares (até 78 kg) e Giovanna Santos (acima de 78 kg) não chegaram à disputa por medalha. Fonte
Alcoolismo: especialistas explicam como abordar quem tem dependência
A abstenção da bebida alcóolica é a única forma de se livrar do alcoolismo. O alerta é da psicóloga Claudia Chang, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). A medida não é fácil e pode até exigir internação, afirma a especialista. Este sábado (18) é marcado pelo Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo. “A falta de bebida alcoólica pode causar a síndrome de abstinência, quando a concentração de álcool no sangue diminui e costuma gerar irritabilidade, ansiedade, taquicardia e suor em excesso. Em casos extremos, pode provocar convulsões e até levar a óbito”, afirma Chang. Segundo a psicóloga, é fundamental buscar ajuda especializada. “O apoio de amigos e familiares é fundamental para a recuperação do alcoolismo, mas não é todo mundo que consegue ter estrutura emocional para lidar com a situação. Alguns vínculos afetivos, inclusive, podem se romper ou ficar abalados em face desse problema”, disse a psicóloga. Prazer O professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), psiquiatra Jorge Jaber, disse que para a maioria da população no mundo o álcool representa prazer e manifestação de alegria. No entanto, para uma parcela cada vez maior, o consumo dessa substância pode significar um sério abalo à saúde. Em especial, para as mulheres. O psiquiatra e presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), Arthur Guerra, afirma que “falta prazer” quando o dependente fica sem consumir a bebida alcóolica. “A primeira consequência [do alcoolismo], mais comum e até mais grave, é que a pessoa não consegue ficam sem [a bebida alcóolica], porque não se sente à vontade. Não é que ela bebe para ter prazer, ela bebe porque na falta do álcool tem uma sensação de desprazer, falta prazer quando não tem o álcool. Ela bebe para aliviar essa sensação e então fica com a vida fechada, dependente do álcool”, explicou. Abordagem Segundo Arthur Guerra, negar a condição faz parte do quadro clínico de uma pessoa dependente do álcool. “É uma abordagem muito difícil, em primeiro lugar, porque existe um estigma grande. Pessoas que têm dependência de álcool, muitas vezes não se consideram dependentes. Em geral, acreditam que são bebedores moderados e que param de beber quando querem. Essa certa onipotência associada com a negação de que a pessoa não tem o problema é comum, faz parte do quadro clínico”, explica. Segundo o médico, grupos de apoio, atividade física e o tratamento medicamentoso são importantes aliados na recuperação de uma pessoa com dependência de álcool. “Parar de beber, o que ajuda: grupos de mútua ajuda, como Alcóolicos Anônimos (AA); medicamentos que diminuem a vontade de beber ou que fazem com que a pessoa passe mal caso consuma bebida alcoólica – e ela tem que estar consciente disso. Terapia e o esporte, que ajudam muito. A espiritualidade, seja a religião que for, também é importante, pois quando se acredita em alguma coisa maior, acaba dando bons resultados”, pontua. O administrador Fábio Quintas, colaborador do Alcóolicos Anônimos, afirma que a participação de familiares e pessoas próximas é essencial no tratamento de dependentes químicos. “Quase nenhum membro dos Alcóolicos Anônimos veio por vontade própria para buscar tratamento. A gente fala que foi por ‘livre e espontânea pressão’. Pressão da família, dos empregadores, dos amigos. Então precisa existir algum tipo de limite e consentimento das pessoas à volta, porque a principal característica dessas pessoas que têm problemas de alcoolismo é esse distanciamento da realidade. Ele não consegue ver, pois passou tanto tempo negando, minimizando, se auto justificando e racionalizando que não consegue enxergar o tamanho do problema que ele tem e como aquilo já corroeu as relações e a vida dele”, ressalta. De acordo com Quintas, o momento adequado para abordar o assunto sobre tratamento é quando a pessoa estiver sóbria. “Não adianta brigar, questionar ou tentar falar que a pessoa tem um problema quando ela estiver bêbada. A emoção está muito a flor da pele, a pessoa não está consciente e isso gera uma discussão, uma briga. O ideal é que a pessoa tenha a consciência de esperar o momento de sobriedade, geralmente naquele ‘pós bebedeira’, ressaca. E normalmente, em uma primeira abordagem, não vai funcionar. A família tem que saber que deve tentar de novo quando o problema se repetir”, explica. Fonte
Uso abusivo de álcool entre brasileiras cresce 4,25% em dez anos
A cada hora cerca de duas mulheres morreram em razão do uso nocivo de álcool em 2020. Ao todo, 15.490 brasileiras perderam a vida por motivos atribuídos ao álcool naquele ano. A faixa etária mais afetada foi a das mulheres de 55 anos e mais (70,9%), seguida por 35 a 54 anos (19,3%), 18 a 34 anos (7,3%) e de 0 a 17 anos (2,5%). Os dados fazem parte de estudo inédito, divulgado nesta semana pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) para marcar o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, comemorado hoje (18). Segundo o levantamento, as principais causas desses óbitos foram doença cardíaca hipertensiva (15,5%), cirrose hepática (10,4%), doenças respiratórias inferiores (8,7%) e câncer colorretal (7,3%). O consumo abusivo de álcool pelas brasileiras aumentou 4,25% de 2010 a 2020. A tendência foi registrada em 12 capitais e no Distrito Federal. Os maiores aumentos no consumo foram verificados em Curitiba (8,03%), São Paulo (7,34%) e Goiânia (6,72%). O levantamento é realizado pelo Cisa, com dados do Datusus 2021. Por consumo abusivo considera-se a ingestão de quatro ou mais doses, para mulheres, ou de cinco ou mais doses, para homens, em um mesmo dia. O aumento mais significativo foi observado entre mulheres, passando de 7,8% em 2006 para 16% em 2020. O centro considera que uma dose padrão corresponde a 14g de etanol puro no contexto brasileiro. Isso corresponde a 350 ml de cerveja (5% de álcool), 150ml de vinho (12% de álcool) ou 45ml de destilado (como vodca, cachaça e tequila, com aproximadamente 40% de álcool). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool pode causar mais de 200 doenças e lesões. Está associado ao risco de desenvolvimento de problemas de saúde como distúrbios mentais e comportamentais, incluindo dependência ao álcool, doenças graves como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares, bem como lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito. Em todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano resultam do uso nocivo do álcool, representando 5,3% de todas as mortes. Consumo abusivo Os perigos do consumo nocivo de bebidas alcoólicas afetam, de formas diferentes, homens e mulheres. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Alessandra Diehl, as mulheres têm predisposição a ter adoecimento clínico e psíquico mais rápido do que os homens. “Uma das questões aí é a vulnerabilidade biológica”, disse, em entrevista à Agência Brasil. A psiquiatra explicou que as mulheres têm menor concentração de enzimas que fazem a metabolização do álcool, o que faz com que ele seja mais tóxico para o organismo feminino do que para o masculino. Segundo Alessandra, as mulheres, às vezes, com menos tempo de uso crônico de álcool que os homens, já apresentam mais prejuízos para a saúde, como hepatite, cirrose e envelhecimento. De acordo com o psiquiatra e presidente do Cisa, Arthur Guerra, os efeitos do consumo de álcool entre as mulheres também podem variar conforme o ciclo menstrual, a gestação e amamentação. Além disso, elas sofrem impactos por fatores sociais, como a maternidade e participação no mercado de trabalho. “Outro ponto é que as mulheres acabam tendo outras influências hormonais, como ciclo menstrual por exemplo, que acabam afetando o consumo de álcool também. Algumas delas, durante a fase pré-menstrual, a famosa TPM, ficam mais sensíveis e vão usar o álcool como se fosse um remédio para aliviar os sintomas”, explicou o médico. Para a socióloga Mariana Thibes, coordenadora do Cisa, o aumento no consumo de bebida alcóolica tem um componente cultural. “As mulheres estão bebendo mais e isso é uma mudança cultural importante que foi acontecendo ao longo da última década. Provavelmente tem a ver com a maior presença delas no mercado de trabalho, acho que esse é o fator mais importante. A mulher está nos mesmos espaços que os homens, então ela sai para um happy hour com os colegas homens e por que ela vai consumir menos álcool?”, questionou. Segundo Mariana, o acúmulo das jornadas também é relevante para o aumento do consumo abusivo de álcool entre as mulheres. “O acúmulo de trabalho dentro de casa, fora de casa, cuidar dos filhos, da profissão, do trabalho doméstico. Esse aumento das pressões acaba levando muitas mulheres a procurar no álcool uma espécie de recurso para relaxar. No período da pandemia, vimos a hastag #winemom viralizar, com muitas mães postando fotos com taça de vinho no fim do dia, como uma espécie de recompensa depois daquele dia duro de acúmulo de jornada. Esse estresse que as mulheres passaram a sofrer nos últimos anos também pode ajudar a explicar o aumento do consumo abusivo de álcool”, afirmou. Menores De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com estudantes de 13 a 17 anos, a experimentação de bebida alcoólica cresceu de 52,9% em 2012 para 63,2% em 2019. O aumento, no período, foi mais intenso entre as meninas (de 55% para 67,4%) do que entre os meninos (de 50,4% para 58,8%). O consumo excessivo de álcool também aumentou. Foi de 19% em 2009 para 26,2% em 2019 entre os estudantes do sexo masculino e de 20,6% para 25,5% entre as adolescentes. A experimentação ou exposição ao uso de drogas cresceu em uma década. Foi de 8,2% em 2009 para 12,1% em 2019. A presidente da Abead, Alessandra Diehl, alerta que a iniciação no álcool ocorre cada vez mais cedo, em média aos 13 anos de idade, sendo que 34,6% dos estudantes tomaram a primeira dose de álcool com menos de 14 anos. “Há prevalência de meninas jovens iniciando o consumo de álcool”, disse. Alcoolismo Diferentemente do abuso de álcool, a dependência é considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. De acordo com a socióloga Mariana Thibes, “em geral, leva-se uma década para passar do estágio de consumo abusivo para a dependência”. Esse tipo de dependência é considerado crônica e multifatoria. Isso significa que diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso do álcool, a condição de saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais,
Boituva decreta situação de emergência em razão de fortes chuvas
A prefeitura de Boituva decretou hoje (18) situação de emergência em razão dos alagamentos e danos causados pelas chuvas intensas que têm atingido a cidade nos últimos 35 dias. Segundo o prefeito da cidade, Edson Marcusso, há 70 famílias ilhadas no município. “Estamos reunidos emergencialmente no paço municipal onde decidimos baixar o decreto de situação de emergência para fazer frente ao agravamento da situação das enchentes devido às cheias do Rio Sorocaba. Tem chovido muito na região e, em alguns locais, famílias encontram-se ilhadas. São mais de 70 famílias hoje já nessa situação”, disse o prefeito nas redes sociais. A administração municipal elenca dificuldades de acesso a bairros rurais, o que afeta serviços de educação, saúde e segurança; queda de pontes e de árvores; deslizamentos; alagamentos de propriedades, desalojamento de famílias, danos materiais, econômicos e sociais; e perda de pavimento em zona urbana, afetando a mobilidade dos munícipes. Segundo a prefeitura, com o decreto, fica a municipalidade autorizada a dispensar de licitação os contratos para continuidade dos serviços públicos ou de segurança de pessoas, obras, serviços e equipamentos, em casos caracterizados de urgência ou de calamidade pública. O decreto 2.840 de 2023 terá validade enquanto persistirem os efeitos das chuvas e tem vigência a partir da zero hora de amanhã (19). Fonte
Mulher invade bordel e agride prostituta com quem seu “presente de Deus” fazia programa
Furiosa, uma mulher de nome não identificado invadiu um bordel e espancou uma prostituta nua por quase cinco minutos. O fato aconteceu em Phuket (Tailândia). A esposa chegou ao bordel logo após a saída do homem, mas descobriu a garota de programa sentada numa poltrona. Acredita-se que a traída tenha seguido o homem após descobrir imagens dele e da mulher no celular, o que indicaria que ele era cliente antigo. A esposa desprezada arrancou uma toalha da rival, deixando-a nua. Ela então começou a esbofetear repetidamente a jovem. Enquanto era agredida, a prostituta pedia perdão a gritava: “Eu não sabia que tinha uma esposa! Não vou vê-lo mais!” Como a prostituta não denunciou a agressão, a polícia não tem muitas pistas do caso. O episódio viralizou nas redes sociais. Fonte
Foliões festejam o carnaval e deixam muito lixo no Rio
A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) do Rio de Janeiro recolheu 61,4 toneladas de resíduos, a maior parte (53,3 toneladas) na área interna da Passarela do Samba, na Avenida Marquês de Sapucaí, e o restante – 8,1 toneladas -, na área externa. Foi o resultado do primeiro dia de desfiles das Escolas de Samba da Série Ouro, o grupo de acesso. Somado ao que tinha sido recolhido nos dois dias que antecederam a abertura oficial dos desfiles, a quantidade removida de resíduos chega a 89,6 toneladas, sendo 83,3 de lixo orgânico e 6,3 de materiais potencialmente recicláveis. A operação de limpeza do Sambódromo começou às 6h de ontem (17). Blocos Nos desfiles dos blocos, desde o início do pré-carnaval, no último dia 4, a Comlurb recolheu 183,4 toneladas de resíduos. Desse total, 12,4 toneladas foram ontem (17). De acordo com a companhia, os blocos que deixaram maior quantidade de lixo foram Carmelitas, em Santa Teresa, na zona sul, com quase 4 toneladas, e Senta que eu empurro, no Catete, região central, com 3 toneladas. O esquema de limpeza da Comlurb para o carnaval inclui 3.657 garis por dia. Só na parte interna do Sambódromo são até 889 garis diariamente, com o apoio de 21 veículos, sendo 14 caminhões compactadores, quatro basculantes, dois mini basculantes e uma pipa d’água para lavagem da pista com água de reúso. Além disso, são utilizados 34 equipamentos, sendo 20 sopradores, 12 mini varredeiras e duas caixas compactadoras. A Comlurb está recolhendo materiais potencialmente recicláveis na Passarela do Samba, com exceção de latinhas, a cargo de uma cooperativa. Para o serviço de coleta seletiva são 22 garis. Mais 20 atuam na limpeza dos sete postos de saúde da Marquês de Sapucaí. Foram instalados 800 contêineres, de 240 litros, para o descarte correto dos resíduos. Na área externa, incluindo o Terreirão do Samba, espaço de shows próximo ao Sambódromo, são até 145 garis por dia com o apoio de dois caminhões compactadores. No local foram instalados 100 contêineres de 240 litros. Na zona norte, na Avenida Ernani Cardoso, a chamada Nova Intendente, em Cascadura, onde desfilam as escolas das séries Prata, Bronze e Grupo de Avaliação, estão no trabalho até 131 garis diariamente, que utilizam seis caminhões compactadores, uma varredeira de grande porte e duas minivarredeiras. Nessa área, a Comlurb disponibilizou 200 contêineres de 240 litros. A empresa conta com equipes de garis também na limpeza dos bailes oficiais da cidade. Multa Desde o início do pré-carnaval, as equipes do Lixo Zero aplicaram 355 multas, sendo 194 por descarte de pequenos resíduos, no valor de R$ 273,09, e 161 por pessoas urinando em via pública – R$ 748,21. A Comlurb decidiu multar os responsáveis pela empresa Minha Luz é de Led Produções Artísticas, que se concentrou na noite de quinta-feira (16) na Praça Mauá, no centro. Os responsáveis que pediram, mas não conseguiram autorização da prefeitura para o desfile, resolveram fazer o evento mesmo assim, deixando lixo e destruição, com a invasão da área cercada do Museu do Amanhã. A Comlurb, que começou a limpeza ainda na madrugada, entregou a área limpa na manhã seguinte. Com endereço registrado em Ipanema, na zona sul do Rio, a Minha Luz é de Led, será autuada pelo Programa Lixo Zero, da Comlurb. “Por não ter apresentado prévia de plano de remoção dos resíduos, ampliado o valor devido ao grande impacto paisagístico, à forma de disposição dos resíduos, ao tamanho da área afetada e volume gerado, expondo a riscos de insalubridade e danos físicos a população e profissionais de limpeza da Comlurb”, informou a companhia. Por não realizar a remoção dos resíduos gerados no evento, depositados irregularmente no local, conforme o Auto de Constatação, as multas somaram R$ 21.487,54. “A companhia ainda avalia se fará a cobrança dos custos com a limpeza”, concluiu. Fonte
Mamãe eu quero foi marcha mais tocada no carnaval nos últimos 5 anos
As tradicionais marchinhas carnavalescas foram as mais tocadas durante a festa de Momo no Brasil, nos últimos cinco anos. O levantamento foi feito pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). A liderança ficou com Mamãe eu quero, de autoria de Jararaca e Vicente Paiva. Em segundo e terceiro lugares, aparecem Me dá um dinheiro aí, de Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco Ferreira, e A jardineira, de autoria de Benedito Lacerda e Humberto Carlos Porto. Na quarta e quinta posições estão Cabeleira do Zezé, de João Roberto Kelly e Roberto Faissal; e Marcha do remador, de Castelo e Antonio Almeida. Seguem-se, pela ordem: O teu cabelo não nega, de João Valença, Raul Do Rego Valença e Lamartine Babo; Allah-la-ô, de Haroldo Lobo e Antonio Nassara; Ta-hi, de Joubert de Carvalho; Cidade maravilhosa, de Andre Filho; Índio quer apito, de Milton de Oliveira e Haroldo Lobo; Cachaça, de Lucio de Castro, Heber Lobato, Marinosio Filho e Mirabeau; Maria sapatão, de João Roberto Kelly, Carlos, Chacrinha e Leleco; Marcha da cueca, de Celso Teixeira, Livardo Alves da Costa e Carlos Mendes; Quem sabe, sabe, de Jota Sandoval e Carvalinho; Saca-rolha, de Zé Da Zilda , Zilda Do Zé e Waldir Machado; Vassourinhas, de Batista Ramos e Mathias da Rocha; Sassaricando, de Luiz Antonio, Candeias Jota Jr., Castelo e Mario Gusmão Antunes; Não quero dinheiro, de Tim Maia; Nós os carecas, de A.Marques Jr. e Roberto Roberti; e, em vigésimo lugar, Mulata iê iê iê, de João Roberto Kelly. Campanha O Ecad está fazendo campanha para reforçar a importância do pagamento dos direitos autorais de execução pública em eventos e shows realizados em todo o país durante o carnaval. Intitulada Com música, a folia fica melhor, a campanha tem o objetivo de esclarecer, para quem utiliza a música, a importância de fazer o licenciamento prévio, que vai remunerar quem vive de música. A campanha é destinada a usuários de música, promotores de eventos, bailes e blocos. No site oficial da instituição, podem ser obtidas todas as informações sobre como deve ser feito o licenciamento dos eventos. A distribuição de direitos autorais contempla autores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos. A identificação das músicas é feita pelo Ecad por meio de gravações de eventos carnavalescos e festejos populares, incluindo bailes realizados antes e depois do período de carnaval, além da utilização de roteiros musicais enviados por promotores de eventos para a instituição. No último carnaval realizado no Brasil sem as restrições sanitárias impostas pela pandemia da covid-19, em 2020, o Ecad distribuiu R$ 24 milhões em direitos autorais para mais de 14 mil artistas. Fonte
Menino de 13 anos é espancado e queimado pela família após estuprar irmã de 8 anos
Na noite de quinta-feira (16), um adolescente de 13 anos foi agredido e queimado com garfo pela família depois de ser pego no flagra, pela mãe e padrasto, estuprando a irmã de 8 anos. O caso aconteceu em São Gabriel do Oeste (MS), que fica a 168 quilômetros da capital Campo Grande (MS). A mulher foi com o marido ao mercado e deixou os filhos na casa, de acordo com o boletim de ocorrência. Ao retornar, encontrou o menino de 13 nu sobre a irmã. O menino estava com a genitália ereta e não soube informar se houve penetração, de acordo com o padrasto Enfurecida, a mãe deu uma surra no filho e o padrasto esquentou um garfo e queimou o adolescente, que fugiu nu. O adolescente foi encontrado correndo sem roupa por uma equipe da MS CCR Vias, que acionou a Policia Rodoviária Federal (PRF). No hospital, a menina de 8 anos apresentou quadro clinico com rompimento e secreção na região íntima. A criança recebeu encaminhamento para Campo Grande para receber atendimento médico de urgência. O menino ficou em observação no Hospital Municipal e o padrasto encaminhado para a delegacia. Fonte
Chuva e trovoadas deixam SP em estado de atenção para alagamentos
A chuva moderada com trovoadas, que ocorrem na cidade de São Paulo no início desta tarde (18) deixam em estado de atenção para alagamentos as zonas Leste e a Marginal Tietê, informou o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE). Segundo o órgão, áreas de instabilidade formadas pela propagação de uma frente fria ao largo do litoral paulista começam a provocar chuva moderada a forte entre as subprefeituras de São Mateus, Aricanduva/Vila Formosa, Sapopemba e os municípios de Santo André e São Bernardo do Campo. A tendência é de deslocamento lento, o que potencializa a formação de alagamentos intransitáveis, formação de enxurradas repentinas e rápida elevação de pequenos rios e córregos. O tempo permanece instável durante toda a tarde com previsão de chuva que pode se generalizar. A expectativa é de grandes volumes de chuva. Próximos dias O domingo (19) será chuvoso e a expectativa é de elevados volumes de chuva, o que vão manter o potencial alto para formação de alagamentos, transbordamentos e deslizamentos de terra nas áreas de risco. Os maiores acumulados de chuva devem se concentrar entre a madrugada e o início da tarde. Os termômetros oscilam entre 18°C e 22°C. Na segunda-feira (20), a área de baixa pressão vai se deslocar para o sul do estado de São Paulo e litoral da Região Sul. Dessa forma, o sol volta a aparecer entre nuvens pela manhã e primeiras horas da tarde na capital e Grande São Paulo. Com o aquecimento e a entrada da brisa marítima, áreas de instabilidade se formam e provocam chuva em forma de pancadas moderadas a fortes, acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento entre o meio da tarde e o início da noite. O solo encharcado mantém alto o potencial para formação de alagamentos e deslizamentos de terra. Mínima de 19°C e máxima de 28°C. Medidas simples podem amenizar os efeitos dos alagamentos, aconselha o CGE: – Evite transitar em ruas alagadas; – Se a chuva causou inundações, não se aventure a enfrentar correntezas; – Fique em lugar seguro. Se precisar, peça ajuda; – Mantenha-se longe da rede elétrica e não pare debaixo de árvores. Abrigue-se em casas e prédios; – Planeje suas viagens, para que haja menor possibilidade de enfrentar engarrafamentos causados por ruas bloqueadas; – Em caso de dúvida sobre vias bloqueadas, ligue para a central de atendimento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) através do número 156 ou entre no site da CET para saber como está o trânsito nas principais vias. Fonte
Itália pede ao Itamaraty que Robinho cumpra pena no Brasil
O Itamaraty confirmou em nota que recebeu do governo italiano um pedido para que a execução da pena do ex-jogador Robinho seja em território brasileiro. O ex-atleta e um amigo, Ricardo Falco, foram condenados a nove anos de prisão por violência sexual cometida em 2013, contra uma jovem de 23 anos, em uma boate em Milão. “Comunicação recebida do governo italiano, por meio da qual se transmite decisão da Justiça daquele país sobre o tema, foi encaminhada à análise do Departamento de Repatriação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, diz a pasta em nota divulgada nessa sexta-feira (17) . O documento lembra que a análise de processos desta natureza é de competência do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), autoridade central para a cooperação jurídica internacional, inclusive para os casos de extradição e de transferência de condenados. “Cabe ao Ministério das Relações Exteriores auxiliar o MJSP no encaminhamento da documentação às autoridades estrangeiras competentes, por meio das missões diplomáticas no exterior”, acrescenta a nota. Ainda segundo o Itamaraty, em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724 de 2012, “informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais”. Histórico Em novembro do ano passado, o governo italiano já havia feito um pedido de extradição do ex-jogador. A solicitação acabou negada por não ser algo permitido pela Constituição brasileira. Fonte
Carnaval de Manaus: Feriadão tem mais de 60 bandas e blocos de rua com apoio da prefeitura
O fim de semana gordo de Carnaval contará com um planejamento democrático e plural, seguindo a tradição da festa com mais de 60 bandas e blocos de rua, em todas as zonas da cidade. A programação, que começou nesta sexta-feira, 17/2, vai até a próxima terça-feira, 21, com o apoio da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). As apresentações, que fortalecem a identidade e as tradições culturais, garantem entretenimento e diversão para todos os gostos, com opções que vão desde as tradicionais marchinhas, passando pelo samba, frevo, ritmos africanos, além da música popular brasileira, é o que explica a vice-presidente da Manauscult, Oreni Braga. “Esse trabalho é muito importante para o fortalecimento dos movimentos culturais e das diversas ações que estamos implementando nas periferias, com o objetivo específico de democratizar e facilitar o acesso à cultura, cumprindo o que determina o prefeito David Almeida, que é valorizar o que temos de melhor”, concluiu. Quem optar em curtir os bloquinhos, que são gratuitas e vão sempre até a meia-noite, têm como opção: Banda Carnaval de Educandos, bloco da Jaqueira, bloco do Vieiralves, banda Geração 80 da 14, bloco Forrófolia, banda do Cajual, Galo de Manaus, banda do Jaraqui, bloco da Menopausa, bloco do Netão, banda Não Empurra Que É Pior, entre outros. Para Clemilton Pinto, diretor de Eventos da Manauscult, as bandas, além de trazer alegria e movimentação para a economia dos bairros onde cada uma acontecerá, fortalecem a cultura. “As bandas reproduzem arte com música, dança, ilustração e vestuário e desenvolvem, em paralelo, projetos de extensão pedagógica”, comentou. Visando a conscientização de assuntos importantes para a sociedade, a Prefeitura de Manaus está divulgando no desfile das escolas de samba e nas bandas e blocos de rua temas específicos, como “Infância e Trabalho Não se Encaixam”, “Prevenção a Doenças Sexualmente Transmissíveis”, entre outros. Programação Sábado – 18/2 Bloco Manicacas – Rua Haiti, entre a rua Monza e avenida Margarita, zona Norte Banda do Dedé – Rua jucaina, 66, conjunto Boas Novas, Cidade Nova 2, zona Norte Banda do Mazon – Campo do Passarinho, na avenida Tenente Roxana Bonessi, Terra Nova, zona Norte Bloco do Netão – Rua Edmundo Soares, antiga rua 27, São José 2, zona Leste Bloco da Jaqueira – Avenida Nossa Senhora de Fátima, Cidade de Deus, zona Leste Banda Carnaval de Educandos – Dias 18, 19, 20 e 21 – Rua Inocêncio de Araújo com avenida Rio Negro, Educandos , zona Sul Banda das Virgens – Rua São Vicente Torres Reis com Dom João de Souza Lima, zona Oeste Banda do Jaraqui – Rua José Paranaguá, na extensão entre a avenida 7 de Setembro e rua Doutor Moreira, Centro Domingo – 19/2 Banda da Juventude Ativa – Avenida Beira Mar, Coroado I, zona Leste Banda do Getúlio – Avenida Getúlio Vargas com praça Tancredo Neves, Colônia Antônio Aleixo, zona Leste Bloco Legionário na Folia – Rua Doutor Pegoraro, 70b, Liga Esportiva do Zumbi I, campo Coração do Zumbi, zona Leste Bloco da Menopausa – Rua 3, São José 2, zona Leste Banda Do JT – Avenida Tambaqui, Jorge Teixeira 2, zona Leste Bando Amigos do Balneário – Rua Itaité, entre as ruas Nicolau Coelho e Gaspar de Lemos, conjunto Boas Novas, zona Norte Banda do Popety – Rua Hélio Leão, Renato Souza Pinto 2, zona Norte Bloco da Dekinha – Rua Magalhães Barata, São Lázaro, zona Sul Banda Os Assombrados – Rua Inácio Guimarães, Educandos, zona Sul Bloco das Apertadas – Avenida Fábio Lucena, entre as ruas B1 e C15, zona Sul Banda da Amélia – Rua Santa Amélia, Colônia Oliveira Machado, zona Sul Banda das Duquesas 14 – Avenida Duque De Caxias, 1.665, Praça 14, zona Sul Banda do Pimentão – Rua Jardim Botânico com Padre Severo, São Jorge, zona Oeste Bloco dos Infiéis – Rua Evangelista Browe, esquina com a Comendador JG Araújo, Santo Antônio, zona Oeste Maranatha – Dias 19,20 e 21 – Avenida Constantino Nery, 5.001 Carnaval de Rua Vida Alegre – Rua Ary Brandão De Oliveira, 68, Vila da Prata, zona Oeste Banda do Joatan – Avenida Avalom, entre as ruas Professor Abílio e Professor Antônio Giullesse, Alvorada 2, zona Centro-Oeste Bloco Vila do Sossego – Avenida da Anunciação, 453, Alvorada 3, zona Centro-Oeste Banda do Alho – Avenida Tancredo Neves, residencial Eduardo Gomes, Redenção, zona Centro-Oeste Bloco do Vieiralves – Avenida Professor Nilton Lins, zona Centro-Sul Segunda-feira – 20/2 Banda Bizorgay – Avenida Penetração I, esquina com a Penetração 2, com as ruas A E B, conjunto Canaranas, zona Norte Banda do Tufão – Rua 179, núcleo 15, quadra 341, Cidade Nova, zona Norte Bloco do Zeca – Rua Maracaibo, 7, quadra 30, Nova Cidade, zona Norte Banda Amigos da Folia – Rua Coronel Pedro J. De Souza Núcleo 2, Cidade Nova 2, zona Norte Banda Folia do Águia – Silvio Nogueira Valente, Grande Vitória, zona Leste Banda Império do Mauá – Avenida Arica, 101, bairro Mauazinho, zona Leste Bloco do Goiabão – Rua Antenor Cavalcante em frente ao mercadinho Bom Preço, Zumbi dos Palmares , zona Leste Banda do Gigante – Rua Engenheiro Villar Fiúsa Mara, trecho com as ruas das Lages e Terra Nova, zona Leste Bando dos Amigos do Morro – Rua Amazonas, 250, Morro da Liberdade, Zona Sul Banda da Mama – Avenida Maués, Cachoeirinha, zona Sul Banda Geração 80 da 14 – Afonso Pena, entre as ruas Barcelos e Nhamundá, Praça 14, zona Sul Banda Não Empurra Que É Pior – Rua Vale do Sol, Lírio Do Vale 1, zona Oeste Banda do Fuxico – Rua Alice Salermo, 30, bairro Vila da Prata, zona Oeste Blocos das Cabritas – Rua J.O. Callanghan, esquina com Santa Helena, São Jorge, zona Centro-Oeste Forrófolia – Avenida Governador José Lindoso, 3.211, Flores, no espaço Via Torres Bloco do Caldeira – Rua José Clemente com Lobo D’Almada, Centro Terça-feira – 21/2 Banda do Cajual – Avenida São Pedro com rua José Chavallier, Morro da Liberdade, zona Sul Bloco das Bundas Incubadas da Boca
Modernização expulsou samba do centro de São Paulo
A construção da Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, na zona leste da capital paulista, o prolongamento da Avenida Pacaembu, na zona oeste e a construção da futura Estação Saracura/14 Bis, na região central, são alguns dos exemplos de como a modernização da cidade de São Paulo, por meio de obras de infraestrutura, apaga a memória material de territórios ocupados desde o período colonial pela população negra, e transfere para a periferia os locais de produção e manifestação cultural dos negros. A análise é de um grupo de pesquisadores que se reuniu no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), na capital paulista, na véspera do carnaval, para discutir o deslocamento forçado, para longe do centro da cidade, de um dos componentes mais marcantes dos territórios negros, o samba. “O poder instituído tem agido de diversas formas, mas tem uma forma que sempre se repete, é a carta coringa desse poder, que é infraestrutura. É muito difícil ir contra esse tipo de necessidade, todo mundo precisa do transporte. Ninguém vai questionar. Você até questiona um empreendimento imobiliário, mas ninguém questiona uma obra de infraestrutura”, destaca Gleuson Pinheiro, pesquisador do Laboratório Cultura, Cidade e Diáspora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Pinheiro, que também é carnavalesco de escolas de samba e professor da Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, estudou em seu mestrado o caso da escola de samba Príncipe Negro, fundada no bairro de Vila Prudente, na zona Leste, na década de 60, mas forçada a se mudar para bem longe dali, nos anos 80, a Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital. “A história do príncipe, originalmente sediado na Vila Prudente, é um caso típico da expulsão da população negra para as periferias mais distantes, conforme a metrópole se expande. Naquele caso, a construção da Avenida Professor Luiz Inácio de Anhaia Mello foi determinante para que negros perdessem a moradia e não tivessem condições de permanecer na região”, afirma. A escola de samba, que hoje está no Grupo de Acesso de Bairros 1, viu os membros de sua comunidade terem de sair da região após a valorização imobiliária trazida pelo processo de construção da nova avenida. “[A] periferia deixa de ter um significado exclusivamente espacial e passa a definir o lugar de determinadas manifestações culturais centrais ou protagonistas e manifestações periféricas ou à margem. Nesse contexto, manifestações culturais da população negra são empurradas duplamente para as margens: tanto para os limites periféricos da cidade – acompanhando a expulsão da população negra para a periferia – quanto para fora dos eventos, circuitos e espaços culturais oficiais da cidade”, escreve em seu mestrado, defendido na USP. O afastamento da população negra das áreas centrais de São Paulo não só restringe o alcance das manifestações culturais, como afeta diretamente a existência dos negros na maior cidade do país. O Mapa da Desigualdade, publicado no fim de 2022 pela Rede Nossa São Paulo e o Instituto Cidades Sustentáveis, mostra uma diferença de até 21 anos na expectativa de vida de quem mora na área nobre central do município e quem mora na periferia. “À medida que você vai saindo do centro da cidade, deixa a região da Faria Lima, Moema, à medida que você se dirige para as bordas, para o leste, o oeste da cidade, a cada quilômetro que você anda, é um ano a menos de vida estatisticamente”, destaca Bruno Baronetti, doutor em história pela USP e pesquisador da cultura popular brasileira. “A pessoa que está na cidade Tiradentes vai ter 20 anos a menos de vida do que uma pessoa que tá morando nos Jardins. É disso que a gente tá falando, de expulsão de pessoas, e essa expulsão produz uma cidade desigual, que gera pessoas que vão ter uma expectativa de vida 20 anos menor”, ressalta. Largo da Banana Conhecido como o berço do samba de São Paulo, o Largo da Banana, que ficava na região da Barra Funda, na zona oeste da capital, era ponto de encontro dos negros desde o fim do século 19. Em 1958, no entanto, com o prolongamento da Avenida Pacaembu até a Marginal Tietê, e a construção do Viaduto Pacaembu, o largo deixou de existir. Hoje, no local, resta apenas uma placa, colocada em 2021 nas proximidades do viaduto, para marcar que o local foi ponto inicial do samba paulistano, onde estivadores negros se reuniam em roda de samba e capoeira. “O Largo da Banana é extinto em 1950 para, mais uma vez em nome do progresso, a construção do Viaduto Pacaembu e da Avenida Pacaembu. Se você for pesquisar nos acervos dos jornais, dos principais jornais da cidade, só há referências ao Largo da Banana nas páginas policiais. Não há nenhuma referência, para a grande imprensa, de que ali se praticava samba, que era um local de sociabilidade”, destaca Baronetti. “Essas pessoas que fazem esse samba no Largo da Banana serão fundamentais para a construção das escolas de samba e dos cordões carnavalescos aqui em São Paulo, no começo do século 20”, acrescenta. De acordo com a pesquisadora de tradições e cultura afro-brasileira, sambas e escolas de samba, doutora e mestre em ciência da religião, Cláudia Alexandre, o mesmo processo de apagamento de uma grande referência cultural negra – que ocorreu com o Largo da Banana – está se repetindo atualmente com a construção da Estação de Metrô Saracura/14 Bis, no centro de São Paulo. No local, hoje bairro do Bixiga, existiu o Quilombo Saracura, e foi a sede da escola de samba Vai-vai. No início do século passado, a região era conhecida por nomes como Pequena África ou Quadrilátero Negro, devido à ocupação de pessoas descendentes do antigo quilombo. Foi essa comunidade que fundou, em 1930, uma das mais importantes e tradicionais escolas de samba da cidade de São Paulo, a Vai-vai, com origem em um cordão carnavalesco que saía pelas ruas do bairro. Em 2021, a escola de samba deixou a sede na região, que foi demolida para dar lugar às obras da futura estação de metrô. “A gente está dizendo que o projeto do metrô foi pensado para passar por cima de um patrimônio negro, de