Cerca de 80% do desmatamento no Cerrado de MT foi feito ilegalmente

Uma análise feita pelo Instituto Centro de Vida (ICV), com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que 80% do desmatamento do Cerrado em Mato Grosso foi realizado de forma ilegal entre agosto de 2021 e julho de 2022. Conforme o levantamento, nesse período, o estado registrou 742 km² de desmatamento no bioma. Apesar de o número representar uma redução de pouco mais de 7% em relação ao período anterior, o que preocupa é a ilegalidade, explica a coordenadora do programa de Transparência Ambiental do ICV, Ana Paula Valdiones. “A gente comparou os dados do Inpe com autorizações de desmatamento emitidas pelo órgão ambiental e pouco mais de 20% não tinha autorização. Foi um desmatamento ilegal”, explicou. De acordo com Ana Paula Valdiones, quase um quarto do desmatamento está concentrado em três municípios: Cocalinho, Ribeirão Cascalheira e Paranatinga. “Isto demonstra que o desmatamento é concentrado e precisam de ações voltadas aos municípios prioritários ao combate ao desmatamento”, explicou. Segundo ela, a maior parte do desmatamento no Mato Grosso ocorre em áreas de Cadastro Ambiental Rural (CAR). De acordo com a coordenadora do Instituto Centro de Vida, entre agosto de 2021 e julho de 2022, mais de 10,5 mil km² do Cerrado brasileiro foram desmatados. Um aumento de 25% em relação ao período anterior. Para Ana Paula, a situação é preocupante já que o Cerrado é conhecido como caixa d’água do Brasil porque abriga nascentes de importantes rios do Pantanal, mas hoje esse bioma é o mais desprotegido em relação a outros, como a Amazônia, por exemplo. O desmatamento do Cerrado acaba prejudicando a capacidade de manutenção hídrica da região com consequências negativas para a biodiversidade e para as pessoas. Ouça na Radioagência Fonte

Lula faz exames em hospital de Brasília neste sábado

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passou na manhã deste sábado (25) por uma bateria de exames no Hospital Sírio Libanês, em Brasília. Ele fez uma ressonância magnética no quadril, que estava programada para o acompanhamento dos exercícios de fisioterapia. O presidente já deixou o hospital e está no Palácio da Alvorada, residência oficial, de acordo com a Presidência da República. Mais cedo, o presidente disse nas redes sociais que o atual governo pretende reconstruir o Brasil. “Nós vamos reconstruir o Brasil governando e fazendo as coisas que têm que ser feitas. Vamos voltar a investir em universidade, na geração de emprego, em obras de infraestrutura. Essa é a minha tarefa e é nisso que estamos trabalhando”, escreveu. Em novembro do ano passado, o presidente esteve na mesma rede hospitalar, mas na unidade localizada na capital paulista, para passar por uma bateria de exames de rotina. Naquela ocasião, Lula teve que se submeter à retirada de uma leucoplasia, uma lesão que acometeu as áreas da mucosa da garganta.  Os exames de imagem feitos no mês demonstraram a completa remissão do tumor na laringe que, em 2011, levou Lula a se submeter a um tratamento quimioterápico. Fonte

Projeto atende crianças e adolescentes com sintomas de ansiedade

O Projeto Jovens na Pandemia está recebendo inscrições de crianças e adolescentes entre 8 anos e 17 anos de idade com sintomas de ansiedade e de depressão, de alguma forma relacionados com o contexto da pandemia da covid-19, para um programa psicoterápico. O tratamento ajuda as crianças e os adolescentes a lidar melhor com emoções difíceis, que podem ter ficado mais frequentes nessa época de pandemia, como estresse, tristeza e ansiedade. A iniciativa é de um grupo de pesquisadores do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O programa psicoterápico é realizado em sessões online, via computador, celular ou tablet. Um dos pais deve acompanhar a criança ou o adolescente, que não deve estar em uso atual ou no último mês de alguma medicação psiquiátrica ou de psicoterapia. Os vídeos duram cerca de 5 minutos cada um e as sessões têm uma duração estimada de 90 minutos. O atendimento é totalmente gratuito e voltado a jovens de todo o Brasil. A participação no programa é voluntária e não serão divulgados os nomes dos participantes. As inscrições podem ser feitas no site do projeto. O estudo faz parte do Projeto Temático Intervenções na Primeira Infância e Trajetórias de Desenvolvimento Cognitivo, Social e Emocional, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e coordenado pelo professor Guilherme Polanczyk, do Instituto da Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Fonte

Antônio Andrade tenta atitude chamada de ‘golpe’ por torcedores

O presidente do Garantido Antônio Andrade está cercado por rejeição a sua proposta de realizar uma assembleia extraordinária para lhe conceder mais um ano de mandato, evitando assim a realização de eleição, como prevê o estatuto do Boi Garantido. Antônio Andrade é responsável por uma gestão catastrófica do Boi da Baixa, que ficou mais evidente com a apresentação no festival folclórico de 2022 considerado pela galera vermelho e branca como uma das piores de todos os tempos. Além disso, a sua atuação administrativa é considerada tão ou até pior do que a artística. Artistas sem receber, quebra quebra na Cidade Garantido, incêndio de alegorias, renúncia de itens, presença da polícia em assembleias e rejeição total nas redes sociais são algumas das consequências da gestão de Andrade. Nas redes sociais a divulgação do edital de Assembleia marcando a prorrogação de mandato de Antônio Andrade para dia 4 de março, foi marcada por críticas e revolta. Torcedores chamaram de golpe, safadeza, falta de vergonha patifaria entre muitos outros adjetivos. Nesta sexta-feira, Antônio Andrade recebeu péssimas notícias com a expedição de notas dos Conselhos Fiscal e de Ética, sendo contrários a realização da Assembleia, expondo motivos diversos para a nação e sócios do Boi Garantido. Por outro lado, sócios, ex-diretores, ex gestores, artistas e diversos setores da agremiação planejam movimentações na rua e nas redes sociais contra o que chamam de golpe tramado por Antônio e seu pequeno grupo político. Fonte

Governo de SP vai desapropriar área na Vila Sahy para moradia popular

O governo de São Paulo vai desapropriar e declarar de utilidade pública um terreno particular de mais de 10 mil metros quadrados localizado na Vila Sahy, em São Sebastião, no litoral norte paulista. Essa área será utilizada para a construção de moradias populares para famílias que foram desabrigadas ou estão desalojadas por causa das fortes chuvas que atingiram a região durante o carnaval. A desapropriação foi publicada na edição de hoje (25) do Diário Oficial do estado. Com a publicação do decreto, a medida autoriza a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, a fazer a desapropriação do terreno para a implantação de um programa de moradias destinado para famílias de baixa renda. “É uma área plana, uma área segura, onde a CDHU vai construir residências para começar a tirar pessoas de área de risco e dar moradia a quem perdeu”, disse o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por meio de nota. As fortes chuvas que atingiram o litoral norte no fim de semana do carnaval deixaram ao menos 57 mortos, sendo uma vítima em Ubatuba e 56 em São Sebastião. De acordo com o último boletim divulgado na manhã de hoje pelo governo estadual, que vem atualizando diariamente as informações sobre a região, 53 vítimas já foram identificadas e liberadas para sepultamento. Há ainda 13 pessoas internadas no Hospital Regional do Litoral Norte, com estado de saúde estável. O governo informa ainda que as chuvas deixaram mais de 2.251 pessoas desalojadas e 1.815 desabrigadas. Linha de crédito O governo paulista anunciou ainda que abriu uma linha de crédito emergencial para atender agricultores e pescadores que sofreram prejuízos com a tragédia ocorrida no litoral norte. O crédito emergencial, que será liberado por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), poderá ser acessado por um cadastro neste formulário on-line ou por atendimento presencial nas Casas de Agricultura da secretaria, que estão funcionando normalmente para atender os produtores rurais das regiões. O teto estabelecido pelo programa é de R$ 50 mil reais para produtores pessoa física, que terá 72 meses para pagar o empréstimo. Mais informações podem ser obtidas no site. Estradas O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou na manhã deste sábado que o tráfego nas rodovias da região de São Sebastião está liberado para veículos leves e pesados, com alguns pontos de interdição parcial. Há apenas um trecho, localizado no quilômetro 82 da Rodovia Mogi-Bertioga (SP-098), em Biritiba-Mirim, que permanece com interdição total. A viagem para o litoral norte pode ser feita, neste momento, pelo Sistema Anchieta-Imigrantes, Rodovia dos Tamoios e Rodovia Oswaldo Cruz, a depender do ponto na Rio-Santos (SP-055). No entanto, a Polícia Militar de São Paulo (PMSP) desaconselha que turistas se encaminhem para o litoral norte neste fim de semana. O objetivo, segundo o órgão, é evitar sobrecarrega no atendimento em hospitais, no trânsito das estradas e no abastecimento de água e de alimentos na região, que foi duramente atingida pelo temporal. Segundo a PM, as rodovias precisam estar desobstruídas para que veículos de socorro e de resgate possam circular livremente. A previsão é de que, nos próximos dias, pancadas de chuva, entre moderadas e fortes, voltem a cair sobre o litoral norte.   Fonte

Moradias em Bertioga poderão abrigar famílias da tragédia, diz Alckmin

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse, neste sábado (25), que o governo federal estuda destinar moradias construídas em Bertioga (SP) para abrigar as famílias de São Sebastião, que estão desabrigadas após as fortes chuvas que atingiram a região durante o carnaval e provocaram 57 mortes. Segundo Alckmin, seria uma medida de emergência, até que o governo construa as unidades habitacionais necessárias para acolher os moradores da cidade, do litoral norte paulista, que perderam as moradias. “Seria por emergência. Depois, é claro, teremos que construir as unidades habitacionais necessárias”, afirmou, em entrevista coletiva em São Sebastião. O vice-presidente explicou que tratam-se de 1,5 mil apartamentos construídos na cidade vizinha, de Bertioga, com recursos estaduais e municipais. Alckmin disse que pretende conversar com o prefeito de Bertioga, Caio Matheus, e com a Caixa Econômica Federal para avaliar a possibilidade de destinação dos imóveis para socorrer os moradores de São Sebastião. “É um programa chamado Entidades mas, de repente, uma parte disso pode ser cedido para famílias daqui [de São Sebastião)]”, acrescentou. “Vamos verificar com a Caixa Econômica Federal e com a prefeitura para que uma parte pequena possa ser liberada”. Durante entrevista coletiva, Alckmin destacou que a habitação é uma prioridade do governo federal. “O presidente Lula já se comprometeu com a questão da habitação. No extra-teto, chamado waiver [instrumento que permite ao governo gastar além do teto de gastos], o recurso que mais cresceu foi para a área de habitação. Foram R$ 10,5 bilhões. Terá prioridade aqui as regiões de risco e o nosso litoral”. De acordo com Alckmin, o governo federal pretende auxiliar o governo paulista e as prefeituras na construção de moradias populares no litoral norte, que foi muito atingido pelo temporal do último final de semana. “Uma das dificuldades é conseguir terreno. Conseguir terreno seguro e juridicamente possível é super importante”, explicou. “O governo do estado pode contar sim com o Ministério das Cidades, com a área habitacional, para ser parceiro no financiamento dos recursos para as unidades habitacionais. A prioridade são as famílias de baixa renda”.  O vice-presidente também informou que será analisada a possibilidade de alterar lei federal que obriga a Defesa Civil a enviar SMS (os chamados torpedos) de alerta de desastres para a população. A mudança, conforme o vice-presidente, é que alertas cheguem aos celulares por outras formas de comunicação, não somente por SMS. Alckmin fez um sobrevoo pela região, que foi duramente afetada por fortes chuvas. Antes, reuniu-se com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; o ministro de Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; e o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto. Direitos Humanos Ontem (24), uma comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania também visitou a cidade de São Sebastião para organizar ações de ajuda humanitária na região. Após sobrevoar as áreas afetadas pelas fortes chuvas, o ouvidor nacional dos Direitos Humanos, Bruno Renato, reforçou a importância de se mapear a região para enviar ajuda aos locais de mais difícil acesso. “É importante ter mais informações de onde as equipes precisam imediatamente atuar não só no resgate, mas também na acomodação das pessoas que ainda estão isoladas”, disse, conforme publicação no site do ministério. “Vamos continuar mobilizados no apoio ao município de São Sebastião e a toda região afetada”, completou. O ministério disponibilizou o Disque 100 para apoiar as vítimas da tragédia no litoral norte paulista. As vítimas podem ligar para o número para pedir ajuda ou solicitar informações sobre desabrigados ou desaparecidos. O serviço, segundo o ministério, é disponibilizado todos os dias da semana, 24 horas por dia. Tragédia As chuvas que atingiram os municípios do litoral norte paulista no carnaval, como a cidade de São Sebastião, foi uma das maiores tragédias da história do estado. Foi também o maior acumulado de chuva que se tem registro no país, atingindo a marca de 682 milímetros em Bertioga e 626 milímetros em São Sebastião. Os temporais deixaram um rastro de destruição e mortes. A região mais atingida foi a Barra do Sahy, em São Sebastião, onde houve desmoronamento de encostas e soterramento de casas e de pessoas. Segundo o último boletim divulgado pelo governo paulista, uma pessoa morreu em Ubatuba e 56 mortes em São Sebastião. Neste momento, os trabalhos de busca a desaparecidos continua na cidade. Fonte

Ativista luso senegalês busca aliança contra racismo

Um dos mais respeitados ativistas antirracistas do mundo passou o carnaval no Brasil. Além de conhecer as raízes culturais e políticas afrobrasileiras, o luso senegalês Mamadou Ba reuniu-se com lideranças do movimento negro. Recebeu apoios e trocou experiências que pretende levar para Portugal, onde, em abril, será julgado por calúnia e difamação contra Mário Machado, ex-dirigente de uma organização neonazista e supremacista branca.  Na sexta-feira (25), Mamadou Ba fez uma visita ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Ele caminhou pela comunidade ao lado da ativista Camila Santos, uma das fundadoras do coletivo Mulheres em Ação no Alemão. Os dois receberam, em 2021, o prêmio Front Line Defenders, concedido a defensores dos direitos humanos que se destacam internacionalmente.  Em entrevista à Agência Brasil, Mamadou Ba apontou semelhanças entre o racismo estruturante vigente em Portugal e o racismo existente no Brasil. Em comum, a violência do Estado e a discriminação no acesso aos direitos universais básicos, como habitação, saúde e emprego.  “Quando a polícia mata as pessoas de forma indiscriminada, sistemática e sem que isso resulte em nenhuma consequência, tanto para a polícia como para a opinião pública, quer dizer que o racismo estrutural existe no país”, destacou o fundador da associação portuguesa SOS Racismo. “Nós encontramos essas semelhanças em todos os países onde houve um processo colonial. O Brasil não escapa disso. O Brasil é resultado da violência colonial, do trajeto colonial.” Na avaliação do ativista, o nível de assassinato de jovens negros no Brasil é absolutamente exponencial. Para ele, o fato de esses assassinatos não suscitarem comoção ou desconforto ético evidencia que a sociedade está anestesiada em relação à violência racial.  Educação Indagado sobre como promover uma cultura e uma educação antirracistas, que tenham como base as crianças, Mamadou Ba afirmou que isso requer, em primeiro lugar, vontade pública e compromisso político, além de medidas concretas de combate à desigualdade como fator racial. Ele vê na educação um dos pilares de uma sociedade democrática, capaz de construir impeditivos éticos e morais para a violência racial.  O ativista luso senegalês indicou ainda a necessidade de existir um compromisso do Estado em garantir que a igualdade não seja uma proclamação, mas uma prática. Mamadou Ba deposita esperanças no novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente por conta das lideranças escolhidas para conduzir as novas políticas públicas.  “Nós podemos curar as mazelas que herdamos desse período sinistro que atravessamos nos últimos cinco anos”, avalia. “Não apenas para a América Latina, mas para a Europa, a América do Norte e também para a África. Ou seja, precisamos de uma nova geração de políticas que ponham as pessoas e os direitos humanos no centro da ação política”. Mamadou Ba considera que a perseguição contra ele em Portugal é reflexo da organização da extrema-direita, que constitui a terceira maior força no parlamento do país. Ele acredita que há também um movimento de retaliação por parte de policiais racistas e neonazistas. O trabalho do ativista, como intelectual e militante, foi denunciar as células desse grupo e a violência racista da polícia portuguesa contra os jovens negros, em especial os moradores de periferia.  Uma das lideranças do movimento negro no Brasil, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Babalawô Ivanir dos Santos, membro da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), pretende levar uma delegação internacional para apoiar Mamadou durante o julgamento em abril.  Alemão O coletivo Mulheres em Ação no Alemão, visitado pelo ativista luso senegalês, acolheu mais de oito mil mulheres nos últimos oito anos. A mobilizadora Camila Santos informou à Agência Brasil que a instituição trabalha no acolhimento de mulheres que são chefes de família e vítimas de violência. “Todo o nosso trabalho tem um recorte na questão de gênero e raça porque no Brasil, assim como em outros países, as mulheres negras são as mais impactadas negativamente em tudo”. A ativista Camila Santos durante entrevista à Agência Brasil no Complexo do Alemão, na zona norte da capital fluminense. Foto Tomaz Silva/Agência Brasil  A organização incentiva a autoestima das mulheres e busca a promoção delas por meio da informação e do acesso a direitos, mostrando que a Constituição brasileira estabelece que homens e mulheres são iguais perante a lei. O coletivo trabalha em parceria com as secretarias municipais e estaduais da Mulher e com as comissões de mulheres. São oferecidos também cursos, capacitações e oficinas, tendo em vista a importância da geração de renda e da independência financeira para essas mulheres. “A gente cuida também de mulheres que são vítimas de violência e a independência financeira é muito importante para sair desse ciclo”, disse Camila.   Source link

Mutirão de recadastro dos modais Alternativo e Executivo continua neste fim de semana

A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), dá continuidade ao mutirão de recadastramento dos modais Alternativo e Executivo, neste sábado e domingo, 25 e 26/2, na sede do instituto. O objetivo é organizar os modais para implantação de um novo sistema de transporte mais seguro e moderno – o Sistema Complementar. De acordo com o diretor-presidente do IMMU, Paulo Henrique Martins, nenhum prestador dos serviços poderá deixar de fazer o recadastro. “O prefeito David Almeida determinou que nos empenhássemos neste trabalho de recadastrar os modais, atualizando a documentação e vistoriando os veículos, de forma que os permissionários estejam regulares na prestação do serviço”, disse o presidente do IMMU. A presidente da Central dos Cooperativas de Transporte do Amazonas, Valderiza Melo, elogiou a iniciativa. “É muito importante este recadastramento dos modais Alternativo e Executivo, porque é uma oportunidade de regularizar nossos veículos e oferecer um serviço melhor aos passageiros da cidade de Manaus”, frisou. Os veículos que tiverem alguma pendência, poderão efetuar o pagamento no local do recadastramento na sede do IMMU, na rua Urucará, n° 1.180, bairro Cachoeirinha, zona Centro-Sul. O órgão implantou um atendimento bancário para agilizar os pagamentos e concluir o processo. O mutirão funciona das 8h às 14h, sábado e domingo. — — —  Texto – Álisson Castro/IMMU Fotos – Karollyne Silva/ IMMU Fonte

Mais de 1,3 mil pessoas se vacinaram contra a Covid-19 durante a campanha Vacine Já em supermercados, nesta sexta-feira

O primeiro dia da 6ª edição da campanha “Vacine Já” atendeu 1.355 pessoas que atualizaram o esquema vacinal contra a Covid-19, até o fim da tarde desta sexta-feira (24/02), nos oito supermercados da rede Baratão da Carne, em Manaus. A campanha segue até domingo (26/02) com oferta de doses para quem tem 18 anos ou mais, além da bivalente para quem tem 60 anos ou mais e imunossuprimidos. A iniciativa é fruto de parceria do Governo do Amazonas com a Prefeitura de Manaus. A ação conta com profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa) e da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Nesta edição, também é parceira a rede de supermercados Baratão da Carne. “Os supermercados são espaços de grande fluxo de pessoas, ainda mais, na última semana do mês. Estamos felizes que muitos aproveitaram a oportunidade, logo no primeiro dia desta edição da campanha, para se vacinar. É sempre bom lembrar que a vacina é nossa principal ferramenta para evitar agravamento de casos de Covid-19”, ressalta Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS-RCP. Uma das pessoas que aproveitou a vacinação nos supermercados foi a aposentada Maria das Graças Silveira, de 73 anos, que se vacinou no supermercado do bairro Parque Dez de Novembro, na zona centro-sul da capital. “Estou tomando a 5ª dose. É muito boa essa iniciativa de vacina nos supermercados. Gente, não deixem de tomar a vacina de vocês”, ressaltou. Os postos de vacinação oferecem a imunização por ordem de chegada, sem a necessidade de agendamento prévio. A campanha é aberta para quem tem 18 anos ou mais com oferta de atualização de esquema vacinal, incluindo 1ª dose, 2ª dose, 1ª Dose de Reforço (conhecida como 3ª dose) e 2ª Dose de Reforço (conhecida como 4ª dose), além da dose adicional para pessoas com doenças de imunossupressão. Nesta edição, a campanha também dispõe de vacina bivalente para quem tem 60 anos ou mais e quem tem doenças de imunossupressão. Os demais grupos prioritários vigentes desse tipo de imunizante devem buscar a dose em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Documentação O interessado em se vacinar precisa apresentar documento de identificação com foto, CPF e Carteira Nacional do Serviço Único de Saúde (SUS). Para aqueles com o esquema atrasado devem portar também a carteira de vacinação para ser atualizada. Postos de vacinação Os horários dos postos de vacinação serão das 10h às 19h, na sexta-feira (24/02) e sábado (25/02), e das 8h às 14h no domingo (26/02). Confira o endereço dos supermercados que funcionam, até domingo (26/02), como pontos de vacinação na intensificação da campanha de Vacinação contra a Covid-19 nesta edição da campanha Vacine Já. Baratão da Carne (Flores) – Av. Torquato Tapajós, 1.852, bairro Flores, zona centro-sul;Baratão da Carne (Barreira) – Av. Torquato Tapajós, 9.250, bairro Colônia Terra Nova, zona norte;Baratão da Carne (Cidade de Deus) – Av. Nossa Senhora da Conceição, 1326, bairro Cidade de Deus, zona norte;Baratão da Carne (Bola do Produtor) – Av. Autaz Mirim, 9360, bairro Jorge Teixeira, zona leste;Baratão da Carne (Betânia) – Rua Adalberto Vale, 953, bairro Betânia, zona sul;Baratão da Carne (Hiper Grande Vitória) – Rua dos Açaizeiros, bairro Gilberto Mestrinho, zona leste;Baratão da Carne (Japiim) – Av. Rodrigo Otávio, 5211, bairro Japiim, zona sul;Baratão da Carne (Parque Dez) – Av. Tancredo Neves, 1760, bairro Parque Dez de Novembro, zona centro-sul. Fonte

No Amazonas, mais de 200 alunos da rede pública alcançaram notas acima de 800 na redação do Enem

No Amazonas, 201 alunos da rede pública estadual confirmaram nota igual ou acima de 800 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. O resultado final do Enem pode ser utilizado em programas que dão acesso ao ensino superior, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Do total de alunos com essas pontuações, 59 são da capital do estado e 142 do interior. Da rede estadual, uma aluna alcançou a pontuação máxima. Para a secretária de Estado de Educação e Desporto, Kuka Chaves, os resultados são fruto do compromisso de toda a comunidade escolar. “O sucesso nos traz a certeza de que não devemos desistir do nosso foco, que é manter o trabalho de valorizar a atuação dos professores e sempre reconhecer o compromisso dos educadores de levar uma educação de qualidade não apenas na capital, mas para todos os municípios do Amazonas”, aponta a secretária. Com nota 960 na redação, Rafael Bandeira, aluno da Escola Estadual Prof. Francisco de Chagas Albuquerque, na avenida Joaquim Nabuco, Centro de Manaus, falou sobre sua preparação que resultou na pontuação. “É importante entender os padrões de uma redação de alto padrão. Buscar redações de nota 1000 e treinar aquela estrutura. Agradeço pela professora que tive, pois recebi muita orientação. Com a tutela do educador, aliado ao auxílio do que encontramos na internet, a preparação é possível”, explicou. O estudante, que finalizou o Ensino Médio em 2022, agora segue rumo ao Ensino Superior. “Sempre tive muito interesse pelas áreas biológicas e da saúde, e nesse momento penso em fazer Farmácia ou Odontologia”, afirmou Rafael. As inscrições para o Sisu 2023 começaram na quinta-feira (16/02) e se encerram nesta sexta-feira (24/02). Professora na escola onde Rafael estudou, a docente de Língua Portuguesa, Michelle Lima, falou das aptidões que o ensino da Redação traz para a vida dos alunos. “Saber produzir um texto dissertativo-argumentativo exercita a interpretação, o senso-crítico, o poder de persuasão e outras qualidades. É essa ideia que busco implementar em minhas aulas, e que deu resultados com o Rafael. Fico orgulhosa de ter participado dessa caminhada junto com ele”. Fonte

Embaixada da Ucrânia vê fracasso na estratégia militar russa

Há um ano, milhões de ucranianos começaram a deixar seu país, fugindo das bombas disparadas pela Rússia. Mulheres e crianças, em sua maioria, foram morar em outros países da Europa ou até mais longe, como no Brasil, enquanto os homens ficaram para lutar. Mas, apesar do cenário de destruição mostrado ao mundo ao longo dos últimos 12 meses, o chefe da Embaixada da Ucrânia, Anatoliy Tkach, avalia que a estratégia militar russa em território ucraniano fracassou. Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, ele conta que os territórios ocupados pelos russos vêm sendo recuperados pelas tropas ucranianas. Segundo Tkach, a Rússia passou a enviar criminosos condenados para o front, o que ele classifica como uma evidência desse fracasso. E acrescentou que seu país prepara uma contraofensiva para liberar mais territórios ucranianos do domínio do país vizinho. O chefe da embaixada da Ucrânia no Brasil também explica que a atual guerra poderia ter sido evitada caso o ocidente tivesse reagido, em 2014, durante a anexação da Crimeia pela Rússia, da forma como reagiu em 2022, quando os russos avançaram em território ucraniano. Anatoliy Tkach estima que os bombardeios na Ucrânia resultaram em pelo menos US$ 46 bilhões em prejuízos, uma vez que “um terço do território está contaminado com objetos explosivos”. A queda no PIB foi superior a 30% e, em meio a esse cenário, pelo menos 6 milhões de pessoas deixaram o país. A guerra e a troca de acusações provocou uma tensão grande o suficiente para separar Ucrânia e Rússia até mesmo nas páginas de uma entrevista. Ao receber a Agência Brasil e ser informado que o outro lado da história também seria ouvido, Tkach fez uma exigência: “não quero estar na mesma matéria [que a Rússia] porque não há relações diplomáticas entre nossos países”. Na semana em que a guerra na Ucrânia completa um ano, a Agência Brasil entrevistou os embaixadores dos protagonistas do conflito. Confira também a entrevista com o embaixador da Rússia, A TV Brasil veiculará, no programa Repórter Brasil deste sábado, às 19h, trechos da entrevista, que será também disponibilizada no site do programa.   Agência Brasil: Dia 24 completou um ano da guerra entre Rússia e Ucrânia. Qual o balanço que já se pode fazer? O cenário atual era o imaginado há um ano? Anatoliy Tkach: Esta guerra se iniciou em 2014 [quando a Rússia anexou a Crimeia]. Em 2022, começou uma invasão em grande escala do exército russo na Ucrânia. Nossas forças armadas estão, desde o primeiro ataque, defendendo o país, parando as forças russas. Liberamos quase a metade dos territórios que foram ocupados no primeiro momento, e chegamos ao final do ano com as nossas terras liberadas. Neste momento, estamos mostrando que a estratégia militar russa fracassou e vem tendo grandes perdas. Estão tentando encobrir isso com uma mobilização em massa das pessoas na Rússia. Entre eles, criminosos condenados com altas penas. Enviam esse tipo de pessoas em grande quantidade para a Ucrânia. Neste momento, com equipamentos pesados não podendo passar, estamos observando o início de uma nova ofensiva. A estratégia russa agora é mandar muito pessoal, mesmo mal preparado e sem equipamento. Essa grande quantidade de pessoas está fazendo muita pressão sobre as forças armadas ucranianas, mas nosso exército está protegendo a Ucrânia, segurando suas posições. As tropas russas não têm obtido maiores avanços, e estamos nos preparando para fazer uma nova contraofensiva para liberar territórios da Ucrânia.   Agência Brasil: Quais são as expectativas para os próximos meses na Ucrânia? Tkach: Estamos esperando que, no próximo mês, tenha início uma nova escalada. Estamos nos preparando para isso. Nossos parceiros estão avaliando esse perigo e enviando equipamentos para a proteção do nosso país. É muito importante esse ponto porque a Ucrânia não está conduzindo uma guerra. Está se protegendo contra uma invasão estrangeira. Além disso, estamos preparando ações diplomáticas para o fim desta guerra iniciada pela Rússia, como a resolução aprovada na Assembleia Geral da ONU sobre a paz duradoura e justa na Ucrânia. Há também um plano de ações para que essa guerra termine. No dia 15 de novembro de 2022, nosso presidente, Volodymyr Zelensky, ofereceu o plano chamado “A Fórmula da Paz”. Ele inclui dez passos para o estabelecimento de uma paz duradoura e justa na Ucrânia. É uma fórmula bem abrangente que prevê todos os assuntos importantes para que a paz volte a nosso país. Aborda segurança alimentar, segurança energética e segurança nuclear.   Agência Brasil: Qual é a proposta efetiva da Ucrânia para uma solução pacífica? Fale mais desse plano de paz. Tkach: É um plano de paz bem abrangente. Além de mencionar essas questões, trata da libertação de presos e deportados; do respeito à carta das Nações Unidas; da restauração da integridade territorial da Ucrânia e da segurança de meio ambiente. E também da retirada das tropas russas do território da Ucrânia e de garantias para que a agressão não volte, fixando o fim da guerra. Com relação à proteção do meio ambiente, por exemplo, estima que os danos causados chegam a US$ 46 bilhões de dólares até esse momento, porque um terço do território da Ucrânia está contaminado com objetos explosivos. Até agora, foram desativados aproximadamente 500 mil desses objetos. Isso é um ponto importante do plano de paz.   Agência Brasil: Como está a economia ucraniana? Quais setores outros setores foram afetados? Tkach: Evidentemente que a guerra está provocando uma crise econômica no país. No ano passado, calcularam perdas de 30,4% do nosso PIB [Produto Interno Bruto]. Para este ano está previsto um deficit de US$ 38 bilhões. Muitas empresas sofreram, muitas foram realocadas dos territórios onde ocorrem ofensivas. A economia foi danificada pelo bloqueio da Rússia aos portos da Ucrânia no Mar Negro. Se, dentro da iniciativa do “Corredor Verde” [corredores humanitários para facilitar a fuga de civis da Ucrânia], fossem desbloqueados os envios de grãos, ficaria facilitado o escoamento de alimentos e grãos produzidos na Ucrânia para outros países. A Ucrânia também teve uma iniciativa, que consiste em que os países comprem

Embaixador da Rússia descarta um novo conflito nuclear

Há um ano, tropas russas invadiram a Ucrânia sob a afirmação de libertar o povo daquele país. Em meio a milhares de mortes e destruição de cidades inteiras, o discurso dos russos se mantém inabalável: é necessário libertar a Ucrânia de um processo de “desnazificação”. E mesmo atribuindo aos Estados Unidos muita responsabilidade pela guerra – que os russos chamam de “operação especial” –, o embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy, descartou o começo de um conflito nuclear. Para Labetskiy, os políticos dos Estados Unidos sabem que “o início de qualquer guerra nuclear significa o fim da civilização humana”. E, por isso, mesmo uma escalada ainda maior no confronto não levaria uma consequência dessa gravidade. A visão de um conflito entre Estados Unidos e Europa contra a Rússia é largamente explorado por Alexey Labetskiy nesta entrevista exclusiva concedida à Agência Brasil. Segundo ele, a guerra “está matando a indústria europeia”, e enriquecendo o líder da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que, explica, passou a dominar o mercado de gás líquido na Europa. “A Europa se tornou um jogador secundário em relação aos Estados Unidos”. Labetskiy também rebateu as acusações de violação de direitos humanos na Crimeia como no leste da Ucrânia. “Por que ninguém reagiu às violações dos direitos humanos dos ucranianos-russos que habitam Lugansk e Donetsk, que durante oito anos viviam na guerra?”. O embaixador russo citou ainda o interesse de seu país na posição do Brasil diante da guerra e destacou o respeito da Rússia às posições brasileiras diante de questões internacionais. “Seguimos com muita atenção todas as iniciativas avançadas pela parte brasileira”. Na semana em que a guerra na Ucrânia completa um ano, a Agência Brasil entrevistou os embaixadores dos protagonistas do conflito. Confira também a entrevista com o chefe da Embaixada da Ucrânia. A TV Brasil veiculará, no programa Repórter Brasil deste sábado, às 19h, trechos da entrevista, que será também disponibilizada no site do programa.   Agência Brasil: Dia 24 completou um ano da guerra Rússia-Ucrânia. Explique o objetivo inicial da Rússia nesse conflito. Há como comparar as expectativas iniciais com as constatações, após um ano de confrontos? Algo mudou ou está tudo conforme planejado? Alexey Labetskiy: O senhor fala de guerra. Nós falamos operação especial. Não falamos guerra porque guerra é entre povos, e, para mim, não há diferença entre o povo russo e o povo ucraniano. Compreendemos que a separação artificial lá implantada, por oligarcas e herdeiros do fascismo e do nacionalismo, foi subsidiada diretamente pelo ocidente. Pelos Estados Unidos e pela maioria dos países europeus. Trata-se de uma tentativa de romper nossa história comum que sempre existiu nesse espaço povoado pelos russos-ucranianos. Povos que falam a mesma língua. O início da operação foi para, primeiro, garantir a segurança da Rússia. Segundo, para “desnazificar” a Ucrânia, país que glorificou institucionalmente, tornando heróis nacionais, os que combateram ao lado de Hitler na Segunda Guerra Mundial, contra os aliados. O ocidente tentou criar, da Ucrânia, um ponto de ataque contra a Rússia. E agora, já depois do início da operação especial, ex-grandes políticos da Alemanha, da França e da Ucrânia reconhecer que a assinatura dos acordos de Minsk [visando dar fim a conflitos armados no leste da Ucrânia], em 2014 e 2015, foi feita com um único objetivo, de rearmar a Ucrânia contra a Rússia. Já nosso objetivo foi mais simples: criar as condições de unificação do território, onde uns aceitaram o golpe de estado de fevereiro de 2014 [que depôs o então presidente Victor Yanukóvich] e outros não aceitaram. Em vez de diálogo, tivemos, por oito anos, mentiras e combates que custaram mais do que 12 mil vidas humanas, na maioria civis. A operação especial visa defender a identidade do povo que não aceitou o fascismo, o nacionalismo e o oligarquismo que floresce na Ucrânia graças a apoios bilionários de americanos e europeus. É estranho que eles tenham esquecido da identidade fascista dos círculos dirigentes da Ucrânia hoje, e que apoiem os que promovem essa ideologia ajuizada pelo Processo de Nuremberg [que julgou crimes cometidos por nazistas durante a Segunda Guerra]. Isso mostra que esta política nada tem a ver com política de segurança. É importante lembrar que, nos anos 90, os ocidentais prometeram não alargar a OTAN. E o que vimos foi a OTAN se aproximar das fronteiras com a Rússia. Eles dizem que não estão contra a Rússia, mas a OTAN é um bloco militarista. Isso é bem claro para todos e a História mostrará. Se olharmos as atividades militares dos Estados Unidos nos anos 1990 e 2000, vemos que essas políticas irresponsáveis de ingerência custaram quase 1 milhão de vidas no Oriente Médio, Iraque, Afeganistão, Líbano. Sem falar dos exemplos claros da América Latina.   Agência Brasil: O mundo está mais próximo de uma guerra nuclear, após a recente suspensão do acordo com os EUA? Labetskiy: Estou convicto de que o mundo não está mais próximo de um conflito nuclear. Os jogos políticos dos ocidentais estão especulando isso, mas a realidade concreta é que eles querem conservar sua supremacia, o que não vamos permitir. Quem rompeu a estabilidade estratégica mundial foram os EUA, que saíram do acordo dos mísseis de pequeno e médio alcances. Agora, os EUA forneceram para a Ucrânia dezenas de bilhões de dólares em armamento. Ao mesmo tempo, dizem que vão manter a estabilidade estratégica e o programa de verificação de objetos russos. Isso é uma tolice completa. Como vamos deixar os americanos acessarem os objetos estratégicos russos, quando eles fornecem, para os ucranianos, informações sobre o deslocamento das nossas forças, obtidas do cosmo [satélites]? Com as sanções, eles não nos permitem verificar seus objetos estratégicos. Isso é dois pesos, duas medidas. Foi por isso que suspendemos nossa participação no acordo. Sem falar que há dois países europeus com armamentos nucleares: França e Inglaterra. Eles também devem prestar contas.   Agência Brasil: O senhor está falando de um aumento de escalada e, ao mesmo tempo, fala que o risco de guerra nuclear não está

Estados da Amazônia Legal terão plano de segurança interinstitucional

Com o objetivo de fortalecer a segurança, proteção e assistência na Amazônia Legal, representantes dos nove estados que compõem a região poderão participar do Plano Amazônia Mais Segura (Amas). O projeto interinstitucional, que envolve diversos órgãos do governo federal, foi apresentado nessa sexta-feira (24) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em Brasília. A Amazônia Legal ocupa 58% do território brasileiro, abrangendo os estados do Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Tocantins, Amapá, Mato Grosso e Maranhão e faz fronteira com Colômbia, Peru, Venezuela, Bolívia, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Eixos O Plano Amazônia Mais Segura será dividido em seis eixos, envolvendo sete ministérios, agências reguladoras, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio). De acordo com o MJSP, o plano vai reforçar efetivos das forças de segurança; modernizar as ferramentas tecnológicas; valorizar e capacitar agentes que atuam na área; e implementa o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) na região. Na reunião, o ministério recebeu contribuições dos representantes dos estados, que explicaram as especificidades, necessidades e dificuldades enfrentadas por cada um. “Complexa como um todo, por ser região de fronteira e sofrer com diversos crimes, a Amazônia Legal é composta por estados com particularidades que exigem uma análise pormenorizada para aprimorar a formatação do Amas”, destacou o MJSP. Entre os problemas relatados estão áreas de difícil acesso, falta de assistência e a fronteira com países onde há grupos armados violentos, como Colômbia, Peru e Venezuela. O próximo passo do Amas será a análise das propostas pelos estados, que deverão detalhar as ações a serem implementadas e apontar as políticas a serem articuladas com o ministério. Foi marcada uma nova reunião para a próxima semana, devido à urgência da questão. Depois de concluído, o plano será apresentado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pelo Fundo Amazônia, de onde virão os recursos para a implementação das medidas. Fonte

Buscas por vítimas em São Sebastião entram no sétimo dia

As buscas pelas vítimas soterradas pelos deslizamentos que atingiram São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, entraram neste sábado (25) no sétimo dia. As procuras foram retomadas hoje de madrugada após terem sido suspensas na sexta-feira (24) à noite por causa das chuvas fortes que voltaram a atingir a região. Segundo o Corpo de Bombeiros da cidade, as buscas haviam sido interrompidas para garantir a segurança das equipes de resgate e foram retomadas quando os riscos diminuíram durante a madrugada. A corporação informou que não há previsão de quando os trabalhos serão encerrados. Chuva A chuva deve continuar nos próximos dias. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de chuvas de 30 a 100 milímetros, com ventos de 60 a 100 quilômetros por hora, para uma faixa que abrange quase todo o litoral de São Paulo, a metade sul do litoral do Rio de Janeiro, a região serrana fluminense e o norte e oeste de São Paulo e a região central de Mato Grosso do Sul. O aviso começa às 12h deste sábado e vai até as 10h de domingo (26). Além das chuvas, o litoral norte de São Paulo tem alerta neste final de semana para o risco de movimentação de solo. O alerta está no boletim de Previsão de Risco Geo-Hidrológicos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para este sábado (25). Segundo o boletim, considera-se alta a possibilidade de movimentos de massa na Baixada Santista e no litoral norte paulista, com especial atenção para a faixa entre Guarujá e São Sebastião. O município foi o mais afetado pelos temporais que atingiram a região no último fim de semana. Houve deslizamentos de encostas, alagamentos e bairros isolados devido à interdição de vias de acesso. Até o momento, 57 pessoas foram encontradas mortas em São Sebastião e mais de 3 mil estão desalojadas ou desabrigadas em todo estado. Fonte

Acusado de estupro, Sidney Leite fala em ‘garantir direitos básicos’ de crianças e adolescentes

Denunciado pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) sob a acusação de estuprar uma menina de 12 anos, em 2004, o deputado federal pelo Amazonas Sidney Leite (PSD-AM) agora quer “levantar a bandeira” do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Neste mês, o parlamentar usou suas redes sociais para divulgar uma reunião sobre políticas públicas para a infância no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). O processo de estupro contra Sidney Leite está registrado, originalmente, no número 4002054-24.2016.8.04.000 e corre em segredo no TJAM. A denúncia foi apresentada, em 2016, pelo então procurador-geral de Justiça do Amazonas, à época, Fábio Monteiro, no Procedimento Investigatório Criminal 807/2016, e relata com detalhes a acusação da vítima, quando o deputado era prefeito do município de Maués (a 268 quilômetros de Manaus). Na última quinta-feira, 23, Sidney Leite afirmou que é ‘necessário unir esforços para garantir os direitos básicos’ e citou como exemplo as ‘nossas crianças’. A ACUSAÇÃO – A família da vítima que acusou o deputado Sidney Leite de estupro relatou ao Ministério Público que o caso ocorreu na Zona Rural de Maués. Eles denunciaram que a criança sofreu o abuso quando comemorava o título de campeã com sua irmã e outras garotas em um torneio de futebol, em maio de 2004, na Comunidade de Bom Jesus. Foi quando o então prefeito Sidney Leite fez a entrega de medalhas aos vencedores e conversou com as crianças que estavam no local. Ainda segundo relato da família, à época, a vítima se preparava para retornar ao barco que a levou para a comunidade, quando o assessor de Sidney, identificado como Herlito Carlos Nunes, o ‘Teló’ a abordou e alegou que o prefeito gostaria de conversar com ela em particular, pois pretendia ajudar a mãe da vítima, que, na época, tinha câncer. Ele a levou para outro barco, onde estava Sidney Leite, e, segundo a criança, foi o local onde ocorreu o abuso. DETALHES DA VIOLÊNCIA – De acordo com o depoimento da vítima, Sidney Leite a mandou entrar no barco argumentando que os dois iriam “apenas conversar” e que “não era para ela ter medo”. A menina afirmou que chegou a pedir para o prefeito não fechar a porta do camarote, mas ele não atendeu ao pedido, alegando que o local poderia ficar quente já que o ar condicionado estava ligado. Nesse momento, o assessor que levou a criança até o barco a aguardava do lado de fora. Sidney, ainda segundo a vítima, pediu para que ela sentasse na cama e ficasse calma, ‘pois ajudaria sua mãe doente, levando-a até Manaus para tratamento’ contra o câncer, com ‘assistência necessária’. Na ocasião, o agora deputado federal perguntou da menina se ela ainda era virgem. E  tendo ela respondido que ‘sim’, o então prefeito sorriu e afirmou que a vítima mentia, ‘pois não existiam mais meninas na idade dela que ainda fossem virgens’. Recebendo negativa da menor ao pedir para que ela tirasse a roupa, a vítima afirmou que Sidney foi agressivo e gritou que a garota não sairia do barco enquanto não atendesse ao pedido dele e a mandou calar a boca. No mesmo momento, o próprio deputado deitou a menina na cama e tirou a roupa dela, mesmo a vítima pedindo que ele não prosseguisse com o ato. MEDO E SOCORRO – No depoimento da vítima consta ainda que, após retirar toda a roupa da garota, Sidney se despiu, colocou o preservativo em seu órgão genital e deitou-se sobre a vítima. Na ocasião, Sidney pediu para ela não ter medo que a relação ‘não iria doer’ e, em seguida, segurou os dois braços dela e passou a ter relações sexuais com a criança. Antes de finalizar o ato, ele a mandava calar a boca afirmando que ‘estava perto de conseguir a vitória’. A criança disse que não entendia o que ele queria dizer, mas ficou com medo de pedir socorro. E após terminar o ato sexual, Sidney retirou o preservativo e chegou a dizer que ela ‘não tinha sangrado muito’. Na sequência, pediu para a criança se limpar com papel higiênico e ordenou que ela fosse embora e não falasse nada para terceiros. Fonte: Revista Cenarium Fonte