Linha do tempo conta história centenária do Palácio Pedro Ernesto
Tombado em 1988 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) por sua importância arquitetônica, histórica e cultural, o Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, completará 100 anos em 21 de julho de 1923. Ato na escadaria do Palácio cobra solução do caso Marielle Franco e Anderson Gomes – Arquivo/Tomaz Silva/Agência Brasil Desde sua inauguração, o edifício e suas escadarias foram palco de marcos importantes para a história do Rio de Janeiro e do Brasil, como a campanha para vereador, em 1954, de Abdias do Nascimento, criador do Teatro Experimental do Negro no Brasil. Ele foi um dos primeiros candidatos a levantar a bandeira antirracista, com o slogan: Não vote em branco, vote no preto. Outro momento marcante foi o velório do estudante Edson Luiz, de 18 anos, morto pela ditadura militar em março de 1968. O acontecimento parou a cidade e reuniu cerca de 50 mil pessoas. O palácio também recebeu a Passeata dos Cem Mil, manifestação popular contra a ditadura militar brasileira, organizada pelo movimento estudantil, ocorrida em julho do mesmo ano. Mais recentemente, a sede do Legislativo carioca acolheu o velório da vereadora Marielle Franco, executada com quatro tiros na cabeça em março de 2018. Na ocasião, milhares de pessoas se reuniram em protesto nas escadarias do prédio. Centenário Para marcar o início das celebrações do centenário do Palácio Pedro Ernesto, a Câmara do Rio lançou uma linha do tempo virtual que conta a história do prédio. A página na internet traz os principais marcos da trajetória não só do Palácio e da política carioca, mas também do Brasil, afinal a cidade foi a capital federal por quase 200 anos, entre 1763 e 1960. Edifício é sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no centro da cidade – Fernando Frazão/Agência Brasil O presidente da Câmara Municipal, vereador Carlo Caiado, destacou no lançamento da linha do tempo, que um dos objetivos do levantamento histórico é aproximar o cidadão do parlamento e da história da cidade. “O Palácio é um dos palcos principais da política carioca e brasileira, onde, em toda a sua história, a população vem se manifestar. É um monumento da nossa democracia, que vamos exaltar, ao longo do ano, lembrando sua importância e abrindo ainda mais as portas para a população”. O edifício foi batizado com o nome de Pedro Ernesto em 1951, em homenagem ao médico e ex-prefeito do Rio de Rio de Janeiro, após seu falecimento em 1942. Ele governou a cidade entre 1931 e 1934, como interventor, e depois de 1935 a 1936, eleito indiretamente pela Câmara Municipal. O prédio também conta com um rico acervo de obras de arte, decoração interna e móveis de época, além de pinturas e esculturas. Também são atrações o Plenário e a Sala Inglesa, toda revestida em madeira de lei. *Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara Fonte
Relator diz que PL das Fake News pode ser votado ainda neste semestre
Em meio a muita polêmica, um dos desafios de deputados e senadores neste ano é avançar na discussão do Projeto de Lei das Fake News (PL 2.630). Depois de aprovado no Senado, em junho de 2020, o texto seguiu para Câmara dos Deputados, onde mudou quase completamente, e está parado desde abril do ano passado. Na discussão com os deputados, ainda no ano passado, a proposta sofreu uma derrota importante. Por apenas 8 votos, a proposta não alcançou os 257 votos necessários para ter a tramitação acelerada e voltou ao estágio em que precisa transitar por comissões ou grupo de trabalho específico. Um novo pedido de urgência deve ser pautado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Entrevistado pelo programa Sem Censura, da TV Brasil, na última segunda-feira (27), o relator da proposta na Câmara, Orlando Silva (PCdoB-SP), falou sobre os principais pontos do texto, entre os quais estão a criminalização das fake news (notícias falsas), a exigência de que empresas de tecnologia tenham sede no Brasil e a proibição de disparos em massa nos aplicativos de mensagens. O texto prevê prisão de um a três anos e multa para quem promover ou financiar a disseminação em massa de mensagens que contenham “fato que se sabe inverídico” e que possa comprometer a “higidez” do processo eleitoral ou causar dano à integridade física. Além disso, as plataformas terão de publicar regularmente relatórios semestrais de transparência com informações sobre a moderação de conteúdo falso. Sobre a responsabilidade das plataformas que monetizam ou impulsionam a desinformação, Silva disse que o modelo de negócio dessas plataformas digitais, provedores de aplicativo e redes sociais está ancorado no extremismo, que gera mais engajamento. Para o deputado, o caminho pode ser a responsabilização da plataforma, quando houver publicidade e impulsionamento. “Uma coisa é alguém publicar algo na rede social, uma ideia. Aí, as plataformas falam que é liberdade de expressão. Se não for conteúdo ilegal, não há problema. Mas, se for publicada uma fake news paga em uma empresa, e essa empresa projetar isso em um alcance que aquilo nunca teria, é outra coisa. As empresas não podem ser sócias da propagação de desinformação, fake news e discurso de ódio. Sempre que houver impulsionamento, patrocínio e ganhos, a plataforma precisa assumir a sua responsabilidade”, afirmou. Polêmicas Entre as muitas polêmicas do texto está o aceno que o relator fez aos parlamentares ao estender a imunidade parlamentar, prevista na Constituição Federal, ao que é publicado por ele nas redes sociais. “A imunidade parlamentar protege as opiniões e voto dos deputados. Há maldade de gente que acha que serve para blindar. A imunidade vale no Parlamento, nas redes e na tribuna, mas não pode ser usada para ocultar crime ou criminoso”, justificou Orlando Silva durante o Sem Censura. GT Paralelamente à discussão no Congresso Nacional, um grupo de trabalho (GT) será formado entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as plataformas de tecnologia, as chamadas big techs. O grupo vai mandar sugestões para o texto em discussão pelos deputados. Por iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, outro grupo de trabalho foi criado para apresentar estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo. A primeira reunião desse grupo, para definir um plano de trabalho, deve ocorrer após o retorno do ministro Silvio Almeida da 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que termina nesta sexta-feira (3) em Genebra, na Suíça. Entre os 25 integrantes estão o youtuber Felipe Neto, a ex-deputada Manuela D’Ávila e a jornalista Patrícia Campos Mello. Também no âmbito do governo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já encaminhou sugestões a Orlando Silva. Ambiente político Apesar de toda a falta de consenso que envolve o tema e das várias discussões paralelas no governo e na sociedade civil e com as próprias big techs, Orlando Silva, está otimista com a votação da proposta ainda neste semestre. “Temos mais pontos de convergência que de divergências. O mesmo eu diria com o governo. E mais: temos canais permanentes abertos com as big techs. Eu, pessoalmente, dialogo com as empresas brasileiras e internacionais, acompanhei todo o processo e sei que fizemos uma caminhada e sou otimista. O mundo inteiro debate esse tema, o mundo inteiro avança na aprovação de leis para garantir acesso à informação, e creio que o Brasil deve se sintonizar com essa nova realidade.” Silva ressaltou que o ambiente político este ano é outro. Ele lembrou que os presidentes da Câmara e do Senado, quando eleitos para comandar as respectivas Casas, falaram a importância do combate às fake news. O deputado acrescentou que, além disso, o país tem um novo presidente da República, com outra disposição, que tem colocado o assunto na sua agenda – na visita que fez aos Estados Unidos, a regulação de plataformas digitais foi um dos temas. Outro aspecto destacado por Orlando Silva no Sem Censura foi que a União Europeia aprovou o ato de serviços digitais e o ato de mercados digitais estabelecendo parâmetros de regulação de plataformas. “Se essas empresas aceitam determinado padrão na Europa, por que não no Brasil? Tivemos um 8 de janeiro em que o Brasil, escandalizado, assistiu àquela barbárie, o que mostra que o importante é combatermos a publicação de conteúdos ilegais”, concluiu. Com as mudanças que deve sofrer na Câmara, se aprovado pela Casa, o PL das Fake News precisará voltar a análise do Senado. Source link
CBF define datas da 2ª fase da Copa do Brasil, com início na terça
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) definiu as datas da segunda fase da Copa do Brasil, que reunirá 40 clubes entre a próxima terça-feira (8) e o dia 16 de março. Os jogos serão disputados em partida única, sem a vantagem do empate para a equipe visitante. Se o jogo chegar ao fim com igualdade no placar, a classificação para a terceira fase ocorrerá nos pênaltis. O duelo Brasil-RS x Ponte Preta-SP abre a segunda fase do torneio na terça(7), às 20h (horário de Brasília), na cidade de Pelotas. No dia seguinte serão três jogos, entre eles Camboriu-SC x Bahia, às 19h. Na quarta (9) o Santos recebe o Iguatu-CE na Vila Belmiro às 21h30. A partir do dia 14 outras sete equipes da Série A do Campeonato Brasileiro entram em campo: Coritiba, América-MG, Goiás, Botafogo, Bragantino, Vasco e Grêmio. Confrontos da segunda fase 07/03 (terça) Brasil-RS x Ponte Preta-SP (20h) 08/03 (quarta-feira) Camboriú-SC x Bahia-BA (19h) Remo-PA x São Luiz-RS (20h) Tombense-MG x Retrô-PE (21h30) 09/03 (quinta) Náutico-PE x Vila Nova-GO (19h) Botafogo-SP x São Raimundo-RR (20h) Santos-SP x Iguatu-CE (21h30) 14/03 (terça) Maringá-PR x Marcílio Dias-SC (19h) Coritiba-PR x Criciúma-SC (20h) América-MG x Santa Cruz-PE (21h30) 15/03 (quarta-feira) Nova Iguaçu-RJ x Nova Mutum-MT (15h30) Ituano-SP x Ceará-CE (19h) Águia de Marabá-PA x Goiás-GO (19h) Botafogo-RJ x Brasiliense-DF (20h) CRB-AL x Operário-MG (21h30) Ypiranga-RS x Red Bull Bragantino-SP (21h30) 16/03 (quinta) CSA-AL x Brusque-SC (19h) Atlético-GO x Volta Redonda-RJ (19h) Grêmio-RS x Ferroviário-CE (20h) Vasco-RJ x ABC-RN (21h30) Fonte
MP do Rio nomeia integrantes para investigar morte de Marielle Franco
O procurador-geral de Justiça do Estado do Rio, Luciano Mattos, nomeou os novos integrantes da força-tarefa que acompanharão as investigações sobre os mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A equipe será composta pelos promotores de Justiça Eduardo Morais Martins, Paulo Rabha de Mattos, Patrícia Costa Santos, Glaucia Rodrigues Torres de Oliveira Mello, Pedro Eularino Teixeira Simão, Mario Jessen Lavareda e Tatiana Kaziris de Lima Augusto Pereira. “A orientação do chefe do MP do Rio é dar prioridade ao caso, que agora dispõe do auxílio do Ministério da Justiça e da Polícia Federal”, diz a nota da procuradoria. No dia 22 de fevereiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou que determinou a instauração de um novo inquérito da Polícia Federal para ampliar a colaboração com as investigações sobre o assassinato da vereadora e de Anderson Gomes, que conduzia o veículo em que ela estava. O crime completa cinco anos no dia 14 de março e ainda não houve conclusão sobre mandantes e motivações. As investigações da Polícia Civil e do MPRJ apontaram o sargento reformado e expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) Ronnie Lessa como o autor dos disparos, com colaboração do ex-policial militar Élcio Queiroz. Eles estão presos preventivamente desde 2019 e respondem por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima) e pela tentativa de homicídio contra uma assessora de Marielle, que também estava no veículo e sobreviveu. Fonte
Mulheres e negros cobram protagonismo no carnaval da Sapucaí
A compositora Thayssa Menezes desfilou neste ano pela primeira vez sem a identificação “Compositor”, no masculino, em suas costas. Isso só foi possível porque ela chegou à presidência da ala dos compositores da Acadêmicos do Cubango, na Série Prata do carnaval carioca, e pediu que o óbvio fosse considerado: mulheres também podem ser compositoras de sambas-enredo. “Existem pouquíssimas, de se contar com os dedos da mão, mulheres ocupando esse lugar, e, então, nós somos masculinizadas. As mulheres nas alas dos compositores têm que vir com roupas masculinas, porque os carnavalescos têm um parâmetro de que essa ala é masculina. Eu, na minha ala, neste ano, mandei fazer a camisa escrito compositores”, disse. A mudança de poucas letras e muito significado é um exemplo de uma série de questionamentos levantados nos últimos anos sobre o domínio de homens e brancos em uma festa com forte herança de tradições matriarcais e africanas. Abertas as notas dos jurados do Grupo Especial neste ano, personalidades negras e ativistas antirracistas ecoaram outro tema, “onde estão os negros e os saberes ancestrais na avaliação do carnaval?” “O carnaval está vivendo uma insurgência negra, que está voltando a reivindicar essa essência, esse fundamento, de olhar para a escola de samba como um terreiro, de reivindicar esse matriarcado negro que estava na construção do que a gente entende como escola de samba”, explica Thayssa, que também é pedagoga e pesquisadora do carnaval. “Eu encaro essa insurgência como resultado de um conjunto de políticas públicas que aconteceram, como a Lei de Cotas e a garantia do ensino da cultura africana e afro-brasileira dentro das escolas. A gente está vivendo agora as pessoas fruto dessas políticas públicas sendo inseridas no carnaval”, disse. A pesquisadora aponta que homens brancos são a grande maioria nas presidências, direções e outros postos de comando das escolas de samba, e também acabam controlando o que é considerado a concepção artística da festa, que está nas mãos do carnavalesco. “A figura do carnavalesco, que é a figura dessa pessoa que é imbuída de conhecimento, que vem da faculdade de Belas Artes trazer a arte erudita mesclada com a popular para essa comunidade, é a figura do homem branco”, avalia. Ela vê como lugares esperados para as mulheres negras aqueles marcados pelo bailado, como a porta-bandeira, a passista e a baiana. “Esses lugares que as mulheres ocupam são vistos como lugares hierarquizados de forma menor. É como se as mulheres ocupassem a base da pirâmide. Não que exista um valor menor para a baiana. A baiana é uma das maiores figuras dentro da escola de samba. A gente valoriza e respeita, mas a gente também quer estar em outros espaços”, defende. Apesar desse domínio branco e masculino, Thayssa destaca avanços que vêm quebrando esse paradigma, como o carnavalesco André Rodrigues, da Beija-Flor, que propôs com o enredo deste ano uma revisão da história do Brasil, para recuperar o papel dos negros e outros grupos excluídos na Independência e outros processos históricos. “Esse discurso não é novo, já existia nas conversas nas escolas de samba, mas como contradiscurso. Mas quando a gente tem dentro dessa figura do carnavalesco uma pessoa preta que vai reivindicar isso, não como contradiscurso, mas como o próprio discurso do enredo, isso é ganho muito grande”, comemora. “O que a gente tem conseguido aos poucos é muito caro. E acho que não tem volta. É daí pra frente”. Autoestima Se homens negros já são raros no posto de carnavalesco, mulheres negras são ainda mais. Nascida em Nilópolis, na Baixada Fluminense, Winnie Nicolau é uma pioneira no cargo, assinando o carnaval na Pimpolhos da Grande Rio, escola mirim do carnaval carioca. “Passei por uma montanha de emoções juntas, de me tornar uma pessoa que representa outras, de ser a primeira pessoa a fazer aquilo, de ter uma responsabilidade como pessoa preta carregando isso. Mas eu vi que eu entreguei. Abri essa porta para que viessem outras mulheres pretas”, disse. No desfile concebido por Winnie, transbordou sua experiência de vida como mulher preta. A escola contou a história do livro O Pequeno Príncipe Preto, de Rodrigo França, que trabalha a autoestima e o afeto de uma criança preta. “Eu joguei tudo que eu vivi, porque já fui essa criança que precisou ter a autoestima reforçada por causa do meu cabelo, do meu nariz, do tom de pele. Por ser retinta, o bullying era muito mais cruel”, disse. “Eu procurei jogar toda a minha trajetória desde quando eu era criança até hoje, e como eu quero que uma criança hoje seja tratada, já que sou mãe de uma menina negra e tia de um menino negro. Apliquei tudo isso dentro do desfile e deu super certo”. Winnie vê seu pioneirismo como uma possibilidade de levar transformação não apenas ao carnaval, mas aos componentes das escolas de samba que estão em contato com o enredo e podem sair da avenida fortalecidos por ele. E como sua escola é uma agremiação mirim, são as crianças da comunidade que ela busca inspirar. “Falar para a minha filha é fácil. Hoje o meu papel é falar fora de casa, para trazer uma autoestima. Se você não tiver nem a autoestima, a gente está fazendo o que o sistema quer, que é matando o que tem dentro daquela criança desde pequeno para se tornar o adulto que eles querem, inerte, de baixa autoestima, e que não se reconhece como pessoa preta e não sabe se posicionar socialmente. Meu papel hoje é quebrar isso”, disse. Ausência A ausência das mulheres em posições decisórias na história do carnaval não quer dizer que elas tenham ficado de fora da construção do que são os desfiles das escolas de samba. A jornalista e doutora em Memória Social Bárbara Pereira, pesquisadora do carnaval, conta que o apagamento das mulheres vem desde a fundação das escolas de samba, processo em que tiveram atuação decisiva. “Em muitas escolas, as fundadoras ficaram de fora das atas de fundação, só os homens assinaram. As mulheres que estavam ali fazendo de
Sonia Guajajara aciona governador do MS após prisão de indígenas
A ministra dos Povos Indígnenas, Sonia Guajajara, notificou o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, pedindo providências sobre o caso envolvendo três lideranças indígenas Kaiowá Laranjeira Nhanderu. Os indígenas foram presos em ação da Polícia Militar no município de Rio Brilhante, ao ocuparem a região da Fazenda de Inho. A área está em processo de regularização fundiária pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). De acordo com a pasta, os indígenas Clara Barbosa, Adauto Barbosa e Lucimar Centurião foram detidos sob acusação de esbulho possessório, resistência e desobediência e, mesmo após audiência de custódia, seguem presos. Uma equipe da Funai que foi até o local teria sido impedida de acompanhar ação pela própria PM, diz o ministério, que classifica a medida como inconstitucional. “É inadmissível que uma ação como esta avance sob corpos e territórios indígenas com tamanha violência, como foi relatado. Os Guarani-Kaiowá estão ali lutando pelo direito que lhes é garantido por lei e sabem que podem contar com o apoio e resguardo tanto do MPI, quanto da Funai, que foi impedida de acompanhar a ação. Por isso, aguardo retorno urgente do governador Eduardo, certa de que ele não compactua com isso e não será conivente com desastroso desenrolar desta ação”, declarou a ministra dos povos indígenas, de acordo com sua assessoria. A reportagem procurou a assessoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) para pedir esclarecimentos sobre a operação e a prisão dos indígenas e aguarda retorno. Fonte
PF vai investigar o caso do envio de joias para Michelle Bolsonaro
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou na noite desta sexta-feira (3) que acionará a Polícia Federal, no início da próxima semana, para investigar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso envolvendo a tentativa de trazer ilegalmente joias avaliadas em mais R$ 16 milhões, que teriam sido um presidente dado pela Arábia Saudita para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Dino apontou a suspeita de prática de ao menos três crimes no caso, que ainda deverão ser apurados. “Fatos relativos a joias, que podem configurar os crimes de descaminho, peculato e lavagem de dinheiro, entre outros possíveis delitos, serão levados ao conhecimento oficial da Polícia Federal para providências legais. Ofício seguirá na segunda-feira”, afirmou em postagem nas redes sociais. O senador Humberto Costa (PT-PE) também afirmou que vai acionar a PF e o Ministério Público Federal (MPF) para que entrem no caso. “Isso cheira, no mínimo, a lavagem de dinheiro”, escreveu nas redes sociais. Entenda A informação foi revelada em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada também nesta sexta-feira. De acordo com a publicação, um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes foram barrados pela Receita Federal, em outubro de 2021. Os itens, avaliados em 3 milhões de euros (cerca de R$ 16,3 milhões) foram encontrados na mochila do militar Marcos André dos Santos Soeiro, que assessorava o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ambos retornavam de uma viagem oficial ao Oriente Médio. Ainda de acordo com a matéria, a retenção ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, após inspeção por raio-X. Na ocasião, o ex-ministro teria se valido do cargo para pedir a liberação das joias, alegando serem presentes do governo saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Os servidores da Receita Federal, no entanto, alegaram que o procedimento para a entrada desses itens como presentes oficiais de um governo estrangeiro para o governo brasileiro teriam que obedecer a outro trâmite legal e, por isso, retiveram as joias pelo não pagamento dos tributos. Todos esses momentos teriam sido registrados em vídeo. Pela legislação, itens com valor superior a US$ 1 mil estão sujeitos à tributação quando ingressam em território nacional. Neste caso, além do pagamento de 50% em impostos pelo valor dos bens, incidiria uma multa de 25% pela tentativa de entrada ilegal no país, ou seja, sem declaração às autoridades alfandegárias. Os itens estão em posse da Receita desde então. Ainda não há confirmação sobre quem de fato deu os supostos presentes. Em nota enviada neste sábado (4), a assessoria do ex-ministro Bento Albuquerque alegou que as joias eram “presentes institucionais destinados à Representação brasileira integrada por Comitiva do Ministério de Minas e Energia – portanto, do Estado brasileiro; e que, em decorrência, o Ministério de Minas e Energia adotaria as medidas cabíveis para o correto e legal encaminhamento do acervo recebido”. A afirmação é diferente do que ele teria informado ao jornal Folha de S. Paulo, em que teria confirmado tratar-se de presente para Michelle Bolsonaro. Em outra declaração, dessa vez ao jornal O Globo, Albuquerque sustentou que os itens seriam sido “devidamente incorporadas ao acervo oficial brasileiro”. Além das matérias jornalísticas, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, noticiou nas redes sociais que o [governo] Bolsonaro tentou trazer ilegalmente colar e brincos de diamante para a ex-primeira-dama, e que os presidentes teriam sido dados na Arábia Saudita no final de 2021. Ele chegou a postar uma foto dessas joias, “A Petrobras havia acabado de vender uma refinaria por 1,8 bilhão de dólares para um grupo da Arábia Saudita”, comentou o ministro. O jornal O Estado de S. Paulo informa ainda que, nos últimos meses de seu governo, Jair Bolsonaro teria tentado, ao menos quatros vezes, por meio de ofícios, reaver as joias apreendidas, sem sucesso. Um desses ofícios foi enviado em 28 de dezembro 2022, às vésperas do fim de seu governo, mas novamente houve uma negativa da Receita Federal. Outro lado Após a divulgação das denúncias, e ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fez uma postagem em sua conta no Instagram para comentar o assunto. Ela chegou a ironizar o caso. “Eu tenho tudo isso e não estava sabendo? Meu Deus!”, escreveu. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro, em declaração à CNN, disse que joias iam para acervo da Presidência e negou ilegalidade. “Estou sendo acusado de um presente que eu não pedi, nem recebi. Vocês vão longe mesmo, hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa imprensa vexatória”. Em entrevista à CNN Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, também negou envolvimento no caso. “Estou sendo acusado de um presente que eu não pedi, nem recebi. Não existe qualquer ilegalidade da minha parte. Nunca pratiquei ilegalidade. Veja o meu cartão corporativo pessoal. Nunca saquei, nem paguei nenhum centavo nesse cartão”, afirmou. A reportagem da Agência Brasil busca contato com as assessorias do ex-presidente, da ex-primeira-dama e do ex-ministro Bento Albuquerque para obter mais esclarecimentos sobre o caso. Fonte
Compositora Sueli Costa morre aos 79 anos no Rio de Janeiro
A compositora Sueli Costa morreu aos 79 anos neste sábado (4) no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela sobrinha da compositora, a cantora Fernanda Cunha, em uma rede social. A causa da morte não foi divulgada. O velório será neste domingo (5) no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul da capital fluminense. Sueli Costa é autora de grandes sucessos da música popular brasileira, como 20 anos Blues, Alma, Amor amor, Jura Secreta e Voz de Mulher. Criada em Juiz de Fora (MG), Sueli se mudou para o Rio no final da década de 60, onde começou a compor e foi gravada por grandes intérpretes como Nara Leão, Elis Regina e Maria Bethânia. Fonte
Na convivência diária, Márcio Guedes ía além do jornalismo esportivo
Por muito pouco não trabalhei junto com Márcio Guedes na TV Manchete: saí dias antes de ele ser contratado. A gente se via muito no dia a dia dos clubes, mas éramos apenas dois jornalistas que se conheciam. Até que veio a Olimpíada de Seul, em 1988, e ali a gente se aproximou mais. Eu estava pelo Jornal dos Sports, e ele pelo Dia, e nos encontrávamos no centro de imprensa para enviarmos nossas matérias para o Rio de Janeiro. Dali em diante a amizade se estreitou. Eu já trabalhava na TVE do Rio quando Márcio participava como convidado no programa Debate Esportivo. Em 2001, ele foi contratado pela emissora para apresentar a mesa de debates denominada “Ataque” – referência ao caderno de esportes com mesmo nome no jornal O Dia. Na época ele me convidou para continuar no programa, cuidando da interatividade. Pronto, agora a rotina de encontros era quase diária. E assim foi até dezembro passado, quando ele participou do último programa, repaginado como No Mundo da Bola da TV Brasil, analisando a final da Copa. Escrevi isso para compartilhar um pouco do que convivi com ele, porque o Márcio era muito mais que um comentarista esportivo. Também curtia e falava de cinema. Ele era o cara simpático e boa praça, sempre sorridente e disposto a contar uma piada, ou a fazer uma pergunta de duplo sentido, da qual ele mesmo era o primeiro a rir. De mãos grandes, gesticulava muito, provocava, com humor refinado. Era sempre divertido participar de uma discussão na redação, quando o assunto, claro, era inevitavelmente futebol. As mãos também eram um “problema”. Certa vez, um seguidor do Facebook provocou, dizendo que ele não incluía pontuação nos textos. E ele veio reclamar comigo. “Eu tenho a mão grande, o teclado do telefone é pequeno, eu passo por cima da pontuação. O cara vem reclamar, fala sério! É só não ler”, desabafo Lembro de Márcio como um galã. Olhos verdes, um bigodão que chamava a atenção. Era vaidoso e gostava de ser comparado com artistas de cinema. O ator Tom Selleck era o preferido dele, mas muitos o viam como Charles Bronson. Topava as brincadeiras e foi assim que começou o desafio de todos os domingos, quando perguntava em que estado ficava a cidade de onde o telespectador do No Mundo da Bola mandava a mensagem. Ele chegou a ganhar uma apostila com os nomes de todas as cidades, como se ele fosse estudar. Vamos sentir muita falta, muita mesmo. Da minha parte são 35 anos de amizade, de aprendizado, de carinho. Foi uma honra muito grande ter dividido bancada com ele. * Sergio du Bocage é apresentador do programa No Mundo da Bola, da TV Brasil. Fonte
Carta dos Governadores defende reforma tributária e revisão da dívida
Apoio à reforma tributária, revisão da dívida dos estados e ampliação do debate no âmbito do Pacto Federativo são os temas centrais da Carta dos Governadores, apresentada neste sábado (4) pelos governadores que formam o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). O documento marcou o encerramento do 7° encontro do evento, realizado na Fundação Getulio Vargas (FGV), em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. A carta manifesta o compromisso dos estados do Cosud de trabalhar em conjunto com os governos federal e municipais na aprovação de uma reforma tributária que aumente a eficiência econômica e garanta a justiça social e a preservação da autonomia dos governos para realizar políticas de fomento ao desenvolvimento local. Uma das alterações em discussão é a mudança da tributação do ICMS da origem para o destino. Dívida pública Segundo os governadores, a dívida do Sul e do Sudeste com a União chega a R$ 630 bilhões, o que corresponde a 93% do débito de todas as unidades da Federação com o governo federal. A carta propõe uma repactuação dos critérios de correção da dívida, que vem sendo atualizada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA ) mais 4% ou Taxa Selic, o que for menor. “É impensável que, num ambiente onde o crescimento econômico é muito inferior aos encargos dos contratos de dívida com a União, os estados paguem suas dívidas e ainda invistam em infraestrutura, modernização e na manutenção dos serviços públicos essenciais. É necessário que esses contratos passem a ter seus encargos compatíveis com o comportamento da economia nacional”, diz um trecho da carta. “Os estados do Sul e do Sudeste respondem por 80% da arrecadação de impostos federais. Quanto mais organizarmos a vida financeira desses estados, mais vamos nos desenvolver e mais impostos federais serão gerados. Quando o Brasil recebe mais, todos os estados são beneficiados por meio dos fundos de participação”, afirmou o governador do Rio, Cláudio Castro. Pacto Federativo No documento, os estados pedem que atos que representem aumento nas despesas não sejam implementados sem uma discussão prévia. “Obrigações não podem ser impostas aos estados sem a devida contrapartida, especialmente as financeiras. Quando isso acontece, a população acaba pagando a conta”, disse o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Os integrantes do Cosud ressaltaram a importância do fortalecimento das agências regulatórias para regulamentar e fiscalizar as concessões de serviços públicos. O próximo encontro do Cosud está previsto para junho, em Minas Gerais. Source link
Governo desocupa escolas que abrigavam famílias em São Sebastião
As dez escolas que abrigaram as famílias que perderam as casas em São Sebastião durante as chuvas no período do carnaval foram desocupadas neste sábado (4) para que os alunos possam voltar às aulas. Os aproximadamente 1.000 desabrigados do litoral norte foram transferidos para hotéis e pousadas das regiões de Juquehy, Sahy e Boiçucanga, de acordo com informações do governo estadual de São Paulo. Até o momento, foram confirmados 64 mortos em São Sebastião e um em Ubatuba. Já foram identificados e liberados para o sepultamento 57 (cinquenta e sete) pessoas. São 21 homens adultos, 17 mulheres adultas e 19 crianças. A Secretaria de Estado da Saúde informou que 22 adultos e seis crianças vítimas das chuvas foram atendidas, até o momento, no Hospital Regional do Litoral Norte (HRLN). Deste total, cinco permanecem internados com estado de saúde estável. Outros 18 pacientes já receberam alta hospitalar e cinco foram transferidos para outras unidades. O tráfego nas estradas da região está liberado para veículos leves e pesados. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), apenas o trecho do km 82 da rodovia Mogi-Bertioga (SP-098), em Biritiba-Mirim, junto à ponte do Rio Sertãozinho, permanece com interdição total. No km 174 da Rio-Santos (SP-055), a via está sujeita a interrupções temporárias, de acordo com a condição a condição climática, para garantir a segurança dos motoristas e equipes que trabalham no local. De acordo com o boletim diário do governo estadual, o Fundo Social de São Paulo está precisando de ajuda voluntária para triagem das mais de 200 toneladas de doações que foram entregues no depósito do órgão desde o último dia 20. Outras 200 toneladas já foram encaminhadas às famílias que perderam os bens materiais. “Com volume suficiente para continuar abastecendo os municípios afetados pelos próximos meses, o trabalho agora é separar o volume restante de produtos e para isso, é fundamental o apoio de voluntários. São eles os responsáveis pela triagem de roupas femininas, masculinas, infantis e íntimas, todas organizadas separadamente. Calçados também são organizados dessa forma. Na área dos alimentos, o voluntário faz a separação dos produtos para que mais cestas básicas sejam montadas”, diz o boletim. Para se voluntariar basta enviar um e-mail para doacoesfussp@sp.gov.br e responder um formulário com informações sobre disponibilidade e preferência. Apenas maiores de 18 anos podem se voluntariar. Mais informações sobre doações e como ajudar em https://www.fundosocial.sp.gov.br Fonte
Rio começa segunda etapa de vacina Pfizer bivalente contra covid-19
A partir desta segunda-feira (6), a Secretaria Municipal de Saúde do Rio avança para a segunda etapa de aplicação da vacina Pfizer bivalente contra a covid-19 em grupos prioritários para pessoas com 68 anos ou mais e segue de forma escalonada até os 60 anos na sexta-feira (10). A vacinação continua para pessoas com 12 anos imunocomprometidas. A vacina bivalente é recomendada como dose de reforço para quem tenha recebido pelo menos duas doses contra a doença de qualquer laboratório, há quatro meses ou mais. O reforço protege contra o vírus original e suas variantes, incluindo a Ômicron. A vacina estará disponível nas 237 unidades de atenção primária do município, como as clínicas da família e os centros municipais de saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h; e no Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, na zona sul da cidade, todos os dias, das 8h às 22h. Os idosos devem apresentar documento de identificação e comprovante de vacinação, se disponível. Os imunocomprometidos deverão apresentar o comprovante da sua condição. Fonte
Capital paulista segue vacinando contra covid-19 e poliomielite
Continua neste sábado (4) na capital paulista a vacinação contra a covid-19, poliomielite e outras doenças. Para o serviço, estarão abertas as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Integradas das 7h às 19h. A vacina contra a covid-19 está disponível para toda a população a partir dos 6 meses. Para a primeira dose de reforço, estão elegíveis crianças a partir dos 5 anos, adolescentes e adultos que receberam a segunda dose há pelo menos quatro meses. A segunda dose de reforço da vacina pode ser tomada por toda a população acima de 18 anos de idade que recebeu a dose anterior há pelo menos quatro meses. Está disponível, ainda, a terceira dose de reforço para pessoas com alto grau de imunossupressão com mais de 18 anos, que tomaram a segunda dose de reforço há pelo menos quatro meses. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, podem receber a dose da vacinação com a Pfizer bivalente todos os idosos acima de 70 anos, além de pessoas maiores de 12 anos com imunossupressão, indígenas, residentes em Instituições de Longa Permanência e funcionários destes equipamentos da cidade de São Paulo. A partir de segunda-feira (6), todos os idosos acima de 60 anos de idade também poderão receber o imunizante. Vacinação prorrogada As campanhas de vacinação contra a poliomielite e de multivacinação foram prorrogadas por tempo indeterminado. Podem tomar a vacina contra a pólio crianças a partir de 1 ano até 4 anos e 11 meses de idade. Para o público até 15 anos, além da poliomielite oral e inativada, são disponibilizados os imunizantes tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), varicela, BCG, pentavalente, pneumo 10, rotavírus, meningo C, meningo ACWY, varicela, hepatites A e B, febre amarela, DTP (difteria, tétano e coqueluche), dupla adulto, influenza e HPV. Os endereços das AMAs/UBSs Integradas podem ser consultados na página Vacina Sampa. Fonte
Morre cartunista Paulo Caruso | Agência Brasil
Morreu na manhã deste sábado (4) em São Paulo, o cartunista Paulo Caruso, de 73 anos. Ele estava internado no Hospital Nove de Julho, no centro da capital paulista. Nascido na cidade de São Paulo em 6 de dezembro de 1949, Caruso era caricaturista, ilustrador, chargista e músico, Paulo José Hespanha Caruso tinha um irmão gêmeo, Chico Caruso, também cartunista. Desde 1987 esteve no Roda Viva, programa da TV Cultura, ilustrando as entrevistas. Formado em Arquitetura pela FAU – USP, não seguiu carreira e começou como chargista no Diário Popular em 1960. A partir daí passou por diversos veículos de comunicação como O Pasquim, revistas Careta, Senhor e Istoé. Entre os diversos livros publicados, destaca-se As Origens do Capitão Bandeira, 1983, e outros com cenas irônicas que acompanham a história política brasileira, Ecos do Ipiranga (1984) e Bar Brasil na Nova República (1986). Além disso escreveu também São Paulo por Paulo Caruso – Um Olhar Bem-Humorado sobre Esta Cidade (2004), em homenagem aos 450 anos da metrópole. Paulo Caruso recebeu vários prêmios, como o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA, em 1994. Por sua habilidade para a sátira e para a caricatura, aliada à numerosa produção, sua obra é mais conhecida do país. O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de Caruso e disse que ele foi um grande desenhista e cronista político, com uma criatividade inesgotável, que retratou com talento e consciência o dia a dia que constrói nossa história recente. “O seu traço veloz e seu humor já são parte da memória nacional. Contribuiu com seu talento na luta pela democracia e por um país com direito à liberdade de expressão. Meus sentimentos ao seu irmão, Chico, aos seus familiares, amigos e admiradores’, disse Lula em nota. Não há informações sobre o velório e sepultamento. Fonte
Morre o jornalista Marcio Guedes aos 76 anos
O comentarista esportivo Marcio Guedes morreu na noite desta sexta-feira (3), aos 75 anos, no Rio de Janeiro. Ele vinha enfrentando os sintomas de uma hepatite C, mas ainda não há informações confirmadas sobre a causa da morte. Em cinco décadas de carreira, o jornalista passou pelas redações do Jornal do Brasil, Correio da Manhã, Jornal da Tarde/ Estado de São Paulo. Foi colunista e comentarista no jornal O Dia, na Band, na TV Manchete, na TV Globo, na Record, na ESPN e desde 2001 trabalhava na TV Brasil. Atualmente Marcio Guedes fazia comentários para os programas esportivos da Rádio Nacional (Bate Bola Nacional e No Mundo da Bola) e da TV Brasil (Stadium e No Mundo da Bola), da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Marcio Guedes recebeu dois prêmios Esso de Jornalismo no exercício da profissão. O primeiro no Correio da Manhã pela série de matérias “Futebol em três tempos”, sobre a ascensão, glória e decadência de craques de futebol. A segunda no Jornal da Tarde/ Estado de São Paulo pela matéria “Assim se fez o craque: Zico”. Ainda não há informações sobre o velório do jornalista. * Texto atualizado às 10h35 para correção da idade do jornalista. Márcio Guedes tinha 75 anos, e completaria 76 em abril. Fonte