Flávio Dino vai anunciar recursos para sistema prisional do RN
O ministro da Justiça, Flávio Dino, desembarcou, na noite deste domingo (19), em Natal, capital do Rio Grande do Norte, estado que enfrenta uma crise na segurança pública desde a última terça-feira (14). Na chegada, o ministro disse que, além de analisar medidas ainda necessárias para contenção dos ataques violentos, vai discutir, durante a visita, investimentos estruturantes no sistema penitenciário. Dino reúne-se ainda hoje com a governadora Fátima Bezerra e amanhã apresentará um prognóstico da crise, além do montante a ser investido. “Posso afirmar que o cronograma é imediato, não são recursos que dependam da votação de leis ou de previsão orçamentária. São recursos que o Ministério da Justiça dispõe, tanto na área de segurança pública, quanto na área penitenciária e, neste momento, o Rio Grande do Norte é uma prioridade nacional. Isso será anunciado amanhã, e o cronograma dependerá dessa parceria com o governo do estado”, acrescentou. Ao menos 252 ataques foram feitos contra a população, prédios públicos, comércios e veículos desde a última terça-feira (14), segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social do RN nesse sábado (18). Para autoridades estaduais, os atos são uma retaliação do crime organizado a ações repressivas do governo, que resultaram em prisões nas últimas semanas. O ministro da Justiça destacou que, até este momento, foram enviados cerca de 700 policiais das várias forças federais, o que representa um investimento de mais de R$ 5,3 milhões. “Quem comanda a Segurança Pública no Rio Grande do Norte é a governadora. E isso nós respeitamos em todos os estados do país, independentemente da posição política do governador ou da governadora, portanto, nós estamos aqui solidários e reafirmando a confiança na autoridade da governadora e do sistema estadual de Segurança Pública.” Garantia da Lei e da Ordem Dino afirmou ainda que o uso do mecanismo da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que inclui a convocação das Forças Armadas, não está sendo considerado neste momento, sobretudo, pela redução dos indicadores da crise. “Se for necessário GLO, quem vai pedir é a governadora [Fátima Bezerra] e claro que nós vamos atender, se for necessário. Ou seja, não há uma posição ideológica, nem no sentido de fazer amanhã, nem no sentido de rejeitar. Isso é uma decisão técnica”, declarou à imprensa. Ele acrescentou que a decisão é definida exclusivamente por indicadores. “Os indicadores nesta noite de domingo justificam uma GLO? Não”, afirmou. Nessa sexta-feira (17), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), enviou pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uso das Forças Armadas no Rio Grande do Norte. Ele atendeu solicitação feita pelo senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que pede o emprego das Forças Armadas com base no Artigo 142 da Constituição. O artigo prevê operações da Garantia da Lei e da Ordem. A autorização para acionar as Forças Armadas é competência da Presidência da República. “Na gestão de uma crise, você não pode ter posição dogmática, posição rígida. Você adequa o seu planejamento à necessidade. O Artigo 144 da Constituição Federal define o que é a segurança pública do Brasil, e isso não inclui as Forças Armadas. As Forças Armadas são uma espécie de remédio extremo quando o sistema de segurança pública federal e estadual entra em colapso absoluto, o que não é a situação que nós temos aqui no Rio Grande do Norte”, avaliou. Fonte
Lula relança Mais Médicos nesta segunda-feira
Com a promessa de dar prioridade para brasileiros e com atuação de outros profissionais da área de saúde como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais nas equipes, o Ministério da Saúde vai retomar o antigo programa Mais Médicos. Rebatizado de Mais Saúde para o Brasil, o programa será lançado na próxima segunda-feira (20), no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Além de ampliar o número de profissionais na saúde, [o programa] vai trabalhar para melhorar o SUS com investimentos para construção e reformas de Unidades Básicas, ampliando o atendimento no Brasil”, comemorou pelo Twitter o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, neste sábado (18). O Mais Médicos está de volta! Na próxima segunda ocorre o lançamento do programa, que além de ampliar o número de profissionais na saúde, vai trabalhar para melhorar o SUS com investimentos para construção e reformas de Unidades Básicas, ampliando o atendimento no Brasil. — Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) March 18, 2023 Na mesma publicação, Pimenta lembrou que o programa, criado pela então presidente Dilma Rousseff, “chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios, contratou mais de 18 mil profissionais e beneficiou 63 milhões de brasileiros. “O desmonte do programa, nos últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS”, acrescentou. No novo formato, a expectativa é que sejam anunciados incentivos de permanência dos profissionais nos municípios. Fonte
Covid-19: vacina bivalente está disponível para públicos prioritários
A partir desta segunda-feira (21), todos os grupos prioritários já podem ser vacinados com a vacina bivalente contra a covid-19. Segundo orientação repassada na sexta-feira (17) pelo Ministério da Saúde, os estados e municípios devem começar a chamar as pessoas para se vacinar com a dose complementar. O imunizante bivalente da Pfizer começou a ser aplicado no fim de fevereiro, dentro do Movimento Nacional pela Vacinação, lançado no último dia 27, nos idosos com mais de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. De acordo com avaliações locais, a vacinação poderia avançar para os outros públicos prioritários, desde que os primeiros tivessem atingido uma boa cobertura. Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, foram aplicadas mais de 4,1 milhões de doses de reforço com a vacina bivalente, disponível apenas para quem completou o ciclo básico com duas doses e recebeu os dois reforços iniciais há pelo menos 4 meses. As vacinas bivalentes da Pfizer oferecem proteção contra a variante original do vírus causador da covid-19 e contra as cepas que surgiram posteriormente, incluindo a Ômicron, variante de preocupação no momento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já atestou a segurança das doses disponíveis no Brasil. Público prioritário Podem se vacinar contra a covid-19 com a quinta dose bivalente os idosos de 60 anos ou mais de idade, população privada de liberdade, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade, gestantes e puérperas e trabalhadores da saúde. A vacina também está disponível para adolescentes e adultos a partir dos 12 anos dentro dos grupos prioritários: pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores; pessoas imunocomprometidas; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; e pessoas com deficiência permanente. O Ministério da Saúde reforça a necessidade de vacinação para proteger contra as formas graves da covid-19, que matou quase 700 mil pessoas no Brasil desde o início da pandemia, em 2020. Fonte
Comércio Exterior fixa taxa para importação de pneu de carga e resina
A volta da tarifa de 16% para importação de pneus de carga deve ser publicada até terça-feira (21) no Diário Oficial da União. A decisão foi tomada na última semana pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), em sua primeira reunião no novo governo. De acordo com o órgão, a decisão revoga a resolução Gecex nº 148, de 20 de janeiro de 2021, norma que havia zerado a tarifa para a importação de cinco modelos de pneus de carga. O órgão destaca, em nota, que a medida incentiva a fabricação nacional dos produtos. “A medida é uma boa notícia para os fabricantes de pneus nacionais, que vinham enfrentando queda na produção causada pelo aumento de importados e, com os estoques cheios, ameaçavam paralisar a produção e realizar demissões. Com o fim da isenção tributária aos pneus de carga importados, a indústria já sinalizou com o recuo em seus planos de demissão”, diz a nota. Resinas plásticas Em outra medida, o Gesex decidiu recompor as alíquotas de importação de quatro resinas plásticas, elevando as tarifas de importação para 11,2% com a retirado dos produtos da Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul (Letec). A redução das taxas de importação haviam sido impostas por resoluções publicadas em julho e agosto do ano passado para os copolímeros de etileno, copolímeros de propileno, PVC obtido por processo de suspensão e Politereftalato de etileno, o PET. “A imposição das reduções das alíquotas teve consequências danosas para o setor químico brasileiro, com o aumento das importações e queda de preço de venda das resinas nacionais. O segmento já havia registrado paralisação em, pelo menos, uma linha de produção de resina PET, em Pernambuco”, afirmou o Gecex. A íntegra das deliberações da reunião da Camex está disponível no site da Camex. Fonte
Com pódio 100% mineiro, Cruzeiro conquista sul-americano de vôlei
O Sada Cruzeiro conquistou, pela nona vez, o título sul-americano de vôlei masculino. Neste domingo (19), a equipe celeste superou o Itambé Minas Tênis Clube por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 25/19, 23/25 e 25/17, no Ginásio General Mário Brum Negreiros, em Araguari (MG), cidade que recebeu a competição. A vitória assegurou à Raposa uma vaga no próximo Mundial de Clubes da modalidade. A decisão repetiu a de 2022, também vencida pelo Cruzeiro, que é o maior campeão sul-Americano. Na ocasião, a Raposa bateu o Minas por 3 a 0, no Ginásio Poliesportivo do Riacho, em Contagem (MG). Neste ano, os cruzeirenses já haviam conquistado a Copa Brasil, ao derrotarem o Farma Conde Vôlei, de São José dos Campos (SP), na final, por 3 a 0, na Arena Jaraguá, em Jaraguá do Sul (SC). Antes de encarar o Minas na final, o Cruzeiro passou por Bohemios (Uruguai) e Policial Vóley (Argentina), na primeira fase, ganhando de ambos por 3 sets a 0. Nas semifinais, a Raposa derrotou o anfitrião Araguari, também sem ceder sets. Os vice-campeões, por sua vez, derrotaram UPCN (Argentina) e Murano (Chile) por 3 a 0, na etapa de grupos, e se classificaram à decisão ao fazerem 3 a 1 no Ciudad Vóley (Argentina). A conquista reforça o bom momento do Cruzeiro, que lidera a primeira fase da Superliga Masculina, com 18 vitórias em 21 jogos. Curiosamente, duas das três derrotas foram justamente para o Minas – ambas por 3 a 1. O time minastenista, segundo colocado da Superliga, buscava seu terceiro título sul-americano, o primeiro desde 1985, mas acabou amargando o quinto vice-campeonato. O pódio do Sul-Americano acabou 100% formado por times de Minas Gerais. No duelo pelo terceiro lugar, o Araguari bateu o Ciudad Vóley por 3 sets a 2, com parciais de 25/22, 20/25, 25/16, 18/25 e 15/13. Foi a primeira participação do clube do interior, que disputou o evento como convidado. A equipe ocupa o nono lugar na Superliga e tenta classificação às quartas de final. Fonte
Web Summit Rio deve injetar R$ 1,2 bilhão na economia carioca
O Rio de Janeiro receberá pela primeira vez, em maio próximo, o Web Summit, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, que deve injetar na economia carioca cerca de R$ 1,2 bilhão, nos próximos seis anos. A estimativa é de relatório elaborado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, em parceria com a agência de promoção e atração de investimentos da prefeitura (InvestRio). O 1º Web Summit Rio será realizado entre os dias 1º e 4 de maio, no Riocentro. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, Chicão Bulhões, destacou que o evento significa a volta da cidade aos palcos globais importantes, em especial para temas econômicos, como inovação e tecnologia, que estão presentes no dia a dia de todos os cidadãos. “Quanto mais a gente transforma conhecimento, que o Rio tem de sobra, com universidades e pessoas empreendendo, mais o Rio vai prosperar com sustentabilidade”. Bulhões disse que o papel do governo municipal é dar igualdade de oportunidades, para que mais pessoas sejam alcançadas por essa agenda, que promete ser transformadora para a cidade, fazendo dela a capital da tecnologia e inovação da América Latina. O secretário disse que o legado esperado do evento é sempre de médio e longo prazo. “É um caminho estruturado que se inicia e que o Rio se reposiciona para ser o grande centro das discussões de economia verde e de inovação e tecnologia”. Segundo Bulhões, o evento tem a ver com o perfil da cidade e do carioca, com as novas relações de trabalho estabelecidas no período pós-pandemia da covid-19. “Estamos muito confiantes que o legado do evento, somado a ações promovidas pela prefeitura, será o reconhecimento do Rio como um grande centro de discussões e de evolução de novas soluções para os eventos climáticos, de segurança pública, de desafios de desigualdades, de mercado de criptomoedas.” Potencialidade O relatório Potenciais Impactos Econômicos do Web Summit Rio estima que as seis edições que ocorrem no Rio de Janeiro, até 2028, têm potencial de atrair mais de 800 mil pessoas, sendo 15 mil por dia somente em 2023. Além disso, vai fortalecer o turismo no mês de maio, arrecadando quase R$ 100 milhões por ano com o Imposto sobre Serviços (ISS) do turismo. Com outras iniciativas da prefeitura que envolvem inovação e tecnologia, a arrecadação do imposto no município deve aumentar em até R$ 1 bilhão nos próximos seis anos. Em relação ao impacto direto na economia, durante o período de permanência dos turistas (estrangeiros e nacionais) no Rio, e dos gastos dos cariocas, a projeção é de entrada de R$ 66,9 milhões em 2023, considerando a permanência média dos turistas estrangeiros de 6 a 8 dias, de turistas nacionais de 5,8 dias e três dias de gastos dos moradores da cidade. Em 2028, o impacto deve alcançar R$ 312,4 milhões. De acordo com o estudo, os turistas brasileiros deverão movimentar a economia com R$ 595,2 milhões, correspondendo a 50,3% do impacto total. Em seguida, vêm os turistas estrangeiros, com impacto de R$ 425 milhões (35,9%) e, por fim, os cariocas e profissionais que vão trabalhar no evento, com praticamente o mesmo peso (R$ 162,3 milhões, ou 13,7%). A hotelaria será o setor mais beneficiado, com estimativa de impacto de R$ 34,6 milhões na primeira edição do Web Summit Rio, este ano, até chegar a R$ 161,3 milhões, em 2028, o que equivale a quase 50% dos gastos, estimados em R$ 610,6 milhões. O segundo setor a ser beneficiado é o de alimentação, incluindo bares e restaurantes, com impacto direto de R$ 13,2 milhões este ano, atingindo R$ 61,8 milhões na sexta edição, em 2028, ou o correspondente a R$ 234,1 milhões nas seis edições, com peso de 19,8% do total. Arrecadação O presidente da Invest.Rio, Alexandre Vermeulen, afirmou que a vinda do Web Summit para o Rio de Janeiro permitirá reunir todo o networking (rede de pessoas conectadas por interesses profissionais) e a comunidade de inovação em um único lugar. “Isso é fundamental, porque todo mundo junto consegue unir as forças, dialogar. Assim, conseguimos realmente realizar uma inovação aberta, com muita criatividade, tecnologia, resultando na inovação que o Web Summit proporciona”, afirmou Vermeulen. O mês de maio é, tradicionalmente, o terceiro com menor movimento em todo o ano, em termos de arrecadação do imposto de turismo (7,9%). Com o Web Summit Rio, a expectativa é que o evento provoque um impacto adicional de 20% na economia do turismo carioca, chegando a R$ 97 milhões em seis anos. A arrecadação do imposto de tecnologia, definido como de serviços de informática e congêneres, tem importante peso na arrecadação municipal, representando em torno de 9% do total. Considerando as seis edições do Web Summit Rio e todos os projetos de inovação que a prefeitura vem desenvolvendo, a expectativa é alavancar em cerca de R$ 973 milhões, o que elevará para R$ 3,6 bilhões a arrecadação do setor. Fonte
Caravana Embrapa divulga uso de fertilizante na Região Sudeste
A Região Sudeste recebe nos dias 21, 22, 23 deste mês a Caravana Embrapa Fertbrasil, que vai divulgar, nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, a importância do manejo sustentável dos solos para o uso adequado de fertilizantes, visando a boa produtividade das lavouras. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site. Segundo informação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Rede Fertbrasil, os participantes receberão informações sobre planejamento agrícola, boas práticas para uso eficiente de fertilizantes, novas tecnologias para suprimento de nutrientes às plantas, utilização de ferramentas digitais e sistemas de informação, e tecnologias e prática de manejo para sustentabilidade agroambiental. Atividades As atividades acontecerão sempre no período da manhã, das 8h às 12h30. No estado do Rio de Janeiro, os eventos serão realizados em Nova Friburgo, no Espaço da Moda da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), no dia 21 e, em Campos dos Goytacazes, no dia 22, no auditório do Sindicato Rural de Campos. A Caravana encerra as atividades na Região Sudeste na quinta-feira (23), no município de Venda Nova do Imigrante (ES), no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Se o interesse for específico para um dos eventos, as inscrições podem ser feitas nos endereços, em Nova Friburgo; Campos dos Goytacazes; e em Venda Nova do Imigrante. Caravana A Caravana Embrapa Fertbrasil já passou por 31 cidades em nove estados brasileiros, tendo iniciado sua caminhada em 2022. Este ano, continuará percorrendo as principais regiões agrícolas do país para levar informações e conscientizar os técnicos e produtores sobre o manejo adequado das culturas. O objetivo é potencializar a eficiência econômica e agronômica dos fertilizantes e insumos, itens que contribuem para elevado custo de produção das culturas, segundo a Embrapa. Fonte
Rio de Janeiro vai investir R$ 5,5 milhões em 110 projetos literários
A Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro abre nesta segunda-feira (20) as inscrições para o edital Literatura Resiste RJ. A chamada pública vai investir R$ 5,5 milhões no financiamento de até 110 projetos literários de fomento à cadeia literária do estado. As inscrições começam às 18h de na segunda e se estendem até as 18h do dia 10 de abril, pelo site da Secretaria de Cultura. O edital vai premiar propostas em três categorias e cada projeto será premiado com R$ 50 mil. A primeira categoria premiará 50 projetos com foco na continuidade de projetos literários, como contação de histórias, oficinas, concursos literários, saraus, publicação de livros em coleções literárias existentes, entre outros. “Se você tem um projeto de continuidade, não importa a linguagem, pode ser projeto literário teatral, audiovisual, sonoro ou textual, a gente quer te ajudar a continuar fazendo”, explica o superintendente de Leitura e Conhecimento da Secretaria Estadual de Cultura, Yke Leon. Já a segunda categoria vai incentivar 20 projetos de criação de feiras literárias. “Tem muita gente aqui no Rio que fala ‘meu sonho é ter um festival literário aqui na minha cidade, uma festa literária aqui na minha comunidade’. A gente quer que você realize esse sonho e faça esse festival”, afirma Leon. Por fim, a terceira categoria será voltada para estimular 40 projetos de manutenção de bibliotecas comunitárias. “As bibliotecas comunitárias são um importantíssimo braço. Sobretudo nos lugares onde o Estado não dá conta de chegar, a biblioteca comunitária está lá, dialogando com 300, 400, 500 crianças, jovens e adultos”. Fonte
Covid-19: SP vacina gestantes e puérperas com bivalente da Pfizer
A partir desta segunda-feira (20), começam a ser vacinadas contra covid-19 grávidas e puérperas, na cidade de São Paulo. A prefeitura estima que 130 mil mulheres recebam a vacina bivalente da fabricante norte-americana Pfizer. As vacinas bivalentes da Pfizer oferecem proteção contra a variante original do vírus causador da covid-19 e contra as cepas que surgiram posteriormente. A vacinação é feita, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19, nas unidades básicas de saúde (UBS) e nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMA). Aos sábados, as AMAs/UBSs Integradas também disponibilizam a imunização no mesmo horário. A vacina também continua disponível para pessoas com mais de 60 anos de idade, imunossuprimidos maiores de 12 anos, indígenas e residentes em instituições de longa permanência. A imunização é destinada àqueles que já completaram o esquema básico de vacinação contra a covid-19 ou incluindo quem já recebeu uma ou duas doses de reforço. O intervalo entre a dose mais recente deve ser de quatro meses. Os endereços dos pontos de vacinação estão disponíveis na página da Secretaria Municipal de Saúde. Fonte
Dia do Artesão: trabalhadores contam como está retomada pós-pandemia
O universo das manualidades foi um dos setores prejudicado pelas restrições impostas pela pandemia de covid-19. Mas, este ano, no Dia do Artesão, lembrado neste 19 de março, esses profissionais podem celebrar a retomada crescente do setor, avaliam as artesãs ouvidas pela Agência Brasil. “As pessoas estão comprando um pouco menos de antes da pandemia, porém mais do que estavam comprando no ano passado, mas entendemos que o momento financeiro não é o mesmo. Percebemos que o setor não perdeu o encantamento. Sabemos que o artesanato não é um item de primeira necessidade, a gente sempre teve essa realidade. Então, como profissionais, reinventamos nosso produto para que as pessoas falem: não é o que preciso, mas é um produto que me encanta, então eu quero ter esse produto!”, afirma a artesã Edna de Souza Machado Simão, de 52 anos, que também é professora de artesanato e educadora popular. Ela vê as feiras como os melhores locais para vender os produtos. “Ficamos muito tempo fazendo feiras online, mas nós, artesãos, gostamos de falar do produto para as pessoas e a pandemia tirou isso da gente, as feiras pela internet não são a mesma coisa de mostrar um produto, a pessoa poder tocá-lo, a gente falar do processo criativo, do material que usou, o online não é a mesma sensação, nas feiras, a pessoa está sentindo o produto”. Edna faz parte do Tendarte, um empreendimento coletivo de mulheres da economia solidária que produz brinquedos lúdicos e educativos em tecido. Ela conta com duas sócias: Daniela Maria Feliciano da Silva e a Maurisa Di Petta. As artesãs Edna e Maurisa dizeram que o trabalho diminuiu durante a pandemia – Agência Brasil /Arquivo pessoal Maurisa diz que na pandemia o trabalho diminuiu bastante. “Fiquei até um pouco desanimada, agora me animei e estou sentindo crescendo mais com os eventos que vem surgindo”, comemora a artesã, de 58 anos, que está no ramo desde 2002. Ela diz que a renda obtida com os produtos vendidos não compõe a renda familiar. “Mas é um momento de me ver crescer, saber que posso realizar tudo quiser, além de colocar uma disciplina familiar e mostrar que ser mulher e mãe não é só ser dona de casa”. Trabalho e renda Edna afirma que o empreendimento não gera uma renda fixa, depende muito dos eventos marcados durante o mês. “A nossa casa é sustentada com a renda de outras pessoas da família. Mas, a Tendarte é sustentada do que a gente faz, tem que ser pelo que a gente produz. Agora está melhorando um pouco mais, a associação tem uma parceria com um shopping, em Osasco, onde nos cederam algumas lojas. Então vivemos pegando todas essas oportunidades para, no final, ter uma renda que a gente consiga pagar os custos da empresa, mas que a gente consiga também renda”, explicou a artesã, que ainda é vice-presidente da Associação de Trabalhadores em Domicílio da Economia Solidária de Osasco. “Trabalhador em domicílio é aquele que produz em casa ou próximo de casa, o que gera renda para família, ou seja é todo artesão, já que é difícil artesão ter um ateliê fora de casa, geralmente é um quartinho, o pessoal que é da gastronomia, alguns usam a própria cozinha, ou às vezes é a mesa da sala que é o ateliê que a pessoa usa para desenvolver seu produto”, explicou. A cozinheira artesanal Edileuza Guimarães, de 42 anos, também de Osasco, é uma dessas trabalhadoras que usa a cozinha da própria casa e também a da Associação de Mulheres da Economia Solidária e Feminista (Amesol) para produzir comida artesanal. Dinha sentiu a queda da renda no período da pandemia – Arquivo Pessoal – Agência Brasil “Tudo que eu faço são com as minhas mãos, produzo comidas para quem tem algum tipo de restrição alimentar, comidas especiais e veganas. Assim como as tradicionais também, mas gosto muito mais desse tipo de comida [especial], para quem já não pode comer fora de casa. A gente trata com carinho quando a pessoa com restrição comparece nas feiras e tem um tipo de comida que ela pode comprar, comer tranquilamente e de uma forma artesanal.” Mais conhecida como Dinha, ela conta que sentiu a queda da renda durante a pandemia. “Com as feiras, consigo ganhar muito mais que o meu marido, que é assalariado. Mas, como meu trabalho é estar com as pessoas, sofri muito com isso, faz toda a diferença quando se mostra o produto. Na comercialização online, a pessoa não está sentindo a transmissão de amor que se tem quando se dedica a preparar aquele alimento, além disso, as pessoas começam a comparar o seu produto com outros que são feitos em grande escala, que acabam sendo até um pouco mais baratos. Foi um momento de muita angústia porque quando se trabalha por conta própria, a gente depende de produzir e vender”, contou Dinha, que se dedica a cozinhar há 17 anos. Ela continua a comercialização pelo celular e pelo canal no Instagram. “Mas as feiras são as melhores fontes para gente gerar renda.” A recuperação, no entanto, está vindo devagar, ela afirma. “Está sendo lenta e gradual. É um trabalho de conscientização de toda uma comunidade, sobre a importância daquela feira acontecer”. Na visão da cozinheira, depois da pandemia, as pessoas estão migrando para trabalhar como autônomas. “Entrando para o movimento de geração de renda, como nós da economia solidária, gerando renda coletivamente, que é o futuro. Nosso trabalho é importante para recuperar uma galera que na pandemia se viu perdida, que perderam seus empregos formais e se juntaram a nós. A recuperação está sendo um pouco difícil, porém não impossível”. Apoio A reportagem da Agência Brasil conversou com Maria Fernanda Marcelino, integrante da Sempreviva Organização Feminista (SOF) e da Amesol, da qual Dinha também faz parte. “Essas mulheres, artesãs, não tinham um fluxo de caixa que desse para segurar. Na Amesol fizemos campanha pela internet para arrecadar recursos para essas mulheres que deixaram de fazer feiras públicas e comercializar seus produtos. E a pandemia demorou muito mais
Júlia Soares leva ouro em tradicional evento de ginástica na Alemanha
A brasileira Júlia Soares conquistou, neste domingo (19), a medalha de ouro no DTB-Pokal, tradicional evento de ginástica artística, realizado em Sttutgart (Alemanha). A paranaense de 17 anos venceu a disputa do solo, com nota 13.300, apresentando-se com uma música do desenho animado Aladdin e acertando as quatro acrobacias que realizou. Julinha teve a mesma pontuação da norte-americana Joscelyn Roberson, mas terminou à frente por ter uma nota de execução (8.000 a 7.700) melhor. O terceiro lugar ficou com a canadense Aurelie Tran (12.833). A brasileira também chegou à final da trave, acabando na quarta posição, com 12.633 pontos. O pódio foi composto pela alemã Jessica Schlegel (13,433), a belga Maellyse Brassart (13.133) e a francesa Léa Franceries (12,733). Entre os homens, Yuri Guimarães foi medalhista de prata no salto. Com média 14.416 após duas tentativas, o brasileiro ficou atrás somente do britânico Harry Hepworth (14.866). O turco Adem Asil, com 13.866, foi o terceiro colocado e completou o pódio. Na decisão do solo, o paulista foi o sexto, com 13.066 pontos. O torneio de Stuttgart serviu como treinamento para o Campeonato Mundial deste ano, entre 30 de setembro e 8 de outubro, em Antuérpia (Bélgica). A competição valerá vagas para a Olimpíada de Paris (França), no ano que vem. A delegação que disputou o DTB-Pokal não contou com os principais nomes do país na ginástica artística, mas foi composta por jovens revelações da modalidade. “É uma competição de início de temporada na qual começamos a preparar os ginastas para os eventos do ano, principalmente eventos em equipe. É uma competição forte, de nível técnico alto, sempre com muitos ginastas que se destacam mundialmente”, afirmou o técnico da seleção, Cristiano Albino, à Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Bronze na ginástica rítmica No sábado (18), a seleção brasileira de conjunto obteve uma inédita medalha de bronze na prova geral da etapa de Atenas (Grécia) da Copa do Mundo de ginástica rítmica – a disputa é que vale medalha na Olimpíada. O país já havia subido ao pódio em edições anteriores do evento, em 2013 e no ano passado, mas nunca no geral. A equipe formada por Giovana Silva, Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pírcio, Sofia Madeira e Victória Borges totalizou 63.850 pontos, com nota 35.000 na apresentação de cinco arcos, na sexta-feira (17), e 28.850 na série mista (duas bolas e três fitas). Foi a primeira vez que uma seleção fora da Europa e da Ásia conquistou uma medalha no geral em uma etapa de Copa do Mundo. A seleção de Israel (65.450 pontos) ficou com o ouro e a da Bulgária (64.700) levou a prata. “Logo depois da nossa apresentação nos arcos, todos os outros times começaram a nos observar. Estão de olho na gente agora. Acho que esta é uma vitória de muitas entidades, de muita gente. Tivemos alguns problemas para formar esta equipe, mas conseguimos superá-los, porque temos 12 ginastas treinando lá em Aracaju”, celebrou a técnica Camila Ferezin, ao site da CBG. Fonte
Exposição em SP celebra Dona Onete, a rainha do carimbó chamegado
“Sonhei ser musa inspiradora de um poeta, de um pintor. Rimas, prosas e versos de um compositor”. Tais palavras foram escritas em 1957 pela então professora paraense Ionete da Silveira Gama. Thiago Padovan/TV Brasil Hoje com 83 anos, a Dona Onete, como ficou conhecida, realizou os desejos que um dia escreveu em poesia: tornou-se inspiração para fãs e artistas da cultura e da música popular brasileiras. Para celebrar a trajetória da cantora e compositora, o Itaú Cultural inaugurou a Ocupação Dona Onete, que fica em cartaz até 18 de junho. O manuscrito que abre esta matéria, além de ter virado a música Sonho de adolescente, do álbum Banzeiro, de 2016, está entre os mais de 120 itens que compõem a mostra. Dividida em quatro eixos temáticos, a exposição traz fotos, vídeos, músicas e manuscritos, originais e inéditos, além de depoimentos da artista, de seus amigos, familiares e parceiros musicais. Para a curadora Andreia Schinasi, a exposição busca estar à altura das várias vertentes do trabalho da artista. “Dona Onete é muito singular, foi um desafio pensar como traduzi-la nesse espaço de 100 m². A Dona Onete é sonoridade, é território, poesia, é muito além da música”, enfatiza. Sobre o percurso proposto para a ocupação, Andreia explica que “a gente entra pelo território, para trazer toda a vertente desde o nascimento até o momento em que ela vai parar em Belém. Faz um mergulho profundo no Pará, depois versa sobre encantarias, religiosidades, uma coisa que é muito forte para ela, a contação de histórias, das lendas. E depois faz a brincadeira de um grande palco que é a consagração dela, e faz esse mergulho na obra e na sonoridade também, não só dela, mas também do Pará”, explica. Quando questionada sobre o que acha de uma exposição sobre si mesma, Dona Onete repensa sua trajetória. “Eu estou muito feliz. Quando eu soube que o Itaú estava interessado na minha história, eu até pensei que eu não tinha história, mas eles acharam tanta coisa e foi fluindo, e hoje em dia eu acho que tenho muita história pra contar”. Militância e música Dona Onete nasceu em 18 de março de 1939, em Cachoeira do Arari, município da Ilha de Marajó, interior do estado do Pará. Mais tarde, mudou-se para Igarapé-Miri, município do Baixo Tocantins conhecido como a “capital mundial do açaí”. Foi lá que se tornou professora de história e estudos paraenses. A partir dos ensinamentos do educador Paulo Freire, militou em movimentos sindicais por melhores condições de ensino para estudantes e de trabalho para professores. Atuou também como secretária de Cultura, com foco em grupos ligados à cultura popular. Ainda em Igarapé-Miri, criou, em 1989, o grupo folclórico Canarana, no qual estreou com 12 canções autorais. Em meados de 1990, atuou no Coletivo Rádio Cipó. Foi somente com a aposentadoria, aos 62 anos, e já morando em Belém, capital paraense, que Dona Onete conseguiu se dedicar inteiramente à música. Foi a partir daí que Ionete se tornou Dona Onete e ficou conhecida como “Rainha do Carimbó Chamegado”. O reconhecimento maior veio quando a artista participou do Festival Terruá Pará, que reúne diversos ritmos e manifestações culturais do estado, e foi convidada para participar do filme Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, protagonizado pela atriz Camila Pitanga. Sobre as mudanças que ocorreram em sua vida após a aposentadoria, Dona Onete diz que, apesar do sonho de ser cantora, não podia deixar o trabalho de lado. “Nessa luta minha da CUT [Central Única de Trabalhadores], de tudo, já diziam que eu era [cantora], mas eu dizia: ‘Eu não posso largar o meu emprego por uma coisa que eu não sei o que vai acontecer. Deixa eu me aposentar’. ‘Ah, mas quando tu te aposentar já vais estar velha’. Mas não interessa. Eu vou pelo menos escrever alguma coisa. Mas eu me aposentei e ainda passei uns três anos dando música para outras pessoas gravarem. De repente, que você já conhece a história, fui dar uma canja num carimbó, já entrei numa banda de rock e dessa banda de rock já fui pro filme da Camila Pitanga, cantar no filme de lá, de Santarém”, explica. A partir daí, Dona Onete passou a se apresentar em outros estados brasileiros e, também, em festivais internacionais, como o Festival Womex, na Finlândia, o Muziekpublique, em Bruxelas, além dos shows na Inglaterra, Alemanha, Portugal, entre outros países. Com quatro álbuns solo e muitas lendas e histórias para contar, Dona Onete é hoje uma das maiores difusoras da cultura paraense no Brasil e no exterior. Quando questionada sobre qual Dona Onete ela gosta de mostrar ao público, a cantora diz que se vê como “uma cabocla paraense”. “Trouxe como objetivo, depois de me aposentar como professora, ter uma oportunidade de falar sobre o nosso interior, sobre as nossas coisas paraenses, coisas de lá que muita gente deixava de lado, passava por cima, pisava e não sabia que era cultura. E eu achei a cultura e trouxe: virou flor, hoje em dia está florido tudo”, brinca. Carimbó Chamegado O carimbó, expressão cultural do Norte do país, surgiu no Pará por volta do século 17, a partir das danças e costumes indígenas. O nome vem do instrumento musical “curimbó”, tambor utilizado em manifestações artísticas e religiosas. Thiago Padovan/TV Brasil Para Dona Onete, o ritmo, em consonância com a dança, faz do carimbó um “chamego”, uma forma de envolver as pessoas. “O carimbó é uma saia também em movimento, vai em cima, vai embaixo, suspende a saia, dá um nó assim. Porque é uma dança muito faceira. O homem vem, eu comparo o balanço de uma roseira com uma flor e um beija flor querendo. Vai, chega lá e volta! Assim que é a dança do carimbó: o balanço da roseira e um beija flor querendo, porque você vai aqui, vai ali, cercando, é um tipo de proteção. É muito bonito”, diz emocionada. Algumas de suas músicas refletem bem esse jeito chamegado de cantar o carimbó. Um de
Flávio Dino vai ao RN acompanhar ações da Força Nacional
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, viaja neste domingo (19) a Natal, no Rio Grande do Norte, para acompanhar as ações da Força Nacional no combate aos atentados criminosos no estado. Ao menos 252 ataques foram feitos contra a população, prédios públicos, comércios e veículos desde a última terça-feira (14), segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social do RN neste sábado (18). Para autoridades estaduais, os atos são uma retaliação do crime organizado a ações repressivas do governo, que resultaram em prisões nas últimas semanas. O governo federal já determinou o envio de mais de 600 agentes da Força Nacional e de forças federais, em apoio a tropas policiais do estado. Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a ida de Dino para amanhã (20), mas a assessoria do ministro confirmou que ele viaja ao RN ainda neste domingo. “Desde terça-feira, por meio do Ministério da Justiça, estamos acompanhando e auxiliando o governo do Rio Grande do Norte no combate aos atentados criminosos. Tenho conversado por telefone com a governadora Fátima Bezerra, que tem feito um grande trabalho no enfrentamento dessa crise. Hoje falei com ela e com o ministro Flávio Dino, que também está acompanhando a situação e irá amanhã ao estado, acompanhar o trabalho da Força Nacional. Seguiremos dando todo o apoio para retomar a paz e proteger a democracia no Rio Grande do Norte”, escreveu Lula. Desde a última terça-feira (14), quando houve os primeiros registros de violência, 116 suspeitos foram presos, incluindo 18 presos na Operação Normandia, deflagrada pela Polícia Civil e pela Polícia Federal na sexta-feira (17). O balanço da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social do RN registra ainda 34 armas de fogo apreendidas, além de quatro falsas, 98 artefatos explosivos e 23 galões de gasolina. Há também 12 motos, dois carros, dinheiro, drogas, munições e produtos de furto recuperados. Source link
Web Summit Rio deve injetar R$ 1,2 na economia carioca
O Rio de Janeiro receberá pela primeira vez, em maio próximo, o Web Summit, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, que deve injetar na economia carioca cerca de R$ 1,2 bilhão nos próximos seis anos. A estimativa é de relatório elaborado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, em parceria com a agência de promoção e atração de investimentos da prefeitura (Invest.Rio). O 1º Web Summit Rio será realizado entre os dias 1º e 4 de maio, no Riocentro. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, Chicão Bulhões, destacou que o evento significa a volta da cidade aos palcos globais importantes, em especial para temas econômicos, como inovação e tecnologia, que estão presentes no dia a dia de todos os cidadãos. “Quanto mais a gente transforma conhecimento, que o Rio tem de sobra, com universidades e pessoas empreendendo, mais o Rio vai prosperar com sustentabilidade”. Bulhões disse que o papel do governo municipal é dar igualdade de oportunidades, para que mais pessoas sejam alcançadas por essa agenda, que promete ser transformadora para a cidade, fazendo dela a capital da tecnologia e inovação da América Latina. O secretário disse que o legado esperado do evento é sempre de médio e longo prazo. “É um caminho estruturado que se inicia e que o Rio se reposiciona para ser o grande centro das discussões de economia verde e de inovação e tecnologia”. Segundo Bulhões, o evento tem a ver com o perfil da cidade e do carioca, com as novas relações de trabalho estabelecidas no período pós-pandemia da covid-19. “Estamos muito confiantes que o legado do evento, somado a ações promovidas pela prefeitura, será o reconhecimento do Rio como um grande centro de discussões e de evolução de novas soluções para os eventos climáticos, de segurança pública, de desafios de desigualdades, de mercado de criptomoedas.” Potencialidade O relatório Potenciais Impactos Econômicos do Web Summit Rio estima que as seis edições que ocorrem no Rio de Janeiro, até 2028, têm potencial de atrair mais de 800 mil pessoas, sendo 15 mil por dia somente em 2023. Além disso, vai fortalecer o turismo no mês de maio, arrecadando quase R$ 100 milhões por ano com o Imposto sobre Serviços (ISS) do turismo. Com outras iniciativas da prefeitura que envolvem inovação e tecnologia, a arrecadação do imposto no município deve aumentar em até R$ 1 bilhão nos próximos seis anos. Em relação ao impacto direto na economia, durante o período de permanência dos turistas (estrangeiros e nacionais) no Rio, e dos gastos dos cariocas, a projeção é de entrada de R$ 66,9 milhões em 2023, considerando a permanência média dos turistas estrangeiros de 6 a 8 dias, de turistas nacionais de 5,8 dias e três dias de gastos dos moradores da cidade. Em 2028, o impacto deve alcançar R$ 312,4 milhões. De acordo com o estudo, os turistas brasileiros deverão movimentar a economia com R$ 595,2 milhões, correspondendo a 50,3% do impacto total. Em seguida, vêm os turistas estrangeiros, com impacto de R$ 425 milhões (35,9%) e, por fim, os cariocas e profissionais que vão trabalhar no evento, com praticamente o mesmo peso (R$ 162,3 milhões, ou 13,7%). A hotelaria será o setor mais beneficiado, com estimativa de impacto de R$ 34,6 milhões na primeira edição do Web Summit Rio, este ano, até chegar a R$ 161,3 milhões, em 2028, o que equivale a quase 50% dos gastos, estimados em R$ 610,6 milhões. O segundo setor a ser beneficiado é o de alimentação, incluindo bares e restaurantes, com impacto direto de R$ 13,2 milhões este ano, atingindo R$ 61,8 milhões na sexta edição, em 2028, ou o correspondente a R$ 234,1 milhões nas seis edições, com peso de 19,8% do total. Arrecadação O presidente da Invest.Rio, Alexandre Vermeulen, afirmou que a vinda do Web Summit para o Rio de Janeiro permitirá reunir todo o networking (rede de pessoas conectadas por interesses profissionais) e a comunidade de inovação em um único lugar. “Isso é fundamental, porque todo mundo junto consegue unir as forças, dialogar. Assim, conseguimos realmente realizar uma inovação aberta, com muita criatividade, tecnologia, resultando na inovação que o Web Summit proporciona”, afirmou Vermeulen. O mês de maio é, tradicionalmente, o terceiro com menor movimento em todo o ano, em termos de arrecadação do imposto de turismo (7,9%). Com o Web Summit Rio, a expectativa é que o evento provoque um impacto adicional de 20% na economia do turismo carioca, chegando a R$ 97 milhões em seis anos. A arrecadação do imposto de tecnologia, definido como de serviços de informática e congêneres, tem importante peso na arrecadação municipal, representando em torno de 9% do total. Considerando as seis edições do Web Summit Rio e todos os projetos de inovação que a prefeitura vem desenvolvendo, a expectativa é alavancar em cerca de R$ 973 milhões, o que elevará para R$ 3,6 bilhões a arrecadação do setor. Fonte
Lendas e encantarias: cultura paraense expressa na obra de Dona Onete
A cantora e compositora Dona Onete, de 83 anos, é a homenageada da Ocupação Dona Onete, em cartaz no Itaú Cultural, na capital paulista. A exposição, que conta com 120 itens, entre fotos, vídeos, músicas, manuscritos, e depoimentos, fica em cartaz até 18 de março. A Agência Brasil elencou quatro músicas da artista que trazem elementos da história e da cultura do estado do Pará. Culinária, flora, fauna, lendas e encantarias fazem parte do repertório de Dona Onete que, atualmente, é considerada uma das maiores propulsoras da cultura paraense no Brasil e no mundo. Balanço do Açaí Antes de se mudar para Belém, capital do Pará, a cantora morou em Igarapé-Miri, município do Baixo Tocantins, conhecido como a “capital mundial do açaí”. Daí sua forte relação com a planta. No álbum Rebujo, de 2019, Dona Onete traz a canção Balanço do Açaí, em homenagem à palmeira símbolo da região amazônica que produz o fruto arroxeado, popularizado no país. Consumido em forma de pirão, suco ou sorvete, o açaí tornou-se parte fundamental da cultura alimentar brasileira. Além da flora amazônica, a letra também enaltece a fauna brasileira, trazendo pássaros de diferentes regiões do país – o sabiá, a juriti, o rouxinol (como é chamado o corrupião aqui no Brasil, por exemplo), o bem-te-vi, a iraúna e o suí – que fazem uma sinfonia na palmeira do açaí. Na raiz da açaizeira, aparecem também as formigas tucandeira e tracuá, ambas com ferrões que podem causar fortes dores nas vítimas de sua picada. A tucandeira ou watyama, de acordo com o Glossário Lexical da Língua Sateré-Mawé, publicação de Miller Miquiles e Franklin Roosevelt Martins de Castro, é a formiga utilizada em uma das principais celebrações da tribo indígena Sateré-Mawé, que habita a região do médio rio Amazonas. Durante o Ritual da Tucandeira, que marca a passagem do adolescente para a vida adulta, os homens colocam as mãos em uma luva de palha, chamada “sáripe”, infestada de formigas. “O menino passa por um ritual de iniciação da tucandeira, uma passagem da vida adolescência para a vida adulta, para se tornar um grande homem guerreiro, saudável, bom caçador, ser homem forte, sobretudo a ficar imune à várias doenças”, dizem os autores. Já a tracuá, de acordo com o livro Vamos falar acreanês, de Pedro Ranzi, é uma “formiga preta que tem a propriedade de fabricar certa substância que os índios e seringueiros usam para manter aceso o fogo. A picada do tracuá é terrível”. No Meio do Pitiú A música do álbum Banzeiro, de 2016, conta a história do namoro entre uma garça namoradeira e um urubu malandro. O encontro entre os personagens acontece na doca do Mercado Ver-o-Peso, “no meio do pitiú”, expressão que, segundo o Dicionário Michaelis, significa “cheiro forte, como o de peixe”. O urubu, que foi passear pelo arquipélago de Marajó, comeu de tudo, mas vivia numa “tristeza só” por sentir saudade de sua amada, do Ver-o-Peso e da sacanagem, pois é lá no mercado que ele é pop star, fica “bem na foto, na entrevista e na reportagem”. O Ver-o-Peso é um dos mercados mais antigos do país, que conta com feira livre, mercado público e uma pequena zona portuária. De acordo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), trata-se de “um complexo arquitetônico e paisagístico de 25 mil metros quadrados, com uma série de construções históricas”. Foi inaugurado em 1625, no antigo Porto do Pirí, com o nome de Casa de “Haver o Peso” e foi se expandindo com o tempo. Em 1977 foi reconhecido como patrimônio pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Banzeiro Banzeiro, do álbum de mesmo nome, é uma das principais músicas de trabalho de Dona Onete. Regravada pela cantora Daniela Mercury em 2017, para o álbum Tri Eletro, a música viralizou. Banzeiro, de acordo com o Dicionário Caldas Aulete, trata-se de uma “série de ondas formadas pela pororoca ou pela passagem de uma embarcação a vapor e que quebram violentamente na praia ou nas margens do rio”. “Pororoca”, por sua vez, é um “fenômeno que ocorre próximo à foz de rios volumosos, como o Amazonas, e que consiste na formação de grandes ondas, que se deslocam com grande estrondo, destruindo tudo o que encontram em seu caminho”. Na música, Dona Onete convida o público para um banho de chuva, um banho de cheiro, para depois nos jogarmos no banzeiro. A letra traz duas outras expressões que remetem à flora do entorno do rio Amazonas, como a pataqueira e a priprioca. Ambas as ervas, de acordo com o site da Prefeitura de Belém, fazem parte da flora aromática do Ver-o-Peso, que é composta por 78 espécies, sendo 47 nativas e 31 exóticas. A indústria de cosméticos tem se interessado pelo uso de ambas as ervas. Sobre a pataqueira, a Prefeitura de Belém diz que “empresas de cosméticos e fragrâncias têm mostrado grande interesse na comercialização do óleo de ‘pataqueira’, mas, talvez, sua exploração comercial seja dificultada pela incapacidade para manter um sistema de produção nas zonas úmidas da região”. Jamburana Já a Jamburana faz parte do primeiro álbum da artista, Feitiço Cabloco, de 2013. O jambu, de acordo com o site da Prefeitura de Belém, é uma “planta cultivada na região norte do país, onde é utilizada como condimento culinário amazônico, principalmente para preparar o famoso ‘molho de tucupi’. As folhas e flores quando mastigadas dão uma sensação de formigamento nos lábios e na língua devido sua ação anestésica local, sendo por isso usada para dor de dente como anestésico e como estimulante do apetite”. É por isso que, na música de Dona Onete, o jambu “treme, vai descendo, vem subindo”, “chega até o céu da boca” e “a boca fica muito louca”. Na letra, a artista cita diversos pratos típicos da culinária paraense que tem o jambu em seu preparo, como o pato no tucupi, o tacacá, o arroz paraense, a caldeirada no Pará e, até mesmo, o vatapá e o caruru, pratos típicos da