Fábricas de Cultura de SP têm programação no Dia da Síndrome de Down

As fábricas de Cultura de São Paulo têm programação especial para marcar o Dia Internacional da Síndrome de Down – 21 de março. Entre as atividades, há uma exposição itinerante, rodas de conversa e contação de histórias. Com dez telas trabalhadas com pintura e outras técnicas, a exposição Arte para Todos traz obras feitas por jovens com síndrome de Down. A mostra pode ser vista até a próxima quarta-feira (22) na  na Fábrica de Cultura Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital paulista. A partir de quinta-feira (23) até o dia 29 de março, os trabalhos estarão na Fábrica de Cultura Vila Curuçá. A Fábrica de Cultura Itaim Paulista recebe a exposição entre os dias 30 de março e 5 de abril. Ambos equipamentos também ficam na zona leste da capital paulista. Na terça-feira (21), às 10h, a Fábrica de Cultura Sapopemba, zona leste paulistana, fará uma transmissão ao vivo com as mães de aprendizes com síndrome de Down para compartilhar experiências. A conversa vai passar pelas alegrias e desafios de criar uma criança com a síndrome, com o objetivo de trazer informações e reduzir o preconceito que envolve o tema. Também na terça, a Fábrica de Cultura Cidade Tiradentes promoverá uma roda de conversa sobre o assunto às 15h. Na Fábrica de Cultura Vila Curuçá acontece uma atividade semelhante às 15h30, com a participação de Juliana Urquisa, mãe de uma garota com síndrome de Down. O livro  “Quem sou eu?”, da jornalista e roteirista, Mariana Reade, inspira contações de histórias em três Fábricas de Cultura – às 10h na unidade Parque Belém (zona leste paulsitana); às 11h, no  Itaim Paulista; às 15h, em Santos (Baixada Santista). A obra, voltada para o público infantil, apresenta a forma de ver o mundo de uma criança que tem a síndrome. Tudo na terça-feira. Fábrica de Cultura de Santos recebe às 15h, do mesmo dia, a Associação Projeto Tam Tam, que fará uma apresentação musical. A programação foi organizada pelas secretarias estaduais de Cultura e Economia Criativa e dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo. Fonte

Público volta a frequentar salas de cinema em 2022

Após a quase paralisação em 2020, por causa da pandemia de covid-19, e uma retomada tímida em 2021, ainda sob forte impacto da crise sanitária do novo coronavírus, as salas de cinema do Brasil voltaram a receber um público considerável no ano passado. Os dados preliminares do setor, divulgados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), mostram um aumento de 82% no público de 2022, na comparação com o ano anterior, com 95,1 milhão de pessoas. Em renda, o aumento foi de 98,8%, chegando a R$ 1,8 bilhão. Na comparação com 2019, ano referência antes da pandemia, 2022 apresentou queda de 46,5% no público e de 35,4% na renda total. Na evolução do número de salas de exibição, 2022 (3.401 salas) chegou próximo ao patamar de 2019 (3.507 salas). Em 2020, a Ancine registrou 1.860 salas em funcionamento e em 2021 o número saltou para 3.266. A agência destaca que a participação dos filmes brasileiros ficou abaixo da média, com 4,2% do público e 3,9% da renda. Porém, houve melhora na comparação com 2021, quando a participação nacional representou apenas 1,8% da bilheteria. No ano passado, os cinco filmes brasileiros mais vistos no cinema foram Turma da Mônica: Lições, com público de 542,6 mil pessoas, Tô ryca! 2 (515,2 mil), Detetives do Prédio Azul 3 (424,6 mil), Medida Provisória (407,4 mil) e Eduardo e Mônica, que atraiu 389 mil pessoas. De acordo com a Ancine, os números ficaram bastante abaixo do último sucesso nacional de bilheteria, o recordista Minha mãe é uma peça 3, lançado no final de 2019, que em menos de um mês foi visto por 8,6 milhões de espectadores e alcançou bilheteria de R$ 137,8 milhões. O recorde anterior era de Minha Mãe é um Peça 2, de 2016, com público de 9,2 milhões de pessoas e arrecadação de R$ 124,6 milhões. Blockbusters No ano passado, o mercado de cinema foi dominado pelos grandes lançamentos internacionais. Os filmes mais vistos em 2022 foram Doutor Estranho no multiverso da loucura (8,3 milhões de pessoas), Minions 2: a origem de Gru (6,9 milhões), Avatar: o caminho da água (6,7 milhões), Thor: amor e trovão (6,3 milhões) e Batman, que teve público de 5,8 milhões nas salas de cinema. No total, as salas de cinema exibiram 652 longas-metragens no ano passado, sendo 244 brasileiros e 408 estrangeiros. Os lançamentos somaram 385 longas-metragens, com 173 brasileiros e 212 estrangeiros, e sete filmes tiveram lançamento em mais de 2 mil salas, quando em 2021 foram apenas dois. Diante da melhora no cenário geral, a Ancine aponta que a expectativa para 2023 é de aumento da participação de filmes nacionais no mercado, além do crescimento do parque exibidor, trajetória interrompida com a pandemia após dez anos de aumento. Para tanto, a agência destaca as seis chamadas públicas do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) já concluídas, que investe em filmes brasileiros para cinema, além do lançamento de duas novas e a aprovação de um novo plano de ação de investimentos para 2023. Fonte

Acadêmicos do Salgueiro apresenta enredista para o carnaval de 2024

O tipo de trabalho não é novo, mas a função ganhou um status maior na preparação dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, durante o carnaval. A pesquisa de base para o desenvolvimento do enredo, que costuma ser feita por comissão ou por departamento cultual das agremiações, tem agora um profissional específico para a função: o enredista. Ele é o responsável por fazer a sinopse que conta a história do enredo. Pelo menos é assim no Acadêmicos do Salgueiro, primeira escola a divulgar o tema que levará para o Sambódromo da Marques de Sapucaí em 2024. Junto com o anúncio, a escola vermelha e branco da Tijuca apresentou o jornalista Igor Ricardo como seu enredista. Ele terá a responsabilidade de fazer uma extensa pesquisa que vai ajudar o carnavalesco Edson Pereira a desenvolver o enredo Hutukara, que, por meio das tradições da etnia Yanomami, vai fazer uma defesa da Amazônia. “Veio do presidente da escola. Ele já tinha esse desejo. Perguntou o que a gente, eu e o Edson achávamos, ficamos fascinados, porque é uma história muito atual e rica, rica até demais. Aí ele falou ‘se vocês gostaram vamos nessa’, revelou, em entrevista à Agência Brasil. O jornalista disse que, embora não com este nome, a função realmente já existe e não é uma novidade. O próprio Salgueiro tem um departamento cultural que fazia muita dobradinha com os carnavalescos, como foi com Renato Lage, quando ele estava na escola entre 2003 e 2017. Segundo Igor Ricardo, o departamento cultural desenvolvia a pesquisa e escrevia a sinopse, o que coincide com a função do atual enredista, que trabalha junto com o carnavalesco, faz a defesa dos setores e carros alegóricos e escreve o livro abre-alas, que é distribuído aos jurados para facilitar a análise deles para os quesitos que darão as notas durante os desfiles. “Não é teoricamente uma novidade. A novidade é que virou glamour. Um status pelo peso que o quesito enredo tem tido nos últimos anos. Aí se elevou à categoria de enredista. Coisa nova entre aspas que está acontecendo, principalmente para o carnaval de 2024”, afirmou. O currículo do agora enredista já vem desde 2017, quando começou a pesquisar para o enredo da Unidos da Tijuca de 2018, na homenagem ao ator Miguel Falabella. Continuou na azul e amarelo da zona norte no carnaval de 2019. Lá, o trabalho era feito junto com uma comissão.. Em 2020, o enredo Viradouro de Alma Lavada, que levou a escola ao campeonato, teve sua participação, junto com os carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon, na história do Grupo Ganhadeiras de Itapoã, resgatando a bravura das escravas de ganho do Abaeté, na Bahia, que trabalhavam para comprar a alforria de parentes e amigos. No ano seguinte, por causa da pandemia de covid-19, não houve desfile, mas Igor permaneceu na agremiação de Niterói para o carnaval que, por causa da pandemia, ocorreu fora de época, em abril de 2022, com o enredo Não há tristeza que possa suportar tanta alegria. Em 2023, o jornalista ajudou os carnavalescos Rosa Magalhães e João Vitor Araújo na elaboração do livro abre-alas do Paraíso do Tuiuti, onde ainda acumula a função de assessor de imprensa. A responsabilidade de pesquisar o enredo também se estendeu às Séries Ouro e Prata, onde contribuiu para o ganho de várias notas 10 no quesito. Entre as escolas, estava a Unidos do Porto da Pedra, no desfile de 2020, e a União do Parque Curicica, em 2022. Para o Igor, o fato do Salgueiro ter anunciado o enredo no dia 5 de março, pouco tempo depois do carnaval de 2023, favorece o trabalho, porque terá mais tempo para fazer a pesquisa. “Nesse ponto é uma vantagem. Há mais tempo para pesquisar, ler livros. As pessoas acham que carnaval é dezembro, janeiro e fevereiro, mas não é. É o ano inteiro. Para ter uma boa pesquisa e um enredo bem desenvolvido demanda tempo. Eu estou lendo três livros ao mesmo tempo. Vejo como um desafio, por ser a primeira escola a lançar o enredo, mas vejo como um desafio gostoso ter mais tempo para fazer um trabalho mais bem-feito. O jornalista disse que lê também teses de mestrado e doutorado, vê documentários, novelas, vídeos. “Tudo que for de material, vai acumulando a informação”. Ele informou que em maio vai entregar a sinopse com o texto elaborado em cima da pesquisa. É com base nesse trabalho que os compositores vão fazer os sambas da disputa, que começa a partir do fim de agosto ou no mês de setembro. Comunicação Igor destacou que é importante a boa comunicação com o carnavalesco ou carnavalescos. Dependendo da escola, pode ser apenas uma pessoa ou uma dupla ou uma comissão de carnaval composta por mais profissionais. “Às vezes, você tem uma informação que é maravilhosa, mas como vai traduzir isso em uma fantasia, um carro alegórico ou transformar em imagem? É importante ter essa integração com o carnavalesco, porque, às vezes, uma coisa é muito linda no papel, na escrita, no texto, mas transformar isso em carro, fantasia, é difícil”, disse. O tema escolhido, segundo o enredista, tem fatos atuais que podem ser representados na avenida. Ele lembrou que 20 indicados nas principais categorias do Oscar receberam uma estatueta de madeira da divindade Yanomami Omama, semelhante à premiação da academia, como forma de divulgação de uma campanha contra a extração ilegal do ouro na região Amazônica. Não será surpresa se ela estiver representada no desfile de 2024.  Fonte

Após cortes, Yuri Alberto e Bremer são chamados à seleção brasileira

O zagueiro Bremer, da Juventus (Itália), e o atacante Yuri Alberto, do Corinthians, foram convocados à seleção brasileira masculina que enfrenta Marrocos em amistoso no próximo sábado (25), às 19h (horário de Brasília), no Estádio Ibn Batouta, na cidade marroquina de Tânger. Eles substituem Marquinhos, do Paris Saint-Germain (França), e Richarlison, do Tottenham (Inglaterra), ambos lesionados. Presente na última Copa do Mundo, Bremer esteve em duas partidas no Catar: a derrota por 1 a 0 para Camarões (titular) e a goleada por 4 a 0 sobre a Coreia do Sul (entrou na etapa final). O zagueiro de 25 anos defendeu o Brasil em três ocasiões. Yuri Alberto, por sua vez, recebeu a primeira oportunidade na seleção principal. Ele já havia sido chamado às equipes sub-20 e pré-olímpica. O atacante fez 22 anos no sábado (18), justamente quando foi informado da convocação. Marquinhos sofreu uma lesão abdominal no último dia 8 de março, na derrota do PSG para o Bayern, por 2 a 0, na Allianz Arena, em Munique (Alemanha), pelas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa. Segundo o time francês, o zagueiro ainda está em recuperação e treinando separadamente do elenco. Richarlison, por sua vez, saiu de campo chorando, logo aos cinco minutos do primeiro tempo, no empate do Tottenham com o Southampton, por 3 a 3, no St. Mary’s Stadium, na casa do adversário, pela 28ª rodada do Campeonato Inglês. O clube do atacante não divulgou qual a lesão, mas informou ao médico da seleção brasileira, Rodrigo Lasmar, que o atleta não teria condições de atuar no sábado. O duelo contra Marrocos será o primeiro compromisso do Brasil desde o Mundial do Catar. Ainda sem técnico após a saída de Tite, a equipe será comandada por Ramon Menezes, treinador da seleção sub-20, que foi campeã sul-americana da categoria. Fonte

Piso histórico soterrado vira mistério no Palácio do Catete, no Rio

Crianças uniformizadas de azul se sentam na grama com pranchetas debaixo de enormes palmeiras. Com a orientação de uma professora, elas desenham o cenário: um jardim tropical de um palácio, com lagos, chafariz e um enorme coreto. Idosos caminham e casais passeiam de mãos dadas no parque. A poucos metros dali, outros desenhos intrigam uma arqueóloga, uma museóloga e uma arquiteta: ladrilhos hidráulicos com mais de 150 anos, pintados à mão na Inglaterra pelo mais nobre fabricante de pisos vitorianos emergiram de um buraco cavado para a passagem de tubulações de esgoto. Não há registro desses ladrilhos em nenhuma planta daquele palácio, mesmo que ele já tenha sido o centro do poder no Brasil, como a sede da Presidência da República e residência oficial de presidentes por mais de meio século. “Tem muita camada de história nesse lugar”, disse a museóloga Isabel Portella, figurativamente. “Um período vai suplantando um outro, e, além de a gente ter a história que aconteceu aqui dentro, abaixo também tem muita história. Camadas de história para cima, e outras camadas históricas para baixo”. Sonho de JK Isabel é servidora do Museu da República, criado no Palácio do Catete depois que a capital do Brasil foi transferida do Rio de Janeiro para Brasília em 1960. Enquanto planejava a mudança, era nesse palácio que o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK) sonhava com a capital do futuro. Antes disso, Getúlio Vargas morou e governou o país do palácio durante seu governo e também terminou nele sua vida, ao se suicidar no dia 24 de agosto de 1954, aos 72 anos. Também foi desse palácio que Venceslau Brás declarou guerra à Alemanha em 1917, já no fim da Primeira Guerra Mundial, depois que a Marinha Imperial Alemã afundou navios mercantes brasileiros.  Diante de tanta história documentada, nenhum registro dá qualquer pista de qual possa ser a origem dos ladrilhos hidráulicos encontrados um dia antes do carnaval de 2023, no dia 16 de fevereiro. Isabel Portella é especialista no assunto, tendo mapeado todas as 47 padronagens de ladrilhos que existem no Palácio do Catete. Ela pode garantir que a descoberta tem a mesma qualidade que os pisos usados no hall de entrada e em outras áreas do museu, importados da Inglaterra na época da construção, entre 1858 e 1867.  Chefe do núcleo de arquitetura e diretora substituta do Museu da República, Ana Cecilia Lima Santana contou que a presença de descobertas arqueológicas nos subterrâneos do Museu da República na verdade não é tão surpreendente. Mas algo da dimensão do que foi achado dessa vez deixou todos os especialistas da casa sem respostas. Escavações “A gente sabe que, nos jardins do palácio, a gente pode encontrar qualquer coisa nas escavações. Por isso, sempre tem que ter um arqueólogo junto em qualquer interferência que se faça, para qualquer mínima passagem de tubulação. É um jardim histórico que passou por muitas modificações. A gente só não imaginou que ia encontrar algo desse tamanho”, afirmou. “A gente não tem nenhum relato do que pode ter sido isso. As plantas mais antigas que não mostram nada construído aqui. Os documentos mais antigos não mostram nada nessa área”, acrescentou. As escavações feitas no jardim para a passagem das novas tubulações de esgoto já haviam se deparado com pedaços de louça, vidro e cerâmicas, mas todos minúsculos, contou a arqueóloga Beth Modesti Simões, que foi quem encontrou o ladrilho cavando com uma picareta.   “Percebi que tinha alguma coisa e disse: espera aí, vamos devagar”, lembrou ela. “Quando achei esse ladrilho, reparei a qualidade. Ele tem as iniciais do fabricante, então, não temos dúvidas que é Minton. Esse fabricante era renomadíssimo, ele fez um restauro na Catedral de Westminster [no Reino Unido]”, disse Beth.  A catedral em questão é famosa pelos casamentos, coroações e funerais da família real britânica. Beth agora trabalha na confirmação do que foi encontrado, escavando mais para descobrir qual é a dimensão real da área ladrilhada, já que apenas pouco mais de um metro já foi revelado. Depois que toda a área for aberta, ainda faltará a resposta sobre qual estrutura havia recebido um ladrilho tão nobre no meio do jardim.  “É um trabalho de arqueologia histórica, em que você cruza os artefatos que você encontrou, a cultura material dessa época, com os documentos que você descobre em arquivos e plantas”, detalhou ela, que trabalha no Instituto de Arqueologia do Brasil, acompanhada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As três pesquisadoras têm suas próprias especulações. Elas vão desde testes feitos para mostrar as padronagens ao antigo dono do casarão até a possibilidade de um pórtico, com uma entrada alternativa para o jardim, que já foi ampliado diversas vezes. Há ainda relatos pouco esclarecedores de que pode ter havido ali uma casa construída para a sogra do Barão de Nova Friburgo, o responsável por construir aquele palácio luxuoso com um jardim que terminava na areia da praia. Nobreza escravocrata Mas como um casarão tão suntuoso a ponto de ser um palácio presidencial foi construído para ser a residência de uma família nobre no século 19? Entre ladrilhos hidráulicos ingleses, vitrais alemães e colunas de mármore, o luxo e o requinte da residência exemplificam o poder econômico da elite cafeicultora e escravista, da qual o Barão de Nova Friburgo, Antônio Clemente Pinto, era um destacado representante. Barão e Baronesa de Nova Friburgo ao lado de maquete do Palácio do Catete, em retrato em óleo sobre tela de Emil Bausch (1867) – Arquivo “Ele construiu a maior parte da fortuna dele com o tráfico de pessoas escravizadas”, definiu a arqueóloga Beth Modesti. “Era uma atividade que gerava uma fortuna enorme para todos eles”. Um estudo publicado na Revista Maracanan, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, pelo historiador Rodrigo Marins Marretto, contabiliza que, em apenas quatro anos, de 1827 a 1830, o Barão de Nova Friburgo foi responsável pela vinda forçada de mais de 3,3 mil pessoas escravizadas da África para o Brasil, em oito viagens.  Os principais portos em que o barão comprou pessoas

Hip Hop fará parte de rodadas de negócios culturais fora do Brasil

Estão abertas, até as 18h do dia 31 de março, as inscrições para seleção de empreendedores culturais que representarão o Brasil na 7ª edição do Mercado de Indústrias Culturais Argentinas (MICA). O evento ocorre entre os dias 1º e 4 de junho, no Centro Cultural Kirchner, em Buenos Aires, e pela primeira vez, o governo brasileiro levará realizadores do hip hop para rodadas de negócios e atividades formativas fora do país. No início deste mês, o Ministério da Cultura (MinC) lançou edital para selecionar 90 empreendedores culturais e criativos de nove setores — audiovisual, circo, dança, teatro, design (incluindo moda), editorial, hip hop, música e jogos eletrônicos. O edital destinará R$ 793 mil para viabilizar a ida e permanência dos selecionados na capital argentina, bem como o seu retorno ao Brasil. Os interessados em participar da seleção devem se inscrever na plataforma Mapa da Cultura. Até a última sexta-feira (17), foram recebidas mais de 300 inscrições. “Com o evento, os ministérios da Cultura do Brasil e da Argentina esperam impulsionar encontros entre os desenvolvedores, programadores, editores, diretores, produtores, técnicos e demais gestores culturais de todos os setores. A proposta de trabalho conjunto quer levar adiante uma valiosa agenda bilateral que vincule os setores das indústrias culturais, que dinamize os intercâmbios comerciais, artísticos e intelectuais entre os dois países, e que promova a associação e complementação das cadeias de valor da economia da cultura”, informou o MinC, na ocasião da abertura do edital. No ato da inscrição, os empreendedores culturais deverão escolher o perfil de participação, como vendedor ou comprador. Entre os critérios de avaliação estão a diversidade, a representatividade, a inclusão e a criatividade das propostas. O edital obedecerá, ainda, ao critério de distribuição regional, de forma a contemplar, pelo menos, um vendedor por região brasileira, em cada setor. O MinC também estabeleceu critérios regionais para liberação dos recursos, ou seja, cada pessoa selecionada receberá o valor de apoio correspondente à região em que mora, devendo apresentar comprovante de residência para verificação da informação. Os valores variam de R$ 7.740 para Região Sul a R$ 9.639 para selecionados da Região Norte. Novidades O edital está disponível na plataforma Mapa da Cultura. Na área do hip hop, por exemplo, podem concorrer produtores, grupos, companhias, coletivos, associações, cooperativas, redes, agentes, corpo técnico e artistas, performance e projetos multidisciplinares envolvendo os elementos do hip hop, que são breaking individual ou grupo; DJ individual, grupo ou beatmakers; graffiti; MC e beatbox individual ou grupo; batalhas de MC’s, beatbox, beatmakers, breaking e DJ´s; e outros projetos multidisciplinares como debate, exposição, intervenção artística, vivência em podcast, literatura, palestra, sarau ou slam. Em comunicado, o MinC explicou que outra novidade é que, pela primeira vez em editais de Mercados Criativos voltados à seleção de empreendedores culturais, as artes cênicas estão em setores separados. “A mudança pretende garantir a mesma quantidade de vagas dos demais setores para o teatro, a dança e o circo, que até então ‘competiam’ pelas vagas dentro do setor das artes cênicas”, diz. Criado em 2011, o MICA é o evento central do sistema de políticas públicas voltado, exclusivamente, para a comercialização de produtos e serviços e para o fortalecimento dos diversos setores da indústria cultural na Argentina, em nível internacional. O mercado tem uma programação pensada para o fortalecimento dos vínculos institucionais, comerciais e artísticos entre os países. Ele visa, ainda, estimular reuniões entre instituições governamentais de cultura da Argentina e de outras nações, além de incentivar a celebração de acordos de cooperação entre instituições culturais públicas e privadas. Fonte

Kenzaburo Oe deixa legado para literatura contemporânea

Kenzaburo Oe morre aos 88 anos – Divulgação/Estação Liberdade Um dos mais importantes expoentes da literatura contemporânea, Kenzaburo Oe, morreu faleceu no dia 3 de março, aos 88 anos de idade, mas a notícia só foi divulgada esta semana. De acordo com a editora Kodansh, o escritor, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1994, a causa de morte foi velhice. O escritor nasceu em 1935, na ilha japonesa de Shikok, em um vilarejo de nome Ose, que nem sequer aparece mais em mapas, atualmente. Ao longo de quase nove décadas de vida, Oe deixa para o mundo um conjunto de obras em que aborda relações de poder, entre outros temas. Com traumas causados pela Segunda Guerra Mundial e, mais especificamente, as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, deixava transparecer sua posição pacifista e antinuclear. No Brasil, suas obras são publicadas pelas editoras Estação Liberdade e pela Companhia das Letras. Para o diretor editorial da Estação Liberdade, Angel Bojadsen, a firmeza nas posturas políticas de Oe acabaram por conferir a ele destaque de abrangência nacional. “De certa forma, ele era a consciência da nação”, diz o editor. Conforme lembra Bojadsen, as reflexões de Oe tinham tanta notabilidade que o escritor chegou a ser processado por difamação, após criticar excessos cometidos por autoridades. “Seus escritos mais diretamente políticos, mas também sua obra literária, têm o mérito de abordar estes temas sensíveis na atualidade política japonesa com delicadeza, brio e profundidade, sem maniqueísmos”, afirma. “Oe foi uma figura profundamente humana que deixa um grande vácuo.” Fonte

UFRJ abre terça-feira exposição sobre futuros da Baía de Guanabara

A Casa da Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) abre na próxima terça-feira (21) a exposição interativa e imersiva Futuros da Baía de Guanabara: Inovação e Democracia Climática. A mostra gratuita ficará aberta até 14 de maio e tem classificação livre para todas as idades. O funcionamento será de terça-feira a sábado, de 9h às 20h; e, aos domingos e feriados, de 10h às 16h. A Casa da Ciência fica em Botafogo, zona sul do Rio. Mostra Futuros da Baía de Guanabara: Inovação e Democracia Ambiental poderá ser visitada até 14 de maio – Divulgação/UFRJ Com foco na crise climática e abordagem científica, artística e extensionista baseada nos conhecimentos de ponta produzidos pela UFRJ, a exposição destacado a importância da pesquisa universitária e da tecnologia para projetar cenários futuros e buscar soluções para atenuar o problema no Rio de Janeiro, no Brasil e no mundo. Entre as preocupações, a mostra salienta a elevação do nível do mar, a qualidade da água potável, ameaças à extinção de espécies, principalmente marinhas, como os botos-cinza e a redução de atividades econômicas, turísticas e culturais. A informação foi dada à Agência Brasil pela coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da universidade, Christine Ruta. Christine disse que a mostra cresceu e está sendo chamada de “mostra expandida” e trata de questões relacionadas aos futuros da Baía de Guanabara. “Nela, há uma sala em forma de cubo, com um filme imersivo, com projeções na parede, no piso e no teto. O público vai ter uma experiência imersiva e se sentir em uma espécie de mini Baía de Guanabara, vivenciando ali, ao mesmo tempo, céu, terra e os ambientes aquáticos, principalmente os marinhos.” Sorteio Em paralelo, estão previstas atividades interativas, como debates, oficinas, minicursos, exibição de filmes e apresentação de ecopoesias. “Vão ser bem diversas as atividades oferecidas pela mostra ao público de todas as faixas etárias. E tudo totalmente gratuito”, reforçou Christine. Em parceria com a Marinha do Brasil e a Universidade Federal Fluminense, serão sorteadas visitas guiadas por pesquisadores a um navio laboratório que desenvolve estudos sobre água e sobre espécies. O sorteio será no dia 9 de maio. As inscrições para agendamento e para o sorteio das visitas podem ser feitas no site da exposição. No mesmo site, pode ser encontrada toda a programação da exposição. Segundo Christine Ruta, centenas de escolas públicas e privadas já estão agendadas. “Eu costumo dizer que quero fila”, afirmou. Uma das novidades que a exposição traz é o robô Luma, o primeiro desenvolvido no Brasil pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da UFRJ, que opera com facilidade em locais onde mergulhadores não podem atuar, como na área da Antártica. “Para nós, é uma honra expor robô Luma”, disse Christine. Na área artística, estudantes da Escola de Belas Artes desenvolverão atividades dirigidas ao público infantojuvenil. Christine explicou que as crianças são o motivo do título da mostra, porque representam o futuro. Os pais e responsáveis precisam zelar e acompanhar as crianças para que elas cresçam em volta de bons conhecimentos que, de repente, possam derivar em ações. “Quem não conhece uma criança que se tornou um cientista porque foi a uma feira de ciência?”, indagou Christine. Para ela, a exposição não deveria ficar restrita aos municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro e sim, envolver todas as cidades do entorno da Baía de Guanabara. Com isso, Christine espera diversificar bastante o público da exposição. A Região Hidrográfica Baía de Guanabara compreende os municípios de Niterói, São Gonçalo, ltaboraí, Tanguá, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Belford Roxo, Mesquita, São João de Meriti e Nilópolis e, parcialmente, os municípios de Maricá, Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Petrópolis, Nova Iguaçu e Rio de Janeiro. O Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ é o órgão responsável pela política cultural e de divulgação científica da instituição. Fonte

Pronasci é retomado e agora tem foco na redução de feminicídios

Todas as formas de violência contra a mulher, sobretudo contra as mulheres negras, aumentaram no Brasil no ano passado, revela pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Com o enfrentamento desse tipo de violência como um dos eixos norteadores das suas ações, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) foi relançado na última semana. A coordenadora do Pronasci, Tamires Sampaio, falou sobre o fortalecimento da estrutura de combate ao feminicídio no país em entrevista ao programa Brasil em Pauta, que vai ao ar neste domingo (19), na TV Brasil. “A cada seis horas, uma mulher é assassinada no Brasil. Isso é resultado de um processo de falta de investimento e de quebra das políticas de enfrentamento e de prevenção à violência, e nós, a partir do Pronasci, em parceria com o Ministério das Mulheres, estamos retomando o investimento, e retomando isso como prioridade”, destacou Tamires Sampaio durante a entrevista. Reestruturação O Pronasci foi relançado na última quarta-feira (15), no Palácio do Planalto, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na cerimônia, foram entregues 270 viaturas das patrulhas Maria da Penha, a partir de um investimento de R$ 34 milhões. A expectativa é que o total de viaturas chegue a 500 até o final do ano. O governo anunciou também a construção de 40 unidades da Casa da Mulher, instituição que dá suporte a mulheres vítimas de violência doméstica. Cerca de R$ 344 milhões, oriundos do Fundo Nacional de Segurança Pública, serão destinados à construção das unidades, que devem ser entregues até o fim de 2024. Criado em 2007, no segundo mandato presidencial de Lula, o Pronasci, agora relançado, passou por uma reestruturação. “O Pronasci tinha, a priori, 95 ações, que envolviam articulações em várias áreas de produção de política pública. Quando se tem 95 prioridades, acaba não havendo foco no que de fato é importante ser construído”, disse Tamires. Ele explicou que, na reestruturação, foram instituídos cinco eixos prioritários de atuação, cada um com um conjunto de políticas e ações combinadas nas secretarias do Ministério da Justiça, mas também em parceria com os demais ministérios para que, em um trabalho com os estados e os municípios, fique garantida a chegada de políticas aos locais onde precisam ser implementadas. Os eixos que vão nortear o trabalho na nova estrutura do programa são: prevenção e enfrentamento da violência contra a mulher; fomento às políticas de segurança pública com cidadania (com foco em territórios mais vulneráveis e com altos indicadores de violência); fomento às políticas de cidadania (focado no trabalho e ensino formal e profissionalizante para presos e egressos); apoio às vítimas da criminalidade; e, finalmente, combate ao racismo estrutural e a todos os crimes dele derivados. “O Pronasci é um programa que traz um novo paradigma para a segurança pública, constrói a noção de segurança a partir do combate à desigualdade [e] a partir da garantia de direitos. Tem a importância do fortalecimento das forças de segurança, do equipamento, da capacitação dos agentes de segurança, que são fundamentais, mas também tem a perspectiva do fomento à cultura, ao esporte, à moradia e geração de emprego, e entende o quanto que é através do conjunto das políticas públicas que de fato se constrói segurança no país”, acrescentou Tamires. A coordenadora do Pronasci enfatizou ainda a importância da cidadania plena na garantia da segurança. “A gente pode ter viaturas em todas as ruas do país, ampliar o efetivo policial em todas as cidades, armar toda a população, mas, se as pessoas continuarem desempregadas, se não tiverem acesso à alimentação saudável todos os dias, se não tiverem acesso à educação, à cultura, ao esporte e lazer e à mobilidade, se os direitos e garantias fundamentais delas não estiverem de fato sendo cumpridos, se não tiverem acesso à cidadania plena, o problema da insegurança vai continuar no país.” “Às vezes, o seu CEP [Código de Endereçamento Postal], [que revela] onde você mora, a cor da sua pele determinam se você tem acesso, ou não, a determinadas políticas que deveriam ser universais”, acrescentou Tamires. Confira a entrevista completa no programa Brasil em Pauta vai que ao ar neste domingo (19) às 22h30. Clique aqui e saiba como sintonizar a TV Brasil. Source link

Um mês após tragédia, famílias de São Sebastião vivem incerteza

Um mês após fortes chuvas e deslizamentos deixarem 65 pessoas mortas e uma desaparecida no litoral Norte do estado de São Paulo, as famílias atingidas enfrentam o luto pela perda de seus entes queridos e a incerteza sobre o futuro. Aproximadamente mil pessoas que tiveram suas casas destruídas, ou tornadas inabitáveis pelo mar de lama, vivem hoje temporariamente em pousadas e hotéis conveniados ao governo do estado. O convênio, de 30 dias, termina nas próximas semanas.  Muita gente preferiu ir para casa de parentes ou se estabelecer em quartos emprestados, e não sabe até quando terá um teto. “Eu estou de favor em um quarto em Juquehy, em tempo de enlouquecer, de sair sem destino, sabe? Estou abalado, não sei qual o destino da minha vida. Não sei o que vai acontecer. Assim, é muita incerteza, só promessa”, conta Edvaldo Guilherme Santos Neto, de 39 anos, que teve que abandonar a casa em que morava em São Sebastião, na Vila Sahy, o bairro mais atingido pela catástrofe. Entre a noite de 18 de fevereiro e a manhã seguinte, dia 19, choveu na região mais de 600 milímetros. O acumulado, segundo o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), foi o maior já registrado no país. O grande volume de água devastou parte das cidades da região, causou mortes, deslizamentos de encostas, alagamentos, destruiu casas e estradas. Guilherme, sua esposa e filho, estão abrigados hoje em uma pousada no bairro de Juquehy, em São Sebastião, em um quarto emprestado, pelo período de um mês, por uma amiga. A casa dele, na Vila Sahy, resistiu aos deslizamentos, mas está interditada pelas autoridades. Na casa vizinha, todos morreram, com exceção de um familiar, salvo pelos próprios moradores. A casa de Guilherme recebeu da Defesa Civil o selo de risco laranja – usado quando a moradia não poderá voltar a ser habitada até uma avaliação das autoridades. O adesivo amarelo é utilizado para construções em situação de monitoramento, e o vermelho, para casas condenadas, que deverão ser destruídas. “Eu não tenho psicológico para voltar para minha casa, mesmo se eles liberarem. E a Defesa Civil não dá um prazo de quando vai ser liberada. Fiz um empréstimo no Itaú e já sujei meu nome. Não sei o que fazer. Estou endividado pela minha casa, onde eu não posso morar. Não recebi nenhum amparo, nenhuma garantia de que eu vou receber algum valor desse imóvel, se ele não for liberado.” Ele afirma que, após a tragédia, fez cadastro tanto na Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) e no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade. “Fizemos uns dez cadastros que eu nem sei para que que é. Eu sei que cadastro foi o que eu mais fiz e, até hoje, ninguém nunca me ligou nem para perguntar se eu preciso de um acompanhamento psicológico. Até agora estamos sobrevivendo da doação de cestas básicas.” Guilherme diz que ele e a esposa tinham deixado os empregos pouco antes do desastre, para tentar iniciar um negócio próprio de comércio pela internet. As mercadorias compradas por eles ficaram dentro da casa e foram perdidas. Ele conta que nunca recebeu nenhum tipo de aviso das autoridades de que sua casa estava em área de risco. Além das casas que foram destruídas pelos deslizamentos, a Defesa Civil condenou outras 230 moradias no município, que serão derrubadas nos próximos dias.  “Se hoje está essa situação em São Sebastião é porque, infelizmente, o poder público não fez um programa de habitação para o município. Isso quem paga é a gente. Eu moro na Vila Sahy há 25 anos e a prefeitura nunca fez um programa de drenagem das encostas, nunca fez um programa de habitação, nunca chegou na minha porta e falou assim: aqui é área de risco.” Após enfrentarem a lama dos deslizamentos para tentar salvar os vizinhos, a esposa de Guilherme começou a sentir sintomas de leptospirose: diarreia e dores nas articulações. Ela procurou um serviço médico e recebeu o diagnóstico de virose. “Minha esposa ainda está com diarreia, o corpo doendo, porque ela teve contato com a água contaminada. A gente tirou lama, tirou corpo dos escombros e da lama”. A prefeitura de São Sebastião afirma que não existe surto da doença na cidade. A administração municipal reconhece, no entanto, que houve um “aumento de notificações de casos da doença” após as fortes chuvas. “Em fevereiro, foram notificados 19 casos e, em março, 17 casos, que aguardam resultado. Até o momento, não há casos confirmados de leptospirose.” A Secretaria de Saúde do município disse que chegou a registrar um aumento de aproximadamente 30% nos atendimentos a pacientes com gastroenterite – uma irritação no sistema digestivo que causa, entre outros sintomas, diarreia – nas unidades de saúde do município, principalmente na Costa Sul.  “No entanto, essa tendência não se consolidou. É comum nesta época do ano, devido ao clima quente, que as pessoas apresentem alguns problemas intestinais. O recente aumento de casos levantou um alerta no município, especialmente após as últimas chuvas.”  A prefeitura orienta que, caso a pessoa apresente algum sintoma, deve procurar a unidade de saúde mais próxima, inclusive os hospitais de Clínicas da Costa Sul, localizado em Boiçucanga, e a unidade da região central. Parcerias A administração municipal informou que fez parcerias com o governo federal e estadual, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e do programa Minha Casa, Minha Vida para a construção de mais de 900 imóveis, entre casas e apartamentos, que serão destinados às famílias que perderam suas casas. A Defesa Civil, diferentemente da prefeitura, diz que serão construídas 518 unidades habitacionais.  Três terrenos já estão em fase de terraplenagem, nos bairros da Topolândia e Vila Sahy. Segundo a gestão estadual, as primeiras unidades habitacionais deverão ficar prontas em até 150 dias. Até lá, segundo a Defesa Civil, as pessoas que estão hoje abrigadas em cerca de 20 hotéis e pousadas serão instaladas temporariamente em vilas de passagem, unidades habitacionais de madeira, que estão sendo construídas em São Sebastião. As pessoas também serão alocadas temporariamente em unidades

Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 54 milhões

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.575. O sorteio foi realizado na noite deste sábado (18), no Espaço da Sorte, na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo.  Os números sorteados foram os seguintes: 04-12-14-41-46-53. O valor estimado para o próximo concurso é de R$ 54 milhões. A quina teve 69 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 61.915,50. A quadra registrou  5.767 apostas ganhadoras, com prêmio de R$ 1.058,2 cada. O próximo sorteio será na quarta-feira (22). As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em casas lotéricas credenciadas pela Caixa ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50. Fonte

Marielle, presente: 5 anos depois é o tema do Caminhos da Reportagem

Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco, destaca o ativismo da filha – Tânia Rêgo/Agência Brasil Cinco anos depois, a principal pergunta do crime ainda não foi respondida e ecoa pelo mundo. Em 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados na região central do Rio de Janeiro. No dia seguinte, a população já cobrava por justiça. “O ativismo dela como mulher, o ativismo dela como coordenadora dos direitos humanos por mais de dez anos já dizia o quanto ela era importante na vida de cada um, passou a ser um ícone da história”, destaca a mãe de Marielle, Marinete da Silva. Nesta meia década, as investigações progrediram pouco; o avanço mais consistente aconteceu no primeiro ano do crime, quando foram presos Ronnie Lessa, acusado de atirar em Marielle e Anderson, e Élcio de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado no crime. Até hoje, eles não foram julgados. Essas questões serão abordadas no programa Caminhos da Reportagem, que a TV Brasil exibe neste domingo (19), às 22h. Deputada estadual Renata Souza questiona o rumo do inquérito – Divulgação A deputada estadual Renata Souza questiona o rumo do inquérito: “Não só o delegado que os prendeu foi retirado, como toda a equipe. Então, essa mudança drástica revela um problema de interrupção de um ciclo de investigação. A quem interessa isso? É isso que a gente quer saber.” Nesses 1.825 dias, estiveram à frente das investigações cinco delegados diferentes e passaram pelo caso 11 promotores de Justiça, quatro secretários de polícia, três governadores, um interventor federal, dois procuradores gerais de Justiça e três presidentes da República. Supostas interferências no inquérito fizeram familiares e organizações pedirem a não federalização do caso. Mônica Benício, vereadora pelo PSOL, é viúva de Marielle Franco – Divulgação Mônica Benício, viúva de Marielle e hoje vereadora, explica o que caracteriza a possibilidade de uma federalização: “Uma inércia nas investigações que sejam confirmadas, que aconteçam de forma deliberada, com o intuito de não elucidar o caso.” Para ela, naquele momento isso não existia: “Passado o tempo começamos a questionar, o tempo está correndo, num assassinato como esse, não respondeu porque não pode, por incompetência, ou não respondeu por que não quer?” Para Jurema Werneck, assassinato de Marielle é um problema não apenas do Brasil – Divulgação “O assassinato de Marielle é um problema não apenas do Rio de Janeiro, é um problema para o mundo e a gente moveu todas as instâncias, tanto no sistema interamericano quanto nas Nações Unidas. Os países estão acompanhando, os governos dos países estão acompanhando, e as sociedades do mundo estão acompanhando”, aponta a diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck. Cerca de 100 organizações não governamentais denunciaram o crime no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Jan Jarab, representante regional de Direitos Humanos (ACNUDH/ONU), afirma que a organização segue acompanhando as investigações e que a violência é parte de um contexto político que caracteriza o Brasil dos últimos anos: “São as vereadoras, deputadas estaduais, até federais, negras ou da comunidade LGBT e da diversidade sexual que são ainda mais ameaçadas, até da violência física, de assassinato.” Mulher, negra, mãe, cria da favela da Maré que se transformou em liderança política. Marielle foi assassinada, mas deixou sementes que desabrocharam. Hoje, diversas herdeiras políticas levam a voz de Marielle à frente. Para a deputada Renata Souza, o principal recado deixado por Marielle é para que a humanidade não se desumanize: “Marielle é presente em todas as lutas contra as desigualdades sociais, em especial contra as desigualdades de gênero, raça e classe.” Ficha técnica: Reportagem: Eliane Benício, Maurício de Almeida e Priscila TheresoRoteiro e edição de texto: Luciana GóesEdição e finalização de imagem: Eric GusmãoProdução: Luciana Góes e Priscila TheresoApoio produção: Luiz Filipe Lima  e Yuri Griem (estagiários)Reportagem cinematográfica: Eduardo Guimarães, Eusébio Gomes, Gabriel Penchel, João Victal, Rodolpho Rodrigues e Ronaldo ParraAuxílio técnico: Adaroan Barros, Felipe Messina e Yuri FreireOperador de áudio: Ed Guimarães Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil. Fonte

Estudo mostra que faltam mulheres negras em companhias aéreas do país

Pesquisa da Organização Quilombo Aéreo em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) mostrou que, em todo o Brasil, não há mulheres negras trabalhando como piloto em companhias aéreas nacionais.  Em 2022, havia 3.283 formadas, sendo que mulheres atuantes em companhias aéreas eram apenas 992, representando 2,3% dos trabalhadores nessa função. Ou seja, mais de 97% das vagas são ocupadas por homens, sendo que apenas 2% são negros, segundo as estimativas. Quanto aos comissários de bordo, apenas cerca de 5% dos profissionais atuantes são pessoas negras e cerca de 66% são mulheres. A Organização Quilombo Aéreo, com o apoio do Grupo de Pesquisa Gênero, Raça e Interseccionalidades no Turismo (GRITus), que é coordenado pela UFSCar em conjunto com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), realizou entrevistas com trabalhadoras e ex-trabalhadoras negras do setor. Há comissárias de bordo e pilotas formadas que não estão atuando setor no momento.  A pesquisa revelou também cinco barreiras para as mulheres negras adentrarem o setor da aviação civil nacional: custo da formação profissional, falta de informações sobre a carreira e de representatividade de outras mulheres negras, processos seletivos desiguais e não aceitação dos corpos negros.  Para permanecer no setor, são sete as barreiras reconhecidas: falta de representatividade, nível de cobrança, negação do corpo negro, não aceitação do cabelo crespo, saúde mental/laboral, machismo e assédio. “As mulheres negras enfrentam barreiras para entrar no mercado de trabalho da aviação civil brasileira, assim como para permanecer atuando no setor”, afirmou a comissária de bordo e pesquisadora Laiara Amorim, idealizadora do Quilombo Aéreo, coletivo criado em 2018 por duas mulheres negras, Laiara e Kenia Aquino, a partir dos projetos “Voe Como Uma Garota Negra” e “Voo Negro”. O objetivo é dar visibilidade a profissionais negros da aviação civil, pesquisas acadêmicas inéditas no setor, empregabilidade e saúde mental desses tripulantes. “Já sabíamos aproximadamente desses dados, o registro científico desses números foi uma constatação. Então, para as pesquisadoras do Quilombo Aéreo não foi nenhuma surpresa, mas é uma surpresa para sociedade e, também, para as companhias aéreas, que não olhavam para esses números até um ano atrás”, disse Laiara.  Rejeição “O corpo negro incomoda e é rejeitado”, ressaltou a professora na UFPel e coordenadora do GRITus, Natália Oliveira. “Olhando para o cabelo da mulher negra, por exemplo, identificamos profissionais negras que foram barradas em processos seletivos, porque estavam com seus cabelos naturais soltos nas entrevistas de emprego. É explícito como essas mulheres não são selecionadas, mesmo tendo um currículo bem qualificado ou até melhor que outras candidatas brancas.” Apesar de serem a maioria nos cursos superiores na área do turismo, as mulheres ainda ocupam posições precárias no mercado de trabalho, principalmente nas áreas de alojamento e alimentação.  “O mercado de trabalho no setor do turismo é bastante dividido em relação às ocupações, levando em conta o gênero dos profissionais. Acompanhamos o processo seletivo de uma das entrevistadas que participou da nossa pesquisa, por exemplo. Ela conseguiu uma vaga como comissária, apesar de estar capacitada para atuar como piloto. A empresa alegou que ela não estava preparada, mas contratou um homem que tinha as mesmas especificidades que ela no currículo”, exemplifica Laiara Amorim. Assédio  Outro fato identificado na pesquisa foi o assédio sexual, moral e psicológico sofrido pelas profissionais negras, sendo praticado tanto pelos colegas de trabalho como por clientes das companhias aéreas. Dentre as trabalhadoras no turismo, o assédio é frequente entre comissárias de bordo, recepcionistas e camareiras, porém mais acentuado em direção a mulheres negras. De acordo com as entrevistadas o assédio acontece de várias formas, como, por exemplo, por meio do questionamento da mulher estar naquele lugar. “Uma das profissionais ouviu de uma pilota que ela parecia uma passista de escola de samba. Em outros casos, homens já perguntaram quanto a tripulante ganhava de salário e se ofereciam para pagar mais”, relatou Gabriela Santos, uma das pesquisadoras do estudo. O Quilombo Aéreo trabalha com três pilares: empregabilidade, acadêmico e formação técnica. “Neste momento, estamos fazendo nossa campanha de arrecadação para formar mais uma turma do Projeto Pretos que Voam que capacita, profissionaliza e emprega jovens negros periféricos. Para além disso, temos apoio psicológico, acompanhamento de carreira e empoderamento, por meio do reconhecimento estético e econômico.”  Projeto Pretos que Voam O Projeto Pretos que Voam é uma iniciativa para profissionalizar e empregar jovens negros periféricos. A primeira turma se formou em 2021. Agora está em andamento uma campanha de arrecadação para a segunda turma. Da primeira turma, afirmou a representante do Quilombo Aéreo, todos estão aprovados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e alguns empregados como comissários de voo. O Projeto Pretos que Voam é financiado por doações pela plataforma Benfeitoria e recebe doações a partir de R$ 10.  Inclusão  Nesta semana, a Latam anunciou a abertura de processo seletivo no Brasil exclusivo para mulheres para a função de copiloto de aeronaves da família Airbus A320. A companhia afirmou que busca promover a equidade de gênero com foco na diversidade e inclusão e que pretende preencher pelo menos 50 vagas até dezembro de 2023.  Para a representante do Quilombo Aéreo Laiara Amorim, é de suma importância que ocorram ações com a inserção de mulheres nesse mercado, mas em relação a gênero e raça é necessário pensar em ações afirmativas para suporte, apoio e formação de mulheres negras.  “No mapeamento do Quilombo Aéreo, por exemplo, não temos nenhuma mulher negra que preencha os requisitos da vaga em específico, como por exemplo o número de horas de voo, o que reforça as barreiras identificadas na pesquisa, a barreira de acesso à formação. A maioria das mulheres negras são arrimo de família e geralmente têm que escolher entre a formação e a sobrevivência. Quando se consegue fazer os dois não é na mesma velocidade que as mulheres ou homens brancos. As companhias que realmente querem se comprometer com a equidade racial e de gênero, na cabine de comando, vão ter que olhar para o antes e o durante da formação e para a situação atual das mulheres negras no nosso país”, disse. Fonte

Hoje é Dia: semana traz o Dia Internacional da Síndrome de Down

O dia escolhido para falar, em todo o planeta, sobre a síndrome de Down não poderia ser outro: o dia 21 do mês 3. A síndrome de Down é uma alteração genética em que a pessoa tem três cromossomos no par 21, e não dois, como o usual. Por isso, a síndrome também é chamada de trissomia do cromossomo 21, ou simplesmente T21. Segundo o Ministério da Saúde, essa alteração cromossômica – observada pela primeira vez em 1866, pelo pediatra britânico John Langdon Down – é a mais comum entre os humanos. Em 2014, o Programa Especial, da TV Brasil, trouxe uma entrevista com um médico geneticista, que falou sobre o desenvolvimento das pessoas com síndrome de Down, questões como expectativa de vida, incidência da T21 e algumas características particulares às pessoas com Down:  O Dia Mundial da Síndrome de Down, formalizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2012, não só celebra a vida das pessoas que têm a síndrome, mas também fala sobre direitos, inclusão e sobre a possibilidade das pessoas com Down serem e fazerem tudo aquilo que elas quiserem. O Programa Especial – que tem a primeira repórter com síndrome de Down do país, Fernanda Honorato – traz uma série de histórias que mostram a potência das pessoas com trissomia do 21: elas são atrizes e atores, bailarinos, modelos, artistas circenses, atletas… pessoas que namoram, se casam, trabalham e mais.   Mestres da literatura e da música Dois grandes nomes da literatura nacional são lembrados nesta semana – e ambos foram tema de episódios do programa De Lá Pra Cá, da TV Brasil. Neste domingo (19) completam-se 125 anos do falecimento do poeta Cruz e Sousa – mestre do simbolismo nacional e tido como o maior poeta negro da língua portuguesa. O programa lembrou também o preconceito e a discriminação que Cruz e Sousa enfrentou em toda a vida, e de como morreu pobre, jovem e sem jamais ter recebido reconhecimento por sua obra. Graciliano Ramos, que faleceu há 70 anos, no dia 20 de março de 1953, também teve sua vida e obra detalhadas pelo De Lá Pra Cá, em 2013. Trabalhador incansável da palavra, Ramos escreveu contos, romances, memórias e crônicas, tornou-se um dos escritores mais importantes da literatura nacional e tem em Vidas Secas sua obra-prima:  Também no dia 20, mas do ano de 1863 – ou seja, há 160 anos – nascia o pianista e compositor Ernesto Nazareth. Considerado, ao lado de Chiquinha Gonzaga, um dos maiores compositores brasileiros do final do século 19 e início do século 20, Nazareth ajudou a formatar a identidade musical do país, levando composições genuinamente brasileiras para os grandes salões. Conheça sua história no programa Todas as Vozes, da Rádio MEC:   Outono, florestas e água Também nesta segunda (20), mais precisamente às 18h25, começa o outono no Hemisfério Sul. Neste dia acontece o equinócio de outono, que é quando os dois hemisférios da Terra estão igualmente iluminados (a Agência Brasil explicou por que as estações do ano existem).  Já na terça-feira é o Dia Internacional das Florestas. O Brasil tem a segunda maior área de florestas do mundo, com 500 milhões de hectares. Isso significa que aproximadamente 60% do território nacional é coberto por florestas. O que também é abundante no país é a água: cerca de 12% da água doce disponível no planeta está em território brasileiro. Para chamar a atenção para a importância desse recurso natural é que surgiu o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março. O Ciência é Tudo, da TV Brasil, mostrou como a água é essencial em praticamente todas as áreas da existência humana, como agricultura, indústria, abastecimento, turismo, aquicultura, geração de energia e mais:   História dos povos do país Na história e geografia, três datas se destacam na semana: dia 24 de março é o Dia da União dos Povos Latino-Americanos. O Momento Três, da Rádio Nacional, fez sua reverência ao povo latino – formado por diferentes estilos, identidades, culturas e até idiomas, mas que se une também pela música: Pessoas de origem árabe no Brasil também têm um dia para chamar de seu: dia 25 de março é o Dia Nacional da Comunidade Árabe. Entenda, nesta entrevista que foi ao ar pelo programa VerTV, da TV Brasil, como se deu a imigração árabe para o país: Também em 25 de março a ONU estabeleceu o Dia Internacional em Lembrança pelas Vítimas da Escravidão e do Tráfego Transatlântico de Escravos nos Navios Negreiros. O Na Trilha da História, da Rádio Nacional, tratou sobre o tráfico de africanos escravizados e a rotina de trabalho forçado imposta a esses homens e mulheres. O Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, reforça que o Brasil foi o local na América que mais recebeu negros cativos: 4,86 milhões de africanos escravizados entre os séculos 16 e 19, segundo o Banco de Dados do Comércio Transatlântico de Escravos, que contém informações de mais de 35 mil viagens de navios negreiros. O episódio mostra ainda como a escravidão continua ecoando na sociedade brasileira.   Mais datas Nos próximos dias, também serão lembrados a morte do psicanalista e escritor mineiro Helio Pellegrino (35 anos em 23 de março), o nascimento da cantora Ellen de Lima (85 anos em 24 de março), o Dia Mundial da Tuberculose (também em 24 de março) e os 105 anos da morte do músico e compositor francês Claude Debussy (em 25 de março). Confira a lista semanal* do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados: 19 a 25 de março de 2023 19 Nascimento do líder indígena peruano José Gabriel Condorcanqui Noguera, o Túpac Amaru II (285 anos) Morte do poeta simbolista catarinense Cruz e Sousa (125 anos) Cerimônia do Oscar é transmitida pela primeira vez na televisão (70 anos) Dia Nacional do Artesão 20 Nascimento do pianista e compositor fluminense Ernesto Nazareth (160 anos) Morte do escritor alagoano Graciliano Ramos (70 anos) Início da Guerra no Iraque (20 anos) Equinócio de primavera (Hemisfério Norte) e Equinócio de outono (Hemisfério Sul) – as comemorações

Palmeiras e Ituano se enfrentam por vaga na final do Paulistão

Palmeiras e Ituano medem forças, a partir das 16h (horário de Brasília) deste domingo (19), pela semifinal do Campeonato Paulista. A partida será disputada no Allianz Parque e vale vaga na final da competição. A Rádio Nacional transmite a partida. O Palmeiras chega embalado para este jogo. Um dos únicos times da Série A que não perdeu no ano de 2023, o Verdão tem 14 partidas na temporada, com dez vitórias e quatro empates. Com Rony e Raphael Veiga em grande fase (e recém-convocados para a seleção brasileira), o Palmeiras procura fazer mais um grande jogo para ir à quarta final seguida de Campeonato Paulista. Sextou com trabalho! 💪 Manhã de treino tático na Academia de Futebol ➤ https://t.co/Vlzr1aTADK#AvantiPalestra pic.twitter.com/FuAsawVVfT — SE Palmeiras (@Palmeiras) March 17, 2023 O técnico Abel Ferreira só tem um desfalque para o jogo: o meia Atuesta, que se recupera de uma cirurgia no joelho direito. Assim, o Palmeiras deve entrar em campo com: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Zé Rafael, Gabriel Menino e Raphael Veiga; Endrick (Bruno Tabata), Dudu e Rony. Já o Ituano busca surpreender e sair com a classificação para a final. Apesar da dificuldade em vencer jogos (apenas três vitórias em 15 jogos na temporada), o time de Itu se classificou em duas oportunidades nos pênaltis: contra o Corinthians nas quartas de final do Paulistão e contra o Ceará na segunda fase da Copa do Brasil. O clube busca uma classificação histórica contra o badalado Palmeiras para tentar o tricampeonato, após chegar ao título em 2002 e em 2014. Correu, bateu, e desta vez não foi na força.Rafael Pereira bateu colocado e fez 4×2 para o Ituano nos pênaltis contra o Ceará.Ituano está na 3a fase da Copa do Brasil!Foto: @miguelschincariol pic.twitter.com/EsCJsILnQ9 — Ituano Futebol Clube (@ituanooficial) March 16, 2023 O técnico Gilmar Dal Pozzo deve optar pela seguinte formação: Jefferson Paulino; Raí Ramos, Claudinho, Bernardo e Iury; André Luiz, Marcelo Freitas e Eduardo Person; Gabriel Barros, Paulo Victor e Quirino. O histórico do confronto indica vantagem do Palmeiras. Em 31 jogos disputados, o Verdão levou a melhor em 19 deles, com outros cinco empates e sete vitórias do Ituano. Um dos jogos mais marcantes desse retrospecto é a vitória do Ituano por 1 a 0 na semifinal do Paulistão de 2014, ano no qual o clube de Itu foi campeão pela última vez. Transmissão da Rádio Nacional A Rádio Nacional transmite Palmeiras e Ituano com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz, reportagem de Maurício Costa e plantão de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui: * Colaboração de Pedro Dabés (estagiário) sob supervisão de Verônica Dalcanal. Fonte