IBGE faz parceria com Prefeitura do Rio para o censo em favelas
O Censo Demográfico 2022 – IBGE não foi respondido por cerca de 9% dos domicílios localizados nas favelas da cidade do Rio de Janeiro. Para tentar resolver o problema, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fez uma parceria com a prefeitura da cidade. O Instituto Pereira Passos, órgão de pesquisa da Prefeitura do Rio de Janeiro, está mobilizando os agentes de territórios sociais, que já faziam levantamento de dados nas favelas cariocas e que também são moradores das comunidades, para ajudar no Censo. É que além de conhecer as localidades, os agentes do instituto transitam com mais facilidade por esses territórios, muitas vezes dominados por milícias ou pelo tráfico de drogas. Os agentes receberam um treinamento do IBGE e já estão buscando os moradores que não estavam em casa quando o recenseador fez a visita e também aqueles que se recusaram a responder o questionário. O IBGE encerrou em fevereiro a cobertura da coleta domiciliar do Censo. Ao todo, 189.261.144 pessoas foram recenseadas, o que representa 91%, levando-se em conta a prévia da população divulgada em 28 de dezembro do ano passado. No dia 1º de março, teve início a etapa de apuração. A divulgação dos primeiros resultados do censo está prevista para o final de abril. Fonte
Homem cai de balsa e morre afogado no Educandos
Um homem de 53 anos morreu afogado no Rio Negro, na tarde deste domingo, após cair de uma balsa, localizada na orla do Bairro de Educandos, Zona Sul de Manaus. Equipes da 2ª Companhia Interativa Comunitária (CICOM) foram acionados por volta das 14h. Os policiais tiveram acesso às câmeras de segurança da balsa, que registram o caso. Segundo a 2ª CICOM, a vítima tropeçou e cai no rio. Bombeiros foram acionados para fazer o resgate do homem. Após buscas na região, a vítima foi encontrada morta. O corpo do homem foi levado para o Pelotão Fluvial e depois removido pelo Instituto Médico Legal (IML). Uma irmã da vítima que esteve no local da ocorrência foi orientada pelas autoridades a registrar Boletim de Ocorrência (BO). Fonte
Sine Amazonas divulga 72 vagas de emprego em diversas áreas para esta segunda-feira
O Governo do Amazonas, por meio do Sistema Nacional de Empregos do Amazonas (Sine/AM), administrado pela Secretaria Executiva do Trabalho e Empreendedorismo (Setemp), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), divulga a oferta de 72 vagas de emprego para esta segunda-feira (20/03). Os interessados em concorrer às vagas devem acessar o site (http://empregabrasil.mte.gov.br) para fazer a solicitação de cadastro, ou comparecer na sede do Sine Amazonas, localizada na Galeria+, avenida Djalma Batista, 1.018 (entre o Amazonas Shopping e o Manaus Plaza Shopping). A distribuição das senhas e atendimento são realizados das 8h às 14h. Para o cadastro, devem apresentar comprovante de vacinação (Covid-19), currículo e documentos pessoais (RG, CPF, PIS, CTPS, comprovante de escolaridade e residência). Não é necessário apresentar cópias, somente os documentos originais. As oportunidades de emprego são de diversas empresas e instituições do Amazonas, e os detalhes das vagas serão informados pelos empregadores. Portal do Trabalhador O candidato também poderá concorrer às vagas acessando o Portal do Trabalhador (www.portaldotrabalhador.am.gov.br), no qual irá anexar o currículo na vaga pretendida. Caso esteja dentro do perfil, a equipe de captação entrará em contato com o concorrente para que compareça no posto do Sine Amazonas. 01 VAGA: CONFERENTE DE CARGA Escolaridade: Ensino Médio Completo Com experiência na função. OBS: com experiência em liberação de documentação aeroportuária, carga e descarga e entrada e saída de contêineres, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: ELETRICISTA Escolaridade: Ensino médio Completo. Com experiência na função. OBS: Ter CNH-B e cursos de qualificação profissional na área elétrica, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: GERENTE DE VENDAS Escolaridade: Ensino Superior completo em: Administração, Contabilidade, Marketing, Relações Públicas ou Economia. Com experiência na função. OBS: Ter CNH-B e cursos de qualificação profissional: Atendimento ao Público e/ou Gestão de Pessoas, documentação completa e currículo atualizado. 05 VAGAS: SERRALHEIRO Escolaridade: Ensino Fundamental completo; Com experiência na função. OBS: Ter experiência em reparos e instalações de chapas de metal e/ou estruturas metálicas em geral, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: SUPORTE TÉCNICO Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na função. OBS: Ter experiência com E-Social, folha de pagamento, ter conhecimento em Lógica de Programação, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: OFICIAL DE COZINHA Escolaridade: Ensino Fundamental completo; Com experiência na função. OBS: Ter cursos de Manipulação de Alimentos e/ou Segurança Alimentar, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: PEIXEIRO Escolaridade: Ensino Fundamental completo; Com experiência na função. OBS: Ter experiência com retiradas de espinhas de peixes, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: LÍDER DE VENDAS Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na função. OBS: Ter experiência com vendas:Técnicas de abordagem a clientes, liderança de equipe, metas de vendas e resultados, habilidade com maquiagem, informática básica, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: ESTOQUISTA Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na função. OBS: Ter experiência apenas na área Logística: Almoxarifado, Armazém, Depósito, Estoque; Informática básica, Excel; Cursos de qualificação: estoquista, controle de estoque e armazenagem, planejamento e organização e etc., disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: GERENTE DE RESTAURANTE Escolaridade: Ensino Superior completo ou cursando Administração e áreas afins; Com experiência na função. OBS: Ter experiência em Gerência de Restaurantes, gerenciamento de equipes, Informática Básica, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 03 VAGAS: JARDINEIRO Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na função. OBS: Será um diferencial ter Curso de Jardinagem, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 05 VAGAS: AGENTE DE PORTARIA II Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na função. OBS: Ser Bilíngue, ter cursos: Inglês, Agente de Portaria, Informática Básica, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: SALADEIRO Escolaridade: Ensino Fundamental completo; Com experiência na função. OBS: Ter curso de Manipulação de Alimentos, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 15 VAGAS: CONSULTOR DE VENDAS Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na função. OBS: Ter curso de Informática Básica, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 03 VAGAS: AÇOUGUEIRO Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na função. OBS: Ter curso de Manipulação de Alimentos, disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: SUPERVISOR DE TELEMARKETING Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na função ou na área comercial em geral. OBS: Ter atuado na área educacional ou comercial será um diferencial. Ter disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO VEICULAR Escolaridade: Ensino Médio Completo; Com experiência na função. OBS: Ter conhecimento em processos de manutenção em ar-condicionado automotivo, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: LANTERNEIRO – PRESIDENTE FIGUEIREDO Escolaridade: Ensino fundamental completo; Com experiência na função. OBS: Ter experiência na execução de serviços de lanternagem em veículos automotores em caráter preventivo e corretivo, ter disponibilidade para residir em Presidente Figueiredo, documentação completa e currículo atualizado. 01 VAGA: TÉCNICO EM ELETRÔNICA HOSPITALAR Escolaridade: Ensino médio completo; Com experiência na função. OBS: Ter curso técnico em Eletrônica, experiência em manutenção preventiva, corretiva de equipamentos hospitalares em geral, documentação completa e currículo atualizado. VAGAS EXCLUSIVAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (PCD) 01 VAGA: ASSISTENTE ADMINISTRATIVO I (PCD) Escolaridade: Ensino Superior cursando ou Técnico completo: Administração, Contabilidade ou Gestão financeira. Com experiência na função. OBS: Ter cursos de qualificação profissional: Gestão de processos e/ou gestão financeira; Informática Básica e/ou Excel avançado, disponibilidade de horário, documentação completa, currículo e laudo atualizado. 01 VAGA: ASSISTENTE ADMINISTRATIVO II (PCD) Escolaridade: Ensino Superior cursando ou Técnico completo: Automação, Elétrica ou Engenharia. Com experiência na função. OBS: Ter experiência em planilhas de controle dos insumos, coletas de informações, Informática básica e/ou Excel avançado, disponibilidade de horário, documentação completa, currículo e laudo atualizado. 10 VAGAS: AGENTE DE PORTARIA (PCD) Escolaridade: Ensino Médio completo; Com experiência na função. OBS: Ter curso de Agente de Portaria, Informática Básica, disponibilidade de horário, documentação completa, currículo e laudo atualizado. 10 VAGAS: AUXILIAR DE LIMPEZA (PCD) Escolaridade: Ensino Fundamental completo; Com ou sem experiência na função. OBS: Ter disponibilidade de horário, documentação completa e currículo atualizado. 05 VAGAS: AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS (PCD) Escolaridade: Ensino Fundamental completo; Com experiência na função. OBS: Ter disponibilidade de horário, documentação completa
Projeção da inflação tem variação negativa de 5,95%, diz BC
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, teve uma variação negativa de 5,96% para 5,95% este ano. A estimativa consta no Boletim Focus desta segunda-feira (20), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,11%. Para 2025 e 2026, as previsões são de inflação em 3,9% e 4%, respectivamente. A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%. Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em fevereiro, puxado pelo grupo Educação, com os reajustes aplicados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano, o IPCA ficou em 0,84%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador acumulou alta de 1,37% no ano e de 5,6% nos últimos 12 meses, percentual mais baixo do que os 5,77% verificados no período imediatamente anterior. Juros Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado, e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano, nos dois anos. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. PIB e câmbio A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano também variou para baixo de 0,89% para 0,88%. Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,47%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 1,8%, respectivamente. A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o fim deste ano. Para o final de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30. Fonte
Biofábrica de abelhas é alternativa para geração de renda na Amazônia
A conservação de parte da Floresta Amazônica tem ganhado o reforço de abelhas nativas sem ferrão. Um projeto liderado pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV) permitiu a multiplicação de ninhos de abelhas nativas, aumentando a disponibilidade de colônias para criação. Com a Biofábrica de Abelhas Indígenas de Carajás, no Pará, são encontradas 110 espécies de abelhas nativas entre 244 já catalogadas no Brasil. As abelhas nativas possuem papel fundamental na produção de alimentos na região amazônica, através da polinização de plantas importantes como o açaí, o guaraná e a castanha do Pará. Além disso, as abelhas colaboram na polinização de diversas culturas agrícolas. O conjunto de colônias indígenas é constituído por espécies locais selecionadas principalmente para a produção de mel e para polinização, além de produtos com potencial para geração de renda, como a própolis. As colônias estão instaladas em meliponários no BioParque Vale Amazônia e o viveiro de mudas da Vale, área com mais de 30 hectares de floresta nativa. De acordo com o pesquisador do Instituto Tecnológico Vale (ITV) Luciano Costa, um guia foi elaborado para auxiliar na localização e identificação das colônias. “O catálogo tem fotografias da entrada de colônias e operárias de 41 espécies ocorrentes na região e cursos online sobre resgate e manejo de abelhas nativas”, explicou. Geração de renda O mel produzido pelas abelhas nativas tem valor de mercado que chega a ser dez vezes maior que o mel tradicional, a depender da variedade da espécie. No Sudeste do Pará, a extração de mel é uma atividade econômica que gera renda local para pequenos produtores em Parauapebas, Canaã, Curionópolis e outros municípios da região. A meliponicultora, criação de abelhas sem ferrão, é uma atividade sustentável, que auxilia na preservação das espécies vegetais e no equilíbrio biológico nos diferentes biomas brasileiros. Segundo estudos publicados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), as abelhas nativas são os principais polinizadores do açaí (Euterpe oleracea). A pesquisa indica que elas executam cerca de 60% do trabalho de polinização nas flores da palmeira e são mais eficientes no transporte do pólen que os outros insetos, o que impacta diretamente na cadeia produtiva do açaí. Os estudos foram realizados em áreas naturais de ocorrência do açaí (várzea e terra firme) e em áreas com diferentes níveis de manejo até plantações do tipo monocultivo de larga escala. Ao todo, mais de 200 espécies de insetos (incluindo, besouros, moscas, formigas e outros grupos) foram coletados visitando as flores da palmeira, sendo também muito importantes para a polinização. Fonte
Com chuvas mais escassas no interior do país, outono começa hoje
O outono de 2023 tem início às 18h25 (horário de Brasília) desta segunda-feira (20). A estação é marcada por temperaturas mais amenas e, neste período, as chuvas são mais escassas no interior do Brasil, especialmente, no semiárido nordestino. “É uma estação considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, principalmente no Brasil Central”, explicou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em comunicado. Acrescentou que, já na parte norte das regiões Nordeste e Norte, o outono ainda é época de muita chuva, principalmente se houver a persistência da Zona de Convergência Intertropical mais ao sul de sua posição climatológica para o período. Essa zona é a área onde convergem os ventos alísios, que sopram dos trópicos para a região da Linha do Equador e que, por serem muitos úmidos, provocam chuvas nesses arredores. No outro extremo, o outono também é caracterizado por entradas de massas de ar frio vindas do sul do continente, que provocam a queda das temperaturas do ar, principalmente, na Região Sul e em parte da Região Sudeste. “Vale destacar ainda que, durante a estação, é possível observar as primeiras formações de fenômenos adversos, como nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e no Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul, e friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e até no sul de Goiás”, explicou o Inmet. O início e o fim das estações estão associados aos fenômenos astronômicos chamados solstícios (verão e inverno) e equinócios (primavera e outono), que são definidos pela posição da Terra em sua órbita em torno do Sol, bem como pela inclinação do eixo de rotação em relação à órbita. No dia 20 de março ocorre o equinócio de outono no hemisfério sul, época em que a duração do dia é aproximadamente igual à duração da noite, o mesmo que acontece no equinócio da primavera. Com o passar do tempo, os dias vão ficando menores e as noites maiores até o solstício de inverno que será no dia 21 de junho, às 11h58 (hora legal de Brasília), quando, então, se encerra o outono e começa o inverno. Já no solstício de verão o, dia tem o seu maior pico de duração em todo o ano. La Ninã Segundo o Inmet, o fenômeno La Niña vem perdendo intensidade e as previsões indicam uma transição para a normalidade e posterior formação do El Niño entre o final do outono e início do inverno. O La Ninã tem contribuído para a ocorrência de chuvas mais frequentes nas regiões Norte e Nordeste, bem como a escassez de chuvas na Região Sul do Brasil, em especial no Rio Grande do Sul, durante esse verão que se encerra. Ele é um fenômeno climático causado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico, que banham o Oeste da América do Sul, no Chile, Peru, Equador e Colômbia. Esse resfriamento altera a circulação atmosférica tropical e impacta nas temperaturas e na quantidade de chuvas em todo o mundo. Já o El Niño é a fase quente do fenômeno. Previsão por região A previsão para o outono na Região Norte indica que as chuvas deverão permanecer acima da média climatológica, com volumes que podem ultrapassar 800 milímetros, principalmente em áreas do nordeste do Pará e noroeste do Amazonas devido à persistência de dias chuvosos. Já no sul do Pará, as probabilidades indicam chuvas ligeiramente abaixo da média. A previsão do Inmet também indica o predomínio de temperaturas próximas e ligeiramente acima da média em grande parte da Região Norte, com valores que podem ultrapassar os 26ºC. No Nordeste, a previsão para o próximo trimestre indica chuvas acima da média em grande parte da região, sendo que, entre os meses de abril e maio, as chuvas deverão persistir em áreas mais ao norte devido à permanência da Zona de Convergência Intertropical. Além disso, as águas mais quentes próximas à costa nordestina aumentam as chances de chuvas até o final do outono. No leste da região, normalmente as chuvas superam os 400 milímetros no trimestre com o início do período chuvoso. As temperaturas permanecerão próximas à média, desde a costa do Maranhão até Alagoas, entretanto, no interior do nordeste, a previsão é de temperaturas mais elevadas. Na Região Centro-Oeste, as chuvas deverão ficar próximas ou acima da média climatológica em Mato Grosso e extremo norte de Mato Grosso do Sul. Nas demais áreas, deverão variar entre próximas ou abaixo da média. O Inmet ressalta que, a partir do mês de maio, começa o período seco na parte central do país e as temperaturas deverão ser acima da média em toda região, principalmente no norte de Goiás, onde as temperaturas podem ser superiores a 24ºC. No Sudeste, a previsão indica volumes de chuva abaixo da média nesse outono. Assim como na Região Centro-Oeste, normalmente existe uma redução das chuvas sobre esta região à medida que se aproxima do inverno, dando início ao período seco. A temperatura média do ar deverá prevalecer próxima e ligeiramente acima da climatologia do período, porém, não se descarta a possibilidade da entrada de massas de ar frio que poderão diminuir as temperaturas em alguns dias nas localidades de maior altitude, a partir do mês de maio. Frentes frias Já no Sul do país, o prognóstico indica chuvas abaixo da média em grande parte do Paraná e Santa Catarina, exceto no leste destes estados, onde as chuvas podem ser próximas da média, por causa da passagem de frentes frias. Meteorologistas destacam a previsão do retorno das chuvas mais frequentes sobre o Rio Grande do Sul, devido ao enfraquecimento do fenômeno La Niña, “que assolou por três anos consecutivos o estado, causando escassez de chuvas”. A temperatura do ar na Região Sul deverá prevalecer acima da climatologia do período, porém, não está descartada a possibilidade de geadas, principalmente em áreas serranas, à medida que se aproxima do inverno. Na costa da
No Rio, fila da fome reúne pessoas sem teto em busca de comida
A cena se repete todos os dias, de segunda a sexta-feira. Por volta das 11h, há um alvoroço num trecho da rua do Senado, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Dezenas de pessoas, sentadas ou deitadas na calçada, protegidas por árvores e um abrigo de ônibus, correm para formar uma fila quando veem voluntários saírem do número 50. A confusão é inevitável. Aqueles que chegaram mais tarde tentam se posicionar à frente de quem estava ali desde cedo e se organizar, mesmo que de forma precária. Enquanto isso, os voluntários do número 50 anotam os nomes dos que correram para a fila. Apenas 100 dos muitos sem teto que vivem em situação de rua serão selecionados naquele dia e contemplados com um almoço, oferecido gratuitamente pela organização não governamental Fraternidade sem Fronteiras. A ONG funciona ali, no número 50, há quase dois anos. Para alguns deles, aquela será a única refeição do dia, se tiverem sorte. Marcelo, de 41 anos, era um dos primeiros na “fila da fome” na manhã da primeira quinta-feira de março (2). Desempregado desde que deixou a cadeia em 2019, em liberdade condicional, ele depende da boa vontade de outras pessoas para comer. À noite, consegue jantar em um abrigo da prefeitura, mas, durante o dia, tem que batalhar por sua refeição. “Briguei com meus irmãos e tive que sair de casa. Estou na rua há um ano e seis meses. É uma situação complicada, porque nós não temos dinheiro. Então tem que correr onde tem comida”, disse Marcelo à Agência Brasil. Rio de Janeiro (RJ), 02/03/2023 – Pessoas se organizam em fila para se cadastrarem para almoço gratuito no centro de acolhimento do projeto Fraternidade na Rua, na Lapa, região central da cidade. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil – Tânia Rêgo/Agência Brasil Também na fila, Márcio, de 39 anos, teve que deixar a casa onde vivia com a mulher e cinco filhos, há três meses, por ser usuário de drogas. Ele diz que está “livre do vício”, mas, desempregado e morando na rua, trava uma luta diária para poder se alimentar. “Às vezes a gente consegue comer nos abrigos, às vezes algumas igrejas também dão. A gente vai sobrevivendo com a ajuda de outras pessoas”. Paulo César, de 27 anos, três deles vivendo na rua depois de ser expulso de sua comunidade por criminosos, também conseguiu seu almoço na última quinta-feira. Mas nem sempre é assim. Sábado e domingo não tem almoço na ONG. E, às vezes, mesmo durante a semana, não tem sorte de estar entre os selecionados. “Estou todo dia nessa rota aqui. Às vezes quando falta aqui, tem que correr atrás. Aí vai na Central, às vezes arruma lá. Quando lá não tem, degringola tudo. Tem que ficar garimpando em mercado, quando sobra, ou então nas lojinhas de salgado, quando joga na lixeira, a gente vai lá e pega. Já fiquei dois dias sem comer”, lembrou. A ideia de oferecer almoço para a população de rua surgiu durante a pandemia de covid-19, segundo a coordenadora do projeto, Isabel Silveira. Rio de Janeiro (RJ), 02/03/2023 – A coordenadora do projeto, Isabel Silveira, conversa enquanto pessoas se organizam em fila para se cadastrarem para almoço gratuito no centro de acolhimento do projeto Fraternidade na Rua, na Lapa, região central da cidade. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil – Tânia Rêgo/Agência Brasil “Como é que você consegue fazer qualquer coisa de barriga vazia? A alimentação é uma possibilidade de garantir a primeira necessidade básica do ser humano. A partir do momento que eles estão se alimentando, podemos construir outras questões”. A “fila da fome” é apenas um exemplo do problema da insegurança alimentar nas grandes cidades brasileiras. Insegurança alimentar Segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) feita com 35 mil entrevistados e divulgada em 2022, 57,8% da população urbana do país enfrentam algum grau de insegurança alimentar, ou seja, não se alimentam da forma como deveriam. Pelo menos 15% estão na situação de insegurança grave, o que significa que milhões de pessoas passam fome no Brasil. A secretária de segurança alimentar e nutricional do MDS, Lilian Rahal, durante entrevista à Agência Brasil – Antonio Cruz/ Agência Brasil A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal, destaca que a cidade é onde se concentra a maior parte da população que enfrenta a fome. “Os dados da Rede Penssan mostram que, percentualmente, há mais fome no [espaço] rural do que no urbano. Mas numericamente tem muito mais gente nas cidades passando fome do que no rural”. Portanto, não são apenas os moradores de rua que precisam lidar com o problema. Estudo feito pela Central Única das Favelas (Cufa) e pelo Instituto Locomotiva, em fevereiro de 2021, com 2.087 moradores de 76 favelas brasileiras, mostrou que 68% dos entrevistados não tinham dinheiro para comprar comida em pelo menos um dia nas duas semanas anteriores à pesquisa. “As pessoas em situação de rua são o lado mais extremo, inaceitável e desumano da fome. Mas também há situações de pessoas [que têm casa] que comem menos do que deveriam comer por dificuldade de acesso ao alimento. Tem pessoas que restringem a alimentação em alguns dias para que essa alimentação possa durar o mês inteiro, até um próximo momento em que seja possível adquirir esse alimento novamente. São situações que refletem a fome de alguma forma”, afirmou a pesquisadora do Instituto de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Juliana Lignani. Segundo ela, a insegurança alimentar tem origem nas desigualdades, sejam de renda, de moradia, de gênero ou racial. “São situações que vão levar a dificuldade de acesso ao alimento. Pode ser uma dificuldade de acesso financeiro. São pessoas que não conseguem ter um rendimento suficiente para adquirir essa alimentação de maneira adequada. Também pode haver uma dificuldade de acesso físico. São pessoas que moram em determinadas regiões que dificultam o acesso ao alimento”, explicou. A pesquisadora afirma que fatores como empregos precários e o tipo de arranjo familiar também podem ser problemas para uma alimentação adequada. Famílias com muitas crianças ou adolescentes, por exemplo,
Pesquisadores monitoram comportamento de onças na Amazônia
Pesquisadores do Instituto Mamirauá vão aproveitar o período de chuvas na floresta amazônica para fazer o monitoramento de onças. Em março, o nível dos rios sobe e reduz a disponibilidade de terra para os felinos, que passam se abrigar nas árvores. São preparadas armadilhas com laços camufladas na folhagem para capturar os animais. As onças são imobilizadas para instalação de um colar que permite o monitoramento da localização por satélite. Assim, os grupos de pesquisa podem se aproximar em canoas e fazer um trabalho de observação dos animais, mais difícil de ser realizado nos períodos de seca. A partir da observação e dos dados de movimentação, os pesquisadores terão mais informações para entender as necessidades ecológicas da onça-pintada da Amazônia. O Instituto Mamirauá é uma organização social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Fonte
Reverter a fome em quatro anos será grande desafio, diz secretária
Em 2014, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) anunciava que o Brasil estava fora do Mapa da Fome no mundo. Hoje, quase dez anos depois, a insegurança alimentar volta a atingir mais de 33 milhões de brasileiros, segundo estudo publicado em 2022 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan). Durante cerimônia de posse, em janeiro deste ano, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que acabar com a fome é uma das prioridades de seu governo. Reverter a situação em que o país se encontra hoje garantindo alimentação adequada para toda a população, no entanto, será uma tarefa difícil. Segundo a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal, foram necessários mais de dez anos para que a luta contra a fome culminasse na saída do Brasil do Mapa da Fome – analisando-se os primeiros governos de Lula (2003 a 2010) e o mandato de Dilma Rousseff (a partir de 2011). “O presidente Lula tem colocado bem claramente que, até o fim do governo, ele gostaria que as pessoas tivessem três refeições ao dia”, disse a secretária. “Nosso ministro [Wellington Dias, do Desenvolvimento Social] tem dito que quer tirar o Brasil do Mapa da Fome [novamente], que nós queremos garantir a segurança alimentar da população brasileira. É possível, sim, reverter a situação atual nos próximos quatro anos. Lembrando que, em momentos passados, nós levamos mais de dez anos para reverter essa situação, então é um desafio muito grande reverter a situação atual de fome e desnutrição apenas em quatro anos, mas o governo está trabalhando e articulado para isso”, destacou a secretária. Segundo ela, o governo anterior deixou para as políticas de combate à fome um legado que inclui desorganização e desarticulação dos programas, poucos servidores e orçamento baixo no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023. “Nos últimos anos, a agenda foi tocada por gente que não entende do assunto, que não é da área, e fez um esforço para tirar qualquer possibilidade de construção de uma agenda de segurança alimentar. Desde a extinção do Consea [Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional], em 1º de janeiro de 2019, até a destruição completa do orçamento no PLOA de 2023”. De acordo com a secretária, as estratégias do atual governo para combater a insegurança alimentar no país passam por “políticas públicas amplas”, que envolvem questões como o aumento da produção de alimentos básicos, através do Plano Safra, ações de disponibilização de refeição pelos municípios e a garantia da chegada de alimentos a locais com maiores índices de desnutrição. A ampliação da renda das famílias, com ações como a reestruturação do Bolsa Família, a recuperação do poder de compra do salário mínimo e a geração de empregos também são prioritários para o governo federal. “Tanto a ideia de ter renda via transferência de renda, quanto as estratégias de geração de postos de trabalho e renda ajudam a ter acesso [aos alimentos]”, disse. Outra política que deve ser fortalecida é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), em que o governo federal repassa recursos para estados e municípios, a fim de garantir refeições aos estudantes. “A gente sabe que muitas crianças têm a refeição da escola como uma das refeições principais, senão a refeição principal do dia”, explica. “O governo reconhece isso, sabe dessa importância e vai focar parte da atuação de seus diferentes órgãos para que o Pnae tenha uma implementação plena nesses próximos quatro anos e que as escolas consigam comprar e fornecer comida de verdade para as 40 milhões de crianças que se alimentam cotidianamente nas escolas.” Outra frente importante é a regulamentação do setor alimentar no país visando combater a obesidade, uma das faces da insegurança alimentar. “A gente tem a necessidade de enfrentar isso, de uma forma ampla e intersetorial, considerando as múltiplas faces que a fome e a desnutrição se manifestam. Não dá para as pessoas só terem acesso aos ultraprocessados, porque as pessoas podem aparentemente estar comendo, mas continuam num estado de desnutrição.” Source link
Caixa começa a pagar Bolsa Família com adicional de R$ 150
A Caixa Econômica Federal começa a pagar nesta segunda-feira (20) a parcela de março do Bolsa Família. Essa será a primeira parcela com o adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos. Recebem hoje os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1. O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 669,93. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 21,1 milhões de famílias, com gasto de R$ 14 bilhões. Com a revisão do cadastro, que eliminou principalmente famílias constituídas de uma única pessoa, 1,48 milhão de beneficiários foram excluídos do Bolsa Família e 694,2 mil famílias foram incluídas, das quais 335,7 mil com crianças de até 6 anos. Desde o início do ano, o programa social voltou a se chamar Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício. O pagamento do adicional de R$ 150 está começando neste mês, após um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a fim de eliminar fraudes. Em junho, começará o pagamento do adicional de R$ 50 por gestante, por criança de 7 a 12 anos e por adolescente de 12 a 18 anos. No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco. Auxílio Gás Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias inscritas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em abril. Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica. Fonte
Governo relança programa Mais Médicos
O governo relança, nesta segunda-feira (20), o programa Mais Médicos para o Brasil. A cerimônia será às 11h, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade. De acordo com o governo, a iniciativa vai ampliar o acesso ao atendimento médico no país, principalmente nas regiões de extrema pobreza e vazios assistenciais. No último sábado (18), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, escreveu no Twitter que além de ampliar o número de profissionais da saúde, o programa vai melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS), com investimentos em construção e reforma de unidades básicas. Na mesma publicação, Pimenta lembrou que o programa, criado pela então presidente Dilma Rousseff, “chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios, contratou mais de 18 mil profissionais e beneficiou 63 milhões de brasileiros. “O desmonte do programa, nos últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS”, acrescentou. No novo formato, a expectativa é que sejam anunciados incentivos de permanência dos profissionais nos municípios. Fonte