CCBB RJ recebe 3ª Mostra de Cinema Árabe Feminino com sessões grátis

O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ) abre nesta quarta-feira (22) a 3ª Mostra de Cinema Árabe Feminino, que oferecerá ao público, até o dia 10 de abril próximo, a oportunidade de conhecer 34 obras cinematográficas dirigidas por mulheres árabes que residem ou não nos países do Oriente Médio e que retratam a diversidade do cinema árabe contemporâneo. As cineastas são oriundas de oito países: Egito, Líbano, Palestina, Sudão, Iêmen, Síria, Argélia e Marrocos. A entrada é gratuita e os ingressos estão disponíveis na bilheteria física do CCBB RJ ou no site, a partir das 9h do dia da sessão. O patrocínio é do Banco do Brasil. A sócia da Partisane Filmes, Analu Bambirra, que divide a curadoria da mostra com a brasileira Carol Almeida e a egípcia Alia Ayman, disse hoje (21) à Agência Brasil que a maioria dos filmes que serão apresentados é inédita no Brasil. A seleção foi feita a partir de pesquisa entre festivais e curadores de cinema. Durante 20 dias, questões políticas e sociais, vivências LGBTQIAP+, masculinidades, família, entre outros temas, passarão pela tela do Cinema 1 do CCBB RJ. A programação completa pode ser acessada online. Debates Também diretora e produtora da Mostra de Cinema Árabe Feminino, Analu Bambirra destacou dois filmes, cujas realizadoras estarão no Brasil para debate com o público do Rio de Janeiro. O primeiro é Miguel’s War (A Guerra de Miguel), de Eliane Raheb. Inédito no Brasil, esse é o quarto longa-metragem da diretora libanesa e aborda a trajetória de um homem gay que escapa do país e retorna mais de 30 anos depois, revisitando o passado. “É um filme muito impactante”. Ele estreou no Panorama da Berlinale em 2021 e ganhou o Teddy de melhor longa-metragem, o Grande Prêmio do Júri no NewFEST, o prêmio de documentário no festival de cinema LGBT de Paris e o de melhor documentário no Festival de Cinema de Mizna. Eliane Raheb vai comentar seu filme no dia 6 de abril. Antes, no dia 2, ela ministra a masterclass Construção de personagens no cinema documental. Para a masterclass, a inscrição é prévia. Mais informações podem ser obtidas pelas redes sociais. O segundo filme, já exibido nos cinemas brasileiros, é assinado pela premiada diretora síria Soudade Kaadan, nascida na França e radicada na Inglaterra. Ela vai comentar seu filme Nezouh no dia 7 de abril. O drama apresenta a história da adolescente Zeina, de 14 anos, e sua família, que são os últimos moradores a resistir a um bombardeio em sua cidade natal sitiada, Damasco, na Síria. “É um filme muito forte e ela vai conversar com o público também”, comentou a curadora. A mostra terá ainda duas mesas redondas. A primeira será realizada no dia 25 deste mês, às 14h, sobre Imagem de arquivo, política e memória. As palestrantes serão Patrícia Machado, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio), e Thais Blank, da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV CPDOC). A segunda mesa redonda abordará Transbordamentos e ancoramentos: mulheres do Oriente Médio em movimento, com as palestrantes Daniele Regina Abilas, Mirian Alves e Ana Raietparvar, todas do Núcleo de Estudos do Oriente Médio da Universidade Federal Fluminense (NEOM/UFF), no dia 1º de abril, às 14h. Abertura O filme de abertura da 3ª Mostra de Cinema Árabe Feminino é o longa-metragem inédito no Brasil Lift like a girl (Levante Como uma Garota) da diretora egípcia Mayye Zayed. O documentário recebeu o prêmio Golden Dove, no festival DOK Leipzig, e acompanha uma garota egípcia de 14 anos que treina entre as campeãs de elite do Egito para competir internacionalmente com levantamento de peso.  Outros longas que estreiam no Brasi são Foragers, da palestina Jumana Manna; Purple Sea, de Amel Alzakout e Khaled Abdulwahed; The Zerda and the Songs of Forgetting e La Nouba des Femmes du Mont-Chenoua, ambos da escritora argelina Assia Djebar, falecida em 2015; e The hour of liberation has arrived, da diretora libanesa Heiny Srour, considerado o primeiro longa-metragem de uma mulher árabe a ser selecionado para o Festival de Cannes, em cópia restaurada do filme. Entre os 21 curtas que serão exibidos, 14 estreiam no Brasil. Entre eles, destaque para As If No Misfortune Had Occurred in the Night, realizado pela diretora palestina Larissa Sansour; a trilogia Life on the Caps, da artista marroquina Meriem Bennani; e The Window, da libanesa Sarah Kaskas. Durante a programação, serão feitas homenagens às realizadoras Meriem Bennani (artista visual marroquina que trabalha com animação e arte contemporânea), Azza El Hassan (diretora palestina que fundou o projeto de restauração fílmica, curadoria e produção chamado The Void Project) e Basma Alsharif (artista visual e diretora de origem palestina). Depois do Rio de Janeiro, a 3ª Mostra de Cinema Árabe Feminino seguirá para o CCBB Brasília e o CCBB São Paulo. Fonte

Suspeito de sequestrar empresário e cobrar R$ 21,5 mil em resgate é preso em Manaus

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 26° Distrito Integrado de Polícia (DIP), prendeu, em flagrante, na tarde de segunda-feira (20/03), Samuel Sales de Lima, de idade não informada, envolvido nos crimes de roubo majorado e extorsão mediante sequestro praticados contra um empresário na comunidade Bariri, bairro Presidente Vargas, zona sul de Manaus. Segundo o delegado Ericson Tavares, titular do 26° DIP, a vítima foi sequestrada por sete homens que a levaram para o bairro Tarumã, zona oeste, e obrigaram a família dele a pagar R$ 21,5 mil em troca de sua liberdade. “Samuel foi quem recebeu o pagamento via pix, realizado pelos familiares, mas não estava envolvido diretamente no sequestro. Após o pagamento, os infratores evadiram-se do local para uma mata ali próxima, deixando a vítima sozinha”, relatou o titular. A autoridade policial informou que Samuel foi preso no bairro Compensa, zona oeste, e afirmou que as diligências em torno do caso continuarão para chegar ao mandante do crime, bem como aos demais envolvidos na ação criminosa. Procedimentos O indivíduo responderá por roubo majorado, extorsão mediante sequestro e associação criminosa. Ele será encaminhado à audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça. FOTO: Mayara Viana/PC-AM Fonte

Nas últimas 24 horas, 25 pessoas foram presas durante patrulhamentos realizados no Amazonas

Entre a manhã de segunda-feira (20/03) e as primeiras horas desta terça-feira (21/03), 25 pessoas foram presas e cinco adolescentes foram apreendidos durante as ações da Secretaria Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio da Polícia Militar do Amazonas (PMAM). As prisões e apreensões foram efetuadas em Manaus e nos municípios de Autazes, Iranduba, Lábrea, Manacapuru, Tabatinga, Presidente Figueiredo e São Paulo de Olivença. Ao todo, as equipes policiais tiraram de circulação, três armas de fogo, sete munições, R$641 em dinheiro e cerca de 223 porções de entorpecentes. A maioria das prisões foi efetuada por suspeita dos presos terem envolvimento em crimes de porte ilegal de arma de fogo, roubo e tráfico de drogas. No bairro Monte das Oliveiras, zona norte de Manaus, policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) prenderam um homem, de 25 anos, pelo crime de tráfico de drogas. Em posse do suspeito foram apreendidos oito porções pequenas de maconha, 18 porções pequenas de oxi, uma porção grande de maconha e uma balança de precisão. O homem foi conduzido ao 6° Distrito Integrado de Polícia (DIP). Policiais militares da 25ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) prenderam uma mulher, de 27 anos, pelo crime de tráfico de drogas, no bairro Zumbi dos Palmares, zona leste da capital. Em posse da suspeita foram encontradas 91 porções de entorpecentes e R$282 em dinheiro. A suspeita foi encaminhada para o 14°DIP. Interior No município de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus), policiais militares prenderam um homem, de 23 anos, pelo crime de tráfico de drogas. Com o suspeito foram encontrados 22 gramas de oxi, sete gramas de cocaína, 10 porções pequenas de cocaína, 17 gramas de oxi, uma pochete, uma carteira de trabalho, uma balança de precisão, quatro munições (de espingarda, calibre 28) e R$22 em dinheiro. Ele foi levado à delegacia do município para os procedimentos cabíveis. As demais prisões ocorreram nos municípios de Autazes, Iranduba, Lábrea, Tabatinga, Presidente Figueiredo e São Paulo de Olivença. FOTOS: Divulgação/SSP-AM Fonte

Haddad espera aprovar plano econômico até final do ano

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje (21) que está otimista sobre o governo encontrar equilíbrio entre sustentabilidade fiscal e desenvolvimento sócio-econômico e estimou que as medidas necessárias para isso devem ser aprovadas até o fim deste ano. De Brasília, Haddad participou, virtualmente, do encerramento do seminário Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI, realizado no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.  “Estamos criando, no Congresso Nacional, um ambiente favorável a concluir, no primeiro semestre, a apresentação daquilo que é necessário para o Brasil reencontrar o caminho do desenvolvimento, e aprovar, no segundo semestre, medidas que darão sustentabilidade ao governo do presidente Lula”, disse Haddad, que afirmou que muitas dessas medidas já foram anunciadas. “Penso que temos todas as condições de, no primeiro semestre, ter esse plano de voo definido. É uma tarefa difícil. É uma tarefa árdua. Os interlocutores são os mais diversos, mas os diálogos estão acontecendo”. Haddad disse que entre as medidas já apresentadas estão o reajuste do salário mínimo, mudanças na tabela do imposto de renda e o programa Desenrola, todas previstas para vigorar a partir de 1° de maio. “Estamos na expectativa de uma convergência entre as políticas fiscal e monetária, para que nós possamos utilizar essa gordura de juros elevados em benefício de um programa sustentável de desenvolvimento, com baixa inflação. É absolutamente possível no Brasil”. Em abril, o ministro disse que o governo vai apresentar um conjunto de medidas regulatórias, como um novo marco regulatório para as parcerias público privadas e medidas para melhorar o ambiente de crédito no país, que estão em elaboração junto a equipes do Tesouro Nacional e do Banco Central, respectivamente.  “No que compete à Fazenda, se tivermos a condição de, em um semestre, encaminhar ao Congresso tanto a questão do marco fiscal quanto as medidas de crédito e regulatórias, para alavancar investimento, tenho certeza que vamos apresentar um desenho concluído do que esse governo pretende para o futuro do país”, disse Haddad, que também prevê para o primeiro semestre um mapeamento de medidas voltadas para transição ecológica. “Para que possamos não ter qualquer tipo de desenvolvimento, mas um tipo de desenvolvimento aderente ao que mundo espera de um país como o Brasil”. Novo Arcabouço Fiscal Após apresentar o projeto do novo arcabouço fiscal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no sábado (18), Haddad afirmou que passou os últimos três dias dialogando com interlocutores para preparar o terreno político para as propostas no Congresso Nacional. “Penso que a reforma tributária, com a constituição do grupo de trabalho pelo presidente [da Câmara] Arthur Lira, vai avançar na Câmara dos Deputados, com o entusiasmo e com o sentimento e parceria do Senado Federal, que vai aguardar a conclusão do grupo de trabalho para dar andamento às deliberações”, disse Haddad. “Penso que temos total condição de votar, na Câmara, entre junho e julho, e, no Senado, no segundo semestre.” O ministro afirmou que a equipe do secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, já trabalha na modificação de outros impostos, como o Imposto de Renda e o imposto sobre folha de pagamento, que poderão ser modificados como projetos de lei, em vez de propostas de Emenda Constitucional.  O ministro argumentou que a reforma tributária vai trazer ganhos que não têm sido considerados por analistas econômicos, substituindo um cenário de caos por um sistema tributário simples, que trará mais contribuintes à legalidade e aumentará a produtividade de setores como a indústria. Outro ponto que ele levanta é que a proposta reduz o peso dos impostos sobre os mais pobres, produzindo justiça tributária. “O queremos achar é a linha fina que permita ao governo honrar seus compromissos de campanha e, simultaneamente, oferecer ao Estado brasileiro, e não ao governo, uma base fiscal sustentável para responder aos direitos sociais previstos na Constituição e que estão previstos no nosso plano de governo.” Juros elevados Ao falar da expectativa de convergência entre as políticas fiscal e monetária, o ministro voltou a defender que os juros básicos da economia, hoje no patamar de 13,75%, sejam reduzidos pelo Banco Central.  “Nossa taxa de juros está exageradamente elevada, o que significa espaço para cortes, num momento em que a economia brasileira pode e deve decolar. Não temos porque temer, no Brasil, tomar as decisões corretas tanto do ponto de vista do arcabouço fiscal quanto do ponto de vista monetário, porque há espaço para isso, para fazer convergir a política fiscal e monetária, garantindo a todos a sustentabilidade sócio-econômica do nosso projeto.” Fernando Haddad disse que o Brasil é “prisioneiro do curto prazo” e que as propostas elaboradas pelo governo para a economia pretendem dar ao país um horizonte de desenvolvimento de longo prazo e sustentabilidade. “Termino com os votos de que a gente saia dessa armadilha de curtíssimo prazo em que estamos envolvidos. Nós precisamos sair dessa discussão de todo mundo colado na tela do computador para saber se o dólar subiu um centavo ou caiu um centavo, se a bolsa subiu um ponto ou desceu um ponto. O Brasil é maior do que isso. O Brasil pode se pensar no médio e longo prazo, e é isso que vai garantir aos cidadãos, aos investidores e aos empresários, à classe política, a certeza de que vamos voltar ao caminho certo, do que não deveríamos ter saído”. Fonte

Intenção de Consumo das Famílias cresce 0,8% no país

O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu 0,8% em março e atingiu 96,7 pontos, o maior nível desde março de 2020, ficando acima também do resultado de fevereiro quando alcançou 95,7 pontos. Com isso, a intenção de consumo permanece abaixo da zona de avaliação positiva de 100 pontos desde 2015. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (21), no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que apura o índice mensalmente desde 2011. Izis Ferreira, economista da CNC, disse que, apesar de ter mantido a tendência de alta, a elevação foi menos expressiva. Acrescentou que isso ocorre muito em razão da perda de fôlego no otimismo das famílias de menor renda. Desde o último trimestre do ano passado o consumidor de renda média e baixa ainda estava mais esperançoso que o mais rico, mas o panorama mudou agora em março, explicou. “A gente tem o consumidor de renda média e baixa se mostrando menos otimista. O otimismo cresceu mais para quem tem alta renda. Isso em um contexto de juros altos quem tem uma poupança financeira e quem consegue ter um equilíbrio financeiro do orçamento ou fazendo investimento qualquer que seja, [eles] estão vendo a sua renda ser multiplicada, mas essa não é a realidade do consumidor de renda média e baixa no Brasil”, frisou em entrevista à Agência Brasil. Impacto da inflação Izis acrescentou que o consumidor de renda média e baixa sofreu muito com a inflação alta de 2022 e, quando ela desacelerou este ano, aliviou um pouco a renda dessas famílias, mas ainda há necessidades além da questão do impacto da inflação. “Ele [o consumidor] agora aponta o crédito caro e seleto como um problema para as compras a prazo. A gente sabe que o brasileiro tem o hábito do crédito e do parcelamento e aparentemente essa dificuldade de acesso ao crédito tem limitado a intenção de consumo. Esse é um problema que está mais latente para quem tem renda média e baixa porque o risco de inadimplência é maior. O banco não está mais emprestando para ele, e, quando empresta, é com a taxa de juros muito maior. De forma geral, está mais caro e mais difícil fazer compras a prazo e o consumidor tem apontado isso como entrave ao consumo à frente”, afirmou. De acordo com a pesquisa, 37% das famílias relataram que o acesso ao crédito está mais difícil. O índice que mede a facilidade das compras a prazo caiu 0,8% e continuou no quadrante negativo (90,5 pontos). O estudo mostrou, também, que três em cada quatro consumidores consideram que o momento não é favorável para a compra de bens duráveis. Ricos A economista revelou que, em março, a intenção de consumo das pessoas com renda acima de 10 salários mínimos, consideradas na faixa dos mais ricos, superou a das com renda média e baixa. O aumento na intenção de consumo dos mais ricos avançou 2,2% em março. Mulheres Em relação ao gênero, o estudo apontou um crescimento no otimismo feminino ao longo dos últimos meses, superior ao dos homens. Embora a intenção de compras das mulheres ainda esteja em nível mais baixo, em março subiu 1,5%, enquanto entre os homens cresceu 0,6%. O estudo indicou que as mulheres também estão mais satisfeitas com o acesso ao crédito e compras a prazo. Em consequência, estão proporcionalmente mais endividadas do que os homens, conforme os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), também elaborada pela CNC. “A gente tem visto mais mulheres entrarem no mercado de trabalho formal, emprego com carteira assinada. A gente tem visto número maior de mulheres beneficiadas por políticas públicas pelo principal programa de transferência de renda. Elas estão mais endividadas, mas aparentemente estão conseguindo acessar mais crédito. Então, a gente tem fatores que têm levado essas mulheres a aumentarem mais o seu otimismo”, assinalou. A economista estimou que, em breve, o indicador das mulheres neste item possa superar o dos homens. “Como o indicador vem crescendo de forma mais expressiva nos últimos meses, para as mulheres é bem possível que ultrapasse o índice dos homens em breve, porque tem-se hoje um olhar para políticas públicas para mulheres mais abrangente, a gente tem tido a questão de gênero bem tratada pela sociedade. De certa forma, isso tem impacto na intenção de consumir”, concluiu. Emprego atual Já o indicador relacionado à satisfação com o emprego atual teve melhor desempenho entre os consumidores de rendas média e baixa no primeiro trimestre, ao mesmo tempo em que recuou no mesmo período entre os de renda mais alta. “A satisfação com o seu nível de emprego está maior para o consumidor de baixa renda porque o mercado de trabalho – ao longo dos últimos meses – veio absorvendo pessoas com menor grau de instrução, menos escolaridade e pagando menores salários. Então, a gente tem um número maior de consumidores de famílias com média e baixa renda mais satisfeitos com o emprego atual do que os de alta renda, que estão demonstrando um certo desconforto com o seu emprego atual. Tem-se visto muitas empresas de grande porte, empresas intensivas em tecnologia, demitirem muita gente. O perfil principal desse trabalhador que vem sendo dispensado é o mais escolarizado, com salário maior, que está no grupo de consumo mais alto”, analisou. Projeção Para os próximos três meses, o consumidor de todas as faixas de renda está projetando uma melhora do seu nível de compras. Conforme a economista, ele está achando que lá na frente as condições estarão melhores do que as atuais. A pesquisa indicou, também, que a perspectiva de consumo – pelo terceiro mês consecutivo – se destacou com o maior crescimento mensal. Desta vez, 3,2%, alcançando 103,6 pontos. Desde outubro do ano passado que o indicador tem evoluído mais que o nível de consumo atual. A conclusão é que as famílias pretendem ter condições de consumo melhores no futuro. Neste item, segundo a economista, embora tenha crescido nos dois grupos, o consumidor de baixa

No Senado, Renan Filho defende que arcabouço considere investimentos

O ministro dos Transportes, Renan Filho, inaugurou nesta terça-feira (21) uma série de reuniões de membros das comissões de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado com ministros das pastas correlatas. Aos senadores, além de falar sobre as prioridades do Ministério dos Transportes, o ministro voltou a destacar que a análise do novo arcabouço fiscal pelo Congresso Nacional, previsto para as próximas semanas, deve levar em consideração a necessidade de investimentos do governo, especialmente em infraestrutura rodoviária. Segundo Renan Filho, hoje é mais caro transportar uma carga da fazenda até um porto, do que transportar do porto para China ou para a Europa. Ao citar levantamento feito pela Confederação Nacional do Transportes (CNT), Renan Filho disse que 66% da malha rodoviária federal e estadual está em situação regular, ruim ou péssima. Ele se comprometeu a, em até dois anos, zerar os trechos nessas condições, mas ressaltou a necessidade de recursos. “Se voltarmos a uma capacidade pré-PEC [da transição], não teremos condição de frear a piora da nossa infraestrutura de transportes”, alertou. O ministro disse ainda que apesar de estarem em estado ruim, 96% das rodovias têm contrato de manutenção, mas não têm recursos para este fim. O orçamento da pasta para este ano, herdado do governo Bolsonaro, foi de R$ 5 bilhões, contra R$ 45 bilhões em 2012. “É um nono!”, criticou. Com a aprovação da PEC da transição, o orçamento para 2023 subiu para R$ 21 bilhões, o valor é semelhante ao de 2020. Renan Filho comparou os investimentos em rodovias feitos em 2022 por Brasil e Uruguai. Na avaliação do ministro apesar de ambos terem investido cerca de US$ 1 bilhão cada, se a comparação considerar os aportes por habitante, o país vizinho investiu 50 vezes mais. “Não dá para o Brasil investir menos que o Uruguai”, avaliou. Para que o Brasil conquiste a confiança de investidores, o ministro dos Transportes disse que a pasta vai estabelecer, a partir do Plano Nacional de Logística 2035 (PNL), projetos para execução futura. A expectativa é de que o documento técnico com um conjunto de dados, informações e cenários futuros auxilie de forma estratégica nas discussões e no processo de tomada de decisões. “O Parlamento precisa discutir se vai ter mais recursos. Vamos eleger com clareza os projetos [prioritários] para garantir qualidade e, por outro lado, mais recursos para esses projetos para evitar que vá para coisas não importantes. Esse é um mecanismo que aplaca os ânimos do mercado, saber o que será feito com os recursos disponibilizados.” 100 dias Como meta para os 100 dias do governo Lula, que serão completados no início de abril, Renan Filho destacou que os esforços estarão concentrados em “obras estruturantes”. Segundo ele, trata-se de um conjunto diversificado de pontos de atenção que podem ser resumidos em “recuperar rodovias, ampliar o transporte ferroviário e salvar vidas”. No curto prazo, há também a intenção de preparar o país para escoar a próxima safra de grãos e atrair o capital privado com um portfólio robusto de ativos. No curtíssimo prazo, o Ministério dos Transportes vai priorizar os principais corredores logísticos do país, por onde se dará o escoamento da safra recorde que o país terá agora. “São rodovias que atravessam vários estados, de Norte a Sul, e impulsionam o desenvolvimento regional”, disse. O ministro afirmou que será investido R$ 1,5 bilhão na manutenção das rodovias que conectam os principais corredores a esses portos. “Temos ainda foco na manutenção do corredor Sul-Sudeste, que terá muita movimentação de caminhões e vai demandar mais R$ 1,2 bilhão. Importante destacar que estamos atuando de forma cirúrgica e, em especial, conseguimos recompor o orçamento para investimentos, que vinha em queda desde 2014”. Ferrovias Aos senadores, Renan Filho defendeu ainda que o governo tenha fôlego para investir em ferrovias para que a expansão efetiva da malha ocorra de maneira mais célere. Mesmo reconhecendo que, nesse setor, os projetos demandam tempo para estudos e obras, a pasta está estudando como aprimorar o marco regulatório para ajudar a destravar o investimento privado no setor. Para o ministro, não há mais tempo a perder: “esse atraso custa dinheiro ao país. Precisamos equilibrar nossa matriz de transportes, modernizar nossa logística o quanto antes, reduzir custos e aumentar a competitividade do nosso agronegócio no mercado internacional”. Source link

Operação Átria prende mais de 4 mil por violência contra a mulher

Em três semanas, 4.255 pessoas foram presas no âmbito da Operação Átria, que combate crimes contra a mulher em todos os estados brasileiros. Desse total, 3.598 prisões foram em flagrante, conforme balanço parcial divulgado nesta terça-feira (21) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. De um total de 20.024 inquéritos policiais instaurados durante o período, 17.958 foram concluídos. A pasta informou ainda que foram apreendidas 340 armas brancas, 269 armas de fogo e 6.068 munições. Segundo o balanço, 7.276 denúncias foram apuradas, 23.963 diligências policiais, contabilizadas e 23.963 vítimas, atendidas. Foram também solicitadas 20.540 medidas protetivas, houve 767 retiradas de pertence e 2.034 palestras foram realizadas. O balanço final da Operação Átria, que começou em 8 de março, será divulgado pelo ministério no próximo dia 28. Em entrevista coletiva, o secretário Nacional de Segurança Pública, Francisco Tadeu Barbosa de Alencar, considerou a violência de gênero um quadro grave no Brasil. De acordo com o secretário, o país registrou, ao longo do ano passado, aumento de 5% no número de feminicídios. “A cada dia, quatro mulheres são mortas e, a cada hora, 26 são agredidas. Esses indicadores nos obrigam a ter uma centralidade no eixo de enfrentamento da violência contra a mulher”, disse. “O Estado brasileiro está muito longe ainda de uma situação ideal de enfrentamento.” Para a delegada de Polícia Civil do Espirito Santo, Cláudia Dematté de Freitas Coutinho, operações nacionais como a Átria fortalecem o enfrentamento à violência contra a mulher realizado diariamente por unidades especializadas de segurança pública. “É uma violência que sempre existiu em nossa sociedade, fruto de um machismo estruturado e estruturante”, disse Cláudia. Para a delegada, feminicídios são apenas a ponta do iceberg, e a maioria dos casos começa com violência verbal. “Denuncie desde a primeira violência sofrida”, concluiu. Source link

TCE-AM alerta gestores públicos sobre a continuidade de ações na atenção básica de saúde

  Com o objetivo de seguir fiscalizando as ações dos municípios do Amazonas que visam melhorias na área da saúde, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), por meio do Departamento de Auditoria em Saúde (Deas), emitiu novos alertas ao Governo do Amazonas e a todos os 62 municípios do Estado sobre a manutenção dos processos de operacionalização voltadas à atenção básica de saúde. Os alertas foram publicados em edição extra do Diário Oficial Eletrônico do TCE-AM (DOE), na edição de ontem, como parte dos procedimentos de monitoramento. Para a emissão do alerta, foi dado importância para os dados e avaliações do acompanhamento da eficácia dos serviços públicos de saúde da atenção básica no Estado. Além disso, o Deas também destacou as metas e estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Atenção Básica (PNAB). A Corte de Contas amazonense orienta que os gestores compreendam as ações estratégicas recomendadas pelo programa Previne Brasil, como a ampliação da cobertura de serviços ofertados na atenção primária, a adoção de estratégias em conjunto com a área técnica da atenção primária à saúde das Secretarias de Saúde, além de promoção de ações governamentais direcionadas à primeira infância e à definição de metas prioritárias de acordo com a programação anual de saúde. Vale ressaltar que, conforme análise do último quadrimestre realizado pelo Deas, foi identificado que os municípios têm se empenhado em melhorar seu desempenho nas notas do programa Previne Brasil que constatam que os gestores estão reavaliando estratégias tanto de assistência quanto em relação ao envio dos dados ao Ministério da Saúde, já que a melhora na entrega dos serviços precisa ser acompanhada com a correta notificação e contabilização dos dados no sistema do Ministério da Saúde. Alertas sobre contratações de MEI, ME, EPP e Agricultores familiares Na última sexta (17), o Tribunal de Contas também emitiu um alerta referente à formalização de contratações públicas a fim de dar conhecimento acerca dos procedimentos necessários para a garantia do tratamento diferenciado a ser oferecido aos Microempreendedores Individuais (MEI), as Microempresas (ME), as Empresas de Pequeno Porte (EPP) e aos agricultores familiares. O alerta pode ser consultado na edição do Diário Oficial Eletrônico em www.doe.tce.am.gov.br. Considerando a importância dos pequenos negócios para a economia nacional, dos estados e dos municípios, a Diretoria de Licitações e Contratos (Dilcon) do TCE-AM destaca que a iniciativa de fortalecer e apoiar esses empreendimentos é essencial para a geração de renda, emprego e contribuição para o aumento de arrecadação sem aumento de impostos. Com isso, os agentes públicos estaduais e municipais devem criar ações que priorizem o fomento de pequenos negócios a partir do favorecimento às Micro e Pequenas Empresas através do favorecimento nas compras governamentais e da redução de burocracia para empresários e pessoas jurídicas e elaboração de planos de ações que devem ser seguidos por todos os gestores públicos estaduais e municipais.

Centrais sindicais protestam contra taxa básica de juros de 13,75%

Centrais sindicais realizaram, nesta terça-feira (21), atos de protesto contra a taxa de juros definida pelo Banco Central (BC), que está em 13,75% ao ano. Em São Paulo, o grupo se reuniu em frente à sede do banco, na Avenida Paulista, e fez um churrasco de sardinha. “A intenção é mostrar que os juros altos engordam os tubarões rentistas, enquanto, para o povo, só sobra sardinha”, explicou, em nota, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. Força Sindical oferece churrasco de sardinha em São Paulo em protesto contra juros altos – Fernando Frazão/Agência Brasil Hoje o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) está realizando a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros da economia, a Selic. A previsão é que seja mantido o aperto monetário com a manutenção da Selic em 13,75%, mesmo com as pressões do governo federal para redução da taxa. A decisão do Copom será anunciada na quarta-feira (22). Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que participa da mobilização, os atos também reivindicam a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), que julga processos administrativos de grandes devedores. “Em geral, [o Carf] beneficia as empresas sonegadoras, porque a maioria dos conselheiros é empresário”, diz a CUT. Para Adriana Magalhães, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a alta taxa de juros atrasa o desenvolvimento social e é uma das principais causas da miséria no Brasil. “Se o governo pagar 13,75% de juros de dívida pública, vai faltar dinheiro para saúde, educação. Nós queremos sair dessa situação de miserabilidade e pobreza que o governo Bolsonaro nos deixou.” O ato de protesto das centrais sindicais também pede a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que foi indicado pelo governo Bolsonaro e tem mandato até dezembro de 2024. “É um absurdo o que o Banco Central está fazendo com os trabalhadores, com o nosso país, jogando contra o nosso desenvolvimento e a retomada do crescimento. Por isso, fizemos as manifestações em várias capitais do país”, disse, em vídeo nas redes sociais, o presidente da Força Sindical. Também participam da manifestação representantes da Central dos Sindicatos Brasileiros e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), além de integrantes de movimentos populares. A CUT registrou nas redes sociais que, além de São Paulo, foram realizados atos em pelo menos três capitais: Fortaleza, Belém e Recife. A Agência Brasil solicitou posicionamento do Banco Central, mas não teve retorno até a publicação da reportagem. Fonte

Sete dos 30 países da Otan cumpriram meta de gastos em 2022

Apenas sete dos 30 aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) cumpriram a meta de gastos no setor militar de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, anunciou nesta terça-feira (21) o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg. O número está abaixo do registrado em 2021, antes da invasão russa da Ucrânia, quando oito países-membros cumpriram o acordo. “Como o PIB aumentou mais do que o esperado para alguns aliados, dois deles que deveriam ter atingido os 2% estão agora ligeiramente abaixo”, explicou o líder da organização em conferência de imprensa em Bruxelas, onde apresentou o relatório anual da Otan. Stoltenberg aproveitou a ocasião para pedir aos membros da aliança que aumentem rapidamente os gastos no setor militar. “Não há dúvida de que precisamos fazer mais e mais rápido”, frisou. “O ritmo que temos para o aumento dos gastos com a defesa não é alto o suficiente. Em um mundo mais perigoso, precisamos investir mais.” A meta do investimento de 2% do PIB na defesa em uma década foi acordada durante uma cúpula da Otan, em 2014, restando apenas um ano para que os países-membros cumpram o objetivo. Na ocasião a decisão foi tomada graças às ações da Rússia, que meses antes tinha anexado a península da Crimeia, motivando receios na Europa. Agora, quase dez anos depois desse acordo e mais de um ano após a invasão russa da Ucrânia, os aliados da Otan vêm discutindo sobre como adaptar essa meta de gastos. Em julho, durante a próxima cimeira da organização, deverá haver novidades sobre o tema. Jens Stoltenberg já antecipou que a meta de 2% do PIB deverá, futuramente, passar a ser o mínimo, em vez de um teto máximo. Aviso à China Na conferência de imprensa desta terça-feira, o secretário-geral da Otan também alertou a China sobre ser contra o fornecimento de armas à Rússia. O aviso chega no momento em que os presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin se encontram em Moscou para fortalecerem as suas relações estratégicas. “Até agora não temos qualquer prova de que a China entregu armas letais à Rússia, mas vimos alguns sinais de que a Rússia fez esse pedido e que o assunto está sendo considerado pelas autoridades chinesas”, declarou Stoltenberg. “A China não deve fornecer ajuda letal à Rússia, pois isso significaria apoiar uma guerra ilegal”, insistiu. Stoltenberg considerou ainda que Pequim deve dialogar “diretamente” com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se quiser que seu plano de paz – apresentado no mês passado – seja levado a sério. “Cabe à Ucrânia decidir quais são as condições aceitáveis para qualquer solução pacífica”, lembrou o secretário-geral da Otan, acrescentando que “a China deve entender o ponto de vista” de Kiev. “Qualquer solução de paz para a Ucrânia deve ser baseada no respeito pela integridade territorial e soberania da Ucrânia.” “Um cessar-fogo ou qualquer solução que não respeite estes pontos será apenas uma forma de congelar a guerra e permitir que a Rússia reconstrua as suas forças e ataque novamente. Não será uma paz justa e duradoura”, acrescentou Stoltenberg. *É proibida a reprodução deste conteúdo Fonte

Governo federal quer cobrar R$ 29 bilhões em multas ambientais

O governo vai insistir na cobrança judicial de R$ 29,1 bilhões em multas ambientais. A nova postura resulta da alteração de dois pareceres jurídicos da Advocacia-Geral da União (AGU), que tratam da prescrição da cobrança das sanções. Quando ocorre a prescrição, a União perde o direito de cobrar multas lavradas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Pelo novo entendimento, a AGU passa agora a sustentar que a contagem do prazo para essa prescrição fica interrompida durante a realização de certas diligências, como vistorias e elaboração de pareceres. Na prática, o novo entendimento prolonga o tempo que o governo tem para processar os infratores. Outra mudança de entendimento diz respeito à nulidade de mais de 45 mil autos de infração produzidos por fiscais ambientais, no valor de R$ 18 bilhões. No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Ibama decidiu anular as penalidades impostas, por considerar uma irregularidade a notificação dos infratores por edital. Agora, a AGU sustenta que as notificações por edital são regulares, e, portanto, a cobrança das multas deve prosseguir. Juntas, as duas mudanças revertem a possível prescrição de 183 mil autos de infração, chegando ao total de R$ 29,1 bilhões em multas ambientais, segundo levantamento feito pela Procuradoria Federal Especializada junto ao Ibama, unidade da AGU que presta consultoria ao órgão ambiental. Os novos pareceres jurídicos foram aprovados pelo advogado-geral da União, Jorge Messias. “A infração ambiental não pode compensar financeiramente”, disse o advogado-geral em declaração divulgada pela AGU. O órgão também afirmou, em nota, que a medida dará “segurança jurídica para a continuidade da cobrança” das multas ambientais. A mudança nos entendimentos passou pelo crivo também da procuradora-geral Federal Adriana Maia Venturini e da Consultoria Jurídica do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com auxílio da Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente. Em um de seus primeiros atos após assumir o cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que reverteu a anulação das penalidades que haviam sido invalidadas pelo Ibama. Na mesma norma, ele reverteu mudanças que haviam sido promovidas pelo governo anterior nos processos administrativos que tratam das multas ambientais. Fonte

Assédio sexual é incluído em comissão de prevenção de acidentes

A partir de agora, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) de toda empresa deverá desenvolver ações de combate ao assédio sexual e outras formas de violência, como o assédio moral. A responsabilidade foi formalizada pela Portaria nº 4.219, do então Ministério do Trabalho e Previdência, editada em dezembro de 2022. Pela portaria, a atribuição passou a valer desde segunda-feira (20). O texto estabelece que as empresas incluam em suas normas internas regras de conduta a serem aplicadas em cada caso. As companhias também têm obrigação de definir como irão receber e acompanhar denúncias de ocorrências e, ainda, como farão a apuração dos fatos e punir responsáveis diretos e indiretos pelos atos cometidos. A apuração dos casos, por parte da empresa, não impede a abertura de processo na Justiça, segundo o documento. Além disso, fica garantido o anonimato da pessoa que apresenta denúncia, ou seja, da denunciante. Outra medida que se torna um dever das empresas é a realização de ações de capacitação, orientação e sensibilização do quadro de empregados de todos os níveis hierárquicos sobre violência, assédio, igualdade de direitos e diversidade. De acordo com a portaria, tais atividades precisam ser realizadas, no mínimo, a cada ano. Levantamento elaborado pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva revelou que 76% das trabalhadoras já foram submetidas a um ou mais episódios de violência e assédio no trabalho. De 2020, o levantamento foi feito com o apoio da Laudes Foundation, com base em entrevistas com 1 mil mulheres e 500 homens a partir de 18 anos, em todas as regiões do país. Fonte

Tadeu de Souza destaca fortalecimento do setor primário em visita à Adaf, ADS e Idam

O vice-governador Tadeu de Souza esteve, nesta segunda-feira (20/03), nas instituições integrantes do Sistema Sepror para conhecer os programas executados e os projetos planejados para 2023. Nas sedes da Agência de Defesa Agropecuária do Amazonas (Adaf), Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS) e do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), Tadeu de Souza destacou a importância da articulação para propor soluções e fortalecer o segmento. Durante a visita à sede da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), a diretora-presidente Michelle Bessa e a equipe técnica da instituição apresentaram os programas executados, como a Subvenção Econômica, Doação Onerosa, as Feiras de Produtos Regionais, o Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme), o Programa de Regionalização do Mobiliário Escolar (Promove), o Programa de Assistência Familiar (PAF) e Balcão de Agronegócios, que, além de garantirem a geração de renda ao produtor rural da capital e interior, também estão comprometidas com a sustentabilidade. “A ADS atua nas diversas cadeias produtivas com a missão de favorecer os produtores, associações e cooperativas nas negociações com o mercado consumidor. Ficamos muito honrados com a presença do vice-governador e, com isso, pudemos apresentar a dinâmica do dia a dia e a nossa estrutura, não só física, mas também orçamentária e de recursos humanos”, disse a diretora-presidente da ADS, Michelle Bessa. Visita ao Idam Em reunião no Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), o diretor-presidente Daniel Borges apresentou ao vice-governador a estrutura do instituto, presente em todos os municípios do estado, formado por 67 Unidades Locais e mais seis Postos Avançados de Atendimento, que visam descentralizar o atendimento e facilitar o acesso dos produtores aos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), tais como: emissão de Cartão do Produtor Primário (CPP), Declaração de Aptidão ao Pronaf-DAP, Cartão Ambiental Rural, entre outros. Em 2022, o Idam beneficiou 55.501 agricultores familiares e produtores rurais; 3.523 comunidades rurais tradicionais; 519 comunidades indígenas. No apoio à inclusão social e produtiva, foram emitidas 2.367 Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAP), objetivando o acesso a linhas de crédito; 23.173 Cartões do Produtor Primário (CPP); 820 inscrições e 1.563 retificações de Cadastro Ambiental Rural (CAR), além dos projetos de regularização ambiental: Programa Paisagens Sustentáveis, Amazonas Mais Verde e Projecar – Projeto de Implementação do Cadastro Ambiental Rural. “Em todo o estado, nós podemos constatar a importância do Idam para o desenvolvimento das atividades. Ter uma assistência técnica presente e constante é fundamental para a vida do produtor. Ao visitar o sul do Amazonas, neste mês, vimos o caso de um produtor que, antes do Idam, não sabia o que era reflorestar, mas hoje implantou cinco hectares de produção. Nós desempenhamos esse papel de orientação e assessoria e os produtores enxergam o Idam como parceiro”, ressaltou Daniel Borges. Defesa Agropecuária O vice-governador Tadeu de Souza dedicou a tarde à Adaf. Ele foi recebido pelo diretor-presidente da agência, José Omena, juntamente com a equipe técnica. A gerente de Defesa Animal, Graziele Domingues, explicou o atual status sanitário do rebanho do Estado e os desafios para tornar todo o Amazonas “livre de aftosa sem vacinação”. Atualmente, apenas 13 municípios do Sul do Estado possuem esse status. Sivandro Campos, gerente de Defesa Vegetal, detalhou as atividades relacionadas ao controle e prevenção de pragas. Ele ressaltou o fato de que o Estado funciona como “zona tampão”, protegendo as demais regiões. Um exemplo é o controle da monilíase no Alto Solimões, praga que ataca cacau e cupuaçu. O gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Emílio Afonso, discorreu sobre a importância da certificação para empreendimentos locais alcançarem novos mercados. No encontro, a Adaf expôs a necessidade de contratação de pessoal para fortalecer as atividades da autarquia, como o Plano de Vigilância para Febre Aftosa (Pnefa) e combate a pragas. Tadeu de Souza explicou que o objetivo da visita é traçar um diagnóstico das instituições do Sistema Sepror para priorizar ações, identificar gargalos, compartilhar informações e ajudar a fortalecer os órgãos e políticas públicas visando à sustentabilidade. Fotos: Ricardo Machado Fonte

Pesquisa: 86% de trabalhadoras negras relatam casos de racismo

Nesta terça-feira (21), quando se comemora o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, pesquisa feita pela consultoria Trilhas de Impacto aponta que 86% das mulheres já sofreram casos de racismo nas empresas em que trabalham. A pesquisa inédita Mulheres negras no mercado de trabalho, realizada por meio da rede social Linkedin, contou com a participação de 155 mulheres na faixa etária de 19 e 55 anos, sendo a média prevalente entre 30 e 45 anos. Do total das participantes, 50,3% possuem nível superior e pós-graduação ou especialização; 13,5% mestrado e doutorado; e 24,5%, ensino superior completo. Suas áreas de trabalho são educação, recursos humanos, tecnologia da informação (TI) e análise de sistemas, telemarketing, relações-públicas, administração e comércio. A coleta de dados foi efetuada em 2021 e 2022. À Agência Brasil, a diretora-presidente da consultoria, Juliana Kaizer, destaca que todas entrevistadas têm formação acadêmica.  “Isso, para mim, é um dado muito relevante, porque todas as mulheres entrevistadas têm curso superior completo e estão formalmente empregadas. Chamou muito minha atenção que o fato de as pessoas terem nível superior ou pós-graduação não impede que elas sofram racismo. É assustador”, manifestou Juliana. A pesquisadora também é uma mulher negra, professora do MBA em responsabilidade social e sustentabilidade do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do curso de diversidade da Escola de Negócios (IAG) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). É ainda aluna de pós-graduação da Fundação Getulio Vargas e conselheira da Associação Brasileira de Recursos Humanos seção Rio de Janeiro (ABRH-RJ). Mito Na avaliação de Juliana, a pesquisa faz cair o mito da democracia racial que indica que, se a pessoa tiver um bom nível de educação, não vai sofrer racismo. O objetivo foi conhecer a realidade das mulheres pretas e pardas no mercado de trabalho. Durante a análise dos dados, Juliana percebeu que alguns aspectos se repetiam nos relatos e decidiu dividi-los em categorias para melhor compreensão dos resultados qualitativos. Cabelo, por exemplo, foi um desses aspectos. Mais de 70% das mulheres relataram que, durante a jornada profissional, precisavam explicar porque o cabelo estava alisado, era black, ou a razão de terem colocado lace nos cabelos (prótese feita fio a fio em uma tela de microtule). “Acho que esse é um dado importante para a gente considerar.” Outro dado que chamou a atenção foi que 68% das profissionais disseram ter sido confundidas, em algum momento, com a faxineira ou moça da limpeza da empresa. “Eu estou falando de mulheres com ensino superior completo e pós-graduação”, ressaltou. Uma coordenadora de área mencionou que, todo dia, o líder do setor pedia para ela deixar arrumado o espaço pessoal e dos demais colegas. “Ela não conseguia entender por que lhe era pedido aquilo. Os colegas iam embora e ela ficava limpando a sala. Até que se deu conta de que estava sendo vítima de racismo. Mas demorou, porque ficou mais de um ano nessa situação”. Para Juliana, a situação é muito crítica. “É um negócio assustador”. A pesquisa revela que mais de 50% das consultadas disseram que a cor da pele e o lugar onde moravam foi perguntado durante as entrevistas online no recrutamento. “Elas perceberam que, durante as entrevistas, no processo seletivo, tudo ia muito bem no formato online, com análise do currículo, mas que, no momento da entrevista ao vivo, com a câmera aberta, os recrutadores, em geral mulheres brancas, voltavam atrás. “Esse foi também um aspecto que as profissionais negras falaram muito”. Chamou a atenção também o fato de apesar de mais de 70% das respondentes terem pós-graduação, isso não faz com que elas subam na empresa. “Muitas estão há dez anos no cargo, não veem nenhuma pessoa parecida com elas em cargo de liderança, enfim, não se sentem estimuladas”. Distanciamento Como pesquisadora negra, Juliana disse ter sido difícil sair um pouco dela mesma para focar na pesquisa de forma distanciada. “Porque estou falando de mim também. São barreiras pelas quais eu também passo. Se eu falo três idiomas, se moro fora do Brasil, não adianta. A cor da minha pele chega antes. E foi isso que a pesquisa mostrou. Muitas mulheres falam inglês, algumas têm mestrado e doutorado e são tratadas de uma forma aviltante. E, se tem racismo, é porque tem racistas”. Mulheres que estão em cargos de coordenação e gerência afirmaram que quando descobriam que um colega branco desempenhava a mesma função mas tinha salário maior, e elas pleiteavam aumento, as empresas criavam um cargo para justificar que a outra pessoa, na mesma posição, ganhava mais. Todas, sem exceção, falaram de exaustão no trabalho, tendo que dar provas de competência o tempo todo e, ao mesmo tempo, não ganhar o suficiente para sobreviver. Outro dado importante é que as mulheres negras não crescem na carreira profissional no Brasil. “Elas podem até crescer em cargos, mas não crescem em dinheiro”. Juliana destacou que 52% dos estudantes de universidades federais são negros e questionou por que essa prática não se repete nas empresas, com pessoas pretas em cargos de liderança, ganhando um bom dinheiro. De acordo com estudo do Instituto Ethos de 2020, mulheres negras representam 9,3% dos quadros das 500 maiores companhias do Brasil, mas estão presentes apenas em 0,4% dos altos cargos. Ela espera que as empresas fiquem constrangidas diante do resultado da pesquisa e que isso possa levar a uma mudança de comportamento. “A gente tem um problema para resolver enquanto nação”. Na pesquisa, das 155 entrevistadas, pelo menos 40 mulheres falaram das mesmas empresas e o nome de 16 dessas companhias se repetiu nas citações.  Source link

Governo concede títulos a territórios quilombolas em Minas e Sergipe

Nesta terça-feira (21), quando é celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, o governo federal anunciará sete medidas para promoção da igualdade racial no país. Dentre elas, está a titulação de três áreas quilombolas que aguardam há duas décadas pela regularização: Brejo dos Crioulos (MG), Lagoa dos Campinhos (SE) e Serra da Guia (SE). Além disso, o governo também formulará ações de combate à violência contra religiões de matriz africana e criará um programa de proteção aos jovens negros. A data marca também os 20 anos de criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), primeiro órgão com status de ministério voltado para a questão racial no Brasil, fundada em 2003, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No atual mandato, foi criado o Ministério da Igualdade Racial. Em publicação nas redes sociais, nesta manhã, Lula destacou que não deve existir espaço para a intolerância em espaços democráticos. Hoje celebraremos no Palácio do Planalto os 20 anos das políticas de igualdade racial no Brasil com o lançamento de um pacote de medidas de combate ao racismo. Não deve existir espaço para a intolerância na democracia. Combateremos o racismo juntos. Bom dia. — Lula (@LulaOficial) March 21, 2023 As medidas serão anunciadas às 15h pelo presidente Lula, acompanhado da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e demais ministros, no Palácio do Planalto. O evento será transmitido pela TV Brasil. O pacote de ações envolve titulação de áreas quilombolas e criação de grupos de trabalho para ampliar o acesso de estudantes negros a universidades, reduzir assassinatos de jovens negros e valorizar a cultura afro-brasileira. Veja abaixo as medidas: Quilombolas – O presidente Lula irá assinar a titulação de três áreas quilombolas que aguardam há duas décadas pela regularização: Brejo dos Crioulos (MG), Lagoa dos Campinhos (SE) e Serra da Guia (SE). Será anunciado o programa Aquilomba Brasil, que irá promover os direitos dos povos quilombolas à terra, inclusão produtiva, qualidade de vida, desenvolvimento local e cidadania. Estima-se que cerca de 1 milhão de pessoas sejam quilombolas.   Acesso a universidade – Decreto irá criar grupo interministerial para elaboração do Programa Nacional de Ações Afirmativas, que tem como objetivo ampliar o acesso e a permanência de estudantes negros em cursos de graduação e pós-graduação, além de estabelecer reservas de vagas em órgãos públicos. Redução de homicídios – Decreto prevê grupo de trabalho para criação do Plano Juventude Negra Viva, que visa reduzir o número de assassinatos, desigualdades e vulnerabilidades sociais entre jovens negros de 15 a 29 anos. Cais do Valongo – Criação de um centro no local para valorização da herança africana. Pelo Cais do Valongo, na região portuária do Rio de Janeiro e patrimônio histórico da humanidade, passaram mais de um milhão de escravizados. Combate ao racismo religioso – Formulação de ações de combate à violência em relação às religiões de matriz africana e povos de terreiro. No total, o grupo de trabalho terá representantes de 13 órgãos e de nove organizações da sociedade civil. Matéria alterada às 8h16 para incluir declaração do presidente Lula nas redes sociais. Fonte